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01-01-2005
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Projecto LIFE Ambiente

Relatório de Progresso

“A Poluição Atmosférica e a Gestão e Conservação dos Ecossistemas Florestais na Península de Setúbal”

(LIFE 98 ENV/P/000556)

Período: 1 de Abril de 1999 a 30 de Setembro de 2000

Azeitão, 30 de Setembro de 2000

Índice

ÍNDICE LISTA DE FIGURAS

1 - Localização do Projecto LIFE Ambiente

2 – Carta de Ocupação do Solo da Península de Setúbal

3 –Desenho de Base de Dados

4- Mapa da Península de Setúbal - pontos de amostragem para a avaliação da poluição atmosférica na região

5- Líquene foliáceo Xanthoria parietina, em telhas de casas

6- Líquene fruticuloso Evernia prunastri

7 - Líquene terrícolas do género Cladonia

8 – Líquene epifíticos do género Ramalina

9 - Mapa da região da grande Lisboa e Península de Setúbal- pontos de amostragem usados nos testes preliminares para avaliação da poluição atmosférica

10 – Concentração total de dioxinas expressas em TEQ’s

11- Concentração total de dioxinas expressas em TEQ’s

12 -Concentração total de dioxinas expressas em TEQ’s

13 - Concentração total de dioxinas expressas em TEQ’s

14 - Concentração total de dioxinas expressas em TEQ’s

15 - Correlogramas da concentração de SO 2 por períodos mensais para o ano de 1996 e 1997

16 - Correlogramas da concentração de SO 2 com valores superiores à mediana por períodos mensais para o ano de 1996 e 1997

17 - “Griding” do domínio de estudo a partir do nível de desagregação do NUT V

18 – Campo de Ventos às 15 horas UT

19 – Dados soft – Probabilidade de ocorrência do Pinheiro Bravo

20 – Representação espacial dos Desvios R(Xa)

21 - Coeficientes de calibração dos modelos de co-regionalização

22 – Variograma da proporção de pinheiro (Hard data)

23 – Variograma cruzado entre os dados Soft e Hard

24 – Variograma de I 12

25 - Co-Krigagem co-localizada com modelos locais de co-regionalização

26 - Apresentação pública dos Projectos LIFE

27 – Stand da AFLOPS na ExpoAmbiente (FIL)

28 – Stand da AMDS na Bienal de Ambiente de Bobigny, 2000 França

29 - Escolas participantes no programa “Detectives do Ambiente”

ÍNDICE LISTA de Quadros

1 – Cronograma

2 – Imagens de Satélite

ÍNDICE Lista de Anexos no relatório

1 - Protocolos com novos parceiros

2 - Programa de Educação Ambiental AFLOPS-ESES

3 - Notícias sobre o Projecto nos jornais

ÍNDICE LISTA DE ANEXOS FORA DO RELATÓRIO

1 - Apresentação do Projecto

2 - Divulgação Interinstitucional:

Mosaico das fotografias ortorectificadas de 1995 (CELPA/ DGF/ CNIG)

Mosaico das Cartas Militares 1:25 000

Altimetria

Cotas

Averm21 – Plugin do ERMapper para o Arc View

Erv12 install

Ermapper.dll

Wbalance.dll

Readme

Manuais para o programa “Detectives do Ambiente” (alunos e professores do 1º e 2º ano do ensino básico), “O Ar e as Árvores das Florestas”.

AMDS – Associação de Municípios do Distrito de Setúbal

DGF – Direcção Geral das Florestas

DRARO – Direcção Regional de Agricultura do Ribatejo e Oeste

DRAAL – Direcção Regional de Agricultura do Alentejo

DRALVT – Direcção Regional do Ambiente de Lisboa e Vale do Tejo

DRAmbAL – Direcção Regional de Ambiente do Alentejo

ESES – Escola Superior de Educação de Setúbal

FUL – Fundação da Universidade de Lisboa

ICN – Instituto de Conservação da Natureza

IST – Instituto Superior Técnico

UA – Universidade de Aveiro

ÍNDICE INTRODUÇÃO e Síntese da situação de desenvolvimento do Projecto

O presente documento constitui o Relatório de Progresso do Projecto LIFE Ambiente “A Poluição Atmosférica e a Gestão e Conservação dos Ecossistemas Florestais na Península de Setúbal”, nos termos previstos no contrato com a Comissão Europeia, para verificar o acompanhamento da execução do Projecto LIFE Ambiente “ A Poluição Atmosférica e a Gestão e Conservação dos Ecossistemas Florestais na Península de Setúbal”(LIFE Env/P/000556), promovido pela AFLOPS - Associação de Produtores Florestais de Setúbal.

O relatório inclui as acções desenvolvidas no período de Abril de 1999 a Setembro de 2000 .

O Projecto tem como principais objectivos a avaliação dos diferentes níveis de poluição atmosférica na região, a localização e caracterização das principais fontes de emissão de CO2 e a avaliação do contributo da floresta como agente mitigador do carbono.

A região envolvida no Projecto – a Península de Setúbal - , que engloba importantes sectores dos estuários dos rios Tejo e Sado, é uma das zonas portuguesas mais populosas e industrializadas (com mais de 2 milhões de habitantes), mas em simultâneo é uma das áreas mais florestadas, com características únicas do ponto de vista ambiental.

O promotor e coordenador do Projecto, a AFLOPS – Associação de Produtores Florestais de Setúbal, é uma associação que tem como objectivo o desenvolvimento de acções de preservação e valorização das florestas, sendo os seus associados (os proprietários) os primeiros responsáveis pela gestão de um número significativo de áreas de reconhecido valor ambiental na região afecta ao Projecto.

Neste sentido, a AFLOPS tem vindo a procurar aprofundar a sua colaboração com as entidades governamentais responsáveis pelo Ambiente e pelo Ordenamento do Território, bem como com as entidades autárquicas e universitárias conexas, no sentido de explorar as oportunidades para o estabelecimento de consensos locais e regionais que contribuam para a integração do Homem no meio envolvente e de modo a assegurar a conservação e a valorização ambiental, com Interesse Comunitário no Distrito de Setúbal.

O presente Projecto inclui-se em tal contexto.

No período a que se reporta o presente Relatório de Progresso (Abril 99 a Setembro 2000), conforme programado, deu-se especial enfoque e desenvolvimento aos seguintes vectores do programa de trabalhos:

- Estruturação e desenvolvimento da Direcção, dos Órgãos Consultivos e da Unidade Técnica de Gestão do Projecto;

- Estabelecimento dos adequados protocolos com os parceiros previstos na orgânica programada e preparação de protocolos adicionais com instituições entretanto consideradas relevantes para os objectivos a atingir (DrAmbiente LVT e ALT, ESES);

- Aquisição ou elaboração, organização e tratamento da informação de base;

- Estruturação e desenvolvimento do Sistema de Informação de base;

- Desenvolvimento das tarefas técnico- científicas previstas, designadamente no referente ao processamento e análise de imagens de satélite, à biomonitorização da poluição, à caracterização espacial da distribuição dos poluentes e ao planeamento do ciclo do carbono, como à frente se detalha;

- Desenvolvimento de um vasto conjunto de acções de comunicação e informação sobre .o Projecto, incluindo a participação em seminários e reuniões de divulgação, a programação / protocolização das acções com professores e escolas e outros eventos dirigidos para o mundo juvenil.

Embora houvesse que proceder a alguns reacertos temporais, mantém-se os objectivos globais de desenvolvimento e de finalização do Projecto em Março de 2002.

O presente Relatório de Progresso, que inclui as participações dos diferentes parceiros do Projecto, foi objecto de apreciação e aprovação nas suas linhas gerais no Conselho Geral de 2 de Maio último.

Azeitão, 30 de Setembro de 2000

O Presidente da Direcção da AFLOPS

(José Miguel Lupi Caetano)

O Director Executivo A Directora Administrativa e Financeira (Lúcio do Rosário) (Susana Valente)

ÍNDICE ANTECEDENTES E SITUAÇÃO PROCESSUAL

Situada entre o Estuário do Sado e do Tejo, a Península de Setúbal é uma das áreas mais industrializadas e populosas de Portugal. Por outro lado, trata-se de uma das regiões mais florestadas do país, com mais de 50% de ocupação florestal, quase integralmente propriedade de privados, apresentando nos seus domínios várias Zonas Especiais de Conservação para a Avifauna (Estuários do Tejo e Sado, Lagoa de Albufeira e Espichel), Sítios propostos pelos Estado português como Zonas Especiais de Conservação (Estuários do Tejo e Sado e Arrábida Espichel), bem como áreas que integram a Rede Nacional de Áreas Protegidas (Parque Natural da Arrábida, Reservas Naturais do Tejo e do Sado e Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica), situações onde ocorrem relevantes valores e riquezas naturais, para além de diversas espécies e formações de vegetação climácica, que integram habitats e espécies com interesse prioritário no âmbito das Directivas Comunitárias Aves e Habitats (Vd. Figura 1).

A potencial contaminação por poluentes atmosféricos de áreas florestais e de ecossistemas das áreas classificadas tem vindo a transformar-se numa das principais preocupações das autoridades responsáveis pelo planeamento e gestão local e regional.

No entanto, a informação relativamente ao tipo e níveis de poluentes atmosféricos é escassa, não é directamente comparável e está dispersa por diversas entidades, limitando por isso as possibilidades de adaptação e desenvolvimento de estratégias e acções que possam mitigar os impactes da poluição atmosférica nesta região e especificamente sobre os povoamentos florestais, que têm um evidente valor ambiental, para além do seu óbvio interesse social e económico.

Por outro lado, os impactes da poluição atmosférica nos diversos ecossistemas exercem-se através de complexos processos multicausais, influenciados por factores de ordem espacial.

Por este conjunto de razões, com a colaboração de diversos parceiros científicos – Instituto Superior Técnico (IST), Fundação da Universidade de Lisboa (FUL), através do Museu, Laboratório e Jardim Botânico, e a Universidade de Aveiro (UA) – e institucionais- Instituto de Conservação da Natureza (ICN), Direcção-Geral das Florestas (DGF), Direcção Regional de Ambiente de Lisboa e Vale do Tejo (DRAmbLVT) e Direcção Regional de Ambiente do Alentejo (DRAmbAL), foi elaborado o presente projecto, que visa por um lado responder às necessidades de informação detectadas, adoptando uma metodologia inovadora que permita a caracterização de processos que apresentam a complexidade acima referida, mas que promove também os instrumentos operacionais que suportem o desenvolvimento de estratégias e acções concertadas por parte das instituições responsáveis pelo planeamento e gestão regional.

A candidatura deste projecto, recebeu o número LIFE Env/P/000556, foi aprovada por Decisão da Comissão C(1988) 1998 final/099, de 22/07/98, com os termos, programa e condições de financiamento do Projecto. A contratação para a sua realização entre a Comunidade Europeia e a AFLOPS, data de 27/07/98. A declaração de início do Projecto foi feita pela AFLOPS para 1 de Abril de 1999.

ÍNDICE OBJECTIVOS GERAIS DO PROJECTO

1 - Estabelecer uma colaboração efectiva entre a administração pública competente, as instituições de investigação universitária mais vocacionadas ou com particular incidência na matéria e na região, as organizações autárquicas supra-municipais e os proprietários/ gestores das áreas alvo, para a definição e implementação de uma estratégia concertada de recolha de informação e de planeamento e gestão regional na Península de Setúbal e Estuário do Sado.

2 – Avaliação dos diferentes níveis de poluição atmosférica na região alvo (Península de Setúbal e regiões enquadrantes). Para atingir este objectivo é proposta uma abordagem multidisciplinar que integra a Geoestatística, os Modelos de dispersão Atmosférica e as técnicas de Biomonitorização.

3 – Caracterização e avaliação dos principais factores de “input” para a caracterização e o planeamento regional do controlo do Ciclo do Carbono, incluindo localização e caracterização das principais fontes de emissão de CO2 na região, o mapeamento dos principais fluxos de CO2 e a avaliação do contributo da floresta como agente mitigador do carbono (elaboração do balanço do CO2 a nível regional ).

4 – Integração do corpo metodológico e das diferentes redes de dados num instrumento coerente e autosustentado de planeamento da qualidade do ar na região, promovendo-se em simultâneo a colaboração inter-institucional necessária à implementação de políticas e acções concretas.

ÍNDICE RESULTADOS ESPERADOS DO PROJECTO

1 – Criação de um Sistema de Informação Operacional de Qualidade Ambiental para fomentar a Cooperação Inter-institucional necessária ao Controle da Poluição e à Conservação da natureza na Península de Setúbal:

-Criação e manutenção de uma base de dados unificada, que integre o conjunto de medições de CO2, SO2 e partículas nas redes privadas e públicas de monitorização;

-Construção de um Sistema de Informação para integração das informações existentes das redes de monitorização com as informações de caracterização dos recursos naturais da região;

-Integração do conjunto de outputs produzidos por este projecto;

-Divulgação inter-institucional do conjunto de informações disponíveis.

2– Caracterização dos Níveis de Poluição Atmosférica para a Gestão e Conservação dos Ecossistemas Florestais na Península de Setúbal:

-Integração da biomonitorização da poluição atmosférica nos processos de monitorização;

-Caracterização espacial da dispersão dos poluentes;

-Avaliação do estado das florestas regionais, através de processos de análise de imagens de satélite;

-Estudo do impacte da poluição atmosférica regional: Elaboração de mapas de Risco e de Incerteza.

3 – Caracterização dos Principais Factores para o planeamento e Gestão local do Ciclo do Carbono:

-Modelação Numérica da Dispersão e Transporte do CO2 Antropogénico (Modelo de Difusão Atmosférica);

-Inventariação dos Recursos Florestais.

ÍNDICE DILIGÊNCIAS ADMINISTRATIVAS

O Projecto foi aprovado pela Decisão da Comissão C(1998)/1998/final/099, de 22-07-1998, e a contratação para a sua realização entre a CE e a AFLOPS data de 27-11-1998.

Com vista a reacertar as relações contratuais AFLOPS / Universidade de Aveiro elaborou-se um protocolo específico (Anexo 1), datado de 1 de Abril de 1999.

Também no Anexo 1 se incluem os protocolos com as Direcções Regionais de Ambiente de Lisboa e Vale do Tejo e do Alentejo, entidades que não fazendo parte do quadro de parceiros iniciais, pelas suas competências orgânicas e responsabilidades operacionais no referente à foram posteriormente

Conforme previsto na organização do Projecto, procedeu-se à selecção e admissão do pessoal, designadamente ao nível da Direcção Técnica – Dr. Lúcio do Rosário – e Direcção Administrativa e Financeira – Drª. Susana Valente (Curricula em Anexos 2 e 3), que iniciaram a sua actividade com o início do Projecto, em 1 de Abril de1999, e do Pessoal Técnico – Engª Química Maria Alexandra Monteiro (Contrato em Anexo 4), que iniciou a sua actividade em 1 de Setembro de 1999.

A AFLOPS apenas obteve em 18-05-1999 a Garantia Bancária exigida pela Comissão, com vista a desbloquear o financiamento por parte da mesma, tendo a mesma sido enviada em 20-05-1999 ao Serviços da CE (garantia bancária ref. GAL 99/72088 para a Comissão Europeia, no montante de 212.210,91€).

A transferência para a AFLOPS do 1º adiantamento de 40% do total da contribuição comunitária (212.210,91€) foi realizada apenas em 18-08-1999.

Apesar de desde Abril de 1999 ter procedido a pagamentos correntes ao Pessoal e Fornecedores diversos, só na sequência desta 1ª transferência da CE a AFLOPS procedeu ao pagamento dos 1ºs adiantamentos aos parceiros (parte comparticipada pela Comunidade):

UA = 11.621,99 €

IST = 65.441,29 € 133.663,87 €

FUL = 56.600,59 €

ÍNDICE DESPESAS REALIZADAS DESDE O INÍCIO DO PROJECTO

Resumo dos montantes realizados (Unidade Euros - €):

Rubrica Montante inicialmente previsto Montante das despesas efectuadas % 1. Pessoal 650 678.19 326245.513 63 2. Deslocações 49 448.89 17686.799 3 3. Assistência Externa 245 513.75 99382.144 19 4. Bens duradouros 88 513.52 53647.329 10 5. Consumíveis 32 141.78 5771.45 1 6. Divulgação 0 0 7. Outros custos 30 163.82 15502.164 3 TOTAL GERAL 1 096 459.95 518235.402 100

ÍNDICE ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO GERAL DO PROJECTO

DIRECÇÃO E UNIDADE TÉCNICA DE GESTÃO AFLOPS

A estrutura de Direcção Geral, Executiva, Operacional e Administrativa – Financeira do Projecto, bem como da Unidade Técnica de Gestão estão neste momento completas para resposta à actual fase do Projecto, com a estrutura e composição que se anexa nos organigramas juntos

Assim:

-A Administração / Direcção-Geral do Projecto, com funções conceptuais e orientação geral do Projecto, é assegurada pela Presidência e Vice-Presidência da Direcção da AFLOPS;

-A Direcção Executiva tem funções operacionais e de entrosamento conceptual com a restante estrutura operacional da AFLOPS;

-A Direcção Operacional da Unidade Técnica de Gestão assegura a execução das áreas técnicas do Projectos, sendo complementada estruturalmente com a Direcção Administrativa – Financeira e a Direcção de Comunicação.

