Póvoa Semanário

29-09-2011
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Pág. 2 de 13 « ... | 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | ... » Ver 10, 20, 50 resultados por pág. Rui Costa brilha no `Tour ´de França 10:47 Quarta feira, 13 de julho de 2011 A vitória de Rui Costa, em representação da equipa espanhola Movistar, na 8ª etapa do Tour 2011, encheu de alegria a sua terra natal, a recém-promovida Vila de Aguçadoura. Pais, irmão, que também pratica a modalidade, e ainda os amigos, festejaram a proeza do jovem ciclista. No sábado passado, o ciclista poveiro, no final da etapa Aigurande/Super Besse Sancy, 189 quilómetros, irradiava felicidade. "Ainda não acredito. É espantoso e incrível" disse Rui Costa, que alcançou a sua primeira vitória no Tour e logo numa etapa com montanha (duas contagens de quarta categoria, uma de segunda e uma de terceira, a coincidir com a chegada), em que o ciclista aguçadourense costuma 'dar cartas'. Foi uma vitória que demorou 4h36m46s. Esta é a terceira participação de Rui Costa na Volta à França, depois de ter desistido em 2009, devido a uma queda e de no ano passado ter chegado a Paris na 73ª posição. Aos 24 anos, Rui Costa brilhou na etapa, ao integrar desde cedo (quilómetro oito) uma fuga juntamente com mais 8 ciclistas, grupo este que ficou reduzido na parte final da etapa, sendo perseguido pelo cazaque Vinokourov, um dos candidatos à vitória final, mas que devido a uma queda já abandonou a competição. O poveiro da Movistar afirmou no final que "cheguei mesmo a pensar que o Vinokourov me apanhava, mas decidi dar tudo". O êxito de Rui Costa ficou registado nas primeiras páginas dos jornais desportivos e generalistas portugueses do passado Domingo e a família desdobrou-se em entrevistas e fotografias para as televisões e imprensa. Aguçadoura e a Póvoa de Varzim ganharam notoriedade com a proeza do ciclista em terras gaulesas. A vitória mais importante Rui Costa, que começou a correr aos 11, na equipa do Gilhabreu, já tem uma série de feitos no seu currículo, com destaque para o triunfo nos 4 Dias de Dunquerque, em 2009, a conquista da Volta à Comunidade de Madrid, em 2011, e o segundo lugar na Volta a França do Futuro, em 2008. O ciclista em Outubro de 2009 foi homenageado pela Junta de Aguçadoura, pelas proezas alcançadas nos continentes europeu e americano, espalhando o nome da freguesia pelo mundo. Caracterizada por ser uma população laboriosa, Aguçadoura é também uma terra de gentes do ciclismo. Actualmente, além do Rui, o seu irmão Mário Costa, actual vice-campeão de fundo, em representação do Louletano, João Cabreira, do Boavista, recente campeão nacional de fundo e ainda Bruno Lima, do Boavista, são outros nomes que nasceram em Aguçadoura, e que prometem mais êxitos para o panorama velocipédico nacional e local. Quadro de excelência Com apenas 24 anos, Rui Costa juntou o seu nome à lista de ciclistas nacionais que venceram etapas na Volta à França. Joaquim Agostinho, Paulo Ferreira, Acácio da Silva, José Azevedo e Sérgio Paulinho, fazem parte deste clube restrito de portugueses que almejaram o sucesso na prova francesa. No entanto, com a vitória do passado sábado, o jovem de Aguçadoura passou a ser o mais novo entre os lusitanos a conseguir tal proeza. Tito ruma ao Aves: "Foi uma proposta irrecusável" 11:05 Quarta feira, 6 de julho de 2011 O ex-jogador do Varzim ainda ponderou ficar, mas a indefinição do clube, devido ao próximo acto eleitoral, precipitou a decisão. Depois de sete temporadas ao serviço do Varzim, o médio Tito, um dos capitães de equipa, vai prosseguir a sua carreira no Desportivo da Aves, da Liga de Honra, numa decisão que o jogador afirmou ser "difícil", mas "irrecusável", mediante a proposta dos avenses. "Foi uma decisão muito complicada, sou da Póvoa, é o clube da minha terra, mas tenho de olhar para a minha vida. O futebol acaba rápido, tinha de tomar esta decisão, porque estou prestes a ter um filho e tenho de lhe garantir um bom futuro", disse o jogador ao Póvoa Semanário. Tito revelou ainda que, mesmo com o Varzim na II divisão, ponderou ficar no clube, mas que a incerteza sobre o futuro do emblema poveiro, com o acto eleitoral que se aproxima, o "forçou" a tomar a decisão de jogar no Desportivo das Aves. "Tinha falado com actual presidente sobre os objectivos do clube para a próxima época, e mesmo sabendo que tinha de reduzir o salários, fiquei empolgado com o projecto de subida e pensei em ficar. Mas surgiu uma nova lista, que não conheço os objectivos, e tinha de tomar uma decisão rápida para não estar em indefinição", descreveu o jogador. O atleta poveiro afirmou que todo o seu processo de saída foi tratado com a maior transparência: "Esta Direcção fez tudo para que ficasse e nunca forcei a saída, porque é um clube que sempre me apoiou em tudo, mas não havia hipótese. Só tenho de agradecer a todos terem me deixado prosseguir com a minha vida". Na saída do Varzim, Tito dirigiu-se aos associados: "Obrigado por todo o apoio. Espero e que o Varzim, com a equipa que estava a ser construída, volte à Liga de Honra e, pelo apoio dos sócios, quem sabe, à I divisão, que é o lugar que merece", afirmou. Rui Quinta deixa comando do Varzim para ser adjunto do FC Porto 16:17 Quinta feira, 30 de junho de 2011 O técnico contratado pelos poveiros no início desta época, não vai chegar a orientar um jogo do Varzim, após ter sido convidado para ser o número dois do novo treinador do FC Porto, Vítor Pereira. Varzim não deve receber qualquer indemnização. Durou pouco mais de 15 dias a experiência de Rui Quinta como treinador do Varzim. O técnico, de 51 anos, que assinou no passado dia 13 de Junho contrato de uma temporada com o emblema poveiro, vai deixar o clube para integrar a equipa técnica do FC Porto, liderada por Vítor Pereira. Rui Quinta será o número dois do novo treinador dos portistas, e com esta saída deixa o Varzim, novamente, sem treinador, e restante equipa técnica, composta por dois adjuntos que vieram com Rui Quinta para a Póvoa.Lopes de Castro, presidente dos "lobos do mar", confirmou ao Póvoa Semanário que Rui Quinta informou, previamente, o clube sobre o convite feita pela SAD portista, e agradada com a forma como técnico expôs a situação, e por considerar que é um convite irrecusável para o técnico, a direcção varzinista não vai colocar qualquer entrave à saída do treinador. No compromisso firmado entre Varzim e Rui Quinta, não estava contemplada qualquer cláusula de rescisão, relativa a uma possível saída do técnico, sendo, por isso, pouco crível que o emblema poveiro tenha direito a qualquer indemnização financeira. Até à hora do fecho desta edição, o Varzim ainda não tinha recebido qualquer informação por parte do FC Porto sobre o interesse em contratar Rui Quinta, sendo que o técnico esteve no dia de ontem reunido com os responsáveis portistas a ultimar os detalhes do seu novo contrato. Rui Quinta iria voltar ao activo, no Varzim, depois depois de estar sem clube desde a época 2009/2010, altura em que comandou o Gil Vicente, na Liga de Honra. No currículo, o técnico conta ainda com passagens pelo Penafiel, Aliados de Lordelo e Paredes. Novo treinador só a 9 de Julho Após a inesperada saída de Rui Quinta, o Varzim vê-se obrigado a ir novamente ao mercado para contratar um treinador para a próxima temporada, onde o objectivo è o regresso aos campeonatos profissionais. Ainda assim, o Póvoa Semanário apurou que a actual direcção, chefiada por Lopes de Castro, não vai, para já, tomar qualquer decisão sobre esta matéria, esperando até ao dia 9 de Julho, devido ao acto eleitoral em que, previsivelmente, se irão apresentar duas listas, uma liderada por Lopes de Castro e outra por Pedro Faria. Câmara dá parecer negativo ao projecto da nova USF de Aver-o-Mar 11:17 Terça feira, 21 de junho de 2011 Segundo os técnicos da autarquia, o projecto para o novo edifício da Unidade de Saúde Familiar de Aver-o-Mar, da responsabilidade da Administração Central, "tem erros de implementação e revela um desrespeito ao Plano de Urbanização do concelho". A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim deu parecer negativo ao projecto gizado pela Administração Central para a construção do novo edifício da Unidade de Saúde Familiar de Aver-o-Mar. Segundo a autarquia poveira, o projecto, da responsabilidade da Secretaria de Estado da Saúde, "tem erros de implementação e revela um desrespeito ao Plano de Urbanização no que concerne ao índice de construção". Isto porque o esboço feito pelo Estado contempla um índice de construção de 1,2, numa área em que apenas é permitido 0,9, o que, na prática, se traduz em 1200 metros quadrados de área [cerca de um piso] além do permitido pelos instrumentos de planeamento municipal. Este parecer da Câmara Municipal não tem carácter vinculativo, uma vez que os projectos da Administração Central não precisam de ter licenciamento das autarquias, mas, por outro lado, também não podem desrespeitar as regras da Administração Local. No final da reunião de Câmara da passada segunda feira, Macedo Vieira, presidente da autarquia, analisou a situação da seguinte forma. "O projecto foi entregue tarde e a más horas na Câmara, e só depois do nosso vice-presidente chamar atenção sobre o facto ao ex-Secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, aquando de uma vista à Póvoa", começou por dizer o edil, completando: "Foi uma obra com alguma precipitação. Infelizmente politizaram-na, até à última hora, e nestas situações quem acaba por ser prejudicada é a população". Macedo Vieira, confirmou, no entanto, que já estão a ser desenvolvidos encontros entre os técnicos da autarquia e da empresa responsável pela obra, contratada pelo Estado, para resolver a situação, sublinhando: "Espero que rapidamente haja condições para que Aver-o-Mar tenha o seu Centro de Saúde, agora não politizado". Da parte dos vereadores do PS, que foram os primeiros a anunciar o arranque da empreitada, Paulo Eça, porta-voz dos socialistas nesta reunião, falou em diferenças "de pormenor". "Este parecer técnico da autarquia levanta algumas questões, mas que penso serem de pormenor. A Câmara deve apoiar o projecto, pois é uma obra prometida há muito tempo", começou por dizer Paulo Eça, detalhando: "É uma diferença de 0,3 no índice de construção, que, do meu ponto de vista, não é nada de extraordinário. É algo que está ser resolvido porque todos queremos que obra avance rapidamente". Já Jorge Serrano, vereador do CDS, falou em "situação ridícula": "É processo no mínimo atabalhoado por parte da Administração Central. Mandaram fazer uma coisa que não respeita as regras vigentes da administração local. É um exemplo do desgoverno que graça neste país. É algo de caricato mas estou certo que o problema se vai resolver". "A Poveira" com benesse de mais um ano Ainda no decorrer desta reunião de Câmara foi concedida uma ampliação do prazo, por mais um ano, para que a fábrica de conservas "A Poveira" efectue a transferência da sua unidade fabril para Parque Industrial de Laúndos, num processo em que autarquia tem apoiado os responsáveis da empresa, considerando do interesse municipal que a unidade se mantenha em funcionamento no concelho, e conserve os actuais 140 postos de trabalho. Foi também decidido o arranque da segunda fase das obras nas piscinas municipais, que desta vez irão versar os balneários do equipamento, e que terão um custo de 780 mil euros, com a comparticipação do Instituto de Turismo. Foi também concedida autorização para que os táxis possam usar, entre as 00h00 e as 06h00, os espaços dedicados, durante o dia, aos autocarros, na Avenida dos Banhos e Avenida dos Descobrimentos. Entre os vários apoios concedidos nesta sessão, destaque para a Festa do Mar, da organização dos Leões da Lapa. "Se não tivesse antecipado algumas situações o Município da Póvoa de Varzim estaria falido" 11:49 Quarta feira, 15 de junho de 2011 Nas comemorações do 38º aniversário da elevação da Póvoa de Varzim a Cidade, Macedo Vieira analisa os conturbados últimos meses do país, transportando-os para a realidade local. O autarca, em entrevista ao Póvoa Semanário, aborda também vários temas da sociedade poveira e vaticina os desafios que o município irá enfrentar nos próximos tempos. Qual foi o critério para escolhas dos homenageados deste ano no dia da Cidade? Primeiro, em função do desempenho que esses cidadãos e instituições deram, ao longo da sua vida, para a riqueza cultural e empreendedorismo do concelho. O Rancho Poveiro, que assinala 75 anos de existência, é uma marca das tradições do município da Póvoa de Varzim, e, face ao desempenho das pessoas que o integraram, com uma coerência de desempenho e estabilidade nos levou a atribuir a medalha de ouro. Na área cultural e associativa, o senhor António da Conceição mantém, apesar da idade, um vigor e uma vitalidade que é um exemplo notável para os jovens, não só na dedicação ao Clube Naval e à Banda de Música, como a tantas outras instituições. Relativamente à LEICAR, que assinala este 25 anos de existência, uma associação de agricultores com uma obra notável. Tem a sua sede, em S. Pedro de Rates, instalado, com grande sucesso, o mercado de gado, e está a construir uma nova unidade industrial de transformação de produtos lácteos. É uma ajuda fundamental ao sector pecuário do concelho. Habitualmente no Dia da Cidade faz sempre uma intervenção de fundo no seu discurso. Tem já alguma ideia do que vai transmitir no próximo dia 16 Junho?

