Rangel candidato a lugar de topo no PPE

12-10-2015
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A Alemanha apoia. França e Itália também. A candidatura de Paulo Rangel à vice-presidência do Partido Popular Europeu está bem encaminhada. O social-democrata, que é também eurodeputado, tem fortes possibilidades de ser confirmado num dos lugares de topo da estrutura do partido durante o Congresso do PPE, que decorre nos dias 21 e 22 de outubro, em Madrid.

A chanceler alemã terá já confirmado a Pedro Passos Coelho que a CDU alemã vai votar a favor. O partido de Angela Merkel, tem o maior número de votos. São 71 no total. Segundo fontes próximas do processo, a candidatura portuguesa conta ainda com os 51 votos do partido de Nicolas Sarkozy, Les Républicains, e com os 42 do Partido Popular de Mariano Rajoy. Votos de peso que, juntamente com o apoio do centro-direita italiano, deverão ajudar a confirmar a subida de Rangel a uma das dez vice-presidências.

O apoio ao candidato do PSD já tinha sido manifestado antes das eleições do último domingo, mas a vitória da coligação reforçou o processo. A reeleição de um governo de centro-direita que aplicou duras medidas de austeridade tem dado argumentos a vários líderes europeus. Ao olhar para os resultados, que deram uma maioria de votos ao PSD/CDS, tanto Angela Merkel como o seu ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, viram ser reconhecida a receita de austeridade prescrita aos países sob resgate. Esta semana, aquando da visita ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo, a chanceler apontou o caso português como um exemplo para toda a Europa.

Também o Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, ao felicitar Passos Coelho pela vitória, considerou que as eleições demonstraram “que o programa ambicioso de reformas económicas e as medidas aplicadas para garantir o equilíbrio das contas públicas” executados pelo anterior governo “deram resultados”.

No congresso do PPE, em Madrid, Portugal poderá novamente servir de exemplo a uma Espanha que se prepara para ir a eleições a 20 de dezembro. O PP de Rajoy, também ele responsável pela aplicação de políticas duras, não tem garantias de vir a ser o partido mais votado.

Na capital espanhola vão estar os líderes dos vários partidos europeus de centro-direita, mas também os altos cargos da família PPE. É o caso do presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker e de Donald Tusk. Ambos têm assento da presidência do Partido Popular Europeu, cujo presidente, o francês Joseph Daul, deverá ser reeleito para mais dois anos de mandato. Daul é, aliás, um dos grandes apoios de Rangel na candidatura à vice-presidência do partido.

O eurodeputado do PSD tem ainda a seu favor o facto de ser já vice-presidente do grupo parlamentar do PPE, o que lhe tem dado influência dentro do Parlamento Europeu.

As dez vice-presidências do PPE têm lugares guardados para eurodeputados e comissários, permitindo fazer a ponte entre o partido e as instituições europeias. Ao que o Expresso apurou, se Rangel não tivesse aceitado o convite de Passos para avançar com a candidatura, a escolha seguinte seria Carlos Moedas, comissário com a pasta da Investigação, Inovação e Ciência.

Acesso às cimeiras do PPE

A eleição para uma das dez vice-presidências permitirá a Paulo Rangel participar nas cimeiras do PPE, ao lado de Merkel, Rajoy mas também do húngaro Viktor Orbán. Os líderes sociais-democratas reúnem-se, por norma, antes das reuniões do Conselho Europeu, aproveitando as habituais viagens dos chefes de Estado e de governo a Bruxelas.

Rangel será a segunda voz portuguesa nas reuniões a seguir a Passos Coelho, enquanto este for líder do PSD. Mesmo que Rangel viesse a ser chamado para um futuro governo PSD/CDS — convite que ainda não aconteceu — a mudança de cargo não impediria que continuasse a ser vice do PPE.

A confirmar-se a vitória no congresso de Madrid, irá substituir o social-democrata Mário David, agora ex-eurodeputado. O CDS-PP também está ao lado desta candidatura. O partido de Paulo Portas tem direito a cinco votos.