A Equipa de Projecto, no formato e composição inicialmente aprovados, está completa desde meados de 1999.

ÍNDICE ESTRUTURA DOS GRUPOS DE TRABALHO UNIVERSITÁRIOS

O trabalho previsto para ser desenvolvido pelas universidades – Instituto Superior Técnico, Universidade de Aveiro e Fundação da Universidade de Lisboa tem afecto um conjunto de doutorados, mestres e licenciados, coordenados em cada caso por um elemento de ligação à estrutura directiva e operacional do Projecto na AFLOPS (Vd. Organogramas juntos).

ÍNDICE CONSELHO GERAL E CONSELHO TÉCNICO-CIENTÍFICO

Os conselhos previstos na estrutura de Projecto encontram-se já formalmente a funcionar, (Vd. Organogramas juntos).

Em 22-04-99, na sede da AFLOPS, em Azeitão, realizou-se a 1ª Reunião do Conselho Geral do Projecto, estando presentes os diferentes representantes dos parceiros, respectivamente:

AFLOPS:

-José Miguel Lupi Caetano e Lúcio do Rosário e ainda o assessor jurídico, Melo Franco;

-Instituto de Conservação da Natureza - Parque Natural da Arrábida: Graça Viegas;

-Direcção-Geral das Florestas: José Manuel Rodrigues;

-Associação de Municípios do Distrito de Setúbal: João Silva;

-Fundação da Universidade de Lisboa ( MLJB) : Fernando Catarino e Cristina Branquinho;

-Instituto Superior Técnico: Amílcar Soares e Carla Nunes;

-Universidade de Aveiro: Nélson Barros.

Cumpriu-se a seguinte agenda de trabalhos, tendo-se tratado em síntese:

I - Informações Gerais sobre o projecto, com ponto da situação sobre o andamento administrativo das relações CE/AFLOPS. Tendo-se distribuído os formulários relativos aos “Procedimentos Administrativos e Financeiros” a que a Comunidade obriga, quer na forma analógica, quer em formato digital (cópia dos procedimentos em MS Word, conforme o original da CE, e esclarecido que os diferentes parceiros ficam obrigados ao cumprimento dos mesmos;

II - Eleição do Presidente do Conselho Geral, tendo sido escolhido por unanimidade o Sr. José Miguel Lupi Caetano, também Presidente da Direcção da AFLOPS – Associação de Produtores Florestais de Setúbal;

III - Bases dos protocolos da AFLOPS com os parceiros do Projecto, tendo-se concluído que, a assinatura de compromisso da Proposta de Candidatura aprovada à CE pelos diferentes parceiros estavam criados os vínculos necessários e suficientes, havendo apenas que precisar em protocolo adicional as relações AFLOPS/ Universidade de Aveiro, em virtude das alterações decorrentes entre o projecto proposto e o aprovado;

IV - Programação de eventos públicos, que foram apresentados;

V - Bases para o sistema de informação do projecto, apresentados pelo representante do IST;

VI - Reacerto de programação do Projecto, em função da declaração de início do mesmo em 1 de Abril;

VII - Outros assuntos, âmbito em que se concluiu da necessidade de, informalmente, constituir um “Conselho Técnico-Científico” para o Projecto, para análises e decisões para assuntos eminentemente técnico-científicos, tendo-se decidido que o mesmo devia ter como elementos o Director Executivo do Projecto e ainda os representantes do ICN, IST, FUL e UA.

ÍNDICE PROTOCOLOS COM NOVOS PARCEIROS

No decorrer de 1999, foram preparados e acordados protocolos entre a AFLOPS e as Direcções Regionais de Ambiente de Lisboa e Vale do Tejo e do Alentejo que passaram a dispor de representantes integrando o Conselho Geral e o Conselho Científico do Projecto.

Foi ainda estabelecido um protocolo específico com a ESES/ CEDE, com o objectivo definido adiante no referente à comunicação e informação.

ÍNDICE DIFICULDADES ENCONTRADAS DE CARÁCTER ADMINISTRATIVO, TÉCNICO, DE GESTÃO OU OUTRAS

As dificuldades encontradas são sobretudo de carácter técnico e dizem respeito a lacunas de informação no âmbito das emissões de poluentes atmosféricos em Portugal, quer em termos da sua actualidade, quer em termos do seu nível de desagregação espacial e temporal.

O inventário de emissões mais desagregado em termos espaciais (NUT III) data de 1990 (CORINAIR 90). A partir desse ano os inventários passaram a ser de âmbito nacional (NUT I). Em ambos os casos a base temporal é anual. Por esta razão só o recurso a diversas aproximações possibilita a construção de uma base de dados utilizada pelo modelo numérico.

Por outro lado, a incapacidade de financiamento do Projecto por parte do ICN – Parque Natural da Arrábida, que se mantém como parceiro, foi suprida, passando a importância de financiamento prevista para tal entidade, no montante de 11.500.000 escudos, a ser suportada pela SECIL – Companhia Geral de Cal e Cimento, SA, com data de 4 de Abril de 2000, que integra assim o grupo de co-financiadores. Tal questão carece no entanto de aprovação por parte da Comissão.

ÍNDICE ALTERAÇÕES EVENTUAIS DURANTE A REALIZAÇÃO E PREVISTAS PARA O FUTURO DO PROJECTO

Não foram ainda solicitadas quaisquer alterações à CE no referente ao cronograma ou conteúdo programático e de objectivos do Projecto, tendo-se apenas ajustado o cronograma à declaração de inicio, em 1-04-1999, conforme previsto no contrato CE / AFLOPS.

Sem por em causa os objectivos e os valores globais aprovados para o Projecto, pretende-se nos próximos meses proceder a pequenos acertos orçamentais e de distribuição de verbas por rubricas.

Por outro lado, como antes se refere, o quadro de co-financiadores do projecto passou a integrar a SECIL, que substituiu nesse âmbito o ICN.

Oportunamente a AFLOPS pretende apresentar à Comissão pequenas e pontuais alterações na distribuição do investimento por rubricas, mantendo-se no entanto o global contratado.

As acções previstas no Projecto tiveram lugar a partir de 1 Abril de 1999, de acordo com o planeado no contrato com a Comissão Europeia (Vd. Quadro 1, na página seguinte), tendo o cronograma do seu desenvolvimento sido reajustado em função de condicionantes específicas por acção, mas tendo sempre em vista a necessidade de finalização de todo o Projecto em Março de 2002.

ÍNDICE DESCRIÇÃO DAS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS

SISTEMA DE INFORMAÇÃO OPERACIONAL

1.1 E 1.2 - CRIAÇÃO DE BD UNIFICADA E CONSTRUÇÃO DO SIG

AQUISIÇÃO E PRODUÇÃO DE INFORMAÇÃO BASE

Parte significativa do hardware e do software previstos neste âmbito foi já adquirido. No domínio da informação digital de base, boa parte foi também já adquirida ou está em fase de aquisição.

ÍNDICE INFORMAÇÃO DIGITAL PROGRAMADA

Ocupação Florestal, a produzir na AFLOPS; Imagens satélite, a classificar no IST: SPOT 4 Agosto 98: Península de Setúbal e Série Land Sat a definir; Fotografia Aérea CELP/DGF/CNIG 1995 Ortorectificadas; Informação IGeoE (1:25.000): Cartas da região em formato raster e hipsometria e hidrografia em formato vectorial, bem como informação analógica; Rede Viária e Ferroviária ACP (1:350.000); Informação Direcção-Geral das Florestas: Inventário Florestal 1995; Incêndios 1990-96 e anos seguintes; Informação CNIG: Carta da Ocupação do Solo (1:25.000) e Corine Land Cover (1:100.000). A informação digital em desenvolvimento na AFLOPS, referente à Ocupação Florestal da Península de Setúbal, encontra-se concluída nos concelhos de Sesimbra, Palmela, Setúbal, Montijo e Alcochete, perspectivando-se a conclusão dos restantes concelhos, com carácter mais urbano, no final primeiro semestre de 2000 (vd. figura 2 ). Como base de trabalho ao desenvolvimento da Carta de Ocupação Florestal utilizou-se as Fotografias Aéreas CELPA / DGF/ CNIG 1995 ortorectificadas, cedidas através de protocolo AFLOPS / CELPA. O IST e a AFLOPS encontram-se a trabalhar na classificação das imagens satélite – SPOT 4 Agosto 98, com resultados prévios que à frente se apresentam. No decorrer do ano de 1999 iniciou-se também o processo de aquisição de informação digital do IGEOE, à escala 1/25 000, destacando-se a seguinte informação adquirida até ao momento: - Todas as Cartas Militares 1:25 000 em formato raster; - Altimetria em formato vectorial das mesmas Cartas Militares. A informação complementar, nomeadamente Hidrografia, prevê-se seja adquirida até finais de Junho de 2000, altura em que se encontra disponível por parte dos serviços responsáveis.

No âmbito da recolha de informação de base para o desenvolvimento do projecto, foi ainda cedida à AFLOPS a informação Rede Viária e Ferroviária do ACP, na escala 1:350 000.

Cedidos pela DGF, estão disponíveis, a informação digital do Inventário Florestal 1995, assim como a informação sobre Incêndios 1990-96.

No que se refere à Ocupação do Solo, na escala 1:25 000 (1990), cedida pelo CNIG deu-se início ao processo de aquisição, prevendo-se a disponibilização total da informação até Maio de 2000. Com origem na mesma instituição está já disponível a informação Corine Land Cover 1985-1990, na escala 1:100 000.

No domínio da recolha de informação sobre a poluição regional foram estabelecidos contactos com as instituições e empresas da região de Setúbal com estações de monitorização da poluição do ar no sentido de obter autorização para a utilização dos seus dados neste Projecto.

As entidades contactadas foram:

· Fábrica Secil- Outão (Cimenteira – Setúbal);

· Fábrica CIMPOR (Cimenteira – Vila Franca de Xira);

· Direcção do Centro Portucel Industrial (Celulose - Centro Fabril de Setúbal);

· Central Termoeléctrica do Barreiro (EDP);

· Central Termoeléctrica de Setúbal (EDP);

· Central Termoeléctrica de Sines (EDP);

· Refinaria de Sines (Petrogal);

· Siderurgia Nacional (Seixal);

· Produtos Químicos (Sines – Borealis);

· Ácido Sulfúrico (Barreiro – Quimiparque);

· Ácido Nítrico (Vila Franca de Xira - Henkel);

· Ácido Nítrico (Barreiro – Quimiparque);

· Fosfatos de Cálcio (Barreiro – Quimitécnica);

· Adubos Azotados (Adubos de Portugal - 4 fábricas: Amoníaco, Ureia, Ácido Nítrico e Nitrato de Amónia);

· Adubos Fosfatados (Setúbal – Península de Mitrena);

· Ex-Comissão de Ar do Barreiro-Seixal (através da Direcção Regional do Ambiente de Lisboa e vale do Tejo);

· Direcção Regional do Ambiente do Alentejo (Sines).

Estão a ser avaliadas outras origens de informação e outras variáveis que possam ter interesse para o presente estudo e/ou outras redes de monitorização a integrar.

De notar que a AFLOPS, no âmbito do Presente Projecto, apoiou os trabalhos da Direcção Regional do Ambiente do Alentejo na recolha prévia de informação sobre poluição, através de métodos de monitorização passiva, abarcando a região do Alentejo, acção desenvolvida entre 15 e 30 de Julho de 2000.

No referente à recolha de dados climatológicos, tal tarefa está dependente do mesmo tipo de autorizações que a tarefa anterior.

Nas tabelas seguintes encontram-se os tipos de dados para os quais se solicitou autorização de utilização. Refira-se que, até ao momento, ainda não se obteve informações por parte da empresa Portucel.

Secil datas n.º de pontos var.medidas/disp. base de medição Emissões 1/6/96 A 2 PTS, Clinquer medidas diárias 31/12/98 estações monitor. 1/1/96 A 6 pts (Método gravimétrico) 2 medidas por semana 31/12/98

Central Termoeléctrica datas n.º de pontos var.medidas/disp. base de medição Emissões 1/6/96 A 4 PTS, No x , SO 2 , Potência, caudal, grupo medidas diárias 31/12/98 estações monitor. 1/1/96 A 6 PTS, No x , SO 2 2 medidas por semana 31/12/98 dados metereo. 1/1/ A 1 Velocidade, direcção, humidade, p.p, pressão medidas diárias 31/12/98

Barreiro/Seixal datas n.º de pontos var.medidas/disp. base de medição estações monitor. 1/6/96 A 12 PTS(8), SO 2 (96-11, 97-9, 98-10) medidas diárias 31/12/98 dados metereo. 1/1/96 A 1 Velocidade, direcção, humidade, p.p, pressão medidas diárias 31/12/98

ÍNDICE SIG - CRIAÇÃO DA BASE DE DADOS UNIFICADOS

A base de dados encontra-se estruturada em 10 tabelas tal como se apresenta na Figura 3. Destas, 6 são “dicionários” e as restantes 4 são de registo. Todas as tabelas podem ser editadas pelos utilizadores.

O registo de parâmetros ambientais poderá ser feito em 4 formatos diferentes (2 horários e 2 diários). Para os parâmetros meteorológicos, é possível introduzir dados em 2 formatos, um horário e um diário.

A consulta de dados é possível para os dois tipos de parâmetros, em formatos horários ou formatos diários. Para os dados editados, é permitido fazer alterações, copiar e desenhar o gráfico temporal correspondente aos valores seleccionados.

Figura 3 - Desenho da base de dados

Neste momento encontram-se disponíveis as layers vectoriais e raster de informação.

Dos próximos desenvolvimentos consta a criação de um projecto em formato ArcView com link à base de dados e o cálculo dos estatísticos básicos univariados e bivariados - relativos à serie temporal seleccionada.

ÍNDICE 1.3 - INTEGRAÇÃO DE OUTPUTS

Esta tarefa será realizada em conformidade com o programado.

ÍNDICE 1.4 - DIVULGAÇÃO INTERINSTITUCIONAL

Para a disponibilização da informação de base, necessária para o desenvolvimento dos trabalhos em cada área de intervenção, foi preparado um cd-rom (exemplar em anexo a este relatório), já distribuído aos parceiros operacionais do Projecto, com a seguinte informação:

- Mosaico das fotografias ortorectificadas de 1995 (CELPA/ DGF/ CNIG) para a área do Projecto;

- Mosaico das Cartas Militares 1:25 000;

- Altimetria;

- Cotas;

Incluem-se também no cd-rom os utilitários ERViewer. Exe, para visualização de imagens compactadas pelo ERMapper, e o Arc View Plugin para uso neste software.

ÍNDICE CARACTERIZAÇÃO DOS NÍVEIS DE POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA E CONSERVAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS FLORESTAIS NA PENÍNSULA DE SETÚBAL

2.1.4.A1 - PLANEAMENTO DA BIOMONITORIZAÇÃO

2.1.4.A1.1 - ESCOLHA DOS LOCAIS DE AMOSTRAGEM

Foram escolhidos na área da Península de Setúbal cerca de 100 pontos de amostragem tendo em conta os ventos dominantes, a altitude e a localização das principais fontes de poluição conhecidas (Fig. 4). A Figura 4 representa o mapa da Península de Setúbal com a localização dos pontos de amostragem. A campanha de campo realizou-se nos dias 8 - 11 de Março durante clima estável, i.e., não houve eventos de precipitação substancial durante o período de amostragem.