Nesse dia, a minha intervenção costuma versar três aspectos. Primeiro, a vida, o desempenho e porquê da escolha dos homenageados. Depois, falo sobre o desenvolvimento do concelho, onde estamos e para onde vamos. E, finalmente, faço uma abordagem mais global sobre a nossa situação, quer do município quer do país, e das vulnerabilidades a que estamos sujeitos pelos acontecimentos internacionais. Nos últimos anos, temos sido, infelizmente, cercados por uma crise internacional e de crescimento dentro da Europa que tem condicionado o desenvolvimento económico e financeiro do país. Este ano irei certamente abordar aquilo que penso sobre o estado actual da Europa e o que nos vai acontecer nos próximos tempos. Muita gente não percebia quando eu falava sobre estes assuntos mais genéricos, mas sempre defendi que temos de pensar no geral para agirmos localmente. Se não tivesse feito isso, e antecipado algumas situações, hoje o município da Póvoa de Varzim estaria em falência, como alguns dos nossos concelhos vizinhos. Consegui acautelar isso, mesmo com custos políticos, quando defendi o sistema de "utilizador pagador", e que muitas pessoas tiveram dificuldades em perceber. Hoje, temos na autarquia uma situação económica estável, com uma redução da dívida, contraída em investimento importante para a cidade, nomeadamente na rede do saneamento que é hoje um activo importante para o concelho, avaliado em mais 70 milhões de euros. Dá-me satisfação ter acautelado o nosso futuro. Falou na questão do saneamento e da sua sustentabilidade. Entende que a população reagiu bem ao novo tarifário? Penso que sim, foi bem explicado, conseguimos melhorar o serviço, temos uma ETAR do primeiro mundo, acabamos com o problema da poluição, baixamos os tarifários para 80 por cento dos consumidores. Acho que é pacífico. Como vê as críticas da oposição relativamente a este tarifário da água? A oposição votou favoravelmente, mas não é uma solução que agrade a toda a gente. A oposição que vivia á custa da contestação do modelo anterior, talvez tenha de regressar ao mesmo, porque o tempo deu-me razão. Em termos financeiros a rede do saneamento continua a ser o grande património do activo do município? É o maior património e o que pode vir a dar maior rentabilidade. Será alienável um dia? Penso que não, estou a fazer tudo para que possamos pagar a dívida a curto prazo relativa das melhorias deste activo que se cifra em 10 milhões de euros. Vou fazer com que eu e a minha equipa não precise de fazer essa alienação, deixando o município saneado para o próximo presidente da Câmara. "Espero ter o Garret pronto no final do mandato" Nas últimas duas décadas a cidade cresceu muito em termos de Serviços, mas também se começou a falar muito do sector da Agricultura e das Pescas. Este sector primário será fundamental para o desenvolvimento do concelho na próxima década? Esse foi, no passado, o segredo da sustentabilidade económica do município, mas que se perdeu, um pouco, no sector das pescas, devido às medidas impostas pela União Europeia. Por outro lado, o nosso sector hortícola e de pecuária é um exemplo para o resto do país. Acho que a Póvoa tem que apostar novamente na Pesca, continuar a apoiar a Agricultura, e também trabalharmos em outros sectores relacionados, como as diligências que fizemos para que a Conserveira Poveira se modernizasse com uma nova unidade fabril. Durante os seus mandatos há sempre obras emblemáticas. Acredita que até ao final desta legislatura o Cine Teatro estará concluído? Penso que sim, temos o financiamento garantido, e espero que não volta haver problemas. A decorrer tudo normalmente, espero no final do mandato ter o Garret e a sede da Banda de Musica concluída. No seu último programa eleitoral apresentou como proposta a possível remodelação do Mercado Municipal. Espera ainda o fazer? A remodelação fizemo-la há pouco tempo, também devido ao incêndio. Mas construir, para já, um novo Mercado não vai ser possível, isto apesar de termos o projecto pronto... É um desgosto pessoal? Claro que era um desejo que tinha, até porque creio que teria um simbolismo especial. Mas enfim... nem todas as utopias são realizáveis. De facto, não é, de momento, uma absoluta prioridade. O mercado que temos está a funcionar bem, por isso seria um excesso de zelo deitar aquele a baixo para construir um novo. Acho que o que já fizemos ao longo destes anos foi muito mais do que eu próprio pensava fazer. Recordo que vinha com a ideia e completar apenas dois mandatos, e já vou no quinto. Acho que no final deste o meu papel na autarquia estará concluído. E mesmo que a lei venha a mudar, posso afirmar que nunca seria, de novo, candidato. O meu contributo à causa pública já o suficiente. "Póvoa e Vila do Conde como concelho único é utópico" Há um ano vaticinava acontecimentos como a introdução das portagens, a demissão de José Sócrates ou o Governo do país dividido por dois partidos. A sua experiência leva-o a ler com facilidade o futuro? Algumas pessoas pensam que estas coisas são um delírio da minha parte em tentar adivinhar o futuro. Mas trata-se de trabalho e preparação. Os meus colaboradores, às vezes, ficam admirados como é que eu consigo ter tempo para ler tanto. Mas isso faz também parte do meu trabalho. Só tendo informação e conhecimento é que se pode raciocinar e tentar imaginar o futuro. É isso que tento fazer, lendo jornais internacionais, livros de economia, o texto de filósofos actuais que pensam o mundo. Com isso, absorvo os sinais da transformação do planeta. Devo dizer-lhe que faço isso porque gosto, mesmo sabendo que tal me tira tempo às horas de lazer e convívio com a família, nomeadamente à noite e ao fim-de-semana. Mas, cada vez mais, estou a preparar a minha vida para quando deixar de ter ocupação na Câmara Municipal ter motivação para outras coisas que goste de fazer. Ainda assim, com esta crise, talvez tenha de mudar aquilo que eu pensava ser uma reforma, a breve prazo, para me dedicar às leituras. Talvez tenha de trabalhar para o resto da minha vida, tal e qual como o meu pai que com 81 anos continua à frente da empresa. Portugal terá, dentro de dias, um novo Governo com a missão de cumprir o memorando da Troika. Acha que vamos conseguir cumpri-lo? Antever o que vai acontecer é muito difícil, mas acho que a no próximo ano o nosso país, a Europa e o Mundo estarão profundamente diferentes. Temo que Portugal seja metido num remoinho sem fundo. Não sei se seremos capazes de cumprir as medidas da Troika. Toda a gente acha que precisamos de reformas, mas tomá-las na nossa casa ou no nosso quintal é muito difícil. É ver a questão das portagens, das reformas do municípios ou questão da reforma da justiça e da educação. Acho que o tempo que temos para tomar essas medidas é muito pequeno para o nosso país. Somos muito anárquicas e desorganizados. Pensamos e agimos muito pouco colectivamente, e essa será uma das nossas maiores dificuldades. Além disso, haverá o agravamento das dívidas soberanas que causará ainda mais dificuldades para os países do sul da Europa. Temo que para o ano estejamos numa situação complicada do ponto de vista económico e do sistema bancário e do Estado. Acho que o povo vota sempre com grande sensatez e sabedoria, rejeitaram o modelo irreal enganoso do passado, e com o seu instinto votou bem. Portugal passará a ter um Governo de coligação de direita, que me parece o mais adequado para o actual momento da Europa. Além disso, penso que este Governo terá mais facilidades para tomar certas medidas, devido ao seu ponto de vista ideológico. Acha que a população portuguesa está mesmo preparada para as dificuldades que aí vêem? Acho que está, pelo menos, alertada, e a intuir a aquilo que pode acontecer no futuro se não nos mobilizarmos. Penso que o povo, com a sua inteligência colectiva, está a perceber para onde caminhamos e o que será necessário fazer. Caso contrário, será a tragédia... No memorando com a Troika estão contempladas algumas questões ligadas aos municípios e freguesias, nomeadamente fusões. Acredita que isso pode mesmo avançar? Tem de avançar. Mas reconheço que será muito complicado. Os próprios autarcas não estão preparados para isso. Já começou a haver vozes contra essa ideia. Acho que está na altura de se fazer algumas alterações, nomeadamente nos concelhos maiores. Sei que tal será doloroso em termos de bairrismo, mas tenho dúvidas que em democracia isso será possível. Na Póvoa, acho que com pequenos ajustes isso pode vir a acontecer, mas tem de haver um estudo sobre esta matéria. Mas admito, com o tempo, que se possa reordenar algumas coisas. E parece-lhe utópico falar numa união entre Póvoa de Varzim e Vila do Conde? Se voltarmos à soberania dos Estados europeus não acho isso possível. Mas se evoluirmos para uma Europa económica, política e federativa, a história vai dizer que sim. Não sei se isso irá acontecer em 10, 20 ou 50 anos, mas num cenário de unificação da Europa não tenho dúvidas que isso vai suceder. Agora não acredito que actualmente, haja condições na Europa para avançarmos para um Estado federal com uma política comum, e não uma Europa de Estados soberanos como está a acontecer. As necessidades da realidade têm força para superar bairrismos e rivalidades. Há uns anos atrás havia muita contestação como um hospital comum e hoje, tal como acontece com a ETAR ou com Escola Superior, essa parece-me uma questão pacífica. Reconheço que hoje não seria fácil aceitar um município único. Acho que neste momento é uma utopia. "Aires Pereira tem condições para ser o próximo presidente da Câmara" Já afirmou publicamente que gostava, quando saísse de Câmara, conduzir a instalação do novo Centro Hospitalar Póvoa de Varzim / Vila do Conde. Ainda mantêm essa ideia? Acho que tal como fiz uma revolução quando entrei para a Câmara Municipal, também seria capaz de o fazer nesse projecto, até pela minha experiência profissional. Gostava de conduzir esse processo, mas se me falar num emprego de gestão hospitalar não se sei se estarei interessado. Nunca estive obecedado com isso. A mim o que move não é um emprego, mas sim o desafio de instalar um novo hospital, e se fosse o da minha terra seria óptimo. E admite sair antes de terminar o mandato por um convite aliciante político que possa surgir? O meu compromisso é chegar ao final do mandato e fazer a condução do município para outra pessoa. Mas sempre ressalvei que na vida é apenas certo a morte e termos de pagar mais impostos... Sinto-me com o direito de fazer o que quiser porque já dei o meu contributo à causa pública. Estarei disponível para aceitar um grande desafio na minha área e na minha terra. Considera que, cada vez mais, Aires Pereira se perfila como o seu sucessor na candidatura à Câmara Municipal pelo PSD? Tenho dito que quem ditará o meu sucessor será o partido. E se partido quiser a minha opinião eu darei. Não me sinto no direito de indicar ou impor um sucessor, porque isto não é uma monarquia. Parece-me que o Eng Aires Pereira é aquele que mais vontade tem mostrado em ser o candidato. Por isso, se ele entender que tem condições, por mim tudo bem. Foi sempre o meu número dois, eficaz e leal ao nosso projecto. Teria condições para ser o próximo presidente da Câmara. Mas quem decide serão os eleitores... A Póvoa de Varzim poderá continuar a ser liderada apenas PSD? Nas últimas eleições disse que seria bom o PSD começar a pensar numa estratégia parecida com o que se passa com o partido a nível nacional. A Esquerda é maioritária no país, e embora na Póvoa não tenha sido, não há quem nos garanta que não venha mudar. Na cidade da Póvoa, em Aver-o-Mar e Argivai o PS já tem ganho. São sinais que os eleitores da Póvoa estão disponíveis para votar noutros partidos. O PSD, embora seja o partido mais organizado, tem de ter algumas cautelas. Até porque as próximas eleições autárquicas, em 2013, poderão não ter um clima favorável ao PSD. Será o momento em que país estará sujeito às decisões da Troika, o Governo já tomou decisões muito importantes e talvez impopulares, o que poderá gerar algum descontentamento nos eleitores. Acha que a previsível passagem de Afonso Oliveira para deputado poderá facilitar a tarefa de diálogo com o Governo? Creio que sim, mas também temos um bom diálogo com a distrital do PSD/Porto. Como dizia o autor Max Weber, a política é uma conjugação de esforços, e, por isso, quem não se mexer ficará para trás. Aconteceu isso, diversas vezes, com a nossa relação com o Instituo de Turismo. Se eu não me tivesse imposto em muitas situações, a Póvoa, provavelmente, teria perdido ainda mais do que nos tiraram. O raciocínio é que perde um bom vereador e ganhar um deputado útil? Penso que sim, mas sempre achei que não devemos "cortar as asas às pessoas". Sempre disse aos meus colaboradores ao longo destes anos que nunca os prenderia. É um bom trabalhador, mas quem vier a seguir, que provavelmente será a Dr. Lucinda Delgado com quem já conversei recebi a sua disponibilidade, será integrado na equipa. Haverá redistribuição dos pelouros? Na altura se verá... Mas certamente que já pensou nisso? Claro que pensei, mas isso não significa que já tenha as decisões tomadas. A distribuição é sempre de acordo com as necessidades do município e pelo perfil das pessoas. Se tiver eu de assumir as finanças faço-o, tal como aconteceu durante dois mandatos, e sai-me bem. "Vamos continuar a apoiar fortemente o Varzim" Falando do Varzim, pergunto-lhe se ainda está triste com a descida de divisão? Claro que estou. Apostei muito nesta equipa, porque achei que a Direcção finalmente acertou na aposta numa equipa que se identificasse tanto com a Póvoa como com público. Não descemos por causa deste ano, mas por outros erros do passado, e que já há mais de dez anos vinha a alertar, tanto a este presidente como ao anterior. Mas estou solidário com esta Direcção. Não tivemos sorte, mas o caminho foi o correcto. Durante a minha vida de varzinista já estive em muitas alegrias da subida mas também em tristezas de descidas, e o clube não desapareceu. Foi motivo de termos mais vontade de trabalhar, nada está perdido, não vamos atirar a toalha ao chão. Não vamos, por isto, deixar de apoiar o Varzim, o meu empenho pessoal não se irá alterar. Como reagiu aos comentários de que a Câmara estava interessada que o Varzim descesse? Só um fanático é que pode dizer isso. O que sempre defendi é que tínhamos de voltar a uma política realista, porque o contrário quase levou a ruína do clube. Se não tivessemos o estádio, estaríamos arruinados. Sempre defendi que temos de apostar nas escolas do clube e se descermos paciência. Não contem comigo para apoiar ilusões e utopias para arruinar o clube. Agora que o Varzim desceu a Câmara vai continuar apoiar o clube com o mesmo valor? Isso não sei, porque não depende apenas de mim. Não sabemos como vai evoluir a economia e os cortes que nos obrigarão a fazer. Não posso garantir em absoluto os valores, mas é certo que vamos apoiar fortemente o clube, isso não há dúvidas. O Varzim é uma peça importante no desenvolvimento estratégico da cidade, é o clube mais emblemático do concelho e um embaixador da Póvoa. Seria uma grande irresponsabilidade abandonarmos o clube. Somos uma peça essencial na ajuda, mas a cidade os varzinistas e os poveiros também têm de o fazer. Quanto ao estádio que o Varzim pretende construir, acha que, na actual situação, é viável o clube manter essa ideia?

