Há 120 hostels registados em Portugal, quase metade em Lisboa

28-04-2015
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Por Lusa, Fugas

Os hostels têm novas exigências. E quanto a números oficiais, entre legalizados e 'clandestinos', o secretário de Estado do Turismo diz que 'vale a pena esperar' para depois 'fazer uma avaliação'.

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"Temos 127 registos de hostels, 47 em Lisboa, 22 em Faro e 18 no Porto", afirmou o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, à agência Lusa. São os dados oficiais, contabilizados a partir de Novembro, quando entrou em vigor a nova lei do alojamento local, sendo que alguns desses estabelecimentos, como adiantou Mesquita Nunes, já estavam em actividade mas actualizaram o registo de acordo com as regras do novo regime.

Questionado pela Lusa se este será o número total de hostels em actividade no país, ou se existirão ainda mais ilegais e sem registo, o governante referiu que "vale a pena esperar por um ano de vigência da lei para fazer uma avaliação se ela cobre ou não os números clandestinos de que se fala".

No que respeita aos hostels, o regime de alojamento local foi alterado, tendo sido introduzidas novas exigências, casos de janelas nos quartos, mais camas em dormitório do que em quartos e chuveiros em espaços autónomos separados por portas com fecho interior nas instalações sanitárias comuns a vários quartos e usados por ambos os sexos.

Para o secretário de Estado, estes requisitos são apenas "condições mínimas", que permitem diferenciar os hostels dos hotéis, e defende que a opção do Governo foi a de dar "total liberdade" aos proprietários para definirem a estrutura, área e serviços que querem oferecer no seu 'hostel'. "Uma lei minimalista não significa que os hostels não vão ter qualidade, mas que são os turistas que definem a qualidade que querem, e não a lei, permitindo assim o surgimento de produtos inovadores e criativos", defendeu Adolfo Mesquita Nunes.

Sobre as queixas dos hoteleiros acerca de uma alegada concorrência desleal dos hostels, o secretário de Estado alerta: "Ninguém impede um hoteleiro de abrir um hostel, se considera que este negócio é bom e lhe faz concorrência. O que não podemos é ter o Estado a dizer aos turistas que não queremos que tenham liberdade para escolher onde se querem alojar".

Entre os melhores do mundo

Os hostels portugueses têm conseguido destacar-se neste nicho altamente concorrencial, posicionando-se, inclusive, em vários portais de reservas internacionais, como os melhores do mundo. Já este ano, nos prémios do Hostelworld, dito o maior site de reservas de hostels, por exemplo, foram atribuídos "Hoscars" a oito albergues lusos, sendo que as classificações são dadas por milhares de utilizadores segundo uma série de critérios.

O Home Lisbon Hostel foi n.º 1 europeu e mundial em termos de hostels de média dimensão (76-150 camas), uma área dominada por presenças portuguesas: os primeiros seis lugares da lista pertenciam ao Yes Lisbon (também o 2.º melhor da Europa), Tatva Design (Porto), Lost inn Lisbon, Lisbon Destination (o da estação de comboios do Rossio) e ao Sunset Destination (na estação de comboios do Cais do Sodré). Também no top de pequenos hostels (até 75 camas) houve estrelas portuguesas: uma portuense, o Yes Porto; outra lisboeta, a Travellers House. Para Portugal, mais precisamente para o Yes Porto Hotel, veio até a distinção de "hostel mais seguro" do mundo. O resumo destes Hoscars e respectiva fotogaleria podem ser vistos aqui.

Por Lusa, Fugas

Os hostels têm novas exigências. E quanto a números oficiais, entre legalizados e 'clandestinos', o secretário de Estado do Turismo diz que 'vale a pena esperar' para depois 'fazer uma avaliação'.

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"Temos 127 registos de hostels, 47 em Lisboa, 22 em Faro e 18 no Porto", afirmou o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, à agência Lusa. São os dados oficiais, contabilizados a partir de Novembro, quando entrou em vigor a nova lei do alojamento local, sendo que alguns desses estabelecimentos, como adiantou Mesquita Nunes, já estavam em actividade mas actualizaram o registo de acordo com as regras do novo regime.

Questionado pela Lusa se este será o número total de hostels em actividade no país, ou se existirão ainda mais ilegais e sem registo, o governante referiu que "vale a pena esperar por um ano de vigência da lei para fazer uma avaliação se ela cobre ou não os números clandestinos de que se fala".

No que respeita aos hostels, o regime de alojamento local foi alterado, tendo sido introduzidas novas exigências, casos de janelas nos quartos, mais camas em dormitório do que em quartos e chuveiros em espaços autónomos separados por portas com fecho interior nas instalações sanitárias comuns a vários quartos e usados por ambos os sexos.

Para o secretário de Estado, estes requisitos são apenas "condições mínimas", que permitem diferenciar os hostels dos hotéis, e defende que a opção do Governo foi a de dar "total liberdade" aos proprietários para definirem a estrutura, área e serviços que querem oferecer no seu 'hostel'. "Uma lei minimalista não significa que os hostels não vão ter qualidade, mas que são os turistas que definem a qualidade que querem, e não a lei, permitindo assim o surgimento de produtos inovadores e criativos", defendeu Adolfo Mesquita Nunes.

Sobre as queixas dos hoteleiros acerca de uma alegada concorrência desleal dos hostels, o secretário de Estado alerta: "Ninguém impede um hoteleiro de abrir um hostel, se considera que este negócio é bom e lhe faz concorrência. O que não podemos é ter o Estado a dizer aos turistas que não queremos que tenham liberdade para escolher onde se querem alojar".

Entre os melhores do mundo

Os hostels portugueses têm conseguido destacar-se neste nicho altamente concorrencial, posicionando-se, inclusive, em vários portais de reservas internacionais, como os melhores do mundo. Já este ano, nos prémios do Hostelworld, dito o maior site de reservas de hostels, por exemplo, foram atribuídos "Hoscars" a oito albergues lusos, sendo que as classificações são dadas por milhares de utilizadores segundo uma série de critérios.

O Home Lisbon Hostel foi n.º 1 europeu e mundial em termos de hostels de média dimensão (76-150 camas), uma área dominada por presenças portuguesas: os primeiros seis lugares da lista pertenciam ao Yes Lisbon (também o 2.º melhor da Europa), Tatva Design (Porto), Lost inn Lisbon, Lisbon Destination (o da estação de comboios do Rossio) e ao Sunset Destination (na estação de comboios do Cais do Sodré). Também no top de pequenos hostels (até 75 camas) houve estrelas portuguesas: uma portuense, o Yes Porto; outra lisboeta, a Travellers House. Para Portugal, mais precisamente para o Yes Porto Hotel, veio até a distinção de "hostel mais seguro" do mundo. O resumo destes Hoscars e respectiva fotogaleria podem ser vistos aqui.

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