ÍNDICE 2.1.4.A2 - RECOLHA DE DADOS

Procedeu-se à recolha dos dados espaciais, cartas militares e localização das principais fontes de poluição industriais em colaboração com o IST e a AFLOPS.

ÍNDICE 2.1.4.A2.1 - SELECÇÃO DAS ESPÉCIES DE LÍQUENES A RECOLHER DURANTE A CAMPANHA DE CAMPO

Efectuaram-se saídas de campo com vista a avaliar a existência de líquenes, quais as espécies mais importantes e quais os substratos mais frequentes na Península de Setúbal, com o objectivo de seleccionar a/as espécies de líquenes para a campanha de biomonitorização.

Observou-se que nas zonas mais urbanizadas e industrializadas só existia o líquene foliáceo Xanthoria parietina (Fig. 5). Por outro lado verificou-se a ausência de árvores em grandes áreas (principalmente nas zonas urbanas).

A recolha de líquenes epifíticos (que crescem sobre as árvores) nestas zonas estava limitada pela existência do respectivo substrato. Assim, decidiu-se que nas áreas urbanas, onde não existissem outros líquenes, se procederia à recolha de Xanthoria parietina nas telhas de casas (Fig.5)

Nas zonas onde não existiam casas e/ou zonas não contaminadas (como por exemplo na Serra da Arrábida) não era possível encontrar Xanthoria parietina em telhas. Por isso era necessário escolher outra espécie como alternativa à Xanthoria parietina. De uma série de géneros e espécies candidatos procedeu-se a uma escolha tendo em conta os níveis de poluentes acumulados e a sua facilidade de recolha no que se refere à quantidade de material liquénico e à facilidade de processamento no laboratório.

O pequeno ou total desconhecimento dos níveis de dioxinas em Portugal e o facto de não existirem publicações com valores de dioxinas em líquenes levou-nos a realizar testes preliminares de forma a avaliar qual a melhor espécie a usar para além da Xanthoria parietina.

Figura 5 - O líquene foliáceo Xanthoria parietina em telhas de casas

Uma das maiores limitações das análises de dioxinas em líquenes é a quantidade de material que é necessário recolher, logo teria que se escolher líquenes fruticolosos pela sua facilidade de colheita e limpeza (Fig. 6).

Figura 6 - O líquene fruticoloso Evernia prunastri.

Após uma série de saídas de campo na Península de Setúbal verificou-se que as espécies mais frequentes nas zonas não industriais e urbanas eram líquenes do género Cladonia e líquenes do género Ramalina. Os líquenes do género Cladonia são espécies terrícolas (Fig. 7) enquanto que os líquenes do género Ramalina são epifíticos crescendo sobre as árvores (Fig. 8).

Figura 7– Líquenes terrícolas do género Cladonia.

Figura 8 – Líquenes epifíticos do género Ramalina

A figura 9 apresenta a localização dos pontos de amostragem, nos quais foram recolhidas amostras de líquenes para efectuar os testes preliminares. Estes testes são fundamentais para a optimização e validação da utilização de líquenes como biomonitores de dioxinas. Numa primeira fase o objectivo era testar a acumulação diferencial de dioxinas em líquenes do género Ramalina e do género Cladonia. Para isso recolheram-se amostras das duas espécies no local 1, junto ao campo de golfe em Tróia (Fig.9). Essas amostras foram analisadas para as dioxinas e os resultados estão apresentados na Figura 10. Verificou-se que a Ramalina canariensis tem uma maior concentração de dioxinas relativamente à Cladonia sp., ambas recolhidas no mesmo local. Isto pode dever-se a inúmeros factores: taxas de crescimento diferentes, diferente concentração de lípidos, superfícies de intercepção com características diferenciadas para os lípidos, altitude da recolha (junto ao solo ou nos ramos de pinheiro), etc. Para explicar estas diferenças seria necessário proceder a muito mais experiências.

A figura 9 apresenta a localização dos pontos de amostragem, nos quais foram recolhidas amostras de líquenes para efectuar os testes preliminares. Estes testes são fundamentais para a optimização e validação da utilização de líquenes como biomonitores de dioxinas.

Numa primeira fase o objectivo era testar a acumulação diferencial de dioxinas em líquenes do género Ramalina e do género Cladonia. Para isso recolheram-se amostras das duas espécies no local 1, junto ao campo de golfe em Tróia (Fig.9). Essas amostras foram analisadas para as dioxinas e os resultados estão apresentados na Figura 10.

Verificou-se que a Ramalina canariensis tem uma maior concentração de dioxinas relativamente à Cladonia sp., ambas recolhidas no mesmo local. Isto pode dever-se a inúmeros factores: taxas de crescimento diferentes, diferente concentração de lípidos, superfícies de intercepção com características diferenciadas para os lípidos, altitude da recolha (junto ao solo ou nos ramos de pinheiro), etc. Para explicar estas diferenças seria necessário proceder a muito mais experiências.

Figura 10 – Concentração total de dioxinas expressas em TEQs (Factores equivalentes de toxicidade) calculados de duas formas diferentes ( - NATO/CCMS e  - BGA/UBA) em duas espécies de líquenes: Cladonia sp., recolhida ao nível do solo e Ramalina canariensis recolhida de ramos de Pinus pinaster, ambos os líquenes foram amostrados no local 1 (Tróia).

Tendo em conta os níveis de dioxinas acumulados, optou-se então por utilizar os líquenes do género Ramalina como biomonitores de dioxinas. Devido à dificuldade em encontrar material suficiente da mesma espécie pensou-se na possibilidade de recolher amostras de líquenes do mesmo género, incluindo então diferentes espécies, o que simplificaria consideravelmente a logística e os custos de amostragem. Para isso procedeu-se a um teste cujo objectivo era verificar a existência de diferenças na acumulação de dioxinas dentro de espécies de líquenes do mesmo género (Fig. 11). Recolheram-se as espécies mais comuns do género Ramalina na região: Ramalina canariensis e Ramalina fastigiata de ramos de Olea europaea em locais onde se esperava diferentes níveis de contaminação e procedeu-se à análise de dioxinas totais.

Na figura 11 podemos observar que a espécie de líquene Ramalina canariensis apresenta sempre valores de dioxinas semelhantes ou mais elevados que os valores medidos no líquene Ramalina fastigiata. Podemos ainda observar na figura anterior a acumulação diferencial de dioxinas em função da localização dos pontos de amostragem. O local 2 apresenta os valores de dioxinas mais elevados (Fig. 11). Note-se que este local se encontra muito perto de uma base aérea militar (Fig. 9).

Figura 11 – Concentração total de dioxinas expressa em TEQs (Factores equivalentes de toxicidade) calculados de duas formas diferentes ( - NATO/CCMS e  - BGA/UBA) em duas espécies de líquenes: Ramalina canariensis e Ramalina fastigiata recolhidas em três locais diferentes: local 2 (Pero pinheiro), local 3 (Arrábida) e local 4 (Loures).

Assim, neste estudo optou-se por seleccionar a espécie Ramalina canariensis para fazer a amostragem da poluição atmosférica na Península de Setúbal e usar também a espécie Xanthoria parietina sempre que a primeira não se encontrava presente.

Sabendo que o líquene Ramalina canariensis se pode encontrar em Pinus pinaster, Pinus pinea, Olea europaea, Quercus suber, Quercus faginea e Ceratonia siliqua, testou-se o efeito da influência do forófito na acumulação de dioxinas nestes organismos. Com esse objectivo recolheram-se amostras de Ramalina canariensis em diferentes substratos: Pinus pinea, Olea europaea e Quercus suber na zona da Arrábida (local 3). Os resultados estão apresentados na Figura 12.

Estes dados mostram que não existem diferenças entre os valores de dioxinas recolhidos no líquene Ramalina canariensis em diferentes forófitos. Podemos concluir que é possível recolher este líquene em diferentes substratos, o que facilita a amostragem espacial.

Figura 12 – Concentração total de dioxinas expressa em TEQs (Factores equivalentes de toxicidade) calculados de duas formas diferentes ( - NATO/CCMS e  - BGA/UBA) no líquene Ramalina canariensis recolhido em três forófitos diferentes: Pinus pinea, Quercus suber e Olea europaea no local 3 (Arrábida).

Figura 13 – Concentração total de dioxinas expressa em TEQs (Factores equivalentes de toxicidade) calculados de duas formas diferentes ( - NATO/CCMS e  - BGA/UBA) no líquene Xanthoria parietina recolhida em três locais diferentes: Local 5 -Sta Iria de Azoia, Local 6 - São João da Talha e Local 7 - Lisboa-Campo Grande.

Para que um organismo seja um bom biomonitor deve apresentar acumulação diferencial em função da intensidade e tipo de poluição a que está sujeito. Os líquenes nunca tinham sido testados relativamente ao seu poder acumulativo de dioxinas. Para isso recolheram-se amostras das duas espécies de líquenes seleccionadas em diferentes locais que teoricamente apresentavam diferentes tipos de poluição, assim como diferentes intensidades. Na figura 13 podemos observar a concentração de dioxinas no líquene Xanthoria parietina recolhida em diferentes locais na área da Grande Lisboa. Note-se que os locais mais influenciados pela poluição urbana (Lisboa-Campo Grande) apresentam valores mais elevados de dioxinas do que aqueles influenciados pela poluição industrial (St.ª Iria de Azoia e S. João da Talha). Em S. João da Talha, onde existe uma incineradora de resíduos urbanos, esperavam-se à partida valores de dioxinas mais elevados. É de referir no entanto que a recolha dos líquenes foi feita mesmo junto à chaminé, onde normalmente a deposição é mínima e ainda que esta incineradora começou a funcionar formalmente depois da amostragem que decorreu em Janeiro de 2000, daí que estes valores possam constituir uma baseline para futuros estudos na região.

Na figura 14 podemos observar os valores de dioxinas em R. canariensis recolhida em vários locais na área da Grande Lisboa. Observa-se uma variação considerável nas concentrações de dioxinas colhidas nestes diferentes locais, sendo que as amostras recolhidas em Pero Pinheiro e Tróia apresentam os valores mais elevados (Fig. 14). Verificou-se que a zona onde foi recolhido o material biológico, em Pero Pinheiro, era muito próxima de uma base aérea militar, com elevado tráfego, para além de existirem também muitas indústrias de preparação e tratamento de pedras, nomeadamente mármores e granitos. A zona de Tróia também apresentou valores elevados relativamente a outras zonas da Arrábida e de Loures. Este facto poderá ser devido a diferentes potenciais fontes poluidoras, no entanto apenas uma amostragem mais fina poderá determinar qual a contribuição relativa de cada fonte de poluição para estes valores na região. Esta região poderá ser influenciada pela zona industrial de Setúbal e do Outão, pela pluma de poluição da margem norte do Tejo e mesmo pela pluma da zona de Sines.

Figura 14 – Concentraç ão total de dioxinas expressa em TEQs (Factores equivalentes de toxicidade) calculados de duas formas diferentes (p - NATO/CCMS e o - BGA/UBA) no líquene Ramalina canariensis recolhido em vários locais diferentes: Pero Pinheiro, Tróia, Arrábida e Loures.

ÍNDICE 2.1.4.A2..2 – CONCLUSÕES PRELIMINARES

Para fazer a amostragem de líquenes na Península de Setúbal seleccionaram-se duas espécies: Xanthoria parietina, que é um espécie tolerante a vários tipos de poluição atmosférica e como tal está presente nas zonas urbanas e industriais, e Ramalina canarieneis, que é uma espécie mais sensível à poluição mas que aparece abundantemente em zonas com outros tipos de constrangimentos ambientais como stress salino e luminoso e que mostrou acumular elevadas concentrações de dioxinas (Fig. 11). Concluiu-se também que os líquenes podiam ser recolhidos de diferentes substratos (Fig. 12). Mostrámos ainda que ambas as espécies de líquenes acumularam diferencialmente dioxinas quando sujeitas a diferentes intensidades e tipos de poluição (Fig. 13 e 14). Podemos então concluir que os líquenes são bons biomonitores de dioxinas.

ÍNDICE 2.1.4. B - AMOSTRAGEM ESPACIAL DE LÍQUENES

Recolheram-se amostras dos líquenes seleccionados em 100 pontos na Península de Setúbal (Fig.4) de 8 a 11 de Março de 2000 de acordo com o que foi estabelecido no ponto anterior. O clima esteve estável durante o período da colheita. O material foi transportado para o laboratório onde irá seguir os procedimentos experimentais necessários para análise de dioxinas, azoto e enxofre.

ÍNDICE 2.1.4.C - ANÁLISE QUÍMICA DE AMOSTRAS

As análises químicas estão a ser efectuadas no laboratório químico TERRA PROTECTA que está acreditado para análises de dioxinas.

As restantes análises são desenvolvidas no âmbito da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

ÍNDICE 2.1.4.D - TRATAMENTO DE RESULTADOS

Esta tarefa será realizada em conformidade com o programado, com todos os dados respeitantes ao enxofre e metais pesados prontos nas primeiras semanas de Janeiro.

No geral, o ponto da situação do Projecto nesta fase no referente às análises químicas das amostras é o seguinte:

- Enxofre -100% executado;

- Azoto-10% Previsão de terminar a 15 de Dezembro;

- Dioxinas- 55% dos resultados já disponíveis;

- Metais Analisados por espectrofotometria de chama (Zn, Mn, Fe, Ca, K, Ca, Mg) - 80% executados, prevendo-se a finalização das análises no final de Dezembro de 2000;

- Metais Analisados por espectrofotometria através de Câmara de grafite: Cd, Pb, Cr, Co (aguardam a vinda da segunda tranche de pagamentos).

ÍNDICE 2.2.2.1 - PROCESSAMENTO E ANÁLISE DE IMAGENS SATÉLITE

A realizar conforme o programado.

No âmbito do Projecto foram adquiridas duas imagens de Landsat 7 (Sensor ETM). As imagens foram seleccionadas tendo em consideração a adequação do tipo de imagem à aplicação que se pretende nomeadamente: datas de aquisição das duas imagens correspondentes a diferentes períodos sazonais do estado da vegetação, a cobertura atmosférica e que incluísse a totalidade da área de interesse para o projecto. Assim, seleccionaram-se as duas imagens com menos ruído atmosférico dentro do período de Dezembro de 1999 a Junho de 2000 (vd. Quadro 2).

Imagem 1 Imagem 2 Satélite Landsat-7 Landsat-7 Sensor ETM ETM Path/Row 204/000 204/000 Lat/Lon 38:15:00/-09:05:45 38:15:00/-09:08:46 Bands 123456789 123456789 Level SYSCOR SYSCOR Calibration Pre-Flight Pre-Flight Rsmp1 NN NN Scene Full Floating Full Floating Format FAST FAST Media CD-ROM CD-ROM Acq. Date 1999-31-12 2000-06-24 Prod. Date 2000-08-31 2000-08-31

Neste momento encontra-se terminado o pré-processamento que consistiu na rectificação geométrica e georeferenciação, e na correcção radiométrica (para redução do efeito/ruído da atmosfera). Para o desenvolvimento deste trabalho foi utilizado o software de processamento de imagens ER Mapper 6.1.

Neste momento encontra-se a decorrer a calibração das imagens com vista ao cálculo da probabilidade da contaminação dos poluentes.

ÍNDICE 2.2.2.3 – CÁLCULO DA PROBABILIDADE DA CONCENTRAÇÃO DE POLUENTES

MODELO DA QUALIDADE DO AR DA REGIÃO DO BARREIRO/ SEIXAL

a) Para este estudo estão a ser analisadas as séries temporais referentes ao SO2 para os anos de 1996 e 1997 (as estações de monitorização para aquela área são as referidas no ponto 1.1).

b) Modelo espacio - temporal da dispersão do SO2

b.1) A componente espacial : padrão espacial da pluma de SO2

Foi calculado para cada mês individualmente e para o conjunto dos meses de 1996 e 1997 o correlograma (h) coeficiente de correlação função da distância h entre as estações de monitorização.

Vamos considerar z(x, t) ou que z é o teor de SO2 na estação x e no tempo t. O correlograma (h) é dado pelo estimador:

em que e são os desvios padrão de z nas estações x e x+h para o período de N dias.

é na realidade uma medida de continuidade espacial do teor z, que quantifica o padrão espacial da pluma para aquele período de tempo.

A primeira análise consistiu em seleccionar períodos de tempo homogéneo (mês) em que as condições de meteorológicas (em particular o regime de ventos) permitissem a quantificação do padrão espacial. Nas figuras 15 e 16 estão representados os correlogramas para os 12 meses de 1996 e 1997 bem como os correlogramas globais para os dois anos.