Tem que ser. O Varzim tem esse negócio concluído, fizemos a revisão do Plano de Urbanização, e do ponto de vista da Câmara Municipal não há nenhuma objecção. Só falta o clube meter o projecto na Câmara. Parece que está a correr tudo bem, até porque o próprio investidor, num jantar do Varzim, assumiu que tinha o financiamento garantido. Quero acreditar nisso. Ficou desiludido com aquela situação de alguns empresários terem anunciado a candidatura ao Varzim e depois terem desistido?

Acho que houve alguma precipitação e falta de experiência. Deviam ter se preparado melhor e conhecer a situação do clube. Liderar o Varzim é um desafio difícil, e, por isso, é fundamental começar a construção do estádio. "Do ponto de vista estrutural nada falta à Póvoa" Diversas vezes considerou que o anterior Governo Socialista poucas vezes considerou a Póvoa de Varzim na atribuição das verbas do PIDAC. Agora com esta mudança de Governo acredita que haverá mais facilidades para a Póvoa de Varzim? Tenho de acreditar nisso, embora saiba que os constrangimentos financeiros vão ser muitos. Além disso, a Povoa, neste momento, já tem um nível de equipamentos que não exige grande investimento do Governo central, a não ser na área da terceira idade, e também na construção de uma outra escola. Digo até que a Póvoa, em termos de equipamentos, e qualidade de vida está equiparada a uma cidade média dos grandes países da Europa. Se me perguntarem o que falta à Póvoa de Varzim, do ponto de vista estrutural, diria que nada. A Póvoa está no primeiro mundo. Acredita que o Metro ainda pode vir a ocupar a garagem Linhares? Temos de falar com o proprietário, e ver quando ele entende que é altura de investir e transformar o edifício num Centro Comercial. Hoje em dia as coisas não estão apenas dependentes de boas ideias e projectos, está também dependente do financiamento. A aposta na promoção turística de concelho tem de continuar a ter seguimento, no futuro?

Acho que perante a crise que as famílias vivem, cada vez mais haverá tendência a abandonar as férias no estrangeiro ou em pontos do país mais distantes para se apostar nos destinos de proximidade. Acho que vamos voltar à situação dos anos 60 em que a Póvoa vai receber muitos turistas de Chaves, Braga, Vila Real. Até porque no norte do país são poucas cidades que tem as qualidades turísticas como a Póvoa de Varzim, e é isso que temos de continuar a divulgar. "Temos de estar alerta na questão da terceira idade" Acha que a Póvoa, e as suas instituições, no campo do apoio e assistência social, está preparada para os novos desafios que ai vêm? Terá de estar. A Câmara Municipal terá de apoiar, dentro do possível, as instituições do concelho. Temos algumas que estão ficar sobrelotadas, nomeadamente com a questão da terceira idade. Face à aceleração da precariedade da veilhice temos de estar atentos. Nesta questão da solidariedade, assistiu-se, no último ano, a uma dinamismo da sociedade civil, por exemplo, do empresário Artur Antunes, com a situação da auto-escada. Como analisou esse processo? Acho que foi um bom exemplo, e que, no futuro, vamos precisar de ainda mais envolvimento da sociedade civil. Neste caso o Sr Antunes, ele teve um papel fundamental na ideia da auto-escada, que, no final, teve um enorme sucesso. Ainda assim, achei que muitos cidadãos não contribuíram com aquilo que deviam. É um processo lento de modificação de comportamento, uma vez que nos últimos 20 anos sempre nos habituamos que fosse o Estado e as Câmaras Municipais a assumirem praticamente todos os custos na área social. Creio que teremos de voltar ao tempo da contribuição dos cidadãos. Acha que essa atitude deste empresário falta a outros aqui na Póvoa?

