"Meu caro Eduardo. Fico satisfeito por ver que não entraste aqui hoje de mão dada com o primeiro-ministro espanhol."

11-09-2003
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"Querem baixar o IRS para aqueles que ganham mais de 1170 contos por mês. E só para esses. Mas o IVA, um imposto socialmente cego, que pagamos todos os dias quando consumimos, esse já sobe 3 por cento para toda a gente".

Domingo, 24 de Fevereiro de 2002

"Este programa não tem nem balões, nem fumos, nem ideias importadas." Vitalino Canas

"Meu caro Eduardo. Fico satisfeito por ver que não entraste aqui hoje de mão dada com o primeiro-ministro espanhol." José Amaral

"O poder tem horror ao vazio. Quando o líder [Durão Barroso] é frouxo, governam e governam-se os lobbies fortes."

"Nunca em Portugal houve um partido tão arrogante em vésperas de eleições como o PSD." João Cravinho

"O choque fiscal vai beneficiar 5 por cento das famílias portuguesas, provavelmente menos. Os outros 95 por cento vão perder. Não terá grande efeito sobre o crescimento económico ao contrário do que o PSD sustenta. É preciso que o povo esteja consciente destas consequências."

"O choque fiscal prometido pelo PSD é um esquema embrulhado em falsidades e omissões para reduzir a carga fiscal dos detentores de rendimentos elevados." Silva Lopes

"Telefonou-me o Alberto Martins. Era preciso estar aqui. Não foi preciso darem-me razões (..) Vim afivelar aqui também a minha máscara de independente." Gomes Canotilho

"O Serviço Nacional de Saúde que temos, modernizado e revigorado, é o que é desejado pelos portugueses." Correia de Campos

"É tempo de escolher, separar as águas, reafirmar convicções." Rui Vilar

"Não há democracia nem socialismo sem cultura científica. Os nossos adversários não estão preparados para tomar conta dos destinos da ciência e tecnologia." Mariano Gago

"Sempre lhe [a Ferro Rodrigues] reconheci uma mania. A mania de fazer bem as coisas." Adriano Pimpão

"Resistamos à berlusconização caseira e europeia." Mensagem de Eduardo Lourenço

"Recordo um domingo de manhã, em 1978. De um lado, Adelino Amaro da Costa e eu. Do outro, Jorge Campinos, António Guterres e o prof. Sousa Gomes. Preparávamos o governo PS com personalidades do CDS." Luís Barbosa

"Em 1978, tínhamos profundas divergências em matérias económicas (...) Agora a situação é muito mais fácil." Vítor Sá Machado

"Não há independentes, não há pessoas neutras." Vasco Vieira de Almeida

"As deficiências neste achamento dos limites do diálogo são bem compreensíveis." Rui Alarcão

Num enorme palco, apenas decorado com flores, um púlpito e dois blocos esculpidos com as palavras "fazer bem" a sessão começou com um curto filme onde se mostrava a obra do PS, com destaque para a vertente social, ao longo dos últimos seis anos. António Guterres não esteve presente devido a uma missão governamental no estrangeiro, mas havia de ter gostado de ver o filme. Tanta foi a obra mostrada que encantou a plateia.

Não tanto, porém, como a primeira frase do discurso de Vitalino Canas, a quem coube abrir a sessão em substituição do afónico António Costa: "Para escrever este programa não necessitamos de ir a Espanha."

"Este partido não tem nem balões, nem fumos nem ideias importadas", disse ainda Vitalino Canas. De facto, não tinha, mas tinha uma maratona mais de quatro horas de discursos para oferecer aos presentes. E pelo palco foram passando nomes como os de Vasco Vieira de Almeida, Marçal Grilo. Ulisses Garrido, dirigente da CGTP-IN, Augusto Santos Silva que leu uma mensagem de Eduardo Lourenço, o economista José Amaral, Nuno Severiano Teixeira, Gomes Canotilho, Correia de Campos e João Cravinho.

João Cravinho dividiu o seu discurso entre os elogios ao líder, salientando mesmo que há "um novo PS, e reconhecimento dos erros, "alguns graves" do velho PS. O deputado socialista também se destacou como um dos mais duros nos ataques ao PSD e a Durão Barroso a quem chamou um "líder frouxo"

Entre todos estes discursos e mensagens de apoio - com destaque para a da ex-primeira ministra Maria Lourdes Pintassilgo e de António Dias da Cunha, presidente do Sporting - houve uma intervenção no mínimo curiosa. Curiosa porque começou por provocar mal estar nos presentes e, no final, foi das que arrebatou mais palmas. O seu autor foi o jornalista Luís Osório com um discurso intitulado "eu tinha tudo para não estar aqui".