A Alemanha apoia. França e Itália também. A candidatura de Paulo Rangel à vice-presidência do Partido Popular Europeu está bem encaminhada. O social-democrata, que é também eurodeputado, tem fortes possibilidades de ser confirmado num dos lugares de topo da estrutura do partido durante o Congresso do PPE, que decorre nos dias 21 e 22 de outubro, em Madrid.

A chanceler alemã terá já confirmado a Pedro Passos Coelho que a CDU alemã vai votar a favor. O partido de Angela Merkel, tem o maior número de votos. São 71 no total. Segundo fontes próximas do processo, a candidatura portuguesa conta ainda com os 51 votos do partido de Nicolas Sarkozy, Les Républicains, e com os 42 do Partido Popular de Mariano Rajoy. Votos de peso que, juntamente com o apoio do centro-direita italiano, deverão ajudar a confirmar a subida de Rangel a uma das dez vice-presidências.

O apoio ao candidato do PSD já tinha sido manifestado antes das eleições do último domingo, mas a vitória da coligação reforçou o processo. A reeleição de um governo de centro-direita que aplicou duras medidas de austeridade tem dado argumentos a vários líderes europeus. Ao olhar para os resultados, que deram uma maioria de votos ao PSD/CDS, tanto Angela Merkel como o seu ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, viram ser reconhecida a receita de austeridade prescrita aos países sob resgate. Esta semana, aquando da visita ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo, a chanceler apontou o caso português como um exemplo para toda a Europa.

Também o Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, ao felicitar Passos Coelho pela vitória, considerou que as eleições demonstraram “que o programa ambicioso de reformas económicas e as medidas aplicadas para garantir o equilíbrio das contas públicas” executados pelo anterior governo “deram resultados”.

No congresso do PPE, em Madrid, Portugal poderá novamente servir de exemplo a uma Espanha que se prepara para ir a eleições a 20 de dezembro. O PP de Rajoy, também ele responsável pela aplicação de políticas duras, não tem garantias de vir a ser o partido mais votado.

Na capital espanhola vão estar os líderes dos vários partidos europeus de centro-direita, mas também os altos cargos da família PPE. É o caso do presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker e de Donald Tusk. Ambos têm assento da presidência do Partido Popular Europeu, cujo presidente, o francês Joseph Daul, deverá ser reeleito para mais dois anos de mandato. Daul é, aliás, um dos grandes apoios de Rangel na candidatura à vice-presidência do partido.

O eurodeputado do PSD tem ainda a seu favor o facto de ser já vice-presidente do grupo parlamentar do PPE, o que lhe tem dado influência dentro do Parlamento Europeu.

As dez vice-presidências do PPE têm lugares guardados para eurodeputados e comissários, permitindo fazer a ponte entre o partido e as instituições europeias. Ao que o Expresso apurou, se Rangel não tivesse aceitado o convite de Passos para avançar com a candidatura, a escolha seguinte seria Carlos Moedas, comissário com a pasta da Investigação, Inovação e Ciência.

Acesso às cimeiras do PPE

A eleição para uma das dez vice-presidências permitirá a Paulo Rangel participar nas cimeiras do PPE, ao lado de Merkel, Rajoy mas também do húngaro Viktor Orbán. Os líderes sociais-democratas reúnem-se, por norma, antes das reuniões do Conselho Europeu, aproveitando as habituais viagens dos chefes de Estado e de governo a Bruxelas.

Rangel será a segunda voz portuguesa nas reuniões a seguir a Passos Coelho, enquanto este for líder do PSD. Mesmo que Rangel viesse a ser chamado para um futuro governo PSD/CDS — convite que ainda não aconteceu — a mudança de cargo não impediria que continuasse a ser vice do PPE.

A confirmar-se a vitória no congresso de Madrid, irá substituir o social-democrata Mário David, agora ex-eurodeputado. O CDS-PP também está ao lado desta candidatura. O partido de Paulo Portas tem direito a cinco votos.

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