Acho que sim, a sociedade poveira está um pouco adormecida. Somos um pouco egocêntricos, mas vamos ter de abdicar de algumas coisas nossas para contribuir para os outros e para nós. Em alguns sectores nota-se alheamento, nomeadamente na questão do Varzim e de outros clubes desportivos que passam por crises de dirigismo e de falta de apoio. Concessão da praia da Estela "impede" naturismo no local 10:32 Quarta feira, 8 de junho de 2011 Esta é uma das grandes novidades da época balnear no concelho, que começa a 15 de Junho, e que foi apresentada na passada segunda-feira com a presença dos vários agentes que participam nesta actividade turística do concelho. A atribuição de uma concessão à praia da Estela é uma das novidades da época balnear deste ano - que começa a 15 de Junho e termina a 15 de Setembro - num processo administrativo que, legalmente, vai inviabilizar a prática de naturismo no local. A concessão foi atribuída à Junta de Freguesia estelense, e já levou a que a Federação Portuguesa de Naturistas (FPN) desistisse de oficializar a prática de naturismo naqueles areais, algo que nos últimos anos tem causado alguns conflitos entre os praticantes e a população.Emília Paiva, da Comissão Directiva da FPN, lamentou, em declarações à Lusa, o desfecho do processo, lembrando que aquela zona "era muito frequentada por naturistas, sobretudo espanhóis". "A partir de agora, essas pessoas terão que ir para outros locais, porque uma concessão afasta, à partida, a possibilidade da prática de naturismo", disse a dirigente, considerando que com a medida "se fecha as portas a um nicho de turismo, ao desenvolvimento e aos benefícios económicos que daí poderiam advir".Aires Pereira, vice-presidente da Câmara, lembrou que "a praia da Estela nunca foi enquadrada como local de naturismo, apenas tem sido ocupada por naturistas", considerando que "agora, com a concessão, já há condições legais para que as autoridades possam intervir sobre esta matéria". Praias mais acessíveis Noutro âmbito, o autarca destacou algumas novidades no que diz respeito a esta época balnear: "Preparamos mais cinco candidaturas a praias acessíveis, para pessoas com dificuldades de locomoção. Fizemos as intervenções necessárias nas acessibilidades e na limpeza das praias, assim como estabelecemos um novo programa de controlo de qualidade da água com o objectivo de, no próximo ano, nos candidatarmos às Bandeira Azuis". Aires Pereira conta que com estes investimentos, aos quais se junta uma nova campanha publicitária de promoção dos areais poveiros, haja "um retorno económico para o concelho e uma ainda maior afirmação da sua vertente turística". Foi também divulgado que nascerá uma zona desportiva junto ao cais norte do Porto de Pesca e irão abrir mais dois novos apoios de praia [bares] na frente urbana. Nadadores-salvadores em número suficiente No capítulo da segurança, tudo está bem encaminhado para que nesta época balnear não se verifique a falta de nadadores-salvadores registada em anos anteriores. O comandante da capitania da Póvoa de Varzim considerou que o protocolo celebrado entre a autarquia e a Associação de Nadadores Salvadores "Os Delfins" - que contempla que a Câmara assuma os custos dos curso dos efectivos do ISN que trabalharão nos areais do concelho - foi decisivo para contrariar a escassez de anos anteriores. "Houve realmente um acréscimo significativo das candidaturas aos cursos e obtivemos bons resultados. Assim, acreditamos que não haverá falta de nadadores salvadores", afirmou Silva Rocha, falando num dispositivo de segurança complementar "semelhante ao do ano passado": "Todas as directrizes de 2010 terão um sentido de continuidade em 2011, uma vez que os resultados obtidos foram muito satisfatórios". Apesar dos preparativos, o comandante não hesitou em deixar alguns concelhos de segurança aos banhistas: "As pessoas devem privilegiar praias vigiadas e acatarem todas as instruções transmitidas quer pelos sinais visuais, pelos nadadores salvadores ou pelos elementos Polícia Marítima. A maior parte dos acidentes ocorrem por descuido ou por se tomar riscos elevados. Nunca é de mais lembrar que, estatisticamente, a grande maioria dos acidentes nas praias acontecem nas não vigiadas". Concessionários esperam que "clima ajude" Da parte dos concessioários das praias, reina também o optimismo para esta época balnear, e João Nunes, elemento da Associação local do sector, espera que o clima "possa ajudar". "Estamos sempre condicionados ao factor clima. Se tivermos bons dias vamos também ter mais gente na praia. Sabemos que somos um destino turístico com algumas limitações climatéricas e sem água quente de outros locais, e isso pode sempre condicionar a nossa actividade", disse João Nunes, confirmando que não recebido queixas dos elementos da associação quanto à falta de nadadores salvadores. O concessionário considerou ainda que "os esforços da autarquia em melhorar a qualidade água e nas campanhas publicitárias podem ser um trunfo de atractividade", concordando com posição da Câmara Municipal em esperar para a próxima época balnear para a candidatura às bandeiras azuis. Unidade de treino enriquece Bombeiros 11:30 Quarta feira, 1 de junho de 2011 Os Bombeiros Voluntários de Vila do Conde festejaram o 99º Aniversário. As festividades contaram com a inauguração da nova Unidade Local de Formação da Escola Nacional de Bombeiros, no Quartel sede. Após a cerimónia de promoção e juramento de Bombeiros, foi inaugurada no passado Sábado a nova Unidade Local de Formação da Escola Nacional de Bombeiros, seguido de um simulacro de um suposto sismo, que teria causado algumas vítimas. "O novo espaço de formação espera-se que venha a ser uma fonte de rendimento para a corporação" como afirmou Joaquim Moreira, que lidera a corporação há seis anos: "Será um espaço de treinos para incêndios urbanos e industriais, que tem também uma área de treino de equipas cinotécnicas". O líder da corporação, defendeu que a formação é uma das prioridades: "O nosso lema é "Vida por Vida" e deve ser respeitado, mas hoje, faz mais sentido "Quem não sabe não salva", investimos muito na formação, não queremos ter super-homens, mas pessoas com conhecimento e treino para serem capazes de contornar o perigo", explicou o comandante, orgulhoso, por ter no quartel, construído há 12 anos, salas de aula, espaço de parada, uma torre, uma estrutura metálica para treino de salvamentos em grande ângulo e, agora, a Unidade de Local de Formação. O novo espaço, em grande parte feito com o trabalho voluntário dos homens da corporação, ficará preparada para dar formação a empresas que pretendam, por exemplo, ter brigadas de incêndios, podendo tornar-se assim numa fonte de receitas: "Podemos, dessa forma, compensar os gastos com a formação e investigar em equipamento de protecção individual", frisou Joaquim Moreira. A nova Unidade ficará ainda disponível para o treino de outras corporações. No Dia Nacional da Protecção Civil, 1 de Maio, foi criado a 1ª Grupo de Infantes e Cadetes dos Bombeiros de Vila do Conde com 25 elementos, dos 8 aos 16 anos: "Começamos com um grupo pequeno, na maioria de filhos dos nossos operacionais, que já andavam na fanfarra, e a palavra foi passando. Depois, com a formação que fazemos nas escolas, começaram a vir mais crianças e resolvemos avançar, explicou Joaquim Moreira. "A ideia é incentivar o volume. Embora não tenhamos sentido, por enquanto, dificuldades em arranjar pessoas, com a escola creio que iremos conseguir manter o equilíbrio de efectivos para responder às nossas necessidades", continuou o comandante. Actualmente, os Voluntários de Vila do Conde têm um corpo activo com 120 elementos (43 são bombeiros do quadro e os restantes são voluntários). O aniversário dos Bombeiros vilacondenses ficou completo, no Domingo, com a realização de uma missa, um desfile motorizado e o almoço convívio. Senhora da Saúde com peregrinação há 65 anos 14:39 Quinta feira, 26 de maio de 2011 É antigo o culto mariano dos pescadores por esta senhora que lhes dá a graça da Saúde, qualquer que seja o mal. Os fiéis fazem promessas e, no último Domingo de Maio (este ano a 29), vão cumprir os votos à Senhora da Saúde, indo a pé até Laúndos. É certo que o culto mariano anima os católicos no mês de Maio de forma especial, sendo que na Póvoa de Varzim, o Arciprestado Póvoa de Varzim/Vila do Conde e municípios vizinhos dedicam especialmente as suas preces à Nossa Senhora da Saúde, marcando também o dia 13 de Maio, dia em que se celebram as aparições em Fátima, ao transporte do andor da Senhora da Saúde desde Laúndos até à Póvoa de Varzim. A tradição manda que o cortejo comece ao fim do dia e as pessoas vão aguardando ao longo da estrada nacional para atirar pétalas de flores à imagem, que é transportada num carro de Bombeiros. A imagem e o andor encontram-se em veneração na Igreja Matriz da Póvoa desde o dia 13. O andor fica em lugar de destaque na Igreja Matriz, que, de acordo com o Prior António Torres, se transforma nestas duas semanas num "verdadeiro Santuário de oração e devoção pela Senhora da Saúde". São muitos os fiéis que aí acorrem para rezar e prepararem a sua reflexão para o dia em que vão fazer os 7 quilómetros a pé para homenagear a sua "Mãe e Salvadora", como referem muitos fiéis. São várias as pessoas que, no dia 13, nos foram revelando que "a Senhora" lhes "tem valido muito, é a Protectora, mais que uma Mãe". As cerimónias do mês de Maria, com as novenas à Sra. da Saúde, têm lugar às 18h30 e ainda às 21h30, de Segunda a sexta-feira. No próximo Domingo, dia 29, a imagem da Senhora da Saúde vai voltar para o seu lugar e será transportada para Laúndos, numa peregrinação que arrasta muitos milhares de fiéis. De acordo com a organização, no ano passado, estimaram-se em 30 mil, os peregrinos que acorreram a Laúndos para prestar a sua fé perante a Senhora da Saúde. Uma acção que já se realiza há 65 anos, tendo sido iniciada pelo Monsenhor Pires Quesado. Muitas horas sem dormir e muitos voluntários Domingos Bouça Nova assumiu as funções de Juiz da Confraria da Senhora da Saúde de Laúndos em Janeiro deste ano, embora resida na freguesia de Laúndos há seis anos. Sucede a um Juiz com muita experiência e que esteve mais de duas décadas à frente da instituição, no entanto, explicou "saiu do cargo por motivos pessoais e os restantes elementos quiseram que fosse eu a ficar a presidir. Não receei o trabalho, porque somos nove pessoas e trabalhamos sempre como uma verdadeira equipa, para além de que temos muita gente a ajudar-nos". Na Confraria há trabalho todo o ano, porque depois da Peregrinação há as Festas no Verão, há todo o trabalho de um terreno para administrar e limpar", sublinhou. Apesar de a Confraria, em conjunto com a Paróquia, os Escuteiros e a Cruz Vermelha tudo fazerem no dia da Peregrinação para receberem bem os peregrinos, havendo um trabalho de preparação que dura o ano inteiro, Bouça Nova lembra que "a maioria das acções começam a partir de Sexta-Feira e só termina no Domingo à noite, e nesses dias, não passamos muitas horas em casa. Na Sexta-feira, começamos a fazer o tapete de flores dentro do Santuário e fazemos directa". Para além disso, o tapete no recinto, próximo do altar da missa, é feito "no próprio dia, naquela manhã, frisou, felizmente "contamos com muitas pessoas particulares que se encarregam de realizar esse trabalho". Estes tapetes de flores são muitos apreciados pelos peregrinos, em particular, o que fica dentro do Santuário. É normal, os fiéis chegarem e fazerem a visita ao interior do Santuário para verem o Tapete, depois rezam o rosário em romaria em volta do templo. O tapete que é feito dentro da Igreja tem à volta de 30 metros quadrados, sendo que este ano o lema que inspira os motivos do desenho é a beatificação do Papa João Paulo II. De resto, os painéis que se vão vendo ao longo da Avenida da Senhora da Saúde, à entrada da freguesia, estampam uma imagem do agora beato. Peregrinação com mais divulgação e um crescimento proporcional Domingos Bouça Nova tem apreciado o crescimento desta manifestação religiosa, referindo que, a cada ano que passa, parece "que vem mais gente e o curioso é que aparecem pessoas de todas as idades, incluindo jovens e mesmo crianças pequenas. Muitas vêm acompanhadas pelos pais e também começam a sentir desde muito cedo esta fé e vão cumprindo a tradição de vir a pé a Laúndos, todos os anos". Isso é também importante para o engrandecimento desta Peregrinação, considerou o Juiz da Confraria, que também reconheceu o grande "contributo que a comunicação social tem dado à divulgação desta manifestação de fé". Há muitos anos, que "há pessoas que vinham a Laúndos e mantinham a tradição, mas à medida que esta foi sendo cada vez mais divulgada, vem aparecendo cada vez mais pessoas e de muitos concelhos vizinhos. Não são apenas os poveiros que têm fé na Senhora da Saúde". Para Domingos Bouça Nova, o facto de a Saúde ser um bem tão precioso, "faz com que muita gente se agarre a esta fé". Exemplo disso é "os ex-votos em cera que a Confraria tem à venda na Casa das Almas. O Juiz da Confraria refere que as pessoas prometem devido a males diversos, já que são comprados em cera, desde "olhos, ouvidos, cabeças, estômagos, pernas, pés, enfim, é muito variado o tipo de ex-votos que são adquiridos". O Juiz da Confraria concorda com a medida que foi tomada há alguns anos a esta parte de proibir a venda ambulante ao longo do percurso na Av. da Senhora da Saúde e no recinto da missa. É sentimento geral na Confraria e na Paróquia que esta peregrinação tem que ser apenas um acto religioso e respeitado pelos que têm fé e estão a fazer o sacrifício de andar 7 quilómetros a pé (quem vai da Póvoa de Varzim a Laúndos). De acordo com este responsável, "não fazia qualquer sentido estarem as pessoas a passar para a missa campal e estarem de lado vendedores ambulantes, "por vezes, com música alta e menos própria". Peregrinação O próximo Domingo, 29 de Maio, as cerimónias terão início às 7h30 com uma missa na Igreja Matriz, sendo que às 9h00 dá-se a saída da Grande Peregrinação à Senhora da Saúde. Percorridos os sete quilómetros e chegados a Laúndos, ao recinto do Santuário da Senhora da Saúde, celebra-se a Eucaristia do Peregrino, este ano presidida por D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz. Às 16h00 terá lugar a Oração da Tarde e, já no final, o Adeus a Nossa Senhora. Com mais de três dezenas de milhar de fiéis a percorrerem os sete quilómetros que separam estas igrejas, a peregrinação conta entre os seus devotos com uma grande parte de pagadores de promessas, principalmente pescadores da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde. Os tripulantes da embarcação Senhora da Saúde costumam ser os homens que carregam, habitualmente, o andor da Senhora ao longo do caminho. José Festas pretende formação através de barco-escola 15:05 Sexta feira, 20 de maio de 2011 O mestre José Festas tomou posse para um terceiro mandato (2011-2013) à frente da Associação Pró Maior Segurança dos Homens do Mar (APMSHM) e definiu como objectivo, dotar as embarcações e pescadores de meios para assegurar a segurança e a criação de um barco-escola para a formação. José Festas promete aproveitar a totalidade do projecto de 4 milhões de euros, denominado "Segurança Viver", que conta com a participação do Estado e da União Europeia, para dotar a classe piscatória com novos e modernos equipamentos, que permitam prevenir acidentes marítimos. O líder associativo, recordou a evolução da associação, enumerando as dificuldades para conseguir manter a mesma em actividade, que começou apenas com dois sócios, juntando actualmente mais de 500. Destacou a importância do valor da cota, comparando com outras associações do sector que recebem "muito mais que a APMSHM". O mestre utilizou o momento, para agradecer o reconhecimento público da instituição, nas palavras dirigidas pelas autoridades nacionais e locais presentes, bem como de todos os anónimos que participaram nos inquéritos online promovidos por este jornal nos últimos anos, e que destacaram José Festas como personalidade do ano em 2009 e 2010. O associativismo e a política José Festas durante a sua alocução, afirmou que vai melhorando o seu sentido critico e reivindicativo e que já "aprendi a ser político", porque "há dois anos dizia que fechávamos a barra, com uma draga à porta sem estar a trabalhar e hoje isto não é assim". O mestre adiantou em jeito de graça, que não afasta a ideia de se virar para a politica, e na possibilidade pessoal de nas eleições autárquicas de 2013, poder assumir uma candidatura à Junta de Freguesia de Vila do Conde, numa 'resposta' a Mário Almeida, que tinha referido que o mestre "está já no terceiro mandato nesta associação", numa alusão à possível limitação de mandatos na Pró Maior. José Festas expressou um carinho familiar, dedicado à sua mulher, que aguenta a falta do mestre no convívio familiar, merecendo destaque por parte de vários colegas dirigentes que consideram "que José Festas casou com a associação". A terminar, o mestre referiu orgulho, por sentir uma unanimidade nos pescadores, traduzida nas últimas eleições, as quais não se registou qualquer voto contra. Por sua vez, Luís Vieira, Secretário de Estado Adjunto das Pescas, a personalidade de José Festas e o projecto de formação e de aquisição de modernos equipamentos, comprovam a dinâmica desta associação, destacando o governante, a formação realizada em 2010 e a programada para este ano, que atinge cerca de 10 mil pescadores. O membro do governo utilizou a cerimónia para afirmar a importância do sector no actual panorama da economia portuguesa, fazendo um apelo para "continuar a divulgar o que é nosso, porque só através do escoamento do produto nacional é que podemos valorizar o trabalho dos pescadores que serão melhor remunerados. Os consumidores têm que procurar a produção nacional em detrimento dos produtos internacionais", como forma de "criar mais riqueza e emprego", alertou. Luís Vieira considerou que este é um papel que cabe não só a quem consome, mas também a quem vende. E virou-se para as grandes superfícies que têm que ter "uma atitude patriótica" ao colocarem nos seus pontos de venda "produtos portugueses", que são superiores em "qualidade e preço", sublinhou. Luís Vieira congratulou-se com o trabalho de incentivo que o Governo tem feito nesta matéria.

As autarquias ao lado da APMSHM Macedo Vieira, presidente da câmara da Póvoa de Varzim, afirmou que "estamos perante um trabalho de consolidação de vários anos, na figura do mestre Festas, pessoa atenta e reivindicativa para a sua associação". Para o edil, é essencial a preparação profissional das pessoas, o que se assiste nas pescas, mas lembrou a recente visita do vice-almirante à cidade, que confirmou a importância do uso dos coletes. Macedo vieira aproveitou a tomada de posse, para "a necessidade de reflectir e reforçar as pescas, atendendo à crise e que o desempenho dos pescadores vai ser importante", já que no entender do autarca, a União Europeia conduziu um processo de diminuição do sector das pescas em Portugal, o qual o autarca não concorda. Macedo Vieira, divulgou também que "quanto ao arranjo do porto, temos vindo a desenvolver soluções que sirvam os pescadores, mas que não defraudem os restantes intervenientes e haja mais segurança e a economia seja reforçada", concluiu. Quanto a Mário Almeida, presidente da Câmara de Vila do Conde, enalteceu a dinâmica de José Festas e forma combativa que tem pela classe piscatória. O líder da autarquia vila-condense, ao contrário de Macedo Vieira, disse "não gostei de ouvir o almirante, com a tónica de falta de sensibilização dos pescadores" e recordou o que aconteceu com 'A Luz do Sameiro', destacando que "não foi a falta de impreparação dos pescadores, mas sim a falta de eficácia dos meios". Na cerimónia de posse, usaram ainda da palavra, José Gouveia, assessor do Secretario de Estado da Defesa Nacional, José Apolinário, Director Geral das Pescas e o Comandante da Marinha, Martins dos Santos, que saudaram os órgãos directivos empossados para mais dois anos de trabalho associativo, destacando a necessidade de um incremento na cultura de segurança no mar. Alunos da Flávio Gonçalves vencem prémio nacional de Matemática 10:35 Quarta feira, 18 de maio de 2011 Um grupo de trinta alunos da Escola Básica 2/3 Dr. Flávio Gonçalves, na Póvoa de Varzim, destacou-se na Competição Nacional de Matemática - EQUAMAT, ao arrecadar o primeiro lugar num conjunto de provas. A competição, organizada e realizada na Universidade de Aveiro, na semana passada, destinou-se a alunos do 3º ciclo do Ensino Básico e teve como objectivo relacionar os conteúdos leccionados na sala de aula com o jogo e o desafio. Na EQUAMAT participaram 211 escolas, entre públicas e privadas de todo o país. Esta prova tem 20 anos de existência e premeia a excelência. Para a professora de Matemática, Graça Bessa, este é um momento de grande orgulho para a escola. "Ficamos em primeiro lugar a nível nacional. É uma satisfação muito grande". A matéria presente nas provas é aquela que é leccionada no 7º, 8º e 9º ano. A professora lembrou que a organização da competição disponibilizou, no início do 2º período, exemplos de provas para os alunos irem treinando. Dos resultados que os alunos obtiveram nos treinos, os professores escolheram os 30 que se distinguiram. Ao longo da prova, os alunos foram separados por anos e em duplas. No final dos exercícios, foi realizada a soma dos resultados e, no total do somatório, a escola da Póvoa obteve o melhor resultado. Graça Bessa, sublinhou que as provas exigiram muita rapidez, tanto de raciocínio como de execução, porque "a classificação foi consoante o tempo que demoravam a responder a cada questão", sendo que para o próximo ano, a professora perspectivou um melhor resultado na pontuação final. Para os alunos, esta foi uma prova das suas capacidades e das da escola. "Fiquei feliz por ter contribuído para a vitória da escola", admitiu André Fernandes, do 8º B. Já Isabel Figueiras, confessou que para irem à competição tiveram de treinar bastante, "porque havia muitos alunos a quererem participar", disse a jovem, acrescentando: "foi um orgulho ganhar o primeiro prémio". Pág. 2 de 13 « ... | 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | ... » Ver 10, 20, 50 resultados por pág.

