lixo televisivo – Aventar

21-11-2014
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Em 2003, a mãe Fátima fez uso do direto televisivo do Brasil para branquear uma fuga inaceitável à justiça quando era acusada de corrupção e de financiamento ilegal da secção local do PS. Fátima Felgueiras chegou a ser acusada de 23 crimes no processo do “Saco Azul” e foi condenada a três anos e três meses de pena suspensa e perda de mandato, sendo absolvida destes crimes em 2011. Mas em Abril de 2011 foi condenada a um ano e oito meses de prisão, com pena suspensa, e a 70 dias de multa pelo crime de participação económica em negócio. Foi obrigada a devolver à autarquia de Felgueiras 16.760 € de honorários pagos pelo município ao advogado brasileiro Paulo Ramalho, quando fugiu para o Brasil.

Em 2016, a filha Sandra que curiosamente trabalha na RTP num programa sobre justiça (adorava ter acesso às atas dos concursos desta contratação), numa jogada de autopromoção, usa a televisão e o direto para dar uma oportunidade de ouro a um suspeito de crimes gravíssimos. Este, obviamente, declara-se inocente e lança suspeitas graves sobre agentes da GNR mortos e vivos criando um desequilíbrio imenso entre a apresentação de argumentos entre agressor e vítimas. Imagino a revolta da família das vítimas quando assistiram àquele espetáculo. Foi um abuso de utilização do serviço público da RTP para promoção pessoal, para um momento de sensacionalismo puro, de reality show, com conteúdo de informação duvidoso ou vago (o que ganhámos ao assistir ao suspeito algemado em direto?).

Independentemente, de algum bom trabalho já realizado no programa de Sandra Felgueiras, este foi um momento de nojo televisivo, de lixo onde crescem os Trumps deste planeta. Este tipo de trabalho não tem lugar no serviço público. A direção da RTP deveria analisar este trabalho e tirar daí as respetivas conclusões, se calhar algumas dolorosas…

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Em 2003, a mãe Fátima fez uso do direto televisivo do Brasil para branquear uma fuga inaceitável à justiça quando era acusada de corrupção e de financiamento ilegal da secção local do PS. Fátima Felgueiras chegou a ser acusada de 23 crimes no processo do “Saco Azul” e foi condenada a três anos e três meses de pena suspensa e perda de mandato, sendo absolvida destes crimes em 2011. Mas em Abril de 2011 foi condenada a um ano e oito meses de prisão, com pena suspensa, e a 70 dias de multa pelo crime de participação económica em negócio. Foi obrigada a devolver à autarquia de Felgueiras 16.760 € de honorários pagos pelo município ao advogado brasileiro Paulo Ramalho, quando fugiu para o Brasil.

Em 2016, a filha Sandra que curiosamente trabalha na RTP num programa sobre justiça (adorava ter acesso às atas dos concursos desta contratação), numa jogada de autopromoção, usa a televisão e o direto para dar uma oportunidade de ouro a um suspeito de crimes gravíssimos. Este, obviamente, declara-se inocente e lança suspeitas graves sobre agentes da GNR mortos e vivos criando um desequilíbrio imenso entre a apresentação de argumentos entre agressor e vítimas. Imagino a revolta da família das vítimas quando assistiram àquele espetáculo. Foi um abuso de utilização do serviço público da RTP para promoção pessoal, para um momento de sensacionalismo puro, de reality show, com conteúdo de informação duvidoso ou vago (o que ganhámos ao assistir ao suspeito algemado em direto?).

Independentemente, de algum bom trabalho já realizado no programa de Sandra Felgueiras, este foi um momento de nojo televisivo, de lixo onde crescem os Trumps deste planeta. Este tipo de trabalho não tem lugar no serviço público. A direção da RTP deveria analisar este trabalho e tirar daí as respetivas conclusões, se calhar algumas dolorosas…

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