Manifestações da manifestação

10-12-2019
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A polícia não queria confusão e não teve confusão. O PCP não queria ir com os anarquistas e os anarquistas não queriam ir com o PCP, pelo foi fácil ambos conseguirem os seus objectivos, pese embora isso tenha feito com que o PCP descesse a avenida da Liberdade com os esquerdistas e os anarquistas com as forças da ordem. O “Paz Sim, NATO não!” apelou a que os partidos não cavalgassem a manifestação mas dois terços do cortejo parecia a vista do palco principal do Avante. O BE foi à civil mas nem sobre a cidadania abriu a alma e os anarquistas, apesar de serem muitos, foram também obedientes. Os militantes de base do PCP são bem mais afáveis do que os dirigentes do serviço de ordem que, em articulação com a polícia, reservou-se ao direito de admissão. Todos partiram em paz mas as guerras da NATO continuam no Médio Oriente, no Leste da Europa e no nordeste de África.

Depois do rufar dos tambores e enquanto os legionários ainda desfrutam da noite de Lisboa, entre Eleven’s e Elefantes Brancos, o Castelo das Nações é devolvido à cidade, depois de entrar para a história como o palco onde para a Aliança o mundo passou a ser o limite. Pode ser que seja por aí que a resistência deixe de ser praticamente só islâmica, pois mal estão os povos sob o jugo da ocupação, se tiverem que esperar por “uma esquerda anti-imperialista com a capacidade de mobilizar as populações do mundo” de que fala o Nuno.

Enfim, como diz o De André, cada um terá direito à sua primeira página. Pena é que as impressas entre os destroços dos fuzis da guerra imperialista tenham tão pouca difusão no lado moderno do muro.

A polícia não queria confusão e não teve confusão. O PCP não queria ir com os anarquistas e os anarquistas não queriam ir com o PCP, pelo foi fácil ambos conseguirem os seus objectivos, pese embora isso tenha feito com que o PCP descesse a avenida da Liberdade com os esquerdistas e os anarquistas com as forças da ordem. O “Paz Sim, NATO não!” apelou a que os partidos não cavalgassem a manifestação mas dois terços do cortejo parecia a vista do palco principal do Avante. O BE foi à civil mas nem sobre a cidadania abriu a alma e os anarquistas, apesar de serem muitos, foram também obedientes. Os militantes de base do PCP são bem mais afáveis do que os dirigentes do serviço de ordem que, em articulação com a polícia, reservou-se ao direito de admissão. Todos partiram em paz mas as guerras da NATO continuam no Médio Oriente, no Leste da Europa e no nordeste de África.

Depois do rufar dos tambores e enquanto os legionários ainda desfrutam da noite de Lisboa, entre Eleven’s e Elefantes Brancos, o Castelo das Nações é devolvido à cidade, depois de entrar para a história como o palco onde para a Aliança o mundo passou a ser o limite. Pode ser que seja por aí que a resistência deixe de ser praticamente só islâmica, pois mal estão os povos sob o jugo da ocupação, se tiverem que esperar por “uma esquerda anti-imperialista com a capacidade de mobilizar as populações do mundo” de que fala o Nuno.

Enfim, como diz o De André, cada um terá direito à sua primeira página. Pena é que as impressas entre os destroços dos fuzis da guerra imperialista tenham tão pouca difusão no lado moderno do muro.

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