Na mesma edição do I.C.S. – “Razão, Tempo e Tecnologia: Estudos em homenagem a HermÃnio Martinsâ€, organizada por Manuel Villaverde Cabral, José LuÃs Garcia e Helena Mateus Jerónimo – surge também um pequeno artigo de Perry Anderson sobre multiculturalismo que se recomenda a todos os monomanÃacos do véu ou, mais singelamente, a todos quantos queiram prolongar a discussão que aqui se travou sobre o seu uso na Europa. A obra não indica quando é que o artigo foi escrito nem em que contexto, mas a sua motivação é essencialmente polÃtica (procurando estabelecer a atitude que a esquerda deverá adoptar face ao discurso multicultural), distinguindo, com esse objectivo, entre o multiculturalismo original de origem norte-americana, que tenta benignamente acomodar as diferenças de “raçaâ€, e o seu sucedâneo europeu, com que Perry Anderson se mostra muito menos complacente, e no quadro do qual a palavra “cultura†designa não já uma cor de pele diferente mas uma religião. Vale a pena ler.
Na mesma edição do I.C.S. – “Razão, Tempo e Tecnologia: Estudos em homenagem a HermÃnio Martinsâ€, organizada por Manuel Villaverde Cabral, José LuÃs Garcia e Helena Mateus Jerónimo – surge também um pequeno artigo de Perry Anderson sobre multiculturalismo que se recomenda a todos os monomanÃacos do véu ou, mais singelamente, a todos quantos queiram prolongar a discussão que aqui se travou sobre o seu uso na Europa. A obra não indica quando é que o artigo foi escrito nem em que contexto, mas a sua motivação é essencialmente polÃtica (procurando estabelecer a atitude que a esquerda deverá adoptar face ao discurso multicultural), distinguindo, com esse objectivo, entre o multiculturalismo original de origem norte-americana, que tenta benignamente acomodar as diferenças de “raçaâ€, e o seu sucedâneo europeu, com que Perry Anderson se mostra muito menos complacente, e no quadro do qual a palavra “cultura†designa não já uma cor de pele diferente mas uma religião. Vale a pena ler.