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Privatização da RTP defendida por Passos é "negativa" para SIC e TVI
13 Abr 2010 Pedro Latoeiro
O mercado já reagiu a intenção de Pedro Passos Coelho, o novo líder da Oposição, em privatizar a RTP se chegar a primeiro-ministro.
Pedro Passos Coelho repetiu ontem, na SIC, o que considera ser um "princípio": "o Estado não tem de ter nem jornais nem televisões", referindo-se, nomeadamente, à RTP.
Os analistas do BPI consideram que os planos do candidato a primeiro-ministro são "potencialmente negativos" tanto para a Impresa de Francisco Pinto Balsemão, dono da SIC, como para a Prisa, grupo espanhol que ainda controla a TVI.
Sublinhando que Passos Coelho não explicou se privatizaria a RTP 1 e a RTP 2 ou apenas um dos canais, os analistas do BPI consideram que, em qualquer um dos casos, as intenções do social-democrata são "potencialmente negativas" para a Impresa e a Prisa.
"Se concretizados, qualquer destes cenários vai traduzir-se em mais espaço publicitário. Lembramos que a RTP 1 está limitada a seis minutos de publicidade por hora, enquanto a RTP 2 não passa anúncios. Já os privados podem anunciar em 12 minutos por hora", lê-se numa nota de análise do BPI.
As acções da Impresa caem 1,23% para 1,60 euros (ver gráfico). O BPI tem uma recomendação de "reduzir" e um preço-alvo de 1,65 euros para o grupo de media.
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Privatização da RTP defendida por Passos é "negativa" para SIC e TVI
13 Abr 2010 Pedro Latoeiro
O mercado já reagiu a intenção de Pedro Passos Coelho, o novo líder da Oposição, em privatizar a RTP se chegar a primeiro-ministro.
Pedro Passos Coelho repetiu ontem, na SIC, o que considera ser um "princípio": "o Estado não tem de ter nem jornais nem televisões", referindo-se, nomeadamente, à RTP.
Os analistas do BPI consideram que os planos do candidato a primeiro-ministro são "potencialmente negativos" tanto para a Impresa de Francisco Pinto Balsemão, dono da SIC, como para a Prisa, grupo espanhol que ainda controla a TVI.
Sublinhando que Passos Coelho não explicou se privatizaria a RTP 1 e a RTP 2 ou apenas um dos canais, os analistas do BPI consideram que, em qualquer um dos casos, as intenções do social-democrata são "potencialmente negativas" para a Impresa e a Prisa.
"Se concretizados, qualquer destes cenários vai traduzir-se em mais espaço publicitário. Lembramos que a RTP 1 está limitada a seis minutos de publicidade por hora, enquanto a RTP 2 não passa anúncios. Já os privados podem anunciar em 12 minutos por hora", lê-se numa nota de análise do BPI.
As acções da Impresa caem 1,23% para 1,60 euros (ver gráfico). O BPI tem uma recomendação de "reduzir" e um preço-alvo de 1,65 euros para o grupo de media.