Pág. 2 de 13 « ... | 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | ... » Ver 10, 20, 50 resultados por pág. Rui Costa brilha no `Tour ´de França 10:47 Quarta feira, 13 de julho de 2011 A vitória de Rui Costa, em representação da equipa espanhola Movistar, na 8ª etapa do Tour 2011, encheu de alegria a sua terra natal, a recém-promovida Vila de Aguçadoura. Pais, irmão, que também pratica a modalidade, e ainda os amigos, festejaram a proeza do jovem ciclista. No sábado passado, o ciclista poveiro, no final da etapa Aigurande/Super Besse Sancy, 189 quilómetros, irradiava felicidade. "Ainda não acredito. É espantoso e incrível" disse Rui Costa, que alcançou a sua primeira vitória no Tour e logo numa etapa com montanha (duas contagens de quarta categoria, uma de segunda e uma de terceira, a coincidir com a chegada), em que o ciclista aguçadourense costuma 'dar cartas'. Foi uma vitória que demorou 4h36m46s. Esta é a terceira participação de Rui Costa na Volta à França, depois de ter desistido em 2009, devido a uma queda e de no ano passado ter chegado a Paris na 73ª posição. Aos 24 anos, Rui Costa brilhou na etapa, ao integrar desde cedo (quilómetro oito) uma fuga juntamente com mais 8 ciclistas, grupo este que ficou reduzido na parte final da etapa, sendo perseguido pelo cazaque Vinokourov, um dos candidatos à vitória final, mas que devido a uma queda já abandonou a competição. O poveiro da Movistar afirmou no final que "cheguei mesmo a pensar que o Vinokourov me apanhava, mas decidi dar tudo". O êxito de Rui Costa ficou registado nas primeiras páginas dos jornais desportivos e generalistas portugueses do passado Domingo e a família desdobrou-se em entrevistas e fotografias para as televisões e imprensa. Aguçadoura e a Póvoa de Varzim ganharam notoriedade com a proeza do ciclista em terras gaulesas. A vitória mais importante Rui Costa, que começou a correr aos 11, na equipa do Gilhabreu, já tem uma série de feitos no seu currículo, com destaque para o triunfo nos 4 Dias de Dunquerque, em 2009, a conquista da Volta à Comunidade de Madrid, em 2011, e o segundo lugar na Volta a França do Futuro, em 2008. O ciclista em Outubro de 2009 foi homenageado pela Junta de Aguçadoura, pelas proezas alcançadas nos continentes europeu e americano, espalhando o nome da freguesia pelo mundo. Caracterizada por ser uma população laboriosa, Aguçadoura é também uma terra de gentes do ciclismo. Actualmente, além do Rui, o seu irmão Mário Costa, actual vice-campeão de fundo, em representação do Louletano, João Cabreira, do Boavista, recente campeão nacional de fundo e ainda Bruno Lima, do Boavista, são outros nomes que nasceram em Aguçadoura, e que prometem mais êxitos para o panorama velocipédico nacional e local. Quadro de excelência Com apenas 24 anos, Rui Costa juntou o seu nome à lista de ciclistas nacionais que venceram etapas na Volta à França. Joaquim Agostinho, Paulo Ferreira, Acácio da Silva, José Azevedo e Sérgio Paulinho, fazem parte deste clube restrito de portugueses que almejaram o sucesso na prova francesa. No entanto, com a vitória do passado sábado, o jovem de Aguçadoura passou a ser o mais novo entre os lusitanos a conseguir tal proeza. Tito ruma ao Aves: "Foi uma proposta irrecusável" 11:05 Quarta feira, 6 de julho de 2011 O ex-jogador do Varzim ainda ponderou ficar, mas a indefinição do clube, devido ao próximo acto eleitoral, precipitou a decisão. Depois de sete temporadas ao serviço do Varzim, o médio Tito, um dos capitães de equipa, vai prosseguir a sua carreira no Desportivo da Aves, da Liga de Honra, numa decisão que o jogador afirmou ser "difícil", mas "irrecusável", mediante a proposta dos avenses. "Foi uma decisão muito complicada, sou da Póvoa, é o clube da minha terra, mas tenho de olhar para a minha vida. O futebol acaba rápido, tinha de tomar esta decisão, porque estou prestes a ter um filho e tenho de lhe garantir um bom futuro", disse o jogador ao Póvoa Semanário. Tito revelou ainda que, mesmo com o Varzim na II divisão, ponderou ficar no clube, mas que a incerteza sobre o futuro do emblema poveiro, com o acto eleitoral que se aproxima, o "forçou" a tomar a decisão de jogar no Desportivo das Aves. "Tinha falado com actual presidente sobre os objectivos do clube para a próxima época, e mesmo sabendo que tinha de reduzir o salários, fiquei empolgado com o projecto de subida e pensei em ficar. Mas surgiu uma nova lista, que não conheço os objectivos, e tinha de tomar uma decisão rápida para não estar em indefinição", descreveu o jogador. O atleta poveiro afirmou que todo o seu processo de saída foi tratado com a maior transparência: "Esta Direcção fez tudo para que ficasse e nunca forcei a saída, porque é um clube que sempre me apoiou em tudo, mas não havia hipótese. Só tenho de agradecer a todos terem me deixado prosseguir com a minha vida". Na saída do Varzim, Tito dirigiu-se aos associados: "Obrigado por todo o apoio. Espero e que o Varzim, com a equipa que estava a ser construída, volte à Liga de Honra e, pelo apoio dos sócios, quem sabe, à I divisão, que é o lugar que merece", afirmou. Rui Quinta deixa comando do Varzim para ser adjunto do FC Porto 16:17 Quinta feira, 30 de junho de 2011 O técnico contratado pelos poveiros no início desta época, não vai chegar a orientar um jogo do Varzim, após ter sido convidado para ser o número dois do novo treinador do FC Porto, Vítor Pereira. Varzim não deve receber qualquer indemnização. Durou pouco mais de 15 dias a experiência de Rui Quinta como treinador do Varzim. O técnico, de 51 anos, que assinou no passado dia 13 de Junho contrato de uma temporada com o emblema poveiro, vai deixar o clube para integrar a equipa técnica do FC Porto, liderada por Vítor Pereira. Rui Quinta será o número dois do novo treinador dos portistas, e com esta saída deixa o Varzim, novamente, sem treinador, e restante equipa técnica, composta por dois adjuntos que vieram com Rui Quinta para a Póvoa.Lopes de Castro, presidente dos "lobos do mar", confirmou ao Póvoa Semanário que Rui Quinta informou, previamente, o clube sobre o convite feita pela SAD portista, e agradada com a forma como técnico expôs a situação, e por considerar que é um convite irrecusável para o técnico, a direcção varzinista não vai colocar qualquer entrave à saída do treinador. No compromisso firmado entre Varzim e Rui Quinta, não estava contemplada qualquer cláusula de rescisão, relativa a uma possível saída do técnico, sendo, por isso, pouco crível que o emblema poveiro tenha direito a qualquer indemnização financeira. Até à hora do fecho desta edição, o Varzim ainda não tinha recebido qualquer informação por parte do FC Porto sobre o interesse em contratar Rui Quinta, sendo que o técnico esteve no dia de ontem reunido com os responsáveis portistas a ultimar os detalhes do seu novo contrato. Rui Quinta iria voltar ao activo, no Varzim, depois depois de estar sem clube desde a época 2009/2010, altura em que comandou o Gil Vicente, na Liga de Honra. No currículo, o técnico conta ainda com passagens pelo Penafiel, Aliados de Lordelo e Paredes. Novo treinador só a 9 de Julho Após a inesperada saída de Rui Quinta, o Varzim vê-se obrigado a ir novamente ao mercado para contratar um treinador para a próxima temporada, onde o objectivo è o regresso aos campeonatos profissionais. Ainda assim, o Póvoa Semanário apurou que a actual direcção, chefiada por Lopes de Castro, não vai, para já, tomar qualquer decisão sobre esta matéria, esperando até ao dia 9 de Julho, devido ao acto eleitoral em que, previsivelmente, se irão apresentar duas listas, uma liderada por Lopes de Castro e outra por Pedro Faria. Câmara dá parecer negativo ao projecto da nova USF de Aver-o-Mar 11:17 Terça feira, 21 de junho de 2011 Segundo os técnicos da autarquia, o projecto para o novo edifício da Unidade de Saúde Familiar de Aver-o-Mar, da responsabilidade da Administração Central, "tem erros de implementação e revela um desrespeito ao Plano de Urbanização do concelho". A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim deu parecer negativo ao projecto gizado pela Administração Central para a construção do novo edifício da Unidade de Saúde Familiar de Aver-o-Mar. Segundo a autarquia poveira, o projecto, da responsabilidade da Secretaria de Estado da Saúde, "tem erros de implementação e revela um desrespeito ao Plano de Urbanização no que concerne ao índice de construção". Isto porque o esboço feito pelo Estado contempla um índice de construção de 1,2, numa área em que apenas é permitido 0,9, o que, na prática, se traduz em 1200 metros quadrados de área [cerca de um piso] além do permitido pelos instrumentos de planeamento municipal. Este parecer da Câmara Municipal não tem carácter vinculativo, uma vez que os projectos da Administração Central não precisam de ter licenciamento das autarquias, mas, por outro lado, também não podem desrespeitar as regras da Administração Local. No final da reunião de Câmara da passada segunda feira, Macedo Vieira, presidente da autarquia, analisou a situação da seguinte forma. "O projecto foi entregue tarde e a más horas na Câmara, e só depois do nosso vice-presidente chamar atenção sobre o facto ao ex-Secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, aquando de uma vista à Póvoa", começou por dizer o edil, completando: "Foi uma obra com alguma precipitação. Infelizmente politizaram-na, até à última hora, e nestas situações quem acaba por ser prejudicada é a população". Macedo Vieira, confirmou, no entanto, que já estão a ser desenvolvidos encontros entre os técnicos da autarquia e da empresa responsável pela obra, contratada pelo Estado, para resolver a situação, sublinhando: "Espero que rapidamente haja condições para que Aver-o-Mar tenha o seu Centro de Saúde, agora não politizado". Da parte dos vereadores do PS, que foram os primeiros a anunciar o arranque da empreitada, Paulo Eça, porta-voz dos socialistas nesta reunião, falou em diferenças "de pormenor". "Este parecer técnico da autarquia levanta algumas questões, mas que penso serem de pormenor. A Câmara deve apoiar o projecto, pois é uma obra prometida há muito tempo", começou por dizer Paulo Eça, detalhando: "É uma diferença de 0,3 no índice de construção, que, do meu ponto de vista, não é nada de extraordinário. É algo que está ser resolvido porque todos queremos que obra avance rapidamente". Já Jorge Serrano, vereador do CDS, falou em "situação ridícula": "É processo no mínimo atabalhoado por parte da Administração Central. Mandaram fazer uma coisa que não respeita as regras vigentes da administração local. É um exemplo do desgoverno que graça neste país. É algo de caricato mas estou certo que o problema se vai resolver". "A Poveira" com benesse de mais um ano Ainda no decorrer desta reunião de Câmara foi concedida uma ampliação do prazo, por mais um ano, para que a fábrica de conservas "A Poveira" efectue a transferência da sua unidade fabril para Parque Industrial de Laúndos, num processo em que autarquia tem apoiado os responsáveis da empresa, considerando do interesse municipal que a unidade se mantenha em funcionamento no concelho, e conserve os actuais 140 postos de trabalho. Foi também decidido o arranque da segunda fase das obras nas piscinas municipais, que desta vez irão versar os balneários do equipamento, e que terão um custo de 780 mil euros, com a comparticipação do Instituto de Turismo. Foi também concedida autorização para que os táxis possam usar, entre as 00h00 e as 06h00, os espaços dedicados, durante o dia, aos autocarros, na Avenida dos Banhos e Avenida dos Descobrimentos. Entre os vários apoios concedidos nesta sessão, destaque para a Festa do Mar, da organização dos Leões da Lapa. "Se não tivesse antecipado algumas situações o Município da Póvoa de Varzim estaria falido" 11:49 Quarta feira, 15 de junho de 2011 Nas comemorações do 38º aniversário da elevação da Póvoa de Varzim a Cidade, Macedo Vieira analisa os conturbados últimos meses do país, transportando-os para a realidade local. O autarca, em entrevista ao Póvoa Semanário, aborda também vários temas da sociedade poveira e vaticina os desafios que o município irá enfrentar nos próximos tempos. Qual foi o critério para escolhas dos homenageados deste ano no dia da Cidade? Primeiro, em função do desempenho que esses cidadãos e instituições deram, ao longo da sua vida, para a riqueza cultural e empreendedorismo do concelho. O Rancho Poveiro, que assinala 75 anos de existência, é uma marca das tradições do município da Póvoa de Varzim, e, face ao desempenho das pessoas que o integraram, com uma coerência de desempenho e estabilidade nos levou a atribuir a medalha de ouro. Na área cultural e associativa, o senhor António da Conceição mantém, apesar da idade, um vigor e uma vitalidade que é um exemplo notável para os jovens, não só na dedicação ao Clube Naval e à Banda de Música, como a tantas outras instituições. Relativamente à LEICAR, que assinala este 25 anos de existência, uma associação de agricultores com uma obra notável. Tem a sua sede, em S. Pedro de Rates, instalado, com grande sucesso, o mercado de gado, e está a construir uma nova unidade industrial de transformação de produtos lácteos. É uma ajuda fundamental ao sector pecuário do concelho. Habitualmente no Dia da Cidade faz sempre uma intervenção de fundo no seu discurso. Tem já alguma ideia do que vai transmitir no próximo dia 16 Junho?

