CDS FAZ CONTAS ÁS PROPOSTAS DO PS

22-09-2015
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"Se estas medidas avançassem isto significa que dentro de pouco tempo teríamos novamente a troika em Portugal"

O cenário apresentado pela dirigente do CDS-PP é nada menos que catastrófico: "défice e dívida a disparar", Portugal deixaria de sair do procedimento por défice excessivo, com custos de reputação e credibilidade, e deixaria de "crescer e criar emprego de forma sustentável".

Qualquer próximo Governo terá de cortar nas pensões, por uma questão de sustentabilidade do sistema. E assim se chega ao número final de 3020 milhões de euros que, segundo as contas do CDS, ficam em causa nas contas do PS. O que equivaleria a 1,8% do PIB.

Uma primeira análise sobre o cenário macroeconómico apresentado pelo PS - " Uma década para Portugal " permite apontar alguns riscos e, seguramente, substanciais diferenças de estratégia face ao modelo que a maioria defende para o desenvolvimento da economia portuguesa (crescimento baseado no investimento direto estrangeiro, nas exportações e na redução da despesa pública e não no consumo privado e na despesa pública).

A ideia socialista de estimular o crescimento da economia pelo lado do consumo e do investimento público é o contrário do que é defendido por todas as instituições e, nota o CDS, significa "um crescimento pouco sustentado".

Ataque à sustentabilidade da Segurança Social

Cecília Meireles apresentou outras críticas às ideias avançadas pelo PS: as propostas para a Segurança Social são, na sua opinião, "um ataque à sustentabilidade" do sistema. No período total, estariam em causa 11,5 mil milhões de euros de receita a menos, que o PS propõe compensar cortando esse valor nas pensões.

A engenharia sugerida por António Costa é, na opinião do CDS, um plafonamento das pensões, mas de natureza obrigatória, sem possibilidade de escolha para o beneficiário. Mais: representa, no imediato, um buraco que o PS não explica como compensa, pois as pensões que estão a ser pagas agora são financiadas pelos descontos que são feitos agora.

Os socialistas admitem ainda alargar a base de financiamento da Segurança Social através, nomeadamente, de um aumento do imposto sucessório para heranças de alto valor (acima de um milhão de euros), da reversão da redução planeada do IRC e pela criação de um mecanismo de penalização das empresas com rotação excessiva de trabalhadores.

O CDS critica igualmente a proposta de travar o desagravamento do IRC e de alterações às regras de contratação e despedimento, considerando que põem em causa os estímulos para que as empresas contratem.

As propostas a apresentar por qualquer partido ou força partidária estão sujeitas a uma tripla restrição, para poderem ser validadas. A restrição do défice orçamental, a restrição das contas externas e a restrição do endividamento (privado e público).

Quer isto dizer que a "bondade" e exequibilidade das propostas políticas não podem ser avaliadas em si mesmas mas sim face às restrições mencionadas. Os "mercados", as empresas de rating, os credores e as Instituições internacionais condicionam fortemente a viabilidade das propostas ao exigirem que estas se ajustem à salvaguarda dos interesses dos credores internacionais, ou seja, que os erros do passado anterior a 2011 (e que levaram o País à pre-bancarrota ) não serão repetidos.

O cenário apresentado pelo PS representa um sério risco quer para a evolução das contas públicas quer das contas externas, já que aposta fortemente no crescimento dos rendimentos particulares através de uma série de medidas que muitos dirão fazer lembrar as que antecederam as eleições de 2009.

No Parlamento a 22 de Abril, Paulo Portas, o vice-primeiro-ministro acusou o PS de apresentar um plano macroeconómico que contém o risco de se converter noutro memorando de entendimento, afirmando que as políticas defendidas no documento levariam a novo resgate de Portugal.

"Se estas medidas avançassem isto significa que dentro de pouco tempo teríamos novamente a troika em Portugal"

O cenário apresentado pela dirigente do CDS-PP é nada menos que catastrófico: "défice e dívida a disparar", Portugal deixaria de sair do procedimento por défice excessivo, com custos de reputação e credibilidade, e deixaria de "crescer e criar emprego de forma sustentável".

Qualquer próximo Governo terá de cortar nas pensões, por uma questão de sustentabilidade do sistema. E assim se chega ao número final de 3020 milhões de euros que, segundo as contas do CDS, ficam em causa nas contas do PS. O que equivaleria a 1,8% do PIB.

Uma primeira análise sobre o cenário macroeconómico apresentado pelo PS - " Uma década para Portugal " permite apontar alguns riscos e, seguramente, substanciais diferenças de estratégia face ao modelo que a maioria defende para o desenvolvimento da economia portuguesa (crescimento baseado no investimento direto estrangeiro, nas exportações e na redução da despesa pública e não no consumo privado e na despesa pública).

A ideia socialista de estimular o crescimento da economia pelo lado do consumo e do investimento público é o contrário do que é defendido por todas as instituições e, nota o CDS, significa "um crescimento pouco sustentado".

Ataque à sustentabilidade da Segurança Social

Cecília Meireles apresentou outras críticas às ideias avançadas pelo PS: as propostas para a Segurança Social são, na sua opinião, "um ataque à sustentabilidade" do sistema. No período total, estariam em causa 11,5 mil milhões de euros de receita a menos, que o PS propõe compensar cortando esse valor nas pensões.

A engenharia sugerida por António Costa é, na opinião do CDS, um plafonamento das pensões, mas de natureza obrigatória, sem possibilidade de escolha para o beneficiário. Mais: representa, no imediato, um buraco que o PS não explica como compensa, pois as pensões que estão a ser pagas agora são financiadas pelos descontos que são feitos agora.

Os socialistas admitem ainda alargar a base de financiamento da Segurança Social através, nomeadamente, de um aumento do imposto sucessório para heranças de alto valor (acima de um milhão de euros), da reversão da redução planeada do IRC e pela criação de um mecanismo de penalização das empresas com rotação excessiva de trabalhadores.

O CDS critica igualmente a proposta de travar o desagravamento do IRC e de alterações às regras de contratação e despedimento, considerando que põem em causa os estímulos para que as empresas contratem.

As propostas a apresentar por qualquer partido ou força partidária estão sujeitas a uma tripla restrição, para poderem ser validadas. A restrição do défice orçamental, a restrição das contas externas e a restrição do endividamento (privado e público).

Quer isto dizer que a "bondade" e exequibilidade das propostas políticas não podem ser avaliadas em si mesmas mas sim face às restrições mencionadas. Os "mercados", as empresas de rating, os credores e as Instituições internacionais condicionam fortemente a viabilidade das propostas ao exigirem que estas se ajustem à salvaguarda dos interesses dos credores internacionais, ou seja, que os erros do passado anterior a 2011 (e que levaram o País à pre-bancarrota ) não serão repetidos.

O cenário apresentado pelo PS representa um sério risco quer para a evolução das contas públicas quer das contas externas, já que aposta fortemente no crescimento dos rendimentos particulares através de uma série de medidas que muitos dirão fazer lembrar as que antecederam as eleições de 2009.

No Parlamento a 22 de Abril, Paulo Portas, o vice-primeiro-ministro acusou o PS de apresentar um plano macroeconómico que contém o risco de se converter noutro memorando de entendimento, afirmando que as políticas defendidas no documento levariam a novo resgate de Portugal.

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