A pergunta é simples, Fabian: Reforma ou Revolução?

11-04-2015
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O Fabian Figueiredo, através desta posta numa tasca umas portas mais à direita (bem mais à direita!), vem assumir a defesa da ortodoxia dirigista bloquista. Antes de mais, comete o erro de confundir a minha opinião com o que são as posições de um colectivo partidário onde me insiro, o PCP. Nada mal para quem tanto apregoa o respeito pela diversidade cultural e de pensamento. Quem o leia, até parece que está a falar de um membro da Comissão Politica, ou (arrepiem-se os anti-burocratas burocratizados) de um funcionário (o meu amigo Fabian não será um, pois não?)…

Mas adiante, a minha opinião vincula-me a mim e mais ninguém. Continuando na linha de ataque aos “burgueses vermelhos” (esta partiu-me todo!), o Fabian (re)lança o anátema da homofobia vermelhusca, que já deu pano para mangas em tudo o que é critica reaccionária e que as tomadas de posição do PCP (e também dos Verdes, esse partido melancia como muitos amiguitos bloquistas gostam de o apelidar) vieram desmentir cabalmente. Quanto à legalização das drogas leves, muito mal andaria o mundo, se esta fosse uma reivindicação revolucionária (a pesar de eu até ser a favor)…

Continuando o rol de parvoices, o Fabian vem falar da importância do grupo parlamentar do BE para a Esquerda, não  sei porque carga de água se lembrou de dizer isso a propósito do meu texto, mas ele lá saberá. É que em nenhum momento, sequer comento a pertinência de haver mais ou menos deputados bloquistas, o que eu questiono é se o BE tem como horizonte a Revolução – e podemos dar muitas voltas ao assunto, mas reforma e revolução são conceitos diametralmente opostos…

Mas pior que tudo, e confirmando em absoluto a minha tese, o Fabian tem pena de que não  se preveja “uma onda de regresso aos princípios da social-democracia” por parte do PS – ou seja deduzo que o Fabian até admite que se o PS reassumisse o seu papel reformista (um pouquito mais à esquerda, como havia dito), seria o companheiro ideal do Bloco (e esqueçamo-nos lá dessa porra de revoluções, que essa merda dá muito trabalho). A questão central fica respondida, o que leio do Fabian é que ele não se importa com a manutenção de um sistema capitalista reformado, ou seja, não tem no horizonte a revolução.

Quase a terminar, e fico contente por poder fazer alguém rir, o Fabian questiona os dois últimos parágrafos da minha posta anterior, sem sequer saber quais são as minhas referencias de revolucionários e de  revoluções, de experiencias positivas, de avanços, mas também de erros e de crimes (e esquecendo oportunisticamente que o PCP já fez a sua critica e autocritica relativamente aos países de leste e de forma colectiva!) Pumba! Este gajo é do PC, por isso é um stalinista, pensou o Fabian (tenha cuidado que essa merda é sectarismo burocrático, Fabian, não queira ser confundido…)

Reproduzo aquí um comentario que tinha feito a um (assumido) reformista seu companheiro:

“donde depreende que eu branqueio Stalin? Por falar em revolucionarios? E é assim, ou sao todos ou nao é nenhum? nao me dá o direito de me identificar com aqueles que foram cruciais e que contribuiram de forma mais positiva para o que hoje podemos entender como socialismo? Entao, e os defensores do capitalismo? Do Adam Smith ao Keynes comem tudo?”

Saiba o amigo Fabian que encontro aportações válidas ao Socialismo em Lenine, em Fidel, em Amilcar Cabral, em Rosa Luxemburgo, em Bakunine, em Guevara, no sub-comandante Marcos e até em Chavez e, pasme-se, até em Trostki e Mandel, entre muitos outros.

Quanto às sugestões que deixa o Fabian, agradeço-as do fundo do meu coração stalinista, debaixo desta carcaça empedernecida e fria, mas não posso deixar de notar a dificuldade que ele teve em encontrar signos de afirmação ideologica, de assunção clara de um projecto revolucionário do Bloco. Creio, desminta-me se estou enganado, mas nenhuma destas iniciativas aparece com o selo claro e estampado do Bloco, pois não? Aparece uma associação cultural que não é o Bloco, pois não? Ou o BE já não se importa de assumir claramente a satelização das organizações que lhe são próximas? Só para saber… é que de revolucionários envergonhados e fantasmas do passado, já ando um bocadinho farto.

O Bloco diz-se uma força do futuro, então que se assuma, por onde passa o futuro, Fabian? Reforma ou revolução?

