O milagre dos poderes presidenciais

30-01-2012
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É o maior mistério destas eleições. O actual detentor da cadeirinha de Belém hesita entre dois extremos: por um lado, o presidente é árbitro e não deve ter posição sobre nada. Por outro lado, garante-nos que, se ele Cavaco não existisse, Portugal estaria muito pior. Há mesmo quem lhe afiance (o Fernando Lima?) que já se teria afundado entretanto. As duas ideias parecem-me estranhas: não sei para quê que se elege um presidente, se ele não passa de uma fragil velhinha amarrada e muda sem nenhuma capacidade de intervenção na realidade, a quem o cargo obriga a responder que não tem posição sobre nada. E, para além da confissão que escreveu dezenas de cartinhas a outros mandatários nacionais, não entendo aquilo que fez para impedir que o país estivesse pior. Para falar verdade, acho que dificilmente Portugal poderia estar tão mal. Provavelmente, se nos últimos 30 anos, os governantes tivessem sido sorteados e não eleitos, não teríamos tido tal quantidade de azelhas. Cavaco já espalhou nos últimos 15 anos a sua competência por todo o lado: já foi primeiro-ministro e Presidente da República. E Portugal está, como está, cada vez mais distante da média europeia. Mais desigual e mais pobre.

Sobre as mezinhas de Cavaco que terão, no recato dos sofás, defendido o país, nada sabemos. Agora, o que sabemos é que sem os negócios dos cavaquistas estaríamos muito melhor. Os contribuintes já se comprometeram em mais de 5500 milhões de euros para salvar o BPN, quase metade de todo o dinheiro que os vários PEC pretendem “poupar”. Com a actividade do BPN/SLN, Cavaco e a sua família directa conseguiram mais valias de cerca de 350 mil euros. Nós todos, pelo contrário, fomos à falência com uma política que apoia a especulação, não combate a fraude, só pensa no capital financeiro e deu cabo da produção. É simples: querem o mesmo, votem no Anibal. Sejam muito felizes.

É o maior mistério destas eleições. O actual detentor da cadeirinha de Belém hesita entre dois extremos: por um lado, o presidente é árbitro e não deve ter posição sobre nada. Por outro lado, garante-nos que, se ele Cavaco não existisse, Portugal estaria muito pior. Há mesmo quem lhe afiance (o Fernando Lima?) que já se teria afundado entretanto. As duas ideias parecem-me estranhas: não sei para quê que se elege um presidente, se ele não passa de uma fragil velhinha amarrada e muda sem nenhuma capacidade de intervenção na realidade, a quem o cargo obriga a responder que não tem posição sobre nada. E, para além da confissão que escreveu dezenas de cartinhas a outros mandatários nacionais, não entendo aquilo que fez para impedir que o país estivesse pior. Para falar verdade, acho que dificilmente Portugal poderia estar tão mal. Provavelmente, se nos últimos 30 anos, os governantes tivessem sido sorteados e não eleitos, não teríamos tido tal quantidade de azelhas. Cavaco já espalhou nos últimos 15 anos a sua competência por todo o lado: já foi primeiro-ministro e Presidente da República. E Portugal está, como está, cada vez mais distante da média europeia. Mais desigual e mais pobre.

Sobre as mezinhas de Cavaco que terão, no recato dos sofás, defendido o país, nada sabemos. Agora, o que sabemos é que sem os negócios dos cavaquistas estaríamos muito melhor. Os contribuintes já se comprometeram em mais de 5500 milhões de euros para salvar o BPN, quase metade de todo o dinheiro que os vários PEC pretendem “poupar”. Com a actividade do BPN/SLN, Cavaco e a sua família directa conseguiram mais valias de cerca de 350 mil euros. Nós todos, pelo contrário, fomos à falência com uma política que apoia a especulação, não combate a fraude, só pensa no capital financeiro e deu cabo da produção. É simples: querem o mesmo, votem no Anibal. Sejam muito felizes.

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