O triângulo

07-11-2013
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Existe hoje um inefável triângulo na vida portuguesa constituído por Cavaco Silva, PS e PSD. Daí o Presidente ter dito o óbvio: não há tensão, está tudo em paz.

Existe hoje um inefável triângulo na vida portuguesa constituído por Cavaco Silva, PS e PSD. Daí o Presidente ter dito o óbvio: não há tensão, está tudo em paz.

Como poderia ser de outro modo? Para além da primeira linha da excitação retórica, as segundas linhas (Ângelo Correia pelo PSD, Vitalino Canas pelo PS) exalam a serenidade de quem sabe que não existe qualquer risco do orçamento não ser aprovado. Aliás, o Orçamento de Estado de 2011 (e o de 2012 e de 2013) já está traçado e tem um nome: PEC2. Nesta matriz, constam medidas, calendários e dotações. Tudo limpinho e rubricado por Sócrates, Passos Coelho e Cavaco Silva. O resto, convenhamos, são efervescentes inventonas de Verão. Onde não se vislumbra diferença ideológica substantiva ou prática política efectivamente divergente, o coro grego levanta as vozes da tragédia.

Mas o Presidente ainda foi mais longe, garantindo ter informações que lhe permitem afirmar que tudo está no bom caminho. Entenda-se: PS e PSD perseguem, nos bastidores, longe dos palcos e da sua dramaticidade, meticulosas negociações abençoadas por Cavaco. No fim, sabemos que os impostos vão aumentar sem justiça fiscal e que os salários vão baixar.

É por isso que o Bloco está contra esta Santíssima Trindade nas eleições presidenciais. Com Alegre, que se manifestou sempre ao arrepio das várias ondas regressivas de revisão constitucional e rejeitou o Código do Trabalho. Contra Cavaco, que está com PS e PSD. É a vida. É a luta.

Existe hoje um inefável triângulo na vida portuguesa constituído por Cavaco Silva, PS e PSD. Daí o Presidente ter dito o óbvio: não há tensão, está tudo em paz.

Existe hoje um inefável triângulo na vida portuguesa constituído por Cavaco Silva, PS e PSD. Daí o Presidente ter dito o óbvio: não há tensão, está tudo em paz.

Como poderia ser de outro modo? Para além da primeira linha da excitação retórica, as segundas linhas (Ângelo Correia pelo PSD, Vitalino Canas pelo PS) exalam a serenidade de quem sabe que não existe qualquer risco do orçamento não ser aprovado. Aliás, o Orçamento de Estado de 2011 (e o de 2012 e de 2013) já está traçado e tem um nome: PEC2. Nesta matriz, constam medidas, calendários e dotações. Tudo limpinho e rubricado por Sócrates, Passos Coelho e Cavaco Silva. O resto, convenhamos, são efervescentes inventonas de Verão. Onde não se vislumbra diferença ideológica substantiva ou prática política efectivamente divergente, o coro grego levanta as vozes da tragédia.

Mas o Presidente ainda foi mais longe, garantindo ter informações que lhe permitem afirmar que tudo está no bom caminho. Entenda-se: PS e PSD perseguem, nos bastidores, longe dos palcos e da sua dramaticidade, meticulosas negociações abençoadas por Cavaco. No fim, sabemos que os impostos vão aumentar sem justiça fiscal e que os salários vão baixar.

É por isso que o Bloco está contra esta Santíssima Trindade nas eleições presidenciais. Com Alegre, que se manifestou sempre ao arrepio das várias ondas regressivas de revisão constitucional e rejeitou o Código do Trabalho. Contra Cavaco, que está com PS e PSD. É a vida. É a luta.

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