Encenações do regime

07-11-2013
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Encenações do regime

Posted on Setembro 24, 2010 by Adolfo Mesquita Nunes

Ainda há quem, parecendo acreditar que José Sócrates é confiável parceiro em negociações, insista na necessidade de Passos Coelho, em nome da responsabilidade e do sentido de estado e de toda essa conversa altamente produtiva, se sentar de novo à mesa das negociações para aprovar o novo Orçamento.  É oferecer-lhes uma visita guiada à confiável governação de José Sócrates, homem de uma só palavra. Em pouco tempo perceberão que é precisamente o sentido de estado a determinar que se não converse com o primeiro-ministro. 
Mas há ainda quem, sabendo da impossibilidade de manter uma confiável negociação com José Sócrates, dizendo à boca pequena que o primeiro-ministro não tem palavra, prefira manter a encenação do regime e do funcionamento das instituições e, sem pudor, insista na manutenção das negociações. É oferecer-lhes uma visita guiada às democracias formais que por este Mundo abundam. Em pouco tempo reconhecerão ser lá que o seu discurso da responsabilidade mais faz sentido.
Uns e outros enchem a boca com Portugal e com o interesse nacional. Mas Portugal e o interesse nacional não vivem de aparências. Seria por isso preferível que uns e outros pedissem a Passos Coelho que se limitasse, como Marcelo fez com Guterres, a aprovar o Orçamento de Estado sem qualquer interferência e em jeito de carta branca. O interesse nacional ficava comprometido à mesma mas, ao menos, dispensávamos a encenação.
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Esta entrada foi publicada em Portugal por Adolfo Mesquita Nunes. Ligação permanente.

Encenações do regime

Posted on Setembro 24, 2010 by Adolfo Mesquita Nunes

Ainda há quem, parecendo acreditar que José Sócrates é confiável parceiro em negociações, insista na necessidade de Passos Coelho, em nome da responsabilidade e do sentido de estado e de toda essa conversa altamente produtiva, se sentar de novo à mesa das negociações para aprovar o novo Orçamento.  É oferecer-lhes uma visita guiada à confiável governação de José Sócrates, homem de uma só palavra. Em pouco tempo perceberão que é precisamente o sentido de estado a determinar que se não converse com o primeiro-ministro. 
Mas há ainda quem, sabendo da impossibilidade de manter uma confiável negociação com José Sócrates, dizendo à boca pequena que o primeiro-ministro não tem palavra, prefira manter a encenação do regime e do funcionamento das instituições e, sem pudor, insista na manutenção das negociações. É oferecer-lhes uma visita guiada às democracias formais que por este Mundo abundam. Em pouco tempo reconhecerão ser lá que o seu discurso da responsabilidade mais faz sentido.
Uns e outros enchem a boca com Portugal e com o interesse nacional. Mas Portugal e o interesse nacional não vivem de aparências. Seria por isso preferível que uns e outros pedissem a Passos Coelho que se limitasse, como Marcelo fez com Guterres, a aprovar o Orçamento de Estado sem qualquer interferência e em jeito de carta branca. O interesse nacional ficava comprometido à mesma mas, ao menos, dispensávamos a encenação.
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