Nesse dia, a minha intervenção costuma versar três aspectos. Primeiro, a vida, o desempenho e porquê da escolha dos homenageados. Depois, falo sobre o desenvolvimento do concelho, onde estamos e para onde vamos. E, finalmente, faço uma abordagem mais global sobre a nossa situação, quer do município quer do país, e das vulnerabilidades a que estamos sujeitos pelos acontecimentos internacionais. Nos últimos anos, temos sido, infelizmente, cercados por uma crise internacional e de crescimento dentro da Europa que tem condicionado o desenvolvimento económico e financeiro do país. Este ano irei certamente abordar aquilo que penso sobre o estado actual da Europa e o que nos vai acontecer nos próximos tempos. Muita gente não percebia quando eu falava sobre estes assuntos mais genéricos, mas sempre defendi que temos de pensar no geral para agirmos localmente. Se não tivesse feito isso, e antecipado algumas situações, hoje o município da Póvoa de Varzim estaria em falência, como alguns dos nossos concelhos vizinhos. Consegui acautelar isso, mesmo com custos políticos, quando defendi o sistema de "utilizador pagador", e que muitas pessoas tiveram dificuldades em perceber. Hoje, temos na autarquia uma situação económica estável, com uma redução da dívida, contraída em investimento importante para a cidade, nomeadamente na rede do saneamento que é hoje um activo importante para o concelho, avaliado em mais 70 milhões de euros. Dá-me satisfação ter acautelado o nosso futuro. Falou na questão do saneamento e da sua sustentabilidade. Entende que a população reagiu bem ao novo tarifário? Penso que sim, foi bem explicado, conseguimos melhorar o serviço, temos uma ETAR do primeiro mundo, acabamos com o problema da poluição, baixamos os tarifários para 80 por cento dos consumidores. Acho que é pacífico. Como vê as críticas da oposição relativamente a este tarifário da água? A oposição votou favoravelmente, mas não é uma solução que agrade a toda a gente. A oposição que vivia á custa da contestação do modelo anterior, talvez tenha de regressar ao mesmo, porque o tempo deu-me razão. Em termos financeiros a rede do saneamento continua a ser o grande património do activo do município? É o maior património e o que pode vir a dar maior rentabilidade. Será alienável um dia? Penso que não, estou a fazer tudo para que possamos pagar a dívida a curto prazo relativa das melhorias deste activo que se cifra em 10 milhões de euros. Vou fazer com que eu e a minha equipa não precise de fazer essa alienação, deixando o município saneado para o próximo presidente da Câmara. "Espero ter o Garret pronto no final do mandato" Nas últimas duas décadas a cidade cresceu muito em termos de Serviços, mas também se começou a falar muito do sector da Agricultura e das Pescas. Este sector primário será fundamental para o desenvolvimento do concelho na próxima década? Esse foi, no passado, o segredo da sustentabilidade económica do município, mas que se perdeu, um pouco, no sector das pescas, devido às medidas impostas pela União Europeia. Por outro lado, o nosso sector hortícola e de pecuária é um exemplo para o resto do país. Acho que a Póvoa tem que apostar novamente na Pesca, continuar a apoiar a Agricultura, e também trabalharmos em outros sectores relacionados, como as diligências que fizemos para que a Conserveira Poveira se modernizasse com uma nova unidade fabril. Durante os seus mandatos há sempre obras emblemáticas. Acredita que até ao final desta legislatura o Cine Teatro estará concluído? Penso que sim, temos o financiamento garantido, e espero que não volta haver problemas. A decorrer tudo normalmente, espero no final do mandato ter o Garret e a sede da Banda de Musica concluída. No seu último programa eleitoral apresentou como proposta a possível remodelação do Mercado Municipal. Espera ainda o fazer? A remodelação fizemo-la há pouco tempo, também devido ao incêndio. Mas construir, para já, um novo Mercado não vai ser possível, isto apesar de termos o projecto pronto... É um desgosto pessoal? Claro que era um desejo que tinha, até porque creio que teria um simbolismo especial. Mas enfim... nem todas as utopias são realizáveis. De facto, não é, de momento, uma absoluta prioridade. O mercado que temos está a funcionar bem, por isso seria um excesso de zelo deitar aquele a baixo para construir um novo. Acho que o que já fizemos ao longo destes anos foi muito mais do que eu próprio pensava fazer. Recordo que vinha com a ideia e completar apenas dois mandatos, e já vou no quinto. Acho que no final deste o meu papel na autarquia estará concluído. E mesmo que a lei venha a mudar, posso afirmar que nunca seria, de novo, candidato. O meu contributo à causa pública já o suficiente. "Póvoa e Vila do Conde como concelho único é utópico" Há um ano vaticinava acontecimentos como a introdução das portagens, a demissão de José Sócrates ou o Governo do país dividido por dois partidos. A sua experiência leva-o a ler com facilidade o futuro? Algumas pessoas pensam que estas coisas são um delírio da minha parte em tentar adivinhar o futuro. Mas trata-se de trabalho e preparação. Os meus colaboradores, às vezes, ficam admirados como é que eu consigo ter tempo para ler tanto. Mas isso faz também parte do meu trabalho. Só tendo informação e conhecimento é que se pode raciocinar e tentar imaginar o futuro. É isso que tento fazer, lendo jornais internacionais, livros de economia, o texto de filósofos actuais que pensam o mundo. Com isso, absorvo os sinais da transformação do planeta. Devo dizer-lhe que faço isso porque gosto, mesmo sabendo que tal me tira tempo às horas de lazer e convívio com a família, nomeadamente à noite e ao fim-de-semana. Mas, cada vez mais, estou a preparar a minha vida para quando deixar de ter ocupação na Câmara Municipal ter motivação para outras coisas que goste de fazer. Ainda assim, com esta crise, talvez tenha de mudar aquilo que eu pensava ser uma reforma, a breve prazo, para me dedicar às leituras. Talvez tenha de trabalhar para o resto da minha vida, tal e qual como o meu pai que com 81 anos continua à frente da empresa. Portugal terá, dentro de dias, um novo Governo com a missão de cumprir o memorando da Troika. Acha que vamos conseguir cumpri-lo? Antever o que vai acontecer é muito difícil, mas acho que a no próximo ano o nosso país, a Europa e o Mundo estarão profundamente diferentes. Temo que Portugal seja metido num remoinho sem fundo. Não sei se seremos capazes de cumprir as medidas da Troika. Toda a gente acha que precisamos de reformas, mas tomá-las na nossa casa ou no nosso quintal é muito difícil. É ver a questão das portagens, das reformas do municípios ou questão da reforma da justiça e da educação. Acho que o tempo que temos para tomar essas medidas é muito pequeno para o nosso país. Somos muito anárquicas e desorganizados. Pensamos e agimos muito pouco colectivamente, e essa será uma das nossas maiores dificuldades. Além disso, haverá o agravamento das dívidas soberanas que causará ainda mais dificuldades para os países do sul da Europa. Temo que para o ano estejamos numa situação complicada do ponto de vista económico e do sistema bancário e do Estado. Acho que o povo vota sempre com grande sensatez e sabedoria, rejeitaram o modelo irreal enganoso do passado, e com o seu instinto votou bem. Portugal passará a ter um Governo de coligação de direita, que me parece o mais adequado para o actual momento da Europa. Além disso, penso que este Governo terá mais facilidades para tomar certas medidas, devido ao seu ponto de vista ideológico. Acha que a população portuguesa está mesmo preparada para as dificuldades que aí vêem? Acho que está, pelo menos, alertada, e a intuir a aquilo que pode acontecer no futuro se não nos mobilizarmos. Penso que o povo, com a sua inteligência colectiva, está a perceber para onde caminhamos e o que será necessário fazer. Caso contrário, será a tragédia... No memorando com a Troika estão contempladas algumas questões ligadas aos municípios e freguesias, nomeadamente fusões. Acredita que isso pode mesmo avançar? Tem de avançar. Mas reconheço que será muito complicado. Os próprios autarcas não estão preparados para isso. Já começou a haver vozes contra essa ideia. Acho que está na altura de se fazer algumas alterações, nomeadamente nos concelhos maiores. Sei que tal será doloroso em termos de bairrismo, mas tenho dúvidas que em democracia isso será possível. Na Póvoa, acho que com pequenos ajustes isso pode vir a acontecer, mas tem de haver um estudo sobre esta matéria. Mas admito, com o tempo, que se possa reordenar algumas coisas. E parece-lhe utópico falar numa união entre Póvoa de Varzim e Vila do Conde? Se voltarmos à soberania dos Estados europeus não acho isso possível. Mas se evoluirmos para uma Europa económica, política e federativa, a história vai dizer que sim. Não sei se isso irá acontecer em 10, 20 ou 50 anos, mas num cenário de unificação da Europa não tenho dúvidas que isso vai suceder. Agora não acredito que actualmente, haja condições na Europa para avançarmos para um Estado federal com uma política comum, e não uma Europa de Estados soberanos como está a acontecer. As necessidades da realidade têm força para superar bairrismos e rivalidades. Há uns anos atrás havia muita contestação como um hospital comum e hoje, tal como acontece com a ETAR ou com Escola Superior, essa parece-me uma questão pacífica. Reconheço que hoje não seria fácil aceitar um município único. Acho que neste momento é uma utopia. "Aires Pereira tem condições para ser o próximo presidente da Câmara" Já afirmou publicamente que gostava, quando saísse de Câmara, conduzir a instalação do novo Centro Hospitalar Póvoa de Varzim / Vila do Conde. Ainda mantêm essa ideia? Acho que tal como fiz uma revolução quando entrei para a Câmara Municipal, também seria capaz de o fazer nesse projecto, até pela minha experiência profissional. Gostava de conduzir esse processo, mas se me falar num emprego de gestão hospitalar não se sei se estarei interessado. Nunca estive obecedado com isso. A mim o que move não é um emprego, mas sim o desafio de instalar um novo hospital, e se fosse o da minha terra seria óptimo. E admite sair antes de terminar o mandato por um convite aliciante político que possa surgir? O meu compromisso é chegar ao final do mandato e fazer a condução do município para outra pessoa. Mas sempre ressalvei que na vida é apenas certo a morte e termos de pagar mais impostos... Sinto-me com o direito de fazer o que quiser porque já dei o meu contributo à causa pública. Estarei disponível para aceitar um grande desafio na minha área e na minha terra. Considera que, cada vez mais, Aires Pereira se perfila como o seu sucessor na candidatura à Câmara Municipal pelo PSD? Tenho dito que quem ditará o meu sucessor será o partido. E se partido quiser a minha opinião eu darei. Não me sinto no direito de indicar ou impor um sucessor, porque isto não é uma monarquia. Parece-me que o Eng Aires Pereira é aquele que mais vontade tem mostrado em ser o candidato. Por isso, se ele entender que tem condições, por mim tudo bem. Foi sempre o meu número dois, eficaz e leal ao nosso projecto. Teria condições para ser o próximo presidente da Câmara. Mas quem decide serão os eleitores... A Póvoa de Varzim poderá continuar a ser liderada apenas PSD? Nas últimas eleições disse que seria bom o PSD começar a pensar numa estratégia parecida com o que se passa com o partido a nível nacional. A Esquerda é maioritária no país, e embora na Póvoa não tenha sido, não há quem nos garanta que não venha mudar. Na cidade da Póvoa, em Aver-o-Mar e Argivai o PS já tem ganho. São sinais que os eleitores da Póvoa estão disponíveis para votar noutros partidos. O PSD, embora seja o partido mais organizado, tem de ter algumas cautelas. Até porque as próximas eleições autárquicas, em 2013, poderão não ter um clima favorável ao PSD. Será o momento em que país estará sujeito às decisões da Troika, o Governo já tomou decisões muito importantes e talvez impopulares, o que poderá gerar algum descontentamento nos eleitores. Acha que a previsível passagem de Afonso Oliveira para deputado poderá facilitar a tarefa de diálogo com o Governo? Creio que sim, mas também temos um bom diálogo com a distrital do PSD/Porto. Como dizia o autor Max Weber, a política é uma conjugação de esforços, e, por isso, quem não se mexer ficará para trás. Aconteceu isso, diversas vezes, com a nossa relação com o Instituo de Turismo. Se eu não me tivesse imposto em muitas situações, a Póvoa, provavelmente, teria perdido ainda mais do que nos tiraram. O raciocínio é que perde um bom vereador e ganhar um deputado útil? Penso que sim, mas sempre achei que não devemos "cortar as asas às pessoas". Sempre disse aos meus colaboradores ao longo destes anos que nunca os prenderia. É um bom trabalhador, mas quem vier a seguir, que provavelmente será a Dr. Lucinda Delgado com quem já conversei recebi a sua disponibilidade, será integrado na equipa. Haverá redistribuição dos pelouros? Na altura se verá... Mas certamente que já pensou nisso? Claro que pensei, mas isso não significa que já tenha as decisões tomadas. A distribuição é sempre de acordo com as necessidades do município e pelo perfil das pessoas. Se tiver eu de assumir as finanças faço-o, tal como aconteceu durante dois mandatos, e sai-me bem. "Vamos continuar a apoiar fortemente o Varzim" Falando do Varzim, pergunto-lhe se ainda está triste com a descida de divisão? Claro que estou. Apostei muito nesta equipa, porque achei que a Direcção finalmente acertou na aposta numa equipa que se identificasse tanto com a Póvoa como com público. Não descemos por causa deste ano, mas por outros erros do passado, e que já há mais de dez anos vinha a alertar, tanto a este presidente como ao anterior. Mas estou solidário com esta Direcção. Não tivemos sorte, mas o caminho foi o correcto. Durante a minha vida de varzinista já estive em muitas alegrias da subida mas também em tristezas de descidas, e o clube não desapareceu. Foi motivo de termos mais vontade de trabalhar, nada está perdido, não vamos atirar a toalha ao chão. Não vamos, por isto, deixar de apoiar o Varzim, o meu empenho pessoal não se irá alterar. Como reagiu aos comentários de que a Câmara estava interessada que o Varzim descesse? Só um fanático é que pode dizer isso. O que sempre defendi é que tínhamos de voltar a uma política realista, porque o contrário quase levou a ruína do clube. Se não tivessemos o estádio, estaríamos arruinados. Sempre defendi que temos de apostar nas escolas do clube e se descermos paciência. Não contem comigo para apoiar ilusões e utopias para arruinar o clube. Agora que o Varzim desceu a Câmara vai continuar apoiar o clube com o mesmo valor? Isso não sei, porque não depende apenas de mim. Não sabemos como vai evoluir a economia e os cortes que nos obrigarão a fazer. Não posso garantir em absoluto os valores, mas é certo que vamos apoiar fortemente o clube, isso não há dúvidas. O Varzim é uma peça importante no desenvolvimento estratégico da cidade, é o clube mais emblemático do concelho e um embaixador da Póvoa. Seria uma grande irresponsabilidade abandonarmos o clube. Somos uma peça essencial na ajuda, mas a cidade os varzinistas e os poveiros também têm de o fazer. Quanto ao estádio que o Varzim pretende construir, acha que, na actual situação, é viável o clube manter essa ideia?

