“A promoção deve servir para captar turistas e não votos”

06-08-2014
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“A promoção deve servir para captar turistas e não votos”

Margarida Peixoto

Ontem 00:05

O governo está a reforçar a aposta no marketing digital para promover o turismo.

Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo, defende que o arranque de 2014 está a revelar-se mais "promissor" do que o mesmo período do ano passado. Parte do segredo está em promover Portugal logo nos meses em que as viagens começam a ser "sonhadas", explica.

Como avalia a actividade turística no primeiro semestre do ano?

2013 foi um ano de recordes, e 2014 está a começar muito melhor do que o ano de recordes de 2013, com crescimento de dois dígitos em quase todos os indicadores relevantes. Ainda assim, importa dizer que o sector do turismo precisa de mais anos como estes para conseguir garantir às empresas do sector a necessária sustentabilidade. Precisamos de continuar a crescer.

É pelos turistas estrangeiros que o sector está mais dinâmico?

Os dados do INE quanto a dormidas e hóspedes de portugueses na hotelaria demonstram um crescimento de dois dígitos face ao ano passado. As dormidas de portugueses na hotelaria estão a crescer, nos primeiros cinco meses deste ano, mais de 12% face ao ano anterior. Aliás, se há facto a assinalar é precisamente o reavivar dos mercados português e espanhol. Os dados quanto à procura turística de que dispomos - e que não dizem nem respeito ao número de dormidas nem às receitas geradas - são apenas do primeiro trimestre, não podendo ainda fazer-se uma comparação com o ano de 2014 devido ao calendário da Páscoa.

Os turistas residentes estão a viajar menos e a diminuir as estadias longas. Qual é a sua estratégia para contrariar estes números?

Como referi, os dados do INE quanto a dormidas e hóspedes de portugueses na hotelaria demonstram um crescimento de dois dígitos face ao ano passado. Tal não significa que não possamos crescer mais. Podemos e temos de crescer mais. Significa apenas que parece ter-se invertido a tendência de queda que o mercado nacional vinha demonstrando nos últimos anos.

Como perspectiva a segunda metade do ano e que planos tem para ajudar o sector a crescer?

Não tenho por hábito fazer perspectivas. Limito-me a registar os dados apurados. E estes apontam para um começo de 2014 mais promissor do que o começo de 2013 e que foi um ano de recordes. Vamos reforçar as mudanças que fizemos na promoção do destino Portugal: estamos a aproximar a nossa promoção das cadeias de distribuição e do ciclo da viagem, através de um aposta clara no marketing digital (onde estamos a ser já internacionalmente reconhecidos), nas acções com a imprensa (as capas e reportagens sobre Portugal na imprensa estrangeira não aparecem por acaso) e na captação de rotas e acções com operadores turísticos. É uma promoção mais subtil mas muito mais eficaz. E afinal de contas, a promoção deve servir para captar turistas, não para captar votos.

O Turismo tem ajudado a compensar a quebra nas exportações de combustíveis. Há iniciativas para não perder este efeito?

Profissionalizámos e despolitizámos a promoção. A estratégia de promoção cobre todo o ano e centra-se essencialmente, mas não exclusivamente, nos períodos em que os vários mercados começam a sonhar e a planear as viagens (e que variam consoante os mercados). A captação de rotas e operadores e as acções com a imprensa são feitas durante todo o ano.

“A promoção deve servir para captar turistas e não votos”

Margarida Peixoto

Ontem 00:05

O governo está a reforçar a aposta no marketing digital para promover o turismo.

Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo, defende que o arranque de 2014 está a revelar-se mais "promissor" do que o mesmo período do ano passado. Parte do segredo está em promover Portugal logo nos meses em que as viagens começam a ser "sonhadas", explica.

Como avalia a actividade turística no primeiro semestre do ano?

2013 foi um ano de recordes, e 2014 está a começar muito melhor do que o ano de recordes de 2013, com crescimento de dois dígitos em quase todos os indicadores relevantes. Ainda assim, importa dizer que o sector do turismo precisa de mais anos como estes para conseguir garantir às empresas do sector a necessária sustentabilidade. Precisamos de continuar a crescer.

É pelos turistas estrangeiros que o sector está mais dinâmico?

Os dados do INE quanto a dormidas e hóspedes de portugueses na hotelaria demonstram um crescimento de dois dígitos face ao ano passado. As dormidas de portugueses na hotelaria estão a crescer, nos primeiros cinco meses deste ano, mais de 12% face ao ano anterior. Aliás, se há facto a assinalar é precisamente o reavivar dos mercados português e espanhol. Os dados quanto à procura turística de que dispomos - e que não dizem nem respeito ao número de dormidas nem às receitas geradas - são apenas do primeiro trimestre, não podendo ainda fazer-se uma comparação com o ano de 2014 devido ao calendário da Páscoa.

Os turistas residentes estão a viajar menos e a diminuir as estadias longas. Qual é a sua estratégia para contrariar estes números?

Como referi, os dados do INE quanto a dormidas e hóspedes de portugueses na hotelaria demonstram um crescimento de dois dígitos face ao ano passado. Tal não significa que não possamos crescer mais. Podemos e temos de crescer mais. Significa apenas que parece ter-se invertido a tendência de queda que o mercado nacional vinha demonstrando nos últimos anos.

Como perspectiva a segunda metade do ano e que planos tem para ajudar o sector a crescer?

Não tenho por hábito fazer perspectivas. Limito-me a registar os dados apurados. E estes apontam para um começo de 2014 mais promissor do que o começo de 2013 e que foi um ano de recordes. Vamos reforçar as mudanças que fizemos na promoção do destino Portugal: estamos a aproximar a nossa promoção das cadeias de distribuição e do ciclo da viagem, através de um aposta clara no marketing digital (onde estamos a ser já internacionalmente reconhecidos), nas acções com a imprensa (as capas e reportagens sobre Portugal na imprensa estrangeira não aparecem por acaso) e na captação de rotas e acções com operadores turísticos. É uma promoção mais subtil mas muito mais eficaz. E afinal de contas, a promoção deve servir para captar turistas, não para captar votos.

O Turismo tem ajudado a compensar a quebra nas exportações de combustíveis. Há iniciativas para não perder este efeito?

Profissionalizámos e despolitizámos a promoção. A estratégia de promoção cobre todo o ano e centra-se essencialmente, mas não exclusivamente, nos períodos em que os vários mercados começam a sonhar e a planear as viagens (e que variam consoante os mercados). A captação de rotas e operadores e as acções com a imprensa são feitas durante todo o ano.

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