Marinha Grande: Presidente da Câmara renuncia ao mandato, vice ocupa o lugar - PCP

23-09-2015
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Em conferência de imprensa, o dirigente comunista Filipe Andrade apontou a necessidade de renovação e a idade de Barros Duarte (73 anos) como as causas para esta substituição a meio do mandato.

Além disso, existia um "acordo" entre o partido e o autarca - desde as eleições autárquicas - que previam a sua substituição apesar de "não ter sido definida uma data" concreta, explicou o dirigente.

O partido elogiou o trabalho de vários anos de Barros Duarte à frente do município, "dando expressão ao projecto autárquico do PCP", bem como o seu "contributo inestimável para a melhoria das condições de vida dos marinhenses e para o progresso e desenvolvimento da cidade".

Há dois anos, Barros Duarte reconquistou a autarquia para a CDU, depois de três mandatos de gestão maioritária do PS. O autarca comunista obteve uma maioria relativa no executivo, que tem tido o apoio do vereador do PSD, Artur Oliveira, a quem foram atribuídos vários pelouros.

Fazendo uma "avaliação positiva do trabalho desenvolvido pelo conjunto dos eleitos da CDU", a estrutura local do PCP criticou duramente o trabalho feito pelo PS no concelho, contribuindo para vários problemas de gestão financeira do município.

O futuro presidente, Alberto Cascalho, reafirmou a abertura do partido em ceder pelouros aos restantes partidos, após uma "avaliação política" do trabalho realizado nos vários sectores.

Embora assumindo diferenças de estilos pessoais com o ainda presidente, Alberto Cascalho garantiu o seu empenho em cumprir o programa eleitoral da CDU, que prevê projectos a mais do que um mandato.

"O que está em causa é a gestão dos destinos do concelho", até porque o "estado das finanças (do município) é bem mais negro" do que aquilo que os comunistas estavam à espera quando ganharam a autarquia, explicou o até agora vice-presidente.

A Agência Lusa tentou obter um comentário junto de Barros Duarte, mas o autarca não estava contactável.

Para o seu lugar na vereação, irá o ex-dirigente sindical Sérgio Moiteiro, que lidera também a comissão de utentes que defende a manutenção do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) no centro de saúde local.

Confrontado com esta notícia, o vereador socialista João Paulo Pedrosa considerou que se trata de "uma golpada e um logro do PCP, que não respeita a vontade eleitoral e faz uma transição de poder como se fosse uma monarquia".

Num momento em que os eleitos do PSD na Assembleia Municipal retiraram a confiança política ao vereador do mesmo partido e em que o presidente da Câmara renuncia ao cargo, "a única coisa lógica" seria "dar a palavra ao povo através de eleições", defendeu João Paulo Pedrosa.

O dirigente socialista acusou ainda Barros Duarte de não cumprir o que terá prometido aos eleitores na campanha eleitoral: "prometeu sempre manter-se [no cargo] durante todo o mandato".

PJA.

Lusa/Fim

Em conferência de imprensa, o dirigente comunista Filipe Andrade apontou a necessidade de renovação e a idade de Barros Duarte (73 anos) como as causas para esta substituição a meio do mandato.

Além disso, existia um "acordo" entre o partido e o autarca - desde as eleições autárquicas - que previam a sua substituição apesar de "não ter sido definida uma data" concreta, explicou o dirigente.

O partido elogiou o trabalho de vários anos de Barros Duarte à frente do município, "dando expressão ao projecto autárquico do PCP", bem como o seu "contributo inestimável para a melhoria das condições de vida dos marinhenses e para o progresso e desenvolvimento da cidade".

Há dois anos, Barros Duarte reconquistou a autarquia para a CDU, depois de três mandatos de gestão maioritária do PS. O autarca comunista obteve uma maioria relativa no executivo, que tem tido o apoio do vereador do PSD, Artur Oliveira, a quem foram atribuídos vários pelouros.

Fazendo uma "avaliação positiva do trabalho desenvolvido pelo conjunto dos eleitos da CDU", a estrutura local do PCP criticou duramente o trabalho feito pelo PS no concelho, contribuindo para vários problemas de gestão financeira do município.

O futuro presidente, Alberto Cascalho, reafirmou a abertura do partido em ceder pelouros aos restantes partidos, após uma "avaliação política" do trabalho realizado nos vários sectores.

Embora assumindo diferenças de estilos pessoais com o ainda presidente, Alberto Cascalho garantiu o seu empenho em cumprir o programa eleitoral da CDU, que prevê projectos a mais do que um mandato.

"O que está em causa é a gestão dos destinos do concelho", até porque o "estado das finanças (do município) é bem mais negro" do que aquilo que os comunistas estavam à espera quando ganharam a autarquia, explicou o até agora vice-presidente.

A Agência Lusa tentou obter um comentário junto de Barros Duarte, mas o autarca não estava contactável.

Para o seu lugar na vereação, irá o ex-dirigente sindical Sérgio Moiteiro, que lidera também a comissão de utentes que defende a manutenção do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) no centro de saúde local.

Confrontado com esta notícia, o vereador socialista João Paulo Pedrosa considerou que se trata de "uma golpada e um logro do PCP, que não respeita a vontade eleitoral e faz uma transição de poder como se fosse uma monarquia".

Num momento em que os eleitos do PSD na Assembleia Municipal retiraram a confiança política ao vereador do mesmo partido e em que o presidente da Câmara renuncia ao cargo, "a única coisa lógica" seria "dar a palavra ao povo através de eleições", defendeu João Paulo Pedrosa.

O dirigente socialista acusou ainda Barros Duarte de não cumprir o que terá prometido aos eleitores na campanha eleitoral: "prometeu sempre manter-se [no cargo] durante todo o mandato".

PJA.

Lusa/Fim

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