1996 1997

Figura 15– Correlogramas da concentração de SO2 por períodos mensais para o ano de 1996 e 1997

1996 1997

Figura 16 – Correlogramas da concentração de SO2 com valores superiores à mediana por períodos mensais para o ano de 1996 e 1997

A primeira grande conclusão desta primeira parte do estudo é que é possível ser quantificada a componente espacial do modelo para os meses de verão com condições meteorológicas mais estáveis permitindo a quantificação da continuidade espacial da pluma.

b.2) Fases seguintes do modelo espacio - temporal

A fase seguinte da implementação deste modelo será basicamente constituído pela construção de dois vectores:

• A componente temporal – variogramas ou correlogramas temporais e derivas temporais.

ÍNDICE 2.3.2.1 – TRATAMENTO ESTATÍSTICO DA INFORMAÇÃO

A realizar conforme o programado.

ÍNDICE 2.3.2.2 – ESTIMAÇÃO GEOESTATÍSTICA DAS CONCENTRAÇÕES

A realizar conforme o programado.

ÍNDICE 2.3.2.3 – SIMULAÇÃO ESTOCÁSTICA

A realizar conforme o programado.

ÍNDICE 2.4.2.1 – MAPA DE MÍNIMOS CUSTOS DE IMPACTE AMBIENTAL

A realizar conforme o programado.

ÍNDICE 2.4.2.2 - MAPA DE MÍNIMOS CUSTOS DE MÁ CLASSIFICAÇÃO

A realizar conforme o programado.

ÍNDICE PLANEAMENTO DO CICLO DO CARBONO

3.1.2.1 - DETERMINAÇÃO DAS EMISSÕES GASOSAS PARA A ATMOSFERA

Esta tarefa inclui o estudo dos principais poluentes existentes na área de estudo – Península de Setúbal e área envolvente.

Os poluentes principais e mais importantes para o sistema de modelação são o Nox, VOC, SO2 e CO.

Além destes, e no caso deste projecto em particular, que pretende avaliar a importância da contribuição das emissões atmosféricas antropogénicas nos processos que regulam o ecossistema, é essencial considerar o CO2 antropogénico como componente principal das emissões gasosas.

ÍNDICE 3.1.2.2 - INVENTARIAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS EMISSÕES NO DOMÍNIO DE ESTUDO (PENÍNSULA DE SETÚBAL E RESPECTIVA ÁREA ENVOLVENTE)

Esta inventariação foi feita com base no inventário CORINAIR.

Este programa surgiu da iniciativa comunitária de promover o desenvolvimento de um sistema de inventariação das emissões atmosféricas – projecto CORINAIR. Desta forma, o objectivo do programa CORINAIR é fornecer um inventário completo, consistente, transparente e desagregado das emissões poluentes atmosféricas dos Estados Membros da UE, sendo actualizado de 3 em 3 anos *.

A harmonização entre os vários inventários realizados pelos diversos países é alcançada através da aplicação de definições comuns relativas a categorias de poluentes ( 8 poluentes), fontes poluidoras ( 260 items de actividades poluidoras, agrupados em 11 categorias) e combustíveis.

Para além da informação contida no Inventário CORINAIR está prevista a inclusão de informação actualizada relativa aos principais centro emissores existentes no domínio de estudo, nomeadamente, as Centrais Térmicas do Carregado, do Barreiro e de Setúbal, a Siderurgia, as cimenteiras de Alhandra e Outão e o Centro Fabril da Portucel de Setúbal.

*No entanto esta actualização não tem sido cumprida por todos os Estados Membros, nomeadamente por Portugal

ÍNDICE 3.1.2.3 - DESAGREGAÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DOS DADOS DE EMISSÃO INVENTARIADOS PARA NÍVEIS COMPATÍVEIS COM A MODELAÇÃO DA QUALIDADE DO AR

DESAGREGAÇÃO ESPACIAL

Os dados de emissões disponíveis são dados CORINAIR que datam de 1990 referentes à unidade territorial designada por NUT III (Unidades territoriais resultantes de agrupamento de concelhos). Para os utilizar no processo de modelação foi necessário proceder à sua desagregação para unidades territoriais de menor área (metodologia top-down).

A desagregação para o nível de concelhos (NUT IV) foi feita em função da venda de combustível por concelho (ano 1990) e deste para o nível das freguesias (NUT V), em função da população existente e respectivo sector de actividade (Census 90).

Face às necessidades do modelo, foi feito um “griding”, dividindo os valores de emissão de cada freguesia pela área respectiva (poluente/km2), tal como é apresentado na Figura 21.

Em relação às áreas florestais está a ser desenvolvida uma metodologia bottom-up, para a qual será indispensável a obtenção do coberto vegetal relativo ao domínio espacial de estudo.

Esta tarefa encontra-se em fase de desenvolvimento e elaboração por parceiros deste projecto. Para esta tarefa foram já desenvolvidos e calculados factores de emissão para as 4 principais espécies portuguesas (pinheiro, eucalipto, azinheira e sobreiro).

ÍNDICE DESAGREGAÇÃO TEMPORAL

A desagregação temporal é necessária uma vez que os dados de emissões obtidos a partir do programa CORINAIR estão numa base anual, e os modelos de transporte e dispersão implicam uma base horária.

Para tal, esta desagregação foi feita por actividade e respectivo ciclo de emissão. Trata-se de uma tarefa para a qual existe pouca informação disponível e onde são feitas o maior número de aproximações.

Figura 17 - “Griding” do domínio de estudo a partir do nível de desagregação NUT V

ÍNDICE CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA BASE DE DADOS

Dada a necessidade de trabalhar com dados actuais que permitam representar a realidade portuguesa, procedeu-se à elaboração de uma Base de Dados com a desagregação feita também a partir do inventário CORINAIR para 1995.

O inventário CORINAIR de 1995 apresenta uma dificuldade adicional uma vez que só contém valores nacionais (NUT I) ao contrário do que ocorria no inventário CORINAIR de 1990, onde o nível de desagregação era de NUT III). Assim, o trabalho de desagregação foi executado directamente do nível nacional (NUT I) para o nível NUT IV através de vários factores de ponderação, entre os quais o consumo de combustível por concelho no referido ano.

Esta base encontra-se ainda em fase de avaliação do erro associado ao processo de desagregação pelo que em termos operacionais se mantém ainda a anterior base construída a partir do CORINAIR 90.

ÍNDICE CONDIÇÕES INICIAIS E DE FRONTEIRA (QUALIDADE DO AR / CONCENTRAÇÃO DE FUNDO)

Foram avaliadas com dados históricos observados na região os valores de fundo para os poluentes em análise. Este trabalho faz parte de um procedimento preliminar necessário à aplicação do modelo de transporte e dispersão. Trata-se de um ponto que se encontra ainda em fase de execução dadas as dificuldades em reunir toda a informação necessária.

ÍNDICE 3.1.2.4 - TRANSPORTE, DISPERSÃO E TRANSFORMAÇÃO DE POLUENTES

A realizar conforme o programado.

ÍNDICE 3.1.2.5 - APLICAÇÃO DE MODELO MESOMETEREOLÓGICO

Foi iniciada a aplicação do modelo mesometeorológico para o domínio de trabalho com uma malha de 2 x 2 km2. Trata-se de uma aplicação preliminar para uma situação de forçamento sinóptico típico de verão. Para esta corrida foram usados dados do 3º dia da campanha LisbEx 96 (AMAZOC, 1999 *).

A título demonstrativo, na Figura 18 é apresentado o escoamento simulado para a 15 horas UT.

* AMAZOC – Ambiente atmosférico em zonas costeiras: Avaliação da capacidade de carga dos ecossistemas. Relatório final. Projecto AMAZOC, BORREGO, C. et al., Contrato Praxis nr. 3/3.2/AMB/38/94, 1999, pp.213.

Figura 18 - Campo de ventos às 15 horas UT.

Chama-se à atenção para a capacidade que o modelo demostra em simular a entrada de brisa costeira típica da região em estudo.

ÍNDICE 3.1.2.6 – AVALIAÇÃO DA CIRCULAÇÃO DE POLUENTES

A realizar conforme o programado.

ÍNDICE 3.1.2.7 – MODELAÇÃO DE TRANPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES

A realizar conforme o programado.

ÍNDICE 3.2.2.1 – TRATAMENTO DIGITAL DAS IMAGENS

A realizar conforme o programado.

ÍNDICE 3.2.2.2 – COESTIMAÇÃO GEOESTATÍSTICA DO INVENTÁRIO FLORESTAL

3.2.2.2.1 - Caracterização de recursos florestais com imagens de satélite SPOT utilizando modelos de co- regionalização locais

A utilização de dados de detecção remota para avaliação de recursos florestais sobre grandes áreas terá um papel fundamental nesta área devido aos avanços tecnológicos recentes e à tendência decrescente dos custos deste tipo de informação. No entanto, na maioria das aplicações florestais as imagens de satélite ainda têm de ser consideradas como informação “soft” devido à incerteza na captura da alguns dos atributos de campo. Consequentemente as imagens de satélite têm de ser calibradas com dados de campo (“hard data”) de modo a produzir resultados fiáveis na avaliação destes recursos.

Recentes métodos geoestatísticos, para lidar com dados soft abundantes e dados hard mais precisos e escassos, têm sucedido em introduzir uma nova abordagem na prática de classificação e calibração de imagens de detecção remota: a influência dos dados hard prevalece sobre a imagem soft e esta apenas prevalece nas áreas distantes da influência dos dados hard.

Com este objectivo desenvolveu-se uma nova metodologia geoestatística de co-located cokriging com um modelo local de co- regionalização que tem em consideração a influência dos dados hard e soft na avaliação dos recursos florestais de pinheiro bravo (Pinus pinaster). A metodologia pode ser resumida nos seguintes passos:

i. Uma imagem de satélite SPOT, com 4 bandas electromagnéticas, da península de Setúbal foi calibrada com medidas de campo da proporção das diferentes espécies florestais. Cada elemento da imagem (pixel com 20 m x 20 m) foi classificado em proporções das diferentes espécies.

ii. Para todos os elementos da imagem de satélite foi calculado um coeficiente de calibração local – medidas de correlação entre os dados soft e hard.

iii. Finalmente, aplicou-se a cokrigagem co- localizada com estas medidas locais da correlação hard/soft para estimar a proporção de espécies florestais para toda a região.

São bem conhecidos os problemas de implementação da cokrigagem resultantes da instabilidade numérica do sistema de cokrigagem, quando se utilizam dois tipos de informação no que respeita à densidade e incerteza – dados hard escassos (atributo primário) mas mais precisos do que os dados soft (atributo secundário) disponíveis num largo número de localizações (densamente amostrados). Esta instabilidade pode resultar do facto da correlação entre os dados secundários próximos ser muito maior do que correlação entre dados primários distantes. A cokrigagem co-localizada aparece como uma solução para este problema, retendo apenas os dados secundários disponíveis na localização x 0 , aonde se pretende estimar o atributo primário.

ÍNDICE 3.2.2.2.2 - COKRIGAGEM CO- LOCALIZADA

Considerando Z 1 (x) os dados hard (variável primária) disponível em n 1 localizações e Z 2 (x) a secundária disponível em todos os nós da grid aonde se pretende estimar Z 1 (x), a estimação de Z 1 (x 0 ) utilizando cokriogagem simples co- localizada é:

Resultando no seguinte sistema de equações:

que requer o conhecimento dos modelos das covariâncias C 11 (h), C 12 (h) e C 22 (0).

Assumindo uma hipótese Markov-type, a covariância C 12 (h) ou o correlograma cruzado r 12 (h) assume a seguinte forma

ÍNDICE 3.2.2.2.3 - PROBLEMAS DOS MODELOS DE CO-REGIONALIZAÇÃO GLOBAL

Tanto o sistema de cokrigagem como o de cokrigagem co- localizada assume estacionaridade espacial do correlograma cruzado global 12(h) e a sua representatividade para toda a área. Na maioria das situações práticas de escassa informação primária e densa informação secundária, um único modelo global não é válido para toda a área. Por exemplo, no caso de poucos poços de petróleo suponhamos que é calculado localmente um coeficiente de correlação baixo ou nulo entre as duas variáveis Z1 e Z2. Neste caso, não seria adequado assumir um modelo global 12(h) válido para essa área local.

Em alguns casos, uma metodologia que explicitamente incorpora um modelo de co-regionalização global entre Z1 e Z2 pode ser limitado devido às fortes hipóteses de estacionaridade espacial que assume. Por outro lado, a estimação separada de Z1 e Z2 podem reflectir as correlações locais, que são fracas em termos de modelo de co- regionalização global.

ÍNDICE 3.2.2.2.4 - MODELO DE CO- REGIONALIZAÇÃO LOCAL

A ideia fundamental desta metodologia é condicionar o correlograma global r 12 (h) – entre Z 1 e Z 2 – aos valores locais de r 12 (0)*

Estimação dos valores locais de r 12 (0)*

Considere-se uma nova variável resultante do produto standardizado entre Z 1 e Z 2 em qualquer localização x:

coeficiente de correlação entre Z 1 e Z 2 em qualquer localização x

O variograma reflecte o padrão espacial da variável R(x) ou a continuidade espacial da correlação entre Z 1 e Z 2 .

Note-se que:

Em qualquer localização x 0 a estimação de R(x 0 ) pode ser definida como a combinação linear dos valores vizinhos R(x a ), a=1,¼, N,

with

que corresponde ao sistema da krigagem ordinária.

Nota: Não se garante teoricamente que os valores da variável reduzida assuma valores entre 0 e 1. No caso dos valores estimados excederem os limites 0 e 1 os valores devem ser corrigidos para obrigar a este intervalo de valores. Uma das alternativas possíveis é a truncagem dos valores entre estes dois limites. No caso de um elevado número de valores excederem estes limites, então sugere-se a transformada uniforme dos valores. Neste caso estes valores passam a ter o significado de um grau de similitude entre as duas variáveis e não propriamente o significado de um coeficiente de correlação no sentido estricto.

Cokrigagem co -localizada com valores locais de .

O modelo local de r 12 (h) é determinado pelo valor local estimado.

Se a hipótese Markov-type for assumida os correlogramas cruzados são obtidos a partir dos valores locais de R(x 0 )*, caso contrário os correlogramas cruzados deverão ser corrigidos por forma a reflectir os valores de R(x 0 )*.

ÍNDICE 3.2.2.2.5 - DADOS HARD E SOFT

Esta metodologia foi aplicada na estimação da ocorrência de pinheiro bravo na península de Setúbal. Os dados hard consistiram em 33 plots, com cerca de 1000 m2 de área, onde foram medidas as proporções das diferentes espécies.

Foi utilizada uma imagem de SPOT 4 para obter uma imagem soft dos recursos de pinheiro na região. Foi utilizado um algoritmo de máxima verosimelhança (Lillesand and Kiefer, 1994) para obter a probabilidade de ocorrência de cada espécie em cada pixel (ou classe). Neste caso, a classificação assistida foi realizada utilizando pontos de controlo para a ocupação do pinheiro (“ground truth”).

O resultado do procedimento da classificação pode ser visualizado na Figura 19, onde a proporção de pinheiro varia entre 0 e 100%.

Figura 19 – Dados soft – probabilidade de ocorrência da pinheiro bravo

A correlação entre a informação soft e hard é de 0.88. Na Figura 20 representa-se espacialmente os desvios R(x a ) re-escalados entre 0 (máximo desvio) e 1 (desvio nulo). Podem ser visualizadas as tendências locais de altos e baixos valores de I 12 (x a ) (figura 18).

Figura 20 – Representação espacial dos desvios R(x a )

Figura 21 – Coeficientes de calibração dos modelos locais de co-regionalização

Nas figuras 22, 23 e 24 apresenta-se o variograma da variável principal, o variograma cruzado entre a variável principal e a secundária, e o variograma dos coeficientes de calibração I 12 (x a ), respectivamente.

Figura 22 – Variograma da proporção de pinheiro (hard data): Modelo = esférico, C 0 =0, C 1 =0.005, a 1 =25000 m

Figura 23 – Variograma cruzado entre os dados soft e hard: Modelo = esférico,

C 0 =0, C 1 =0.005, a 1 =25000 m

Figura 2 4 – Variograma de I 12 (x a ): Modelo = esférico, C 0 =0, C 1 =0.005, a 1 =33000 m

Os valores de I 12 (x) foram interpolados por krigagem normal para todos os pixels da imagem de satélite.

