Oposição pergunta "qual a pressa" em privatizar transportes

13-05-2015
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Já no final das declarações políticas de comunistas e bloquistas, o vice-presidente da bancada social-democrata Hugo Soares fez questão de interpelar a Mesa do parlamento e distribuir o articulado da Constituição da República para vincar que "este Governo e esta maioria não vão deixar de cumprir as suas funções até ao último o dia", frisando que faltam, "pelo menos, seis meses para o fim da legislatura" e não "semanas" como afirmara a oposição.

"Tal como em relação à EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário) e CP Carga, também na TAP, companhia aérea de bandeira, a política do Governo está a ser de traição ao interesse nacional e de ataque à nossa soberania. Por mais tentativas que existam em procurar identificar outros responsáveis, é o Governo, e a sua política, o principal fator de desestabilização da TAP enquanto empresa pública e estratégica para os interesses nacionais", condenou Bruno Dias (PCP), sublinhando que ainda é "tempo de travar estas privatizações e medidas ruinosas".

A deputada do BE Mariana Mortágua demarcou o seu partido da recente greve de dez dias dos pilotos da TAP por não ser contra a privatização e questionou a maioria sobre o frenesi das privatizações em final de mandato - "qual é a pressa?", ironizou.

"'Acima de tudo Portugal', diz o mais recente cartaz do PSD, espalhado por tudo o que é cidade neste país. Seria mais justo ou, pelo menos, mais honesto mudarem o 'slogan' para 'vendemos tudo, mesmo Portugal'", continuou, criticando que "tudo está feito e pensado à medida dos privados que, tenham ou não tenham passageiros ou qualidade, terão sempre os lucros assegurados, seja pelos bilhetes ou pelos impostos".

Os socialistas Rui Paulo Figueiredo e João Paulo Correia lamentaram a "agenda ideológica" e "preconceito" do Governo contra a "gestão pública e presença do Estado na economia", com "subconcessões e privatizações apressadas".

"Recomenda-se humildade e bom senso ao primeiro-ministro para que suspenda estes processos e dialogue com os partidos. Defendemos a suspensão imediata da privatização da EMEF e CP Carga. A TAP é uma empresa sustentável. Tudo faremos para impedir que este Governo, de um modo ilegítimo do ponto de vista político e jurídico, privatize mais de 50% da TAP", prometeu Figueiredo, adiantando também outras medidas para os transportes urbanos de Lisboa e do Porto, caso o PS forme o próximo executivo.

Os sociais-democratas Nuno Matias e Afonso Oliveira e o centrista Hélder Amaral já se tinham mostrado a favor das privatizações para assegurar a viabilização económica das empresas e gerar crescimento na economia, lamentando as greves que "ferem de morte qualquer credibilidade dos transportes", segundo o democrata-cristão, que considerou que o "sindicalismo radical" tem uma "postura pouco responsável e pouco séria".

"Qual é a pressa? A pressa é devolver sustentabilidade, competitividade e mais capital às empresas. De que forma financia as empresas públicas sem esses processos de privatização?", respondera Afonso Oliveira ao desafio de Mortágua.

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"Tal como em relação à EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário) e CP Carga, também na TAP, companhia aérea de bandeira, a política do Governo está a ser de traição ao interesse nacional e de ataque à nossa soberania. Por mais tentativas que existam em procurar identificar outros responsáveis, é o Governo, e a sua política, o principal fator de desestabilização da TAP enquanto empresa pública e estratégica para os interesses nacionais", condenou Bruno Dias (PCP), sublinhando que ainda é "tempo de travar estas privatizações e medidas ruinosas".

A deputada do BE Mariana Mortágua demarcou o seu partido da recente greve de dez dias dos pilotos da TAP por não ser contra a privatização e questionou a maioria sobre o frenesi das privatizações em final de mandato - "qual é a pressa?", ironizou.

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Os sociais-democratas Nuno Matias e Afonso Oliveira e o centrista Hélder Amaral já se tinham mostrado a favor das privatizações para assegurar a viabilização económica das empresas e gerar crescimento na economia, lamentando as greves que "ferem de morte qualquer credibilidade dos transportes", segundo o democrata-cristão, que considerou que o "sindicalismo radical" tem uma "postura pouco responsável e pouco séria".

"Qual é a pressa? A pressa é devolver sustentabilidade, competitividade e mais capital às empresas. De que forma financia as empresas públicas sem esses processos de privatização?", respondera Afonso Oliveira ao desafio de Mortágua.

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