Tem que ser. O Varzim tem esse negócio concluído, fizemos a revisão do Plano de Urbanização, e do ponto de vista da Câmara Municipal não há nenhuma objecção. Só falta o clube meter o projecto na Câmara. Parece que está a correr tudo bem, até porque o próprio investidor, num jantar do Varzim, assumiu que tinha o financiamento garantido. Quero acreditar nisso. Ficou desiludido com aquela situação de alguns empresários terem anunciado a candidatura ao Varzim e depois terem desistido?

Acho que houve alguma precipitação e falta de experiência. Deviam ter se preparado melhor e conhecer a situação do clube. Liderar o Varzim é um desafio difícil, e, por isso, é fundamental começar a construção do estádio. "Do ponto de vista estrutural nada falta à Póvoa" Diversas vezes considerou que o anterior Governo Socialista poucas vezes considerou a Póvoa de Varzim na atribuição das verbas do PIDAC. Agora com esta mudança de Governo acredita que haverá mais facilidades para a Póvoa de Varzim? Tenho de acreditar nisso, embora saiba que os constrangimentos financeiros vão ser muitos. Além disso, a Povoa, neste momento, já tem um nível de equipamentos que não exige grande investimento do Governo central, a não ser na área da terceira idade, e também na construção de uma outra escola. Digo até que a Póvoa, em termos de equipamentos, e qualidade de vida está equiparada a uma cidade média dos grandes países da Europa. Se me perguntarem o que falta à Póvoa de Varzim, do ponto de vista estrutural, diria que nada. A Póvoa está no primeiro mundo. Acredita que o Metro ainda pode vir a ocupar a garagem Linhares? Temos de falar com o proprietário, e ver quando ele entende que é altura de investir e transformar o edifício num Centro Comercial. Hoje em dia as coisas não estão apenas dependentes de boas ideias e projectos, está também dependente do financiamento. A aposta na promoção turística de concelho tem de continuar a ter seguimento, no futuro?

Acho que perante a crise que as famílias vivem, cada vez mais haverá tendência a abandonar as férias no estrangeiro ou em pontos do país mais distantes para se apostar nos destinos de proximidade. Acho que vamos voltar à situação dos anos 60 em que a Póvoa vai receber muitos turistas de Chaves, Braga, Vila Real. Até porque no norte do país são poucas cidades que tem as qualidades turísticas como a Póvoa de Varzim, e é isso que temos de continuar a divulgar. "Temos de estar alerta na questão da terceira idade" Acha que a Póvoa, e as suas instituições, no campo do apoio e assistência social, está preparada para os novos desafios que ai vêm? Terá de estar. A Câmara Municipal terá de apoiar, dentro do possível, as instituições do concelho. Temos algumas que estão ficar sobrelotadas, nomeadamente com a questão da terceira idade. Face à aceleração da precariedade da veilhice temos de estar atentos. Nesta questão da solidariedade, assistiu-se, no último ano, a uma dinamismo da sociedade civil, por exemplo, do empresário Artur Antunes, com a situação da auto-escada. Como analisou esse processo? Acho que foi um bom exemplo, e que, no futuro, vamos precisar de ainda mais envolvimento da sociedade civil. Neste caso o Sr Antunes, ele teve um papel fundamental na ideia da auto-escada, que, no final, teve um enorme sucesso. Ainda assim, achei que muitos cidadãos não contribuíram com aquilo que deviam. É um processo lento de modificação de comportamento, uma vez que nos últimos 20 anos sempre nos habituamos que fosse o Estado e as Câmaras Municipais a assumirem praticamente todos os custos na área social. Creio que teremos de voltar ao tempo da contribuição dos cidadãos. Acha que essa atitude deste empresário falta a outros aqui na Póvoa?