O Fabian Figueiredo, através desta posta numa tasca umas portas mais à direita (bem mais à direita!), vem assumir a defesa da ortodoxia dirigista bloquista. Antes de mais, comete o erro de confundir a minha opinião com o que são as posições de um colectivo partidário onde me insiro, o PCP. Nada mal para quem tanto apregoa o respeito pela diversidade cultural e de pensamento. Quem o leia, até parece que está a falar de um membro da Comissão Politica, ou (arrepiem-se os anti-burocratas burocratizados) de um funcionário (o meu amigo Fabian não será um, pois não?)…

Mas adiante, a minha opinião vincula-me a mim e mais ninguém. Continuando na linha de ataque aos “burgueses vermelhos” (esta partiu-me todo!), o Fabian (re)lança o anátema da homofobia vermelhusca, que já deu pano para mangas em tudo o que é critica reaccionária e que as tomadas de posição do PCP (e também dos Verdes, esse partido melancia como muitos amiguitos bloquistas gostam de o apelidar) vieram desmentir cabalmente. Quanto à legalização das drogas leves, muito mal andaria o mundo, se esta fosse uma reivindicação revolucionária (a pesar de eu até ser a favor)…

Continuando o rol de parvoices, o Fabian vem falar da importância do grupo parlamentar do BE para a Esquerda, não  sei porque carga de água se lembrou de dizer isso a propósito do meu texto, mas ele lá saberá. É que em nenhum momento, sequer comento a pertinência de haver mais ou menos deputados bloquistas, o que eu questiono é se o BE tem como horizonte a Revolução – e podemos dar muitas voltas ao assunto, mas reforma e revolução são conceitos diametralmente opostos…

Mas pior que tudo, e confirmando em absoluto a minha tese, o Fabian tem pena de que não  se preveja “uma onda de regresso aos princípios da social-democracia” por parte do PS – ou seja deduzo que o Fabian até admite que se o PS reassumisse o seu papel reformista (um pouquito mais à esquerda, como havia dito), seria o companheiro ideal do Bloco (e esqueçamo-nos lá dessa porra de revoluções, que essa merda dá muito trabalho). A questão central fica respondida, o que leio do Fabian é que ele não se importa com a manutenção de um sistema capitalista reformado, ou seja, não tem no horizonte a revolução.

Quase a terminar, e fico contente por poder fazer alguém rir, o Fabian questiona os dois últimos parágrafos da minha posta anterior, sem sequer saber quais são as minhas referencias de revolucionários e de  revoluções, de experiencias positivas, de avanços, mas também de erros e de crimes (e esquecendo oportunisticamente que o PCP já fez a sua critica e autocritica relativamente aos países de leste e de forma colectiva!) Pumba! Este gajo é do PC, por isso é um stalinista, pensou o Fabian (tenha cuidado que essa merda é sectarismo burocrático, Fabian, não queira ser confundido…)

Reproduzo aquí um comentario que tinha feito a um (assumido) reformista seu companheiro:

“donde depreende que eu branqueio Stalin? Por falar em revolucionarios? E é assim, ou sao todos ou nao é nenhum? nao me dá o direito de me identificar com aqueles que foram cruciais e que contribuiram de forma mais positiva para o que hoje podemos entender como socialismo? Entao, e os defensores do capitalismo? Do Adam Smith ao Keynes comem tudo?”

Saiba o amigo Fabian que encontro aportações válidas ao Socialismo em Lenine, em Fidel, em Amilcar Cabral, em Rosa Luxemburgo, em Bakunine, em Guevara, no sub-comandante Marcos e até em Chavez e, pasme-se, até em Trostki e Mandel, entre muitos outros.

Quanto às sugestões que deixa o Fabian, agradeço-as do fundo do meu coração stalinista, debaixo desta carcaça empedernecida e fria, mas não posso deixar de notar a dificuldade que ele teve em encontrar signos de afirmação ideologica, de assunção clara de um projecto revolucionário do Bloco. Creio, desminta-me se estou enganado, mas nenhuma destas iniciativas aparece com o selo claro e estampado do Bloco, pois não? Aparece uma associação cultural que não é o Bloco, pois não? Ou o BE já não se importa de assumir claramente a satelização das organizações que lhe são próximas? Só para saber… é que de revolucionários envergonhados e fantasmas do passado, já ando um bocadinho farto.

O Bloco diz-se uma força do futuro, então que se assuma, por onde passa o futuro, Fabian? Reforma ou revolução?

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