Osório disse-se "desiludido com a governação de António Guterres", afirmou "abominar os aparelhos partidários", revelou que teve de "resistir aos apelos de amigos do PSD" e disse mesmo que a sua "carreira estava em perigo". "Tinha tudo para não estar" ali, mas estava, porque, segundo ele o que estava em causa era "a escolha entre dois homens com capacidades escandalosamente diferentes". Claro, que a escolha dele era Ferro Rodrigues.

No final falou o líder, com a plateia a oferecer-lhe fortes e emocionados aplausos, tentando mostra-lhe que estava com ele.

"Querem baixar o IRS para aqueles que ganham mais de 1170 contos por mês. E só para esses. Mas o IVA, um imposto socialmente cego, que pagamos todos os dias quando consumimos, esse já sobe 3 por cento para toda a gente".

Há "falta de coragem": "São ou não são a favor dos despedimentos individuais sem justa causa? Têm de o dizer aos portugueses (...) Dizem que vão cortar brutalmente receitas; mas que vão também aumentar as despesas, prometendo tudo a todos só para ganhar as eleições".

"E eu pergunto: como é que pensam equilibrar as contas? Como é que, gastando mais, e arrecadando menos pensam conter o défice? (...) Como é possível dizer que o país está numa situação catastrófica, e prometer tudo a todos na saúde e nas questões sociais?"

"Já estão a escolher os lugares"

"Há quem julgue que as eleições estão decididas contra nós. Desenganem-se. Estamos aqui para vencer. Mas só venceremos se socialistas e não socialistas que estão connosco nesta campanha derem, cada vez mais, o melhor do seu esforço, da sua determinação e da sua vontade".

muito está em jogo, conto convosco. Conto convosco não apenas para participarem nas eleições, mas para as ganharmos. Podemos ganhar. Vamos ganhar. Os portugueses podem contar comigo!".

A assistência, com diversas proveniências, dos independentes-estrelas aos militantes do país profundo, rebentou em aplausos, a mulher de Ferro Rodrigues, Filomena Aguilar, subiu ao palco com aplausos, misturados aqui e ali com alguns punhos erguidos.

"Querem baixar o IRS para aqueles que ganham mais de 1170 contos por mês. E só para esses. Mas o IVA, um imposto socialmente cego, que pagamos todos os dias quando consumimos, esse já sobe 3 por cento para toda a gente".

Domingo, 24 de Fevereiro de 2002

"Este programa não tem nem balões, nem fumos, nem ideias importadas." Vitalino Canas

"Meu caro Eduardo. Fico satisfeito por ver que não entraste aqui hoje de mão dada com o primeiro-ministro espanhol." José Amaral

"O poder tem horror ao vazio. Quando o líder [Durão Barroso] é frouxo, governam e governam-se os lobbies fortes."

"Nunca em Portugal houve um partido tão arrogante em vésperas de eleições como o PSD." João Cravinho

"O choque fiscal vai beneficiar 5 por cento das famílias portuguesas, provavelmente menos. Os outros 95 por cento vão perder. Não terá grande efeito sobre o crescimento económico ao contrário do que o PSD sustenta. É preciso que o povo esteja consciente destas consequências."

"O choque fiscal prometido pelo PSD é um esquema embrulhado em falsidades e omissões para reduzir a carga fiscal dos detentores de rendimentos elevados." Silva Lopes

"Telefonou-me o Alberto Martins. Era preciso estar aqui. Não foi preciso darem-me razões (..) Vim afivelar aqui também a minha máscara de independente." Gomes Canotilho

"O Serviço Nacional de Saúde que temos, modernizado e revigorado, é o que é desejado pelos portugueses." Correia de Campos

"É tempo de escolher, separar as águas, reafirmar convicções." Rui Vilar

"Não há democracia nem socialismo sem cultura científica. Os nossos adversários não estão preparados para tomar conta dos destinos da ciência e tecnologia." Mariano Gago

"Sempre lhe [a Ferro Rodrigues] reconheci uma mania. A mania de fazer bem as coisas." Adriano Pimpão

"Resistamos à berlusconização caseira e europeia." Mensagem de Eduardo Lourenço

"Recordo um domingo de manhã, em 1978. De um lado, Adelino Amaro da Costa e eu. Do outro, Jorge Campinos, António Guterres e o prof. Sousa Gomes. Preparávamos o governo PS com personalidades do CDS." Luís Barbosa