Na figura 25 apresenta-se o mapa final resultante da co-krigagem co-localizada com modelos locais de co-regionalização.

Figura 25 - Co-krigagem co- localizada com modelos locais de co- regionalização

Esta metodologia para calibração de imagens de satélite com dados de campo pode ser aplicada em outras situações em que os dados soft são abundantes e têm uma correlação com os dados hard que não pode ser considerada homogénea para o conjunto total de informação.

A realizar conforme o programado.

ÍNDICE AVALIAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO PROJECTO

As acções previstas sob esta categoria tiveram lugar a partir de Janeiro de 1999 e serão finalizadas em Março de 2002, de acordo com o estabelecido contratualmente com a Comunidade .

ÍNDICE 4.2.1 – SEMINÁRIO DE APRESENTAÇÃO TÉCNICA DO PROJECTO

Nos dias 2 e 3 de Dezembro de 1999, realizou-se no Hotel do Mar em Sesimbra, o seminário: ”Floresta, Ambiente e ordenamento do Território”, em que se fez a apresentação técnica do presente Projecto (vd. programa e cartaz de divulgação em anexo).

A abertura do seminário contou com a presença do Eng.º Vitor Barros, Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e o Dr. Alberto Antunes, Governador Civil de Setúbal.

No seminário foram abordados os seguintes temas:

Tema1: “ Espaços Florestais e Instrumentos de da UCP, a Prof.ª Maria do Rosário Partidário da UNL, Eng.º Carlos Morais, Director Geral das Florestas e o Dr. José Manuel Marques, Vice–Presidente do ICN.

Tema 2 :” Papel Ambiental dos Espaços Florestais da Região de Setúbal”, que teve como oradores o Eng.º Francisco Ferreira, presidente da QUERCUS;

Sub - tema 2.2 :”O projecto LIFE- Ambiente- A poluição Atmosférica e a Gestão e Conservação dos Ecossistemas Florestais na península de Setúbal”, os oradores foram os parceiros técnico- científicos do projecto, o Prof. Amílcar Soares do IST, a Profª. Cristina Branquinho da FCUL, o Prof. Nelson Barros da UA.

O Secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Dr. Pedro Silva Pereira, esteve presente na sessão de encerramento.

É de referir que o seminário decorreu em clima de grande debate, tendo sido abordados e discutidos pela assistência temas como, as funções económicas dos espaços silvestres da Península de Setúbal; Direitos e deveres dos proprietários dos espaços silvestres das áreas peri- urbanas e industriais; Funções Ambientais dos espaços silvestres.

Estiveram presentes 120 seminaristas, representando um largo espectro de organismos tais como Associações Florestais, Sociedades Agrícolas, Câmaras Municipais, Escolas e Universidades, Instituições Governamentais e Não Governamentais, empresas. De referir ainda a importante presença de diversos associados da AFLOPS.

INSTITUIÇÕES REPRESENTADAS:

- Associações Florestais (ACHAR, AFLOBEI)

- Câmaras Municipais (Alcácer do Sal, Oliveira de Azeméis, Moita, Sines)

- Escolas (Escola Básica de Azeitão, Escola Superior de Educação de Setúbal)

- Empresas (DIGITALAMPAS, ÚNICA, Adubório - SECIL)

- Instituições Governamentais (DGF, DGA, DRALVT, DRAAL, DRARO, ICN, PNA, PNA Ria Formosa, IGEOE, CNIG, INAG, AMDS, Depósito de Munições Nato de Lisboa)

- Instituições Não Governamentais (QUERCUS, Questão de Equilíbrio/Parque de Aventuras da Machada)

- Sociedades Agrícolas (AGROPAULINAS, Casa da Mesquita, E. Peq., dos Juntos, Várzea da Lagoa, VIA)

- Universidades (Católica do Porto, FCUL, Independente, ISA, IST, Lusófona, Porto, UNL, UTAD).

Neste momento a AFLOPS encontra-se a realizar uma compilação de todas as transcrições das apresentações do seminário, para posteriormente compilar, reproduzir e enviar a todos os seminaristas.

ÍNDICE 4.2.2 – WORKSHOP INTERNACIONAL

Está prevista a realização do Workshop:” Gestão do Ciclo do Carbono” para Dezembro de 2001.

ÍNDICE 4.2.3 – OUTROS SEMINÁRIOS

4.2.3.1 – ACOMPANHAMENTO DO PROJECTO

A realizar conforme o programado.

4.2.3.2 – LINHAS DE ACÇÃO PARA O FUTURO

A realizar conforme o programado.

ÍNDICE 4.2.4 – DIVULGAÇÃO GERAL

4.2.4.1 – APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJECTO

A AFLOPS realizou em 8 de Junho de 1999, pelas 17 horas, na Igreja de Santiago, em Palmela, uma sessão pública de apresentação dos seus Projectos LIFE, com a presença de mais de 100 convidados.

A sessão destinada a entidades governamentais, centrais e regionais, órgãos autárquicos, ONG’s, associados e outras entidades relevantes no contexto, contou com a presença do Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e do Vice-presidente do Instituto da Conservação da Natureza, em representação, respectivamente, do Ministro da Agricultura e da Ministra do Ambiente. Estiveram igualmente presentes, entre outras individualidades, o Governador Civil de Setúbal, o Presidente e Vice- Presidente do IPAMB, o Presidente da Associação de Municípios do Distrito de Setúbal e diversos Presidentes de Câmaras Municipais e Vereadores ou Responsáveis do Ambiente nos Municípios (Vd. Figuras 26).

Durante esta sessão foi projectado um filme em que foram apresentados os principais problemas de conservação e ordenamento da região da Península de Setúbal e evidenciados os objectivos e os resultados esperados para os projectos LIFE em que a AFLOPS participa. Igualmente foi efectuada uma apresentação multimédia em que são referidos os principais aspectos relacionados com a realização destes projectos.

No final da sessão foram assinados os protocolos de colaboração bilateral no âmbito do Projecto LIFE Natureza entre a AFLOPS e o Ministério da Agricultura (através da Direcção Geral das Florestas e das Direcções Regionais de Agricultura do Alentejo e do Ribatejo e Oeste), o Instituto da Conservação da Natureza e a Associação de Municípios do Distrito de Setúbal.

Figura 26 – Apresentação pública dos Projectos LIFE

ÍNDICE 4.2.4.2 - SEMANA LIFE: AMBIENTE PLENO DE VIDA (BRUXELAS)

A AFLOPS esteve presente em Bruxelas neste evento promovido pela DG XI, de 21-10-99 a 23-10-99, tendo organizado um stand no âmbito, onde se incluiu, embora não previsto, a apresentação de 1 póster sobre o Projecto LIFE Ambiente e distribuição de cerca de 1,5 milhares de pins e desdobráveis sobre o Projecto.

Nos inúmeros contactos estabelecidos neste âmbito, bem como nos eventos complementares em que a representação da AFLOPS participou, foi possível não só divulgar o Projecto e os seus objectivos, como ainda tomar conhecimento de outros projectos e iniciativas cujas soluções em muito poderão auxiliar as iniciativas aqui e agora em desenvolvimento, bem como as futuras que se projectam.

ÍNDICE 4.2.4.3 - PAVILHÃO AFLOPS NA EXPO AMBIENTE

A AFLOPS esteve presente com um pavilhão na Expo Ambiente realizada na Feira Internacional de Lisboa, de 10-11-99 a 14-11-99, promovendo uma ampla divulgação do Projecto ao nível nacional, quer junto das inúmeras instituições representadas ou visitantes, quer ainda junto do público em geral que teve oportunidade de visitar o pavilhão e tomar contacto directo com os seus objectivos (Vd. Figura 27). Figura 27- Stand da AFLOPS na ExpoAmbiente (FIL) ÍNDICE 4.2.4.4 – PAVILHÃO AMDS NA BIENNALE DE L’ENVIRONMENT: CITES PLANETE (BOBIGNY, FRANÇA) A convite da Associação de Municípios do Distrito de Setúbal, a AFLOPS fez-se representar na “Biennale de l’Environment: Cités Planète”, no Parc de la Bergère (Bobigny, França), promovida pelo Departamento de Seine – St. Denis, em 29 e 30 de Setembro de 2000. Figura 28- Stand da AMDS na Bienal de Ambiente de Bobigny – 2000 (França) ÍNDICE 4.2.4.5 – DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA DE RESULTADOS

Dos resultados parcelares dos trabalhos desenvolvidos no âmbito do presente Projecto foram aceites como comunicações a fóruns científicos os seguintes trabalhos, apresentados na íntegra em anexo:

- Comunicação ao 6º Congresso Internacional de Geoestatística, em Abril de 2000, na África do Sul, com deslocação autorizada pela Comissão, sob o tema “Characterization of forest resources with satellite Spot image by using local models of co-regionalization”;

- Póster ao “Advances in terrestrial ecossystem carbon inventory, measurements and monitoring”, promovido pelo USDA Forest Service, em Releigh (North Carolina), de 3 a 5 de Outubro de 2000, sob o título “Characterization of the main factors for planing and management a local carbon cycle”.

ÍNDICE 4.2.4.6 - SESSÕES DE DIVULGAÇÃO GERAL DO PROJECTO

Foram ainda realizadas as seguintes reuniões ou sessões específicas de divulgação com entidades directa ou indirectamente envolvidas com os espaços afectos ao Projecto:

- Apresentação em Assembleia Geral de Sócios AFLOPS (Azeitão), em 17-12-98;

- Na Associação Municípios Distrito Setúbal, á respectiva Administração (Qta S Paulo - Setúbal), em 05-01-99;

- Para a Administração da FINANGEST (Lisboa), a 05-02-99;

- Na Associação de Municípios Distrito Setúbal, aos Vereadores e Directores de Serviço de Ambiente das Câmaras Municipais do Distrito) (Qta S Paulo - Setúbal), a 25-02-99;

- Aos Parceiros do Projecto LIFE em preparação na Margem Esquerda do Guadiana (Moura), em 01-03-99;

- Na SONAE Turismo - Imoareia (Lisboa), em 10-03-99;

- Na Escola Superior de Educação de Setúbal, a 28-05-99;

-No IPAMB - Instituto de Promoção Ambienta, em 21-07-99 e 13-Na Câmara Municipal de Alcácer do Sal, em 01-10-98;

- No Parque Natural da Arrábida / Reserva Natural do Estuário do Sado, em 01-10-98;

- RN Estuário do Tejo em 06-09-99;

- Direcção Regional do Ambiente do Alentejo, a 15-11-99;

- Em Organizações não Governamentais de Ambiente:

GISA - Grupo de Intervenção e Sensibilização Ambiental (Qta Conde) a 16-06-99;

NECA - Núcleo de Espeleologia da Costa Azul (Setúbal) a 29-06-99;

LASA - Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão a 10-09-99;

- Na AERSET – Associção Empresarial de Setúbal, a 14-10-99;

ÍNDICE 4.2.4.7 - PARTICIPAÇÃO EM REUNIÕES TÉCNICO - CIENTIFICAS RELACIONADAS COM O PROJECTO

Os membros da Direcção e/ou da Unidade Técnica de Gestão do Projecto participaram nas seguintes reuniões técnico-científicas, acções de formação relacionadas e eventos com repercussões no âmbito do Projecto:

Plano Nac. Desenvolv. Económico e Social – Desenv. Florestal e Ambiente (MEPAT - Porto) 07-04-99

GPS - Global Positioning System (AFLOPS - Palmela) 26-04-99 a 29-04-99

Acção de Formação sobre Educação Ambiental (GEOTA - Caxias) 08-05-99 a 09-05-99

EUROFOREST99 (Montagny-sur-Grosne, Dijon - França) 18-06-99 a 20-06-99

Seminário Interno Geoestatística (IST - CMRP Grupo de Ambiente, Moura) 25-06-99 a 26-06-99

Pricing Water - Economics, Environment & Society (EC DG XI - Sintra) 06-09-99 a 07-09-99

Conferência Qualidade do Ambiente (MAOT, Grand Aud Cong Lx) 25-11-98

Seminário Floresta - Ambiente e Ordenamento do Território (AFLOPS, Sesimbra) 02-12-99 a 03-12-99

ÍNDICE 4.2.4.8 - CONFERÊNCIAS DE IMPRENSA E NOTÍCIAS SOBRE O PROJECTO NOS MEDIA

Embora não se tenham ainda realizado conferências de imprensa formais sobre o Projecto, o facto é que nos eventos públicos já realizados, designadamente no Seminário de Apresentação Pública dos Projectos LIFE e outros promovidos pela AFLOPS, estiveram presentes meios de comunicação, designadamente televisão, rádios e jornais, que deram eco de tais iniciativas e divulgaram o Projecto e os seus objectivos em concreto.

Referem-se, neste contexto, um conjunto de notícias em que, por iniciativa da AFLOPS, o Projecto tem vindo a ser divulgado (Recortes destas notícias no Anexo 3):

- 4 SET. 98 - “Associação de Produtores Florestais de Setúbal “Vida – Natureza” valoriza habitats do distrito” in Repórter do Seixal: (12-13);

- SET. / OUT. 98 – “AFLOPS promove e gere o maior projecto de conservação da na natureza em Portugal” in A Folha: (6);

- MAR. / JUN. 99 – “AFLOPS faz apresentação pública dos projectos LIFE” in A Folha: (22);

- 8 JUN. 99 – “Península de Setúbal – Um milhão de contos para o ambiente” in O Público: (51);

- 11 JUN. 99 – “AFLOPS apresenta projectos LIFE” in Semanário Económico;

- 11 JUN. 99 – “Produtores florestais defendem sustentabilidade da floresta” in Semanário Económico;

- 11 JUN. 99 – “AFLOPS apresenta projectos para a conservação natural da Península” in Gazeta de Palmela: (17);

- 22 JUN. 99 – “Projectos LIFE Natureza / Ambiente – Preservar a Península de Setúbal” in Forum Ambiente: (7);

- 24 SET. 99 – “...Sistemas de informação Geográfica” in O Primeiro de Janeiro;

- 22 OUT. 99 – “Produtores Florestais de Setúbal – Um milhão de contos em defesa do ambiente” in Semanário Económico;

- 4 DEZ. 99 – “Gestão das Florestas exige Plano Nacional” in Correio da Manhã;

- 31 MAR: 00 – “Prestamos um importante serviço à sociedade” in “O Independente”.

ÍNDICE 4.2.4.9 - PROGRAMAS COM PROFESSORES E ESCOLAS

Com vista a integrar e racionalizar o conjunto de propostas previstas neste âmbito pelo Projecto promoveu-se o desenvolvimento de um Programa de Formação com as Escolas do 1º e 2º Ciclo do Distrito de Setúbal, com a designação para 2000 de “Os Detectives do Ambiente”.

“Os Detectives do Ambiente” é um projecto de educação ambiental dirigido a alunos do 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico da Península de Setúbal, que resulta da parceria estabelecida por protocolo, a partir de 7 de Setembro de 1999, entre a AFLOPS e a Escola Superior de Educação de Setúbal.

Este protocolo prevê o desenvolvimento pela Escola Superior de Educação, nomeadamente, de um programa anual de actividades, dos contacto e da formação dos professores e da preparação de material de apoio para a escolas (guias campo alusivos aos temas tratados, caixas de experiências, etc.).

O programa de actividades, adoptado a 14 de Outubro de 1999, foi iniciado com a elaboração dos materiais de divulgação, bem como de todo o material pedagógico necessário.

Neste plano de actividades foi também estabelecido o tema para o anos lectivo de 1999/2000:

“ O Ar e as Árvores das Florestas”;

O folheto de divulgação do programa para as escolas, elaborado na AFLOPS, foi distribuído pela ESES a partir de 2 de Novembro de 1999, tendo sido enviado a 53 escolas do Distrito.

No dia 5 de Abril de 2000 a AFLOPS promoveu na Escola Superior de Educação de Setúbal, um Workshop de Apresentação do Programa ”Os Detectives do Ambiente” junto das escolas participantes (vd. Figura 29).

Os guias dos professores e dos alunos e as caixas de experiências (exemplares em Anexo, fora do relatório) foram entregues nas escolas a partir do dia 26 de Abril de 2000, para que as temáticas fossem iniciadas com as respectivas experiências no início do terceiro período .

