O país do Burro: EU NÃO QUERO!

30-06-2011
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Será que poderia considerar-se violação a relação estabelecida entre dois parceiros frequentemente vistos em público a expressar toda a sua vontade em consumá-la e a dissertar sobre as vantagens e o “tem que ser” da coisa, sem que nenhum deles alguma vez diga “NÃO QUERO”?Isto a propósito do anúncio triunfal de Angela Merkel do compromisso alcançado (ou a alcançar, apesar da divergência de alguns países) na cimeira do G20, a decorrer no Canadá, de os 20 mais ricos do mundo reduzirem para metade os seus défices até 2013.É uma meta que prejudica Portugal dramaticamente. Reduzir défices é reduzir a capacidade de contornar a crise através da compensação da falta de investimento privado com investimento público. É reduzir o Estado ao mínimo. É espartilhar a política num quase nada. Impor austeridade a quem vive cada dia pior é deprimir um mercado interno que haveria que dinamizar para que criasse emprego. E impor a mesma austeridade nos países de destino das nossas exportações é deixar Portugal também sem mercado externo, sem quaisquer alternativas para a criação de emprego que possibilite sair do buraco em que se encontra.Voltando à violação, PS, PSD e CDS-PP, como tem sido seu hábito, colaborarão com a líder alemã que os portugueses não elegeram nem nunca elegerão. Sem esboçarem o tal “NÃO QUERO”, nem ao menos timidamente. Pelo contrário. E os seus comentadores de serviço farão o habitual papel de vaselina para consciências nas televisões, rádios e jornais, para estancar a reacção popular que sentem em crescendo.E eu NÃO QUERO. Vejo-me representado por quem ajudei a eleger neste “sobre a crise e os meios de a vencer”. Para ler, reflectir e divulgar por todos aqueles que também dizem “NÃO QUERO” à viagem sem regresso à realidade da idade das trevas da fome e da exploração em que viveram os nossos pais e avós, lutando para que não a conhecêssemos. Sem “NÃO QUERO”, quando nascer o monstro, não valerá de nada gritar que foi violação.


Será que poderia considerar-se violação a relação estabelecida entre dois parceiros frequentemente vistos em público a expressar toda a sua vontade em consumá-la e a dissertar sobre as vantagens e o “tem que ser” da coisa, sem que nenhum deles alguma vez diga “NÃO QUERO”?Isto a propósito do anúncio triunfal de Angela Merkel do compromisso alcançado (ou a alcançar, apesar da divergência de alguns países) na cimeira do G20, a decorrer no Canadá, de os 20 mais ricos do mundo reduzirem para metade os seus défices até 2013.É uma meta que prejudica Portugal dramaticamente. Reduzir défices é reduzir a capacidade de contornar a crise através da compensação da falta de investimento privado com investimento público. É reduzir o Estado ao mínimo. É espartilhar a política num quase nada. Impor austeridade a quem vive cada dia pior é deprimir um mercado interno que haveria que dinamizar para que criasse emprego. E impor a mesma austeridade nos países de destino das nossas exportações é deixar Portugal também sem mercado externo, sem quaisquer alternativas para a criação de emprego que possibilite sair do buraco em que se encontra.Voltando à violação, PS, PSD e CDS-PP, como tem sido seu hábito, colaborarão com a líder alemã que os portugueses não elegeram nem nunca elegerão. Sem esboçarem o tal “NÃO QUERO”, nem ao menos timidamente. Pelo contrário. E os seus comentadores de serviço farão o habitual papel de vaselina para consciências nas televisões, rádios e jornais, para estancar a reacção popular que sentem em crescendo.E eu NÃO QUERO. Vejo-me representado por quem ajudei a eleger neste “sobre a crise e os meios de a vencer”. Para ler, reflectir e divulgar por todos aqueles que também dizem “NÃO QUERO” à viagem sem regresso à realidade da idade das trevas da fome e da exploração em que viveram os nossos pais e avós, lutando para que não a conhecêssemos. Sem “NÃO QUERO”, quando nascer o monstro, não valerá de nada gritar que foi violação.

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