Oposição em Portugal tem significado sempre uma actividade de desgaste ao governo. Tudo se mede pela capacidade de um partido ou de um líder conseguirem incomodar o governo de tal forma que este perca o seu capital eleitoral até à derrota final.Ora, se é certo que há quem tenha de fazer esse trabalho, há todo um outro que tem ficado por fazer e que passa por constituir um governo sombra que, não só desgaste o executivo como também permita construir uma alternativa e, sobretudo, enformar um programa de governo que a oposição executará quando chegar a sua hora.A constituição de governos sombra, sem qualquer tradição em Portugal, permitiria garantir, se estes fossem levados a sério, que uma vez regressado ao governo, um partido estivesse dotado de um programa alternativo, construído em 4 ou 8 anos de trabalho, com conhecimento real e sério das realidades sobre as quais vai intervir.Acontece que em Portugal nem a oposição leva a sério esta função, nem o governo sequer encara a oposição nesse prisma. Reduzida à espuma do desgaste, a oposição não é atractiva para grande parte dos mais qualificados políticos que temos. Mais vocacionados para a função executiva, estes deixam-se ficar à espera de, um dia, virem a fazer parte de um governo.Ora, se é certo que esses mais qualificados o são porque demonstram uma experiência e conhecimento importantes para as funções governativas, não menos certo é que, por muito bons que sejam, não conseguirão jamais descobrir um rumo alternativo para o país, num anito e meio em que finalmente, cheirando a queda do governo, começam a dar a cara.Porque a verdade é que as alternativas nascem de muito trabalho e, sobretudo, de muitos conhecimentos da realidade governativa, a qual só é possível se os políticos estiverem em contacto directo e próprio com a mesma.Como isso não acontece, muitos chegam ao governo, do alto das suas qualificações, com ideias vagas e generosas que rapidamente esbarram na realidade. Perdem-se meses de trabalho até que o Ministro finalmente perceba que a realidade em que estruturou as suas ideias está errada e não corresponde ao que encontra no Ministério (o tradicional “eu não tinha noção de que as coisas estavam tão mal”).Era por isso tempo de, pela oposição, se formar um verdadeiro governo sombra e, pelo governo, se passasse a encarar a oposição como governo sombra do país e que, por isso mesmo, carece de informações precisas sobre a governação e não meras visitas mensais para apresentar planos tecnológicos no parlamento.
Oposição em Portugal tem significado sempre uma actividade de desgaste ao governo. Tudo se mede pela capacidade de um partido ou de um líder conseguirem incomodar o governo de tal forma que este perca o seu capital eleitoral até à derrota final.Ora, se é certo que há quem tenha de fazer esse trabalho, há todo um outro que tem ficado por fazer e que passa por constituir um governo sombra que, não só desgaste o executivo como também permita construir uma alternativa e, sobretudo, enformar um programa de governo que a oposição executará quando chegar a sua hora.A constituição de governos sombra, sem qualquer tradição em Portugal, permitiria garantir, se estes fossem levados a sério, que uma vez regressado ao governo, um partido estivesse dotado de um programa alternativo, construído em 4 ou 8 anos de trabalho, com conhecimento real e sério das realidades sobre as quais vai intervir.Acontece que em Portugal nem a oposição leva a sério esta função, nem o governo sequer encara a oposição nesse prisma. Reduzida à espuma do desgaste, a oposição não é atractiva para grande parte dos mais qualificados políticos que temos. Mais vocacionados para a função executiva, estes deixam-se ficar à espera de, um dia, virem a fazer parte de um governo.Ora, se é certo que esses mais qualificados o são porque demonstram uma experiência e conhecimento importantes para as funções governativas, não menos certo é que, por muito bons que sejam, não conseguirão jamais descobrir um rumo alternativo para o país, num anito e meio em que finalmente, cheirando a queda do governo, começam a dar a cara.Porque a verdade é que as alternativas nascem de muito trabalho e, sobretudo, de muitos conhecimentos da realidade governativa, a qual só é possível se os políticos estiverem em contacto directo e próprio com a mesma.Como isso não acontece, muitos chegam ao governo, do alto das suas qualificações, com ideias vagas e generosas que rapidamente esbarram na realidade. Perdem-se meses de trabalho até que o Ministro finalmente perceba que a realidade em que estruturou as suas ideias está errada e não corresponde ao que encontra no Ministério (o tradicional “eu não tinha noção de que as coisas estavam tão mal”).Era por isso tempo de, pela oposição, se formar um verdadeiro governo sombra e, pelo governo, se passasse a encarar a oposição como governo sombra do país e que, por isso mesmo, carece de informações precisas sobre a governação e não meras visitas mensais para apresentar planos tecnológicos no parlamento.