Acho que sim, a sociedade poveira está um pouco adormecida. Somos um pouco egocêntricos, mas vamos ter de abdicar de algumas coisas nossas para contribuir para os outros e para nós. Em alguns sectores nota-se alheamento, nomeadamente na questão do Varzim e de outros clubes desportivos que passam por crises de dirigismo e de falta de apoio. Concessão da praia da Estela "impede" naturismo no local 10:32 Quarta feira, 8 de junho de 2011 Esta é uma das grandes novidades da época balnear no concelho, que começa a 15 de Junho, e que foi apresentada na passada segunda-feira com a presença dos vários agentes que participam nesta actividade turística do concelho. A atribuição de uma concessão à praia da Estela é uma das novidades da época balnear deste ano - que começa a 15 de Junho e termina a 15 de Setembro - num processo administrativo que, legalmente, vai inviabilizar a prática de naturismo no local. A concessão foi atribuída à Junta de Freguesia estelense, e já levou a que a Federação Portuguesa de Naturistas (FPN) desistisse de oficializar a prática de naturismo naqueles areais, algo que nos últimos anos tem causado alguns conflitos entre os praticantes e a população.Emília Paiva, da Comissão Directiva da FPN, lamentou, em declarações à Lusa, o desfecho do processo, lembrando que aquela zona "era muito frequentada por naturistas, sobretudo espanhóis". "A partir de agora, essas pessoas terão que ir para outros locais, porque uma concessão afasta, à partida, a possibilidade da prática de naturismo", disse a dirigente, considerando que com a medida "se fecha as portas a um nicho de turismo, ao desenvolvimento e aos benefícios económicos que daí poderiam advir".Aires Pereira, vice-presidente da Câmara, lembrou que "a praia da Estela nunca foi enquadrada como local de naturismo, apenas tem sido ocupada por naturistas", considerando que "agora, com a concessão, já há condições legais para que as autoridades possam intervir sobre esta matéria". Praias mais acessíveis Noutro âmbito, o autarca destacou algumas novidades no que diz respeito a esta época balnear: "Preparamos mais cinco candidaturas a praias acessíveis, para pessoas com dificuldades de locomoção. Fizemos as intervenções necessárias nas acessibilidades e na limpeza das praias, assim como estabelecemos um novo programa de controlo de qualidade da água com o objectivo de, no próximo ano, nos candidatarmos às Bandeira Azuis". Aires Pereira conta que com estes investimentos, aos quais se junta uma nova campanha publicitária de promoção dos areais poveiros, haja "um retorno económico para o concelho e uma ainda maior afirmação da sua vertente turística". Foi também divulgado que nascerá uma zona desportiva junto ao cais norte do Porto de Pesca e irão abrir mais dois novos apoios de praia [bares] na frente urbana. Nadadores-salvadores em número suficiente No capítulo da segurança, tudo está bem encaminhado para que nesta época balnear não se verifique a falta de nadadores-salvadores registada em anos anteriores. O comandante da capitania da Póvoa de Varzim considerou que o protocolo celebrado entre a autarquia e a Associação de Nadadores Salvadores "Os Delfins" - que contempla que a Câmara assuma os custos dos curso dos efectivos do ISN que trabalharão nos areais do concelho - foi decisivo para contrariar a escassez de anos anteriores. "Houve realmente um acréscimo significativo das candidaturas aos cursos e obtivemos bons resultados. Assim, acreditamos que não haverá falta de nadadores salvadores", afirmou Silva Rocha, falando num dispositivo de segurança complementar "semelhante ao do ano passado": "Todas as directrizes de 2010 terão um sentido de continuidade em 2011, uma vez que os resultados obtidos foram muito satisfatórios". Apesar dos preparativos, o comandante não hesitou em deixar alguns concelhos de segurança aos banhistas: "As pessoas devem privilegiar praias vigiadas e acatarem todas as instruções transmitidas quer pelos sinais visuais, pelos nadadores salvadores ou pelos elementos Polícia Marítima. A maior parte dos acidentes ocorrem por descuido ou por se tomar riscos elevados. Nunca é de mais lembrar que, estatisticamente, a grande maioria dos acidentes nas praias acontecem nas não vigiadas". Concessionários esperam que "clima ajude" Da parte dos concessioários das praias, reina também o optimismo para esta época balnear, e João Nunes, elemento da Associação local do sector, espera que o clima "possa ajudar". "Estamos sempre condicionados ao factor clima. Se tivermos bons dias vamos também ter mais gente na praia. Sabemos que somos um destino turístico com algumas limitações climatéricas e sem água quente de outros locais, e isso pode sempre condicionar a nossa actividade", disse João Nunes, confirmando que não recebido queixas dos elementos da associação quanto à falta de nadadores salvadores. O concessionário considerou ainda que "os esforços da autarquia em melhorar a qualidade água e nas campanhas publicitárias podem ser um trunfo de atractividade", concordando com posição da Câmara Municipal em esperar para a próxima época balnear para a candidatura às bandeiras azuis. Unidade de treino enriquece Bombeiros 11:30 Quarta feira, 1 de junho de 2011 Os Bombeiros Voluntários de Vila do Conde festejaram o 99º Aniversário. As festividades contaram com a inauguração da nova Unidade Local de Formação da Escola Nacional de Bombeiros, no Quartel sede. Após a cerimónia de promoção e juramento de Bombeiros, foi inaugurada no passado Sábado a nova Unidade Local de Formação da Escola Nacional de Bombeiros, seguido de um simulacro de um suposto sismo, que teria causado algumas vítimas. "O novo espaço de formação espera-se que venha a ser uma fonte de rendimento para a corporação" como afirmou Joaquim Moreira, que lidera a corporação há seis anos: "Será um espaço de treinos para incêndios urbanos e industriais, que tem também uma área de treino de equipas cinotécnicas". O líder da corporação, defendeu que a formação é uma das prioridades: "O nosso lema é "Vida por Vida" e deve ser respeitado, mas hoje, faz mais sentido "Quem não sabe não salva", investimos muito na formação, não queremos ter super-homens, mas pessoas com conhecimento e treino para serem capazes de contornar o perigo", explicou o comandante, orgulhoso, por ter no quartel, construído há 12 anos, salas de aula, espaço de parada, uma torre, uma estrutura metálica para treino de salvamentos em grande ângulo e, agora, a Unidade de Local de Formação. O novo espaço, em grande parte feito com o trabalho voluntário dos homens da corporação, ficará preparada para dar formação a empresas que pretendam, por exemplo, ter brigadas de incêndios, podendo tornar-se assim numa fonte de receitas: "Podemos, dessa forma, compensar os gastos com a formação e investigar em equipamento de protecção individual", frisou Joaquim Moreira. A nova Unidade ficará ainda disponível para o treino de outras corporações. No Dia Nacional da Protecção Civil, 1 de Maio, foi criado a 1ª Grupo de Infantes e Cadetes dos Bombeiros de Vila do Conde com 25 elementos, dos 8 aos 16 anos: "Começamos com um grupo pequeno, na maioria de filhos dos nossos operacionais, que já andavam na fanfarra, e a palavra foi passando. Depois, com a formação que fazemos nas escolas, começaram a vir mais crianças e resolvemos avançar, explicou Joaquim Moreira. "A ideia é incentivar o volume. Embora não tenhamos sentido, por enquanto, dificuldades em arranjar pessoas, com a escola creio que iremos conseguir manter o equilíbrio de efectivos para responder às nossas necessidades", continuou o comandante. Actualmente, os Voluntários de Vila do Conde têm um corpo activo com 120 elementos (43 são bombeiros do quadro e os restantes são voluntários). O aniversário dos Bombeiros vilacondenses ficou completo, no Domingo, com a realização de uma missa, um desfile motorizado e o almoço convívio. Senhora da Saúde com peregrinação há 65 anos 14:39 Quinta feira, 26 de maio de 2011 É antigo o culto mariano dos pescadores por esta senhora que lhes dá a graça da Saúde, qualquer que seja o mal. Os fiéis fazem promessas e, no último Domingo de Maio (este ano a 29), vão cumprir os votos à Senhora da Saúde, indo a pé até Laúndos. É certo que o culto mariano anima os católicos no mês de Maio de forma especial, sendo que na Póvoa de Varzim, o Arciprestado Póvoa de Varzim/Vila do Conde e municípios vizinhos dedicam especialmente as suas preces à Nossa Senhora da Saúde, marcando também o dia 13 de Maio, dia em que se celebram as aparições em Fátima, ao transporte do andor da Senhora da Saúde desde Laúndos até à Póvoa de Varzim. A tradição manda que o cortejo comece ao fim do dia e as pessoas vão aguardando ao longo da estrada nacional para atirar pétalas de flores à imagem, que é transportada num carro de Bombeiros. A imagem e o andor encontram-se em veneração na Igreja Matriz da Póvoa desde o dia 13. O andor fica em lugar de destaque na Igreja Matriz, que, de acordo com o Prior António Torres, se transforma nestas duas semanas num "verdadeiro Santuário de oração e devoção pela Senhora da Saúde". São muitos os fiéis que aí acorrem para rezar e prepararem a sua reflexão para o dia em que vão fazer os 7 quilómetros a pé para homenagear a sua "Mãe e Salvadora", como referem muitos fiéis. São várias as pessoas que, no dia 13, nos foram revelando que "a Senhora" lhes "tem valido muito, é a Protectora, mais que uma Mãe". As cerimónias do mês de Maria, com as novenas à Sra. da Saúde, têm lugar às 18h30 e ainda às 21h30, de Segunda a sexta-feira. No próximo Domingo, dia 29, a imagem da Senhora da Saúde vai voltar para o seu lugar e será transportada para Laúndos, numa peregrinação que arrasta muitos milhares de fiéis. De acordo com a organização, no ano passado, estimaram-se em 30 mil, os peregrinos que acorreram a Laúndos para prestar a sua fé perante a Senhora da Saúde. Uma acção que já se realiza há 65 anos, tendo sido iniciada pelo Monsenhor Pires Quesado. Muitas horas sem dormir e muitos voluntários Domingos Bouça Nova assumiu as funções de Juiz da Confraria da Senhora da Saúde de Laúndos em Janeiro deste ano, embora resida na freguesia de Laúndos há seis anos. Sucede a um Juiz com muita experiência e que esteve mais de duas décadas à frente da instituição, no entanto, explicou "saiu do cargo por motivos pessoais e os restantes elementos quiseram que fosse eu a ficar a presidir. Não receei o trabalho, porque somos nove pessoas e trabalhamos sempre como uma verdadeira equipa, para além de que temos muita gente a ajudar-nos". Na Confraria há trabalho todo o ano, porque depois da Peregrinação há as Festas no Verão, há todo o trabalho de um terreno para administrar e limpar", sublinhou. Apesar de a Confraria, em conjunto com a Paróquia, os Escuteiros e a Cruz Vermelha tudo fazerem no dia da Peregrinação para receberem bem os peregrinos, havendo um trabalho de preparação que dura o ano inteiro, Bouça Nova lembra que "a maioria das acções começam a partir de Sexta-Feira e só termina no Domingo à noite, e nesses dias, não passamos muitas horas em casa. Na Sexta-feira, começamos a fazer o tapete de flores dentro do Santuário e fazemos directa". Para além disso, o tapete no recinto, próximo do altar da missa, é feito "no próprio dia, naquela manhã, frisou, felizmente "contamos com muitas pessoas particulares que se encarregam de realizar esse trabalho". Estes tapetes de flores são muitos apreciados pelos peregrinos, em particular, o que fica dentro do Santuário. É normal, os fiéis chegarem e fazerem a visita ao interior do Santuário para verem o Tapete, depois rezam o rosário em romaria em volta do templo. O tapete que é feito dentro da Igreja tem à volta de 30 metros quadrados, sendo que este ano o lema que inspira os motivos do desenho é a beatificação do Papa João Paulo II. De resto, os painéis que se vão vendo ao longo da Avenida da Senhora da Saúde, à entrada da freguesia, estampam uma imagem do agora beato. Peregrinação com mais divulgação e um crescimento proporcional Domingos Bouça Nova tem apreciado o crescimento desta manifestação religiosa, referindo que, a cada ano que passa, parece "que vem mais gente e o curioso é que aparecem pessoas de todas as idades, incluindo jovens e mesmo crianças pequenas. Muitas vêm acompanhadas pelos pais e também começam a sentir desde muito cedo esta fé e vão cumprindo a tradição de vir a pé a Laúndos, todos os anos". Isso é também importante para o engrandecimento desta Peregrinação, considerou o Juiz da Confraria, que também reconheceu o grande "contributo que a comunicação social tem dado à divulgação desta manifestação de fé". Há muitos anos, que "há pessoas que vinham a Laúndos e mantinham a tradição, mas à medida que esta foi sendo cada vez mais divulgada, vem aparecendo cada vez mais pessoas e de muitos concelhos vizinhos. Não são apenas os poveiros que têm fé na Senhora da Saúde". Para Domingos Bouça Nova, o facto de a Saúde ser um bem tão precioso, "faz com que muita gente se agarre a esta fé". Exemplo disso é "os ex-votos em cera que a Confraria tem à venda na Casa das Almas. O Juiz da Confraria refere que as pessoas prometem devido a males diversos, já que são comprados em cera, desde "olhos, ouvidos, cabeças, estômagos, pernas, pés, enfim, é muito variado o tipo de ex-votos que são adquiridos". O Juiz da Confraria concorda com a medida que foi tomada há alguns anos a esta parte de proibir a venda ambulante ao longo do percurso na Av. da Senhora da Saúde e no recinto da missa. É sentimento geral na Confraria e na Paróquia que esta peregrinação tem que ser apenas um acto religioso e respeitado pelos que têm fé e estão a fazer o sacrifício de andar 7 quilómetros a pé (quem vai da Póvoa de Varzim a Laúndos). De acordo com este responsável, "não fazia qualquer sentido estarem as pessoas a passar para a missa campal e estarem de lado vendedores ambulantes, "por vezes, com música alta e menos própria". Peregrinação O próximo Domingo, 29 de Maio, as cerimónias terão início às 7h30 com uma missa na Igreja Matriz, sendo que às 9h00 dá-se a saída da Grande Peregrinação à Senhora da Saúde. Percorridos os sete quilómetros e chegados a Laúndos, ao recinto do Santuário da Senhora da Saúde, celebra-se a Eucaristia do Peregrino, este ano presidida por D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz. Às 16h00 terá lugar a Oração da Tarde e, já no final, o Adeus a Nossa Senhora. Com mais de três dezenas de milhar de fiéis a percorrerem os sete quilómetros que separam estas igrejas, a peregrinação conta entre os seus devotos com uma grande parte de pagadores de promessas, principalmente pescadores da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde. Os tripulantes da embarcação Senhora da Saúde costumam ser os homens que carregam, habitualmente, o andor da Senhora ao longo do caminho. José Festas pretende formação através de barco-escola 15:05 Sexta feira, 20 de maio de 2011 O mestre José Festas tomou posse para um terceiro mandato (2011-2013) à frente da Associação Pró Maior Segurança dos Homens do Mar (APMSHM) e definiu como objectivo, dotar as embarcações e pescadores de meios para assegurar a segurança e a criação de um barco-escola para a formação. José Festas promete aproveitar a totalidade do projecto de 4 milhões de euros, denominado "Segurança Viver", que conta com a participação do Estado e da União Europeia, para dotar a classe piscatória com novos e modernos equipamentos, que permitam prevenir acidentes marítimos. O líder associativo, recordou a evolução da associação, enumerando as dificuldades para conseguir manter a mesma em actividade, que começou apenas com dois sócios, juntando actualmente mais de 500. Destacou a importância do valor da cota, comparando com outras associações do sector que recebem "muito mais que a APMSHM". O mestre utilizou o momento, para agradecer o reconhecimento público da instituição, nas palavras dirigidas pelas autoridades nacionais e locais presentes, bem como de todos os anónimos que participaram nos inquéritos online promovidos por este jornal nos últimos anos, e que destacaram José Festas como personalidade do ano em 2009 e 2010. O associativismo e a política José Festas durante a sua alocução, afirmou que vai melhorando o seu sentido critico e reivindicativo e que já "aprendi a ser político", porque "há dois anos dizia que fechávamos a barra, com uma draga à porta sem estar a trabalhar e hoje isto não é assim". O mestre adiantou em jeito de graça, que não afasta a ideia de se virar para a politica, e na possibilidade pessoal de nas eleições autárquicas de 2013, poder assumir uma candidatura à Junta de Freguesia de Vila do Conde, numa 'resposta' a Mário Almeida, que tinha referido que o mestre "está já no terceiro mandato nesta associação", numa alusão à possível limitação de mandatos na Pró Maior. José Festas expressou um carinho familiar, dedicado à sua mulher, que aguenta a falta do mestre no convívio familiar, merecendo destaque por parte de vários colegas dirigentes que consideram "que José Festas casou com a associação". A terminar, o mestre referiu orgulho, por sentir uma unanimidade nos pescadores, traduzida nas últimas eleições, as quais não se registou qualquer voto contra. Por sua vez, Luís Vieira, Secretário de Estado Adjunto das Pescas, a personalidade de José Festas e o projecto de formação e de aquisição de modernos equipamentos, comprovam a dinâmica desta associação, destacando o governante, a formação realizada em 2010 e a programada para este ano, que atinge cerca de 10 mil pescadores. O membro do governo utilizou a cerimónia para afirmar a importância do sector no actual panorama da economia portuguesa, fazendo um apelo para "continuar a divulgar o que é nosso, porque só através do escoamento do produto nacional é que podemos valorizar o trabalho dos pescadores que serão melhor remunerados. Os consumidores têm que procurar a produção nacional em detrimento dos produtos internacionais", como forma de "criar mais riqueza e emprego", alertou. Luís Vieira considerou que este é um papel que cabe não só a quem consome, mas também a quem vende. E virou-se para as grandes superfícies que têm que ter "uma atitude patriótica" ao colocarem nos seus pontos de venda "produtos portugueses", que são superiores em "qualidade e preço", sublinhou. Luís Vieira congratulou-se com o trabalho de incentivo que o Governo tem feito nesta matéria.

As autarquias ao lado da APMSHM Macedo Vieira, presidente da câmara da Póvoa de Varzim, afirmou que "estamos perante um trabalho de consolidação de vários anos, na figura do mestre Festas, pessoa atenta e reivindicativa para a sua associação". Para o edil, é essencial a preparação profissional das pessoas, o que se assiste nas pescas, mas lembrou a recente visita do vice-almirante à cidade, que confirmou a importância do uso dos coletes. Macedo vieira aproveitou a tomada de posse, para "a necessidade de reflectir e reforçar as pescas, atendendo à crise e que o desempenho dos pescadores vai ser importante", já que no entender do autarca, a União Europeia conduziu um processo de diminuição do sector das pescas em Portugal, o qual o autarca não concorda. Macedo Vieira, divulgou também que "quanto ao arranjo do porto, temos vindo a desenvolver soluções que sirvam os pescadores, mas que não defraudem os restantes intervenientes e haja mais segurança e a economia seja reforçada", concluiu. Quanto a Mário Almeida, presidente da Câmara de Vila do Conde, enalteceu a dinâmica de José Festas e forma combativa que tem pela classe piscatória. O líder da autarquia vila-condense, ao contrário de Macedo Vieira, disse "não gostei de ouvir o almirante, com a tónica de falta de sensibilização dos pescadores" e recordou o que aconteceu com 'A Luz do Sameiro', destacando que "não foi a falta de impreparação dos pescadores, mas sim a falta de eficácia dos meios". Na cerimónia de posse, usaram ainda da palavra, José Gouveia, assessor do Secretario de Estado da Defesa Nacional, José Apolinário, Director Geral das Pescas e o Comandante da Marinha, Martins dos Santos, que saudaram os órgãos directivos empossados para mais dois anos de trabalho associativo, destacando a necessidade de um incremento na cultura de segurança no mar. Alunos da Flávio Gonçalves vencem prémio nacional de Matemática 10:35 Quarta feira, 18 de maio de 2011 Um grupo de trinta alunos da Escola Básica 2/3 Dr. Flávio Gonçalves, na Póvoa de Varzim, destacou-se na Competição Nacional de Matemática - EQUAMAT, ao arrecadar o primeiro lugar num conjunto de provas. A competição, organizada e realizada na Universidade de Aveiro, na semana passada, destinou-se a alunos do 3º ciclo do Ensino Básico e teve como objectivo relacionar os conteúdos leccionados na sala de aula com o jogo e o desafio. Na EQUAMAT participaram 211 escolas, entre públicas e privadas de todo o país. Esta prova tem 20 anos de existência e premeia a excelência. Para a professora de Matemática, Graça Bessa, este é um momento de grande orgulho para a escola. "Ficamos em primeiro lugar a nível nacional. É uma satisfação muito grande". A matéria presente nas provas é aquela que é leccionada no 7º, 8º e 9º ano. A professora lembrou que a organização da competição disponibilizou, no início do 2º período, exemplos de provas para os alunos irem treinando. Dos resultados que os alunos obtiveram nos treinos, os professores escolheram os 30 que se distinguiram. Ao longo da prova, os alunos foram separados por anos e em duplas. No final dos exercícios, foi realizada a soma dos resultados e, no total do somatório, a escola da Póvoa obteve o melhor resultado. Graça Bessa, sublinhou que as provas exigiram muita rapidez, tanto de raciocínio como de execução, porque "a classificação foi consoante o tempo que demoravam a responder a cada questão", sendo que para o próximo ano, a professora perspectivou um melhor resultado na pontuação final. Para os alunos, esta foi uma prova das suas capacidades e das da escola. "Fiquei feliz por ter contribuído para a vitória da escola", admitiu André Fernandes, do 8º B. Já Isabel Figueiras, confessou que para irem à competição tiveram de treinar bastante, "porque havia muitos alunos a quererem participar", disse a jovem, acrescentando: "foi um orgulho ganhar o primeiro prémio". Pág. 2 de 13 « ... | 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | ... » Ver 10, 20, 50 resultados por pág.

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