No Anexo 2 encontra-se o programa estabelecido entre a AFLOPS e a ESES, bem como o caderno elaborado para efeitos de divulgação das acções previstas neste âmbito para 2000.

ÍNDICE 4.2.4.10 – BROCHURAS E OUTROS MATERIAIS DE DIVULGAÇÃO

A partir da apresentação pública do Projecto, 8 de Junho, passou a ser distribuída uma brochura de apresentação síntese do mesmo, em português, do qual se realizaram 10.000 exemplares (exemplar em anexo), com vista à divulgação do símbolo do Projecto.

Foi também elaborado um pin, de que se produziram 10.000 exemplares, com o símbolo do projecto, que tem vindo a ser distribuído nos eventos de divulgação (exemplar anexo) .

Finalmente, de referir que também a título de promoção dos Projectos LIFE em desenvolvimento na AFLOPS se “reciclaram” meia centena de guarda-chuvas adquiridos num outro contexto, com a gravação dos símbolos LIFE e AFLOPS e a sua distribuição pelo pessoal afecto ao Projecto, bem como 1 lápis, com os mesmos símbolos, que tem vindo a ser distribuído prioritariamente junto da população escolar.

ÍNDICE 4.2.4.11 - REALIZAÇÃO DE VÍDEOS E CD-ROM

Foi produzido 1 vídeo com enquadramento geral dos objectivos da AFLOPS com os projectos LIFE que promove e um CD com apresentação multimedia do presente Projecto.

Estes produtos são considerados como ensaios prévios, não se prevendo a sua comercialização.

A AFLOPS tem em desenvolvimento uma página institucional- www.aflops.pt- apenas disponível na versão de ensaio, onde será instalada uma sub-página sobre o Projecto, cujos conteúdos iniciais foram já entregues à equipa externa encarregue do seu desenho.

Para já encontra-se disponível a síntese do Projecto.

Projecto LIFE Ambiente

Relatório de Progresso

“A Poluição Atmosférica e a Gestão e Conservação dos Ecossistemas Florestais na Península de Setúbal”

(LIFE 98 ENV/P/000556)

Período: 1 de Abril de 1999 a 30 de Setembro de 2000

Azeitão, 30 de Setembro de 2000

Índice

ÍNDICE LISTA DE FIGURAS

1 - Localização do Projecto LIFE Ambiente

2 – Carta de Ocupação do Solo da Península de Setúbal

3 –Desenho de Base de Dados

4- Mapa da Península de Setúbal - pontos de amostragem para a avaliação da poluição atmosférica na região

5- Líquene foliáceo Xanthoria parietina, em telhas de casas

6- Líquene fruticuloso Evernia prunastri

7 - Líquene terrícolas do género Cladonia

8 – Líquene epifíticos do género Ramalina

9 - Mapa da região da grande Lisboa e Península de Setúbal- pontos de amostragem usados nos testes preliminares para avaliação da poluição atmosférica

10 – Concentração total de dioxinas expressas em TEQ’s

11- Concentração total de dioxinas expressas em TEQ’s

12 -Concentração total de dioxinas expressas em TEQ’s

13 - Concentração total de dioxinas expressas em TEQ’s

14 - Concentração total de dioxinas expressas em TEQ’s

15 - Correlogramas da concentração de SO 2 por períodos mensais para o ano de 1996 e 1997

16 - Correlogramas da concentração de SO 2 com valores superiores à mediana por períodos mensais para o ano de 1996 e 1997

17 - “Griding” do domínio de estudo a partir do nível de desagregação do NUT V

18 – Campo de Ventos às 15 horas UT

19 – Dados soft – Probabilidade de ocorrência do Pinheiro Bravo

20 – Representação espacial dos Desvios R(Xa)

21 - Coeficientes de calibração dos modelos de co-regionalização

22 – Variograma da proporção de pinheiro (Hard data)

23 – Variograma cruzado entre os dados Soft e Hard

24 – Variograma de I 12

25 - Co-Krigagem co-localizada com modelos locais de co-regionalização

26 - Apresentação pública dos Projectos LIFE

27 – Stand da AFLOPS na ExpoAmbiente (FIL)

28 – Stand da AMDS na Bienal de Ambiente de Bobigny, 2000 França

29 - Escolas participantes no programa “Detectives do Ambiente”

ÍNDICE LISTA de Quadros

1 – Cronograma

2 – Imagens de Satélite

ÍNDICE Lista de Anexos no relatório

1 - Protocolos com novos parceiros

2 - Programa de Educação Ambiental AFLOPS-ESES

3 - Notícias sobre o Projecto nos jornais

ÍNDICE LISTA DE ANEXOS FORA DO RELATÓRIO

1 - Apresentação do Projecto

2 - Divulgação Interinstitucional:

Mosaico das fotografias ortorectificadas de 1995 (CELPA/ DGF/ CNIG)

Mosaico das Cartas Militares 1:25 000

Altimetria

Cotas

Averm21 – Plugin do ERMapper para o Arc View

Erv12 install

Ermapper.dll

Wbalance.dll

Readme

Manuais para o programa “Detectives do Ambiente” (alunos e professores do 1º e 2º ano do ensino básico), “O Ar e as Árvores das Florestas”.

AMDS – Associação de Municípios do Distrito de Setúbal

DGF – Direcção Geral das Florestas

DRARO – Direcção Regional de Agricultura do Ribatejo e Oeste

DRAAL – Direcção Regional de Agricultura do Alentejo

DRALVT – Direcção Regional do Ambiente de Lisboa e Vale do Tejo

DRAmbAL – Direcção Regional de Ambiente do Alentejo

ESES – Escola Superior de Educação de Setúbal

FUL – Fundação da Universidade de Lisboa

ICN – Instituto de Conservação da Natureza

IST – Instituto Superior Técnico

UA – Universidade de Aveiro

ÍNDICE INTRODUÇÃO e Síntese da situação de desenvolvimento do Projecto

O presente documento constitui o Relatório de Progresso do Projecto LIFE Ambiente “A Poluição Atmosférica e a Gestão e Conservação dos Ecossistemas Florestais na Península de Setúbal”, nos termos previstos no contrato com a Comissão Europeia, para verificar o acompanhamento da execução do Projecto LIFE Ambiente “ A Poluição Atmosférica e a Gestão e Conservação dos Ecossistemas Florestais na Península de Setúbal”(LIFE Env/P/000556), promovido pela AFLOPS - Associação de Produtores Florestais de Setúbal.

O relatório inclui as acções desenvolvidas no período de Abril de 1999 a Setembro de 2000 .

O Projecto tem como principais objectivos a avaliação dos diferentes níveis de poluição atmosférica na região, a localização e caracterização das principais fontes de emissão de CO2 e a avaliação do contributo da floresta como agente mitigador do carbono.

A região envolvida no Projecto – a Península de Setúbal - , que engloba importantes sectores dos estuários dos rios Tejo e Sado, é uma das zonas portuguesas mais populosas e industrializadas (com mais de 2 milhões de habitantes), mas em simultâneo é uma das áreas mais florestadas, com características únicas do ponto de vista ambiental.

O promotor e coordenador do Projecto, a AFLOPS – Associação de Produtores Florestais de Setúbal, é uma associação que tem como objectivo o desenvolvimento de acções de preservação e valorização das florestas, sendo os seus associados (os proprietários) os primeiros responsáveis pela gestão de um número significativo de áreas de reconhecido valor ambiental na região afecta ao Projecto.

Neste sentido, a AFLOPS tem vindo a procurar aprofundar a sua colaboração com as entidades governamentais responsáveis pelo Ambiente e pelo Ordenamento do Território, bem como com as entidades autárquicas e universitárias conexas, no sentido de explorar as oportunidades para o estabelecimento de consensos locais e regionais que contribuam para a integração do Homem no meio envolvente e de modo a assegurar a conservação e a valorização ambiental, com Interesse Comunitário no Distrito de Setúbal.

O presente Projecto inclui-se em tal contexto.

No período a que se reporta o presente Relatório de Progresso (Abril 99 a Setembro 2000), conforme programado, deu-se especial enfoque e desenvolvimento aos seguintes vectores do programa de trabalhos:

- Estruturação e desenvolvimento da Direcção, dos Órgãos Consultivos e da Unidade Técnica de Gestão do Projecto;

- Estabelecimento dos adequados protocolos com os parceiros previstos na orgânica programada e preparação de protocolos adicionais com instituições entretanto consideradas relevantes para os objectivos a atingir (DrAmbiente LVT e ALT, ESES);

- Aquisição ou elaboração, organização e tratamento da informação de base;

- Estruturação e desenvolvimento do Sistema de Informação de base;

- Desenvolvimento das tarefas técnico- científicas previstas, designadamente no referente ao processamento e análise de imagens de satélite, à biomonitorização da poluição, à caracterização espacial da distribuição dos poluentes e ao planeamento do ciclo do carbono, como à frente se detalha;

- Desenvolvimento de um vasto conjunto de acções de comunicação e informação sobre .o Projecto, incluindo a participação em seminários e reuniões de divulgação, a programação / protocolização das acções com professores e escolas e outros eventos dirigidos para o mundo juvenil.

Embora houvesse que proceder a alguns reacertos temporais, mantém-se os objectivos globais de desenvolvimento e de finalização do Projecto em Março de 2002.

O presente Relatório de Progresso, que inclui as participações dos diferentes parceiros do Projecto, foi objecto de apreciação e aprovação nas suas linhas gerais no Conselho Geral de 2 de Maio último.

Azeitão, 30 de Setembro de 2000

O Presidente da Direcção da AFLOPS

(José Miguel Lupi Caetano)

O Director Executivo A Directora Administrativa e Financeira (Lúcio do Rosário) (Susana Valente)

ÍNDICE ANTECEDENTES E SITUAÇÃO PROCESSUAL

Situada entre o Estuário do Sado e do Tejo, a Península de Setúbal é uma das áreas mais industrializadas e populosas de Portugal. Por outro lado, trata-se de uma das regiões mais florestadas do país, com mais de 50% de ocupação florestal, quase integralmente propriedade de privados, apresentando nos seus domínios várias Zonas Especiais de Conservação para a Avifauna (Estuários do Tejo e Sado, Lagoa de Albufeira e Espichel), Sítios propostos pelos Estado português como Zonas Especiais de Conservação (Estuários do Tejo e Sado e Arrábida Espichel), bem como áreas que integram a Rede Nacional de Áreas Protegidas (Parque Natural da Arrábida, Reservas Naturais do Tejo e do Sado e Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica), situações onde ocorrem relevantes valores e riquezas naturais, para além de diversas espécies e formações de vegetação climácica, que integram habitats e espécies com interesse prioritário no âmbito das Directivas Comunitárias Aves e Habitats (Vd. Figura 1).

A potencial contaminação por poluentes atmosféricos de áreas florestais e de ecossistemas das áreas classificadas tem vindo a transformar-se numa das principais preocupações das autoridades responsáveis pelo planeamento e gestão local e regional.

No entanto, a informação relativamente ao tipo e níveis de poluentes atmosféricos é escassa, não é directamente comparável e está dispersa por diversas entidades, limitando por isso as possibilidades de adaptação e desenvolvimento de estratégias e acções que possam mitigar os impactes da poluição atmosférica nesta região e especificamente sobre os povoamentos florestais, que têm um evidente valor ambiental, para além do seu óbvio interesse social e económico.

Por outro lado, os impactes da poluição atmosférica nos diversos ecossistemas exercem-se através de complexos processos multicausais, influenciados por factores de ordem espacial.

Por este conjunto de razões, com a colaboração de diversos parceiros científicos – Instituto Superior Técnico (IST), Fundação da Universidade de Lisboa (FUL), através do Museu, Laboratório e Jardim Botânico, e a Universidade de Aveiro (UA) – e institucionais- Instituto de Conservação da Natureza (ICN), Direcção-Geral das Florestas (DGF), Direcção Regional de Ambiente de Lisboa e Vale do Tejo (DRAmbLVT) e Direcção Regional de Ambiente do Alentejo (DRAmbAL), foi elaborado o presente projecto, que visa por um lado responder às necessidades de informação detectadas, adoptando uma metodologia inovadora que permita a caracterização de processos que apresentam a complexidade acima referida, mas que promove também os instrumentos operacionais que suportem o desenvolvimento de estratégias e acções concertadas por parte das instituições responsáveis pelo planeamento e gestão regional.

A candidatura deste projecto, recebeu o número LIFE Env/P/000556, foi aprovada por Decisão da Comissão C(1988) 1998 final/099, de 22/07/98, com os termos, programa e condições de financiamento do Projecto. A contratação para a sua realização entre a Comunidade Europeia e a AFLOPS, data de 27/07/98. A declaração de início do Projecto foi feita pela AFLOPS para 1 de Abril de 1999.

ÍNDICE OBJECTIVOS GERAIS DO PROJECTO

1 - Estabelecer uma colaboração efectiva entre a administração pública competente, as instituições de investigação universitária mais vocacionadas ou com particular incidência na matéria e na região, as organizações autárquicas supra-municipais e os proprietários/ gestores das áreas alvo, para a definição e implementação de uma estratégia concertada de recolha de informação e de planeamento e gestão regional na Península de Setúbal e Estuário do Sado.

2 – Avaliação dos diferentes níveis de poluição atmosférica na região alvo (Península de Setúbal e regiões enquadrantes). Para atingir este objectivo é proposta uma abordagem multidisciplinar que integra a Geoestatística, os Modelos de dispersão Atmosférica e as técnicas de Biomonitorização.

3 – Caracterização e avaliação dos principais factores de “input” para a caracterização e o planeamento regional do controlo do Ciclo do Carbono, incluindo localização e caracterização das principais fontes de emissão de CO2 na região, o mapeamento dos principais fluxos de CO2 e a avaliação do contributo da floresta como agente mitigador do carbono (elaboração do balanço do CO2 a nível regional ).

4 – Integração do corpo metodológico e das diferentes redes de dados num instrumento coerente e autosustentado de planeamento da qualidade do ar na região, promovendo-se em simultâneo a colaboração inter-institucional necessária à implementação de políticas e acções concretas.

ÍNDICE RESULTADOS ESPERADOS DO PROJECTO

1 – Criação de um Sistema de Informação Operacional de Qualidade Ambiental para fomentar a Cooperação Inter-institucional necessária ao Controle da Poluição e à Conservação da natureza na Península de Setúbal:

-Criação e manutenção de uma base de dados unificada, que integre o conjunto de medições de CO2, SO2 e partículas nas redes privadas e públicas de monitorização;

-Construção de um Sistema de Informação para integração das informações existentes das redes de monitorização com as informações de caracterização dos recursos naturais da região;

-Integração do conjunto de outputs produzidos por este projecto;

-Divulgação inter-institucional do conjunto de informações disponíveis.

2– Caracterização dos Níveis de Poluição Atmosférica para a Gestão e Conservação dos Ecossistemas Florestais na Península de Setúbal:

-Integração da biomonitorização da poluição atmosférica nos processos de monitorização;

-Caracterização espacial da dispersão dos poluentes;

-Avaliação do estado das florestas regionais, através de processos de análise de imagens de satélite;

-Estudo do impacte da poluição atmosférica regional: Elaboração de mapas de Risco e de Incerteza.

3 – Caracterização dos Principais Factores para o planeamento e Gestão local do Ciclo do Carbono:

-Modelação Numérica da Dispersão e Transporte do CO2 Antropogénico (Modelo de Difusão Atmosférica);

-Inventariação dos Recursos Florestais.

ÍNDICE DILIGÊNCIAS ADMINISTRATIVAS

O Projecto foi aprovado pela Decisão da Comissão C(1998)/1998/final/099, de 22-07-1998, e a contratação para a sua realização entre a CE e a AFLOPS data de 27-11-1998.

Com vista a reacertar as relações contratuais AFLOPS / Universidade de Aveiro elaborou-se um protocolo específico (Anexo 1), datado de 1 de Abril de 1999.

Também no Anexo 1 se incluem os protocolos com as Direcções Regionais de Ambiente de Lisboa e Vale do Tejo e do Alentejo, entidades que não fazendo parte do quadro de parceiros iniciais, pelas suas competências orgânicas e responsabilidades operacionais no referente à foram posteriormente

Conforme previsto na organização do Projecto, procedeu-se à selecção e admissão do pessoal, designadamente ao nível da Direcção Técnica – Dr. Lúcio do Rosário – e Direcção Administrativa e Financeira – Drª. Susana Valente (Curricula em Anexos 2 e 3), que iniciaram a sua actividade com o início do Projecto, em 1 de Abril de1999, e do Pessoal Técnico – Engª Química Maria Alexandra Monteiro (Contrato em Anexo 4), que iniciou a sua actividade em 1 de Setembro de 1999.

A AFLOPS apenas obteve em 18-05-1999 a Garantia Bancária exigida pela Comissão, com vista a desbloquear o financiamento por parte da mesma, tendo a mesma sido enviada em 20-05-1999 ao Serviços da CE (garantia bancária ref. GAL 99/72088 para a Comissão Europeia, no montante de 212.210,91€).

A transferência para a AFLOPS do 1º adiantamento de 40% do total da contribuição comunitária (212.210,91€) foi realizada apenas em 18-08-1999.

Apesar de desde Abril de 1999 ter procedido a pagamentos correntes ao Pessoal e Fornecedores diversos, só na sequência desta 1ª transferência da CE a AFLOPS procedeu ao pagamento dos 1ºs adiantamentos aos parceiros (parte comparticipada pela Comunidade):

UA = 11.621,99 €

IST = 65.441,29 € 133.663,87 €

FUL = 56.600,59 €

ÍNDICE DESPESAS REALIZADAS DESDE O INÍCIO DO PROJECTO

Resumo dos montantes realizados (Unidade Euros - €):

Rubrica Montante inicialmente previsto Montante das despesas efectuadas % 1. Pessoal 650 678.19 326245.513 63 2. Deslocações 49 448.89 17686.799 3 3. Assistência Externa 245 513.75 99382.144 19 4. Bens duradouros 88 513.52 53647.329 10 5. Consumíveis 32 141.78 5771.45 1 6. Divulgação 0 0 7. Outros custos 30 163.82 15502.164 3 TOTAL GERAL 1 096 459.95 518235.402 100

ÍNDICE ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO GERAL DO PROJECTO

DIRECÇÃO E UNIDADE TÉCNICA DE GESTÃO AFLOPS

A estrutura de Direcção Geral, Executiva, Operacional e Administrativa – Financeira do Projecto, bem como da Unidade Técnica de Gestão estão neste momento completas para resposta à actual fase do Projecto, com a estrutura e composição que se anexa nos organigramas juntos

Assim:

-A Administração / Direcção-Geral do Projecto, com funções conceptuais e orientação geral do Projecto, é assegurada pela Presidência e Vice-Presidência da Direcção da AFLOPS;

-A Direcção Executiva tem funções operacionais e de entrosamento conceptual com a restante estrutura operacional da AFLOPS;

-A Direcção Operacional da Unidade Técnica de Gestão assegura a execução das áreas técnicas do Projectos, sendo complementada estruturalmente com a Direcção Administrativa – Financeira e a Direcção de Comunicação.

A Equipa de Projecto, no formato e composição inicialmente aprovados, está completa desde meados de 1999.

ÍNDICE ESTRUTURA DOS GRUPOS DE TRABALHO UNIVERSITÁRIOS

O trabalho previsto para ser desenvolvido pelas universidades – Instituto Superior Técnico, Universidade de Aveiro e Fundação da Universidade de Lisboa tem afecto um conjunto de doutorados, mestres e licenciados, coordenados em cada caso por um elemento de ligação à estrutura directiva e operacional do Projecto na AFLOPS (Vd. Organogramas juntos).

ÍNDICE CONSELHO GERAL E CONSELHO TÉCNICO-CIENTÍFICO

Os conselhos previstos na estrutura de Projecto encontram-se já formalmente a funcionar, (Vd. Organogramas juntos).

Em 22-04-99, na sede da AFLOPS, em Azeitão, realizou-se a 1ª Reunião do Conselho Geral do Projecto, estando presentes os diferentes representantes dos parceiros, respectivamente:

AFLOPS:

-José Miguel Lupi Caetano e Lúcio do Rosário e ainda o assessor jurídico, Melo Franco;

-Instituto de Conservação da Natureza - Parque Natural da Arrábida: Graça Viegas;

-Direcção-Geral das Florestas: José Manuel Rodrigues;

-Associação de Municípios do Distrito de Setúbal: João Silva;

-Fundação da Universidade de Lisboa ( MLJB) : Fernando Catarino e Cristina Branquinho;

-Instituto Superior Técnico: Amílcar Soares e Carla Nunes;

-Universidade de Aveiro: Nélson Barros.

Cumpriu-se a seguinte agenda de trabalhos, tendo-se tratado em síntese:

I - Informações Gerais sobre o projecto, com ponto da situação sobre o andamento administrativo das relações CE/AFLOPS. Tendo-se distribuído os formulários relativos aos “Procedimentos Administrativos e Financeiros” a que a Comunidade obriga, quer na forma analógica, quer em formato digital (cópia dos procedimentos em MS Word, conforme o original da CE, e esclarecido que os diferentes parceiros ficam obrigados ao cumprimento dos mesmos;

II - Eleição do Presidente do Conselho Geral, tendo sido escolhido por unanimidade o Sr. José Miguel Lupi Caetano, também Presidente da Direcção da AFLOPS – Associação de Produtores Florestais de Setúbal;

III - Bases dos protocolos da AFLOPS com os parceiros do Projecto, tendo-se concluído que, a assinatura de compromisso da Proposta de Candidatura aprovada à CE pelos diferentes parceiros estavam criados os vínculos necessários e suficientes, havendo apenas que precisar em protocolo adicional as relações AFLOPS/ Universidade de Aveiro, em virtude das alterações decorrentes entre o projecto proposto e o aprovado;

IV - Programação de eventos públicos, que foram apresentados;

V - Bases para o sistema de informação do projecto, apresentados pelo representante do IST;

VI - Reacerto de programação do Projecto, em função da declaração de início do mesmo em 1 de Abril;

VII - Outros assuntos, âmbito em que se concluiu da necessidade de, informalmente, constituir um “Conselho Técnico-Científico” para o Projecto, para análises e decisões para assuntos eminentemente técnico-científicos, tendo-se decidido que o mesmo devia ter como elementos o Director Executivo do Projecto e ainda os representantes do ICN, IST, FUL e UA.

ÍNDICE PROTOCOLOS COM NOVOS PARCEIROS

No decorrer de 1999, foram preparados e acordados protocolos entre a AFLOPS e as Direcções Regionais de Ambiente de Lisboa e Vale do Tejo e do Alentejo que passaram a dispor de representantes integrando o Conselho Geral e o Conselho Científico do Projecto.

Foi ainda estabelecido um protocolo específico com a ESES/ CEDE, com o objectivo definido adiante no referente à comunicação e informação.

ÍNDICE DIFICULDADES ENCONTRADAS DE CARÁCTER ADMINISTRATIVO, TÉCNICO, DE GESTÃO OU OUTRAS

As dificuldades encontradas são sobretudo de carácter técnico e dizem respeito a lacunas de informação no âmbito das emissões de poluentes atmosféricos em Portugal, quer em termos da sua actualidade, quer em termos do seu nível de desagregação espacial e temporal.

O inventário de emissões mais desagregado em termos espaciais (NUT III) data de 1990 (CORINAIR 90). A partir desse ano os inventários passaram a ser de âmbito nacional (NUT I). Em ambos os casos a base temporal é anual. Por esta razão só o recurso a diversas aproximações possibilita a construção de uma base de dados utilizada pelo modelo numérico.

Por outro lado, a incapacidade de financiamento do Projecto por parte do ICN – Parque Natural da Arrábida, que se mantém como parceiro, foi suprida, passando a importância de financiamento prevista para tal entidade, no montante de 11.500.000 escudos, a ser suportada pela SECIL – Companhia Geral de Cal e Cimento, SA, com data de 4 de Abril de 2000, que integra assim o grupo de co-financiadores. Tal questão carece no entanto de aprovação por parte da Comissão.

ÍNDICE ALTERAÇÕES EVENTUAIS DURANTE A REALIZAÇÃO E PREVISTAS PARA O FUTURO DO PROJECTO

Não foram ainda solicitadas quaisquer alterações à CE no referente ao cronograma ou conteúdo programático e de objectivos do Projecto, tendo-se apenas ajustado o cronograma à declaração de inicio, em 1-04-1999, conforme previsto no contrato CE / AFLOPS.

Sem por em causa os objectivos e os valores globais aprovados para o Projecto, pretende-se nos próximos meses proceder a pequenos acertos orçamentais e de distribuição de verbas por rubricas.

Por outro lado, como antes se refere, o quadro de co-financiadores do projecto passou a integrar a SECIL, que substituiu nesse âmbito o ICN.

Oportunamente a AFLOPS pretende apresentar à Comissão pequenas e pontuais alterações na distribuição do investimento por rubricas, mantendo-se no entanto o global contratado.

As acções previstas no Projecto tiveram lugar a partir de 1 Abril de 1999, de acordo com o planeado no contrato com a Comissão Europeia (Vd. Quadro 1, na página seguinte), tendo o cronograma do seu desenvolvimento sido reajustado em função de condicionantes específicas por acção, mas tendo sempre em vista a necessidade de finalização de todo o Projecto em Março de 2002.

ÍNDICE DESCRIÇÃO DAS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS

SISTEMA DE INFORMAÇÃO OPERACIONAL

1.1 E 1.2 - CRIAÇÃO DE BD UNIFICADA E CONSTRUÇÃO DO SIG

AQUISIÇÃO E PRODUÇÃO DE INFORMAÇÃO BASE

Parte significativa do hardware e do software previstos neste âmbito foi já adquirido. No domínio da informação digital de base, boa parte foi também já adquirida ou está em fase de aquisição.

ÍNDICE INFORMAÇÃO DIGITAL PROGRAMADA

Ocupação Florestal, a produzir na AFLOPS; Imagens satélite, a classificar no IST: SPOT 4 Agosto 98: Península de Setúbal e Série Land Sat a definir; Fotografia Aérea CELP/DGF/CNIG 1995 Ortorectificadas; Informação IGeoE (1:25.000): Cartas da região em formato raster e hipsometria e hidrografia em formato vectorial, bem como informação analógica; Rede Viária e Ferroviária ACP (1:350.000); Informação Direcção-Geral das Florestas: Inventário Florestal 1995; Incêndios 1990-96 e anos seguintes; Informação CNIG: Carta da Ocupação do Solo (1:25.000) e Corine Land Cover (1:100.000). A informação digital em desenvolvimento na AFLOPS, referente à Ocupação Florestal da Península de Setúbal, encontra-se concluída nos concelhos de Sesimbra, Palmela, Setúbal, Montijo e Alcochete, perspectivando-se a conclusão dos restantes concelhos, com carácter mais urbano, no final primeiro semestre de 2000 (vd. figura 2 ). Como base de trabalho ao desenvolvimento da Carta de Ocupação Florestal utilizou-se as Fotografias Aéreas CELPA / DGF/ CNIG 1995 ortorectificadas, cedidas através de protocolo AFLOPS / CELPA. O IST e a AFLOPS encontram-se a trabalhar na classificação das imagens satélite – SPOT 4 Agosto 98, com resultados prévios que à frente se apresentam. No decorrer do ano de 1999 iniciou-se também o processo de aquisição de informação digital do IGEOE, à escala 1/25 000, destacando-se a seguinte informação adquirida até ao momento: - Todas as Cartas Militares 1:25 000 em formato raster; - Altimetria em formato vectorial das mesmas Cartas Militares. A informação complementar, nomeadamente Hidrografia, prevê-se seja adquirida até finais de Junho de 2000, altura em que se encontra disponível por parte dos serviços responsáveis.

No âmbito da recolha de informação de base para o desenvolvimento do projecto, foi ainda cedida à AFLOPS a informação Rede Viária e Ferroviária do ACP, na escala 1:350 000.

Cedidos pela DGF, estão disponíveis, a informação digital do Inventário Florestal 1995, assim como a informação sobre Incêndios 1990-96.

No que se refere à Ocupação do Solo, na escala 1:25 000 (1990), cedida pelo CNIG deu-se início ao processo de aquisição, prevendo-se a disponibilização total da informação até Maio de 2000. Com origem na mesma instituição está já disponível a informação Corine Land Cover 1985-1990, na escala 1:100 000.

No domínio da recolha de informação sobre a poluição regional foram estabelecidos contactos com as instituições e empresas da região de Setúbal com estações de monitorização da poluição do ar no sentido de obter autorização para a utilização dos seus dados neste Projecto.

As entidades contactadas foram:

· Fábrica Secil- Outão (Cimenteira – Setúbal);

· Fábrica CIMPOR (Cimenteira – Vila Franca de Xira);

· Direcção do Centro Portucel Industrial (Celulose - Centro Fabril de Setúbal);

· Central Termoeléctrica do Barreiro (EDP);

· Central Termoeléctrica de Setúbal (EDP);

· Central Termoeléctrica de Sines (EDP);

· Refinaria de Sines (Petrogal);

· Siderurgia Nacional (Seixal);

· Produtos Químicos (Sines – Borealis);

· Ácido Sulfúrico (Barreiro – Quimiparque);

· Ácido Nítrico (Vila Franca de Xira - Henkel);

· Ácido Nítrico (Barreiro – Quimiparque);

· Fosfatos de Cálcio (Barreiro – Quimitécnica);

· Adubos Azotados (Adubos de Portugal - 4 fábricas: Amoníaco, Ureia, Ácido Nítrico e Nitrato de Amónia);

· Adubos Fosfatados (Setúbal – Península de Mitrena);

· Ex-Comissão de Ar do Barreiro-Seixal (através da Direcção Regional do Ambiente de Lisboa e vale do Tejo);

· Direcção Regional do Ambiente do Alentejo (Sines).

Estão a ser avaliadas outras origens de informação e outras variáveis que possam ter interesse para o presente estudo e/ou outras redes de monitorização a integrar.

De notar que a AFLOPS, no âmbito do Presente Projecto, apoiou os trabalhos da Direcção Regional do Ambiente do Alentejo na recolha prévia de informação sobre poluição, através de métodos de monitorização passiva, abarcando a região do Alentejo, acção desenvolvida entre 15 e 30 de Julho de 2000.

No referente à recolha de dados climatológicos, tal tarefa está dependente do mesmo tipo de autorizações que a tarefa anterior.

Nas tabelas seguintes encontram-se os tipos de dados para os quais se solicitou autorização de utilização. Refira-se que, até ao momento, ainda não se obteve informações por parte da empresa Portucel.

Secil datas n.º de pontos var.medidas/disp. base de medição Emissões 1/6/96 A 2 PTS, Clinquer medidas diárias 31/12/98 estações monitor. 1/1/96 A 6 pts (Método gravimétrico) 2 medidas por semana 31/12/98

Central Termoeléctrica datas n.º de pontos var.medidas/disp. base de medição Emissões 1/6/96 A 4 PTS, No x , SO 2 , Potência, caudal, grupo medidas diárias 31/12/98 estações monitor. 1/1/96 A 6 PTS, No x , SO 2 2 medidas por semana 31/12/98 dados metereo. 1/1/ A 1 Velocidade, direcção, humidade, p.p, pressão medidas diárias 31/12/98

Barreiro/Seixal datas n.º de pontos var.medidas/disp. base de medição estações monitor. 1/6/96 A 12 PTS(8), SO 2 (96-11, 97-9, 98-10) medidas diárias 31/12/98 dados metereo. 1/1/96 A 1 Velocidade, direcção, humidade, p.p, pressão medidas diárias 31/12/98

ÍNDICE SIG - CRIAÇÃO DA BASE DE DADOS UNIFICADOS

A base de dados encontra-se estruturada em 10 tabelas tal como se apresenta na Figura 3. Destas, 6 são “dicionários” e as restantes 4 são de registo. Todas as tabelas podem ser editadas pelos utilizadores.

O registo de parâmetros ambientais poderá ser feito em 4 formatos diferentes (2 horários e 2 diários). Para os parâmetros meteorológicos, é possível introduzir dados em 2 formatos, um horário e um diário.

A consulta de dados é possível para os dois tipos de parâmetros, em formatos horários ou formatos diários. Para os dados editados, é permitido fazer alterações, copiar e desenhar o gráfico temporal correspondente aos valores seleccionados.

Figura 3 - Desenho da base de dados

Neste momento encontram-se disponíveis as layers vectoriais e raster de informação.

Dos próximos desenvolvimentos consta a criação de um projecto em formato ArcView com link à base de dados e o cálculo dos estatísticos básicos univariados e bivariados - relativos à serie temporal seleccionada.

ÍNDICE 1.3 - INTEGRAÇÃO DE OUTPUTS

Esta tarefa será realizada em conformidade com o programado.

ÍNDICE 1.4 - DIVULGAÇÃO INTERINSTITUCIONAL

Para a disponibilização da informação de base, necessária para o desenvolvimento dos trabalhos em cada área de intervenção, foi preparado um cd-rom (exemplar em anexo a este relatório), já distribuído aos parceiros operacionais do Projecto, com a seguinte informação:

- Mosaico das fotografias ortorectificadas de 1995 (CELPA/ DGF/ CNIG) para a área do Projecto;

- Mosaico das Cartas Militares 1:25 000;

- Altimetria;

- Cotas;

Incluem-se também no cd-rom os utilitários ERViewer. Exe, para visualização de imagens compactadas pelo ERMapper, e o Arc View Plugin para uso neste software.

ÍNDICE CARACTERIZAÇÃO DOS NÍVEIS DE POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA E CONSERVAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS FLORESTAIS NA PENÍNSULA DE SETÚBAL

2.1.4.A1 - PLANEAMENTO DA BIOMONITORIZAÇÃO

2.1.4.A1.1 - ESCOLHA DOS LOCAIS DE AMOSTRAGEM

Foram escolhidos na área da Península de Setúbal cerca de 100 pontos de amostragem tendo em conta os ventos dominantes, a altitude e a localização das principais fontes de poluição conhecidas (Fig. 4). A Figura 4 representa o mapa da Península de Setúbal com a localização dos pontos de amostragem. A campanha de campo realizou-se nos dias 8 - 11 de Março durante clima estável, i.e., não houve eventos de precipitação substancial durante o período de amostragem.

ÍNDICE 2.1.4.A2 - RECOLHA DE DADOS

Procedeu-se à recolha dos dados espaciais, cartas militares e localização das principais fontes de poluição industriais em colaboração com o IST e a AFLOPS.

ÍNDICE 2.1.4.A2.1 - SELECÇÃO DAS ESPÉCIES DE LÍQUENES A RECOLHER DURANTE A CAMPANHA DE CAMPO

Efectuaram-se saídas de campo com vista a avaliar a existência de líquenes, quais as espécies mais importantes e quais os substratos mais frequentes na Península de Setúbal, com o objectivo de seleccionar a/as espécies de líquenes para a campanha de biomonitorização.

Observou-se que nas zonas mais urbanizadas e industrializadas só existia o líquene foliáceo Xanthoria parietina (Fig. 5). Por outro lado verificou-se a ausência de árvores em grandes áreas (principalmente nas zonas urbanas).

A recolha de líquenes epifíticos (que crescem sobre as árvores) nestas zonas estava limitada pela existência do respectivo substrato. Assim, decidiu-se que nas áreas urbanas, onde não existissem outros líquenes, se procederia à recolha de Xanthoria parietina nas telhas de casas (Fig.5)

Nas zonas onde não existiam casas e/ou zonas não contaminadas (como por exemplo na Serra da Arrábida) não era possível encontrar Xanthoria parietina em telhas. Por isso era necessário escolher outra espécie como alternativa à Xanthoria parietina. De uma série de géneros e espécies candidatos procedeu-se a uma escolha tendo em conta os níveis de poluentes acumulados e a sua facilidade de recolha no que se refere à quantidade de material liquénico e à facilidade de processamento no laboratório.

O pequeno ou total desconhecimento dos níveis de dioxinas em Portugal e o facto de não existirem publicações com valores de dioxinas em líquenes levou-nos a realizar testes preliminares de forma a avaliar qual a melhor espécie a usar para além da Xanthoria parietina.

Figura 5 - O líquene foliáceo Xanthoria parietina em telhas de casas

Uma das maiores limitações das análises de dioxinas em líquenes é a quantidade de material que é necessário recolher, logo teria que se escolher líquenes fruticolosos pela sua facilidade de colheita e limpeza (Fig. 6).

Figura 6 - O líquene fruticoloso Evernia prunastri.

Após uma série de saídas de campo na Península de Setúbal verificou-se que as espécies mais frequentes nas zonas não industriais e urbanas eram líquenes do género Cladonia e líquenes do género Ramalina. Os líquenes do género Cladonia são espécies terrícolas (Fig. 7) enquanto que os líquenes do género Ramalina são epifíticos crescendo sobre as árvores (Fig. 8).

Figura 7– Líquenes terrícolas do género Cladonia.

Figura 8 – Líquenes epifíticos do género Ramalina

A figura 9 apresenta a localização dos pontos de amostragem, nos quais foram recolhidas amostras de líquenes para efectuar os testes preliminares. Estes testes são fundamentais para a optimização e validação da utilização de líquenes como biomonitores de dioxinas. Numa primeira fase o objectivo era testar a acumulação diferencial de dioxinas em líquenes do género Ramalina e do género Cladonia. Para isso recolheram-se amostras das duas espécies no local 1, junto ao campo de golfe em Tróia (Fig.9). Essas amostras foram analisadas para as dioxinas e os resultados estão apresentados na Figura 10. Verificou-se que a Ramalina canariensis tem uma maior concentração de dioxinas relativamente à Cladonia sp., ambas recolhidas no mesmo local. Isto pode dever-se a inúmeros factores: taxas de crescimento diferentes, diferente concentração de lípidos, superfícies de intercepção com características diferenciadas para os lípidos, altitude da recolha (junto ao solo ou nos ramos de pinheiro), etc. Para explicar estas diferenças seria necessário proceder a muito mais experiências.

A figura 9 apresenta a localização dos pontos de amostragem, nos quais foram recolhidas amostras de líquenes para efectuar os testes preliminares. Estes testes são fundamentais para a optimização e validação da utilização de líquenes como biomonitores de dioxinas.

Numa primeira fase o objectivo era testar a acumulação diferencial de dioxinas em líquenes do género Ramalina e do género Cladonia. Para isso recolheram-se amostras das duas espécies no local 1, junto ao campo de golfe em Tróia (Fig.9). Essas amostras foram analisadas para as dioxinas e os resultados estão apresentados na Figura 10.

Verificou-se que a Ramalina canariensis tem uma maior concentração de dioxinas relativamente à Cladonia sp., ambas recolhidas no mesmo local. Isto pode dever-se a inúmeros factores: taxas de crescimento diferentes, diferente concentração de lípidos, superfícies de intercepção com características diferenciadas para os lípidos, altitude da recolha (junto ao solo ou nos ramos de pinheiro), etc. Para explicar estas diferenças seria necessário proceder a muito mais experiências.

Figura 10 – Concentração total de dioxinas expressas em TEQs (Factores equivalentes de toxicidade) calculados de duas formas diferentes ( - NATO/CCMS e  - BGA/UBA) em duas espécies de líquenes: Cladonia sp., recolhida ao nível do solo e Ramalina canariensis recolhida de ramos de Pinus pinaster, ambos os líquenes foram amostrados no local 1 (Tróia).

Tendo em conta os níveis de dioxinas acumulados, optou-se então por utilizar os líquenes do género Ramalina como biomonitores de dioxinas. Devido à dificuldade em encontrar material suficiente da mesma espécie pensou-se na possibilidade de recolher amostras de líquenes do mesmo género, incluindo então diferentes espécies, o que simplificaria consideravelmente a logística e os custos de amostragem. Para isso procedeu-se a um teste cujo objectivo era verificar a existência de diferenças na acumulação de dioxinas dentro de espécies de líquenes do mesmo género (Fig. 11). Recolheram-se as espécies mais comuns do género Ramalina na região: Ramalina canariensis e Ramalina fastigiata de ramos de Olea europaea em locais onde se esperava diferentes níveis de contaminação e procedeu-se à análise de dioxinas totais.

Na figura 11 podemos observar que a espécie de líquene Ramalina canariensis apresenta sempre valores de dioxinas semelhantes ou mais elevados que os valores medidos no líquene Ramalina fastigiata. Podemos ainda observar na figura anterior a acumulação diferencial de dioxinas em função da localização dos pontos de amostragem. O local 2 apresenta os valores de dioxinas mais elevados (Fig. 11). Note-se que este local se encontra muito perto de uma base aérea militar (Fig. 9).

Figura 11 – Concentração total de dioxinas expressa em TEQs (Factores equivalentes de toxicidade) calculados de duas formas diferentes ( - NATO/CCMS e  - BGA/UBA) em duas espécies de líquenes: Ramalina canariensis e Ramalina fastigiata recolhidas em três locais diferentes: local 2 (Pero pinheiro), local 3 (Arrábida) e local 4 (Loures).

Assim, neste estudo optou-se por seleccionar a espécie Ramalina canariensis para fazer a amostragem da poluição atmosférica na Península de Setúbal e usar também a espécie Xanthoria parietina sempre que a primeira não se encontrava presente.

Sabendo que o líquene Ramalina canariensis se pode encontrar em Pinus pinaster, Pinus pinea, Olea europaea, Quercus suber, Quercus faginea e Ceratonia siliqua, testou-se o efeito da influência do forófito na acumulação de dioxinas nestes organismos. Com esse objectivo recolheram-se amostras de Ramalina canariensis em diferentes substratos: Pinus pinea, Olea europaea e Quercus suber na zona da Arrábida (local 3). Os resultados estão apresentados na Figura 12.

Estes dados mostram que não existem diferenças entre os valores de dioxinas recolhidos no líquene Ramalina canariensis em diferentes forófitos. Podemos concluir que é possível recolher este líquene em diferentes substratos, o que facilita a amostragem espacial.

Figura 12 – Concentração total de dioxinas expressa em TEQs (Factores equivalentes de toxicidade) calculados de duas formas diferentes ( - NATO/CCMS e  - BGA/UBA) no líquene Ramalina canariensis recolhido em três forófitos diferentes: Pinus pinea, Quercus suber e Olea europaea no local 3 (Arrábida).

Figura 13 – Concentração total de dioxinas expressa em TEQs (Factores equivalentes de toxicidade) calculados de duas formas diferentes ( - NATO/CCMS e  - BGA/UBA) no líquene Xanthoria parietina recolhida em três locais diferentes: Local 5 -Sta Iria de Azoia, Local 6 - São João da Talha e Local 7 - Lisboa-Campo Grande.

Para que um organismo seja um bom biomonitor deve apresentar acumulação diferencial em função da intensidade e tipo de poluição a que está sujeito. Os líquenes nunca tinham sido testados relativamente ao seu poder acumulativo de dioxinas. Para isso recolheram-se amostras das duas espécies de líquenes seleccionadas em diferentes locais que teoricamente apresentavam diferentes tipos de poluição, assim como diferentes intensidades. Na figura 13 podemos observar a concentração de dioxinas no líquene Xanthoria parietina recolhida em diferentes locais na área da Grande Lisboa. Note-se que os locais mais influenciados pela poluição urbana (Lisboa-Campo Grande) apresentam valores mais elevados de dioxinas do que aqueles influenciados pela poluição industrial (St.ª Iria de Azoia e S. João da Talha). Em S. João da Talha, onde existe uma incineradora de resíduos urbanos, esperavam-se à partida valores de dioxinas mais elevados. É de referir no entanto que a recolha dos líquenes foi feita mesmo junto à chaminé, onde normalmente a deposição é mínima e ainda que esta incineradora começou a funcionar formalmente depois da amostragem que decorreu em Janeiro de 2000, daí que estes valores possam constituir uma baseline para futuros estudos na região.

Na figura 14 podemos observar os valores de dioxinas em R. canariensis recolhida em vários locais na área da Grande Lisboa. Observa-se uma variação considerável nas concentrações de dioxinas colhidas nestes diferentes locais, sendo que as amostras recolhidas em Pero Pinheiro e Tróia apresentam os valores mais elevados (Fig. 14). Verificou-se que a zona onde foi recolhido o material biológico, em Pero Pinheiro, era muito próxima de uma base aérea militar, com elevado tráfego, para além de existirem também muitas indústrias de preparação e tratamento de pedras, nomeadamente mármores e granitos. A zona de Tróia também apresentou valores elevados relativamente a outras zonas da Arrábida e de Loures. Este facto poderá ser devido a diferentes potenciais fontes poluidoras, no entanto apenas uma amostragem mais fina poderá determinar qual a contribuição relativa de cada fonte de poluição para estes valores na região. Esta região poderá ser influenciada pela zona industrial de Setúbal e do Outão, pela pluma de poluição da margem norte do Tejo e mesmo pela pluma da zona de Sines.

Figura 14 – Concentraç ão total de dioxinas expressa em TEQs (Factores equivalentes de toxicidade) calculados de duas formas diferentes (p - NATO/CCMS e o - BGA/UBA) no líquene Ramalina canariensis recolhido em vários locais diferentes: Pero Pinheiro, Tróia, Arrábida e Loures.

ÍNDICE 2.1.4.A2..2 – CONCLUSÕES PRELIMINARES

Para fazer a amostragem de líquenes na Península de Setúbal seleccionaram-se duas espécies: Xanthoria parietina, que é um espécie tolerante a vários tipos de poluição atmosférica e como tal está presente nas zonas urbanas e industriais, e Ramalina canarieneis, que é uma espécie mais sensível à poluição mas que aparece abundantemente em zonas com outros tipos de constrangimentos ambientais como stress salino e luminoso e que mostrou acumular elevadas concentrações de dioxinas (Fig. 11). Concluiu-se também que os líquenes podiam ser recolhidos de diferentes substratos (Fig. 12). Mostrámos ainda que ambas as espécies de líquenes acumularam diferencialmente dioxinas quando sujeitas a diferentes intensidades e tipos de poluição (Fig. 13 e 14). Podemos então concluir que os líquenes são bons biomonitores de dioxinas.

ÍNDICE 2.1.4. B - AMOSTRAGEM ESPACIAL DE LÍQUENES

Recolheram-se amostras dos líquenes seleccionados em 100 pontos na Península de Setúbal (Fig.4) de 8 a 11 de Março de 2000 de acordo com o que foi estabelecido no ponto anterior. O clima esteve estável durante o período da colheita. O material foi transportado para o laboratório onde irá seguir os procedimentos experimentais necessários para análise de dioxinas, azoto e enxofre.

ÍNDICE 2.1.4.C - ANÁLISE QUÍMICA DE AMOSTRAS

As análises químicas estão a ser efectuadas no laboratório químico TERRA PROTECTA que está acreditado para análises de dioxinas.

As restantes análises são desenvolvidas no âmbito da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

ÍNDICE 2.1.4.D - TRATAMENTO DE RESULTADOS

Esta tarefa será realizada em conformidade com o programado, com todos os dados respeitantes ao enxofre e metais pesados prontos nas primeiras semanas de Janeiro.

No geral, o ponto da situação do Projecto nesta fase no referente às análises químicas das amostras é o seguinte:

- Enxofre -100% executado;

- Azoto-10% Previsão de terminar a 15 de Dezembro;

- Dioxinas- 55% dos resultados já disponíveis;

- Metais Analisados por espectrofotometria de chama (Zn, Mn, Fe, Ca, K, Ca, Mg) - 80% executados, prevendo-se a finalização das análises no final de Dezembro de 2000;

- Metais Analisados por espectrofotometria através de Câmara de grafite: Cd, Pb, Cr, Co (aguardam a vinda da segunda tranche de pagamentos).

ÍNDICE 2.2.2.1 - PROCESSAMENTO E ANÁLISE DE IMAGENS SATÉLITE

A realizar conforme o programado.

No âmbito do Projecto foram adquiridas duas imagens de Landsat 7 (Sensor ETM). As imagens foram seleccionadas tendo em consideração a adequação do tipo de imagem à aplicação que se pretende nomeadamente: datas de aquisição das duas imagens correspondentes a diferentes períodos sazonais do estado da vegetação, a cobertura atmosférica e que incluísse a totalidade da área de interesse para o projecto. Assim, seleccionaram-se as duas imagens com menos ruído atmosférico dentro do período de Dezembro de 1999 a Junho de 2000 (vd. Quadro 2).

Imagem 1 Imagem 2 Satélite Landsat-7 Landsat-7 Sensor ETM ETM Path/Row 204/000 204/000 Lat/Lon 38:15:00/-09:05:45 38:15:00/-09:08:46 Bands 123456789 123456789 Level SYSCOR SYSCOR Calibration Pre-Flight Pre-Flight Rsmp1 NN NN Scene Full Floating Full Floating Format FAST FAST Media CD-ROM CD-ROM Acq