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Oposição em Portugal tem significado sempre uma actividade de desgaste ao governo. Tudo se mede pela capacidade de um partido ou de um líder conseguirem incomodar o governo de tal forma que este perca o seu capital eleitoral até à derrota final.Ora, se é certo que há quem tenha de fazer esse trabalho, há todo um outro que tem ficado por fazer e que passa por constituir um governo sombra que, não só desgaste o executivo como também permita construir uma alternativa e, sobretudo, enformar um programa de governo que a oposição executará quando chegar a sua hora.A constituição de governos sombra, sem qualquer tradição em Portugal, permitiria garantir, se estes fossem levados a sério, que uma vez regressado ao governo, um partido estivesse dotado de um programa alternativo, construído em 4 ou 8 anos de trabalho, com conhecimento real e sério das realidades sobre as quais vai intervir.Acontece que em Portugal nem a oposição leva a sério esta função, nem o governo sequer encara a oposição nesse prisma. Reduzida à espuma do desgaste, a oposição não é atractiva para grande parte dos mais qualificados políticos que temos. Mais vocacionados para a função executiva, estes deixam-se ficar à espera de, um dia, virem a fazer parte de um governo.Ora, se é certo que esses mais qualificados o são porque demonstram uma experiência e conhecimento importantes para as funções governativas, não menos certo é que, por muito bons que sejam, não conseguirão jamais descobrir um rumo alternativo para o país, num anito e meio em que finalmente, cheirando a queda do governo, começam a dar a cara.Porque a verdade é que as alternativas nascem de muito trabalho e, sobretudo, de muitos conhecimentos da realidade governativa, a qual só é possível se os políticos estiverem em contacto directo e próprio com a mesma.Como isso não acontece, muitos chegam ao governo, do alto das suas qualificações, com ideias vagas e generosas que rapidamente esbarram na realidade. Perdem-se meses de trabalho até que o Ministro finalmente perceba que a realidade em que estruturou as suas ideias está errada e não corresponde ao que encontra no Ministério (o tradicional “eu não tinha noção de que as coisas estavam tão mal”).Era por isso tempo de, pela oposição, se formar um verdadeiro governo sombra e, pelo governo, se passasse a encarar a oposição como governo sombra do país e que, por isso mesmo, carece de informações precisas sobre a governação e não meras visitas mensais para apresentar planos tecnológicos no parlamento.
Oposição em Portugal tem significado sempre uma actividade de desgaste ao governo. Tudo se mede pela capacidade de um partido ou de um líder conseguirem incomodar o governo de tal forma que este perca o seu capital eleitoral até à derrota final.Ora, se é certo que há quem tenha de fazer esse trabalho, há todo um outro que tem ficado por fazer e que passa por constituir um governo sombra que, não só desgaste o executivo como também permita construir uma alternativa e, sobretudo, enformar um programa de governo que a oposição executará quando chegar a sua hora.A constituição de governos sombra, sem qualquer tradição em Portugal, permitiria garantir, se estes fossem levados a sério, que uma vez regressado ao governo, um partido estivesse dotado de um programa alternativo, construído em 4 ou 8 anos de trabalho, com conhecimento real e sério das realidades sobre as quais vai intervir.Acontece que em Portugal nem a oposição leva a sério esta função, nem o governo sequer encara a oposição nesse prisma. Reduzida à espuma do desgaste, a oposição não é atractiva para grande parte dos mais qualificados políticos que temos. Mais vocacionados para a função executiva, estes deixam-se ficar à espera de, um dia, virem a fazer parte de um governo.Ora, se é certo que esses mais qualificados o são porque demonstram uma experiência e conhecimento importantes para as funções governativas, não menos certo é que, por muito bons que sejam, não conseguirão jamais descobrir um rumo alternativo para o país, num anito e meio em que finalmente, cheirando a queda do governo, começam a dar a cara.Porque a verdade é que as alternativas nascem de muito trabalho e, sobretudo, de muitos conhecimentos da realidade governativa, a qual só é possível se os políticos estiverem em contacto directo e próprio com a mesma.Como isso não acontece, muitos chegam ao governo, do alto das suas qualificações, com ideias vagas e generosas que rapidamente esbarram na realidade. Perdem-se meses de trabalho até que o Ministro finalmente perceba que a realidade em que estruturou as suas ideias está errada e não corresponde ao que encontra no Ministério (o tradicional “eu não tinha noção de que as coisas estavam tão mal”).Era por isso tempo de, pela oposição, se formar um verdadeiro governo sombra e, pelo governo, se passasse a encarar a oposição como governo sombra do país e que, por isso mesmo, carece de informações precisas sobre a governação e não meras visitas mensais para apresentar planos tecnológicos no parlamento.