"Em 1978, tínhamos profundas divergências em matérias económicas (...) Agora a situação é muito mais fácil." Vítor Sá Machado

"Não há independentes, não há pessoas neutras." Vasco Vieira de Almeida

"As deficiências neste achamento dos limites do diálogo são bem compreensíveis." Rui Alarcão

Num enorme palco, apenas decorado com flores, um púlpito e dois blocos esculpidos com as palavras "fazer bem" a sessão começou com um curto filme onde se mostrava a obra do PS, com destaque para a vertente social, ao longo dos últimos seis anos. António Guterres não esteve presente devido a uma missão governamental no estrangeiro, mas havia de ter gostado de ver o filme. Tanta foi a obra mostrada que encantou a plateia.

Não tanto, porém, como a primeira frase do discurso de Vitalino Canas, a quem coube abrir a sessão em substituição do afónico António Costa: "Para escrever este programa não necessitamos de ir a Espanha."

"Este partido não tem nem balões, nem fumos nem ideias importadas", disse ainda Vitalino Canas. De facto, não tinha, mas tinha uma maratona mais de quatro horas de discursos para oferecer aos presentes. E pelo palco foram passando nomes como os de Vasco Vieira de Almeida, Marçal Grilo. Ulisses Garrido, dirigente da CGTP-IN, Augusto Santos Silva que leu uma mensagem de Eduardo Lourenço, o economista José Amaral, Nuno Severiano Teixeira, Gomes Canotilho, Correia de Campos e João Cravinho.

João Cravinho dividiu o seu discurso entre os elogios ao líder, salientando mesmo que há "um novo PS, e reconhecimento dos erros, "alguns graves" do velho PS. O deputado socialista também se destacou como um dos mais duros nos ataques ao PSD e a Durão Barroso a quem chamou um "líder frouxo"

Entre todos estes discursos e mensagens de apoio - com destaque para a da ex-primeira ministra Maria Lourdes Pintassilgo e de António Dias da Cunha, presidente do Sporting - houve uma intervenção no mínimo curiosa. Curiosa porque começou por provocar mal estar nos presentes e, no final, foi das que arrebatou mais palmas. O seu autor foi o jornalista Luís Osório com um discurso intitulado "eu tinha tudo para não estar aqui".

Osório disse-se "desiludido com a governação de António Guterres", afirmou "abominar os aparelhos partidários", revelou que teve de "resistir aos apelos de amigos do PSD" e disse mesmo que a sua "carreira estava em perigo". "Tinha tudo para não estar" ali, mas estava, porque, segundo ele o que estava em causa era "a escolha entre dois homens com capacidades escandalosamente diferentes". Claro, que a escolha dele era Ferro Rodrigues.

No final falou o líder, com a plateia a oferecer-lhe fortes e emocionados aplausos, tentando mostra-lhe que estava com ele.

"Querem baixar o IRS para aqueles que ganham mais de 1170 contos por mês. E só para esses. Mas o IVA, um imposto socialmente cego, que pagamos todos os dias quando consumimos, esse já sobe 3 por cento para toda a gente".

Há "falta de coragem": "São ou não são a favor dos despedimentos individuais sem justa causa? Têm de o dizer aos portugueses (...) Dizem que vão cortar brutalmente receitas; mas que vão também aumentar as despesas, prometendo tudo a todos só para ganhar as eleições".

"E eu pergunto: como é que pensam equilibrar as contas? Como é que, gastando mais, e arrecadando menos pensam conter o défice? (...) Como é possível dizer que o país está numa situação catastrófica, e prometer tudo a todos na saúde e nas questões sociais?"

"Já estão a escolher os lugares"

"Há quem julgue que as eleições estão decididas contra nós. Desenganem-se. Estamos aqui para vencer. Mas só venceremos se socialistas e não socialistas que estão connosco nesta campanha derem, cada vez mais, o melhor do seu esforço, da sua determinação e da sua vontade".

muito está em jogo, conto convosco. Conto convosco não apenas para participarem nas eleições, mas para as ganharmos. Podemos ganhar. Vamos ganhar. Os portugueses podem contar comigo!".

A assistência, com diversas proveniências, dos independentes-estrelas aos militantes do país profundo, rebentou em aplausos, a mulher de Ferro Rodrigues, Filomena Aguilar, subiu ao palco com aplausos, misturados aqui e ali com alguns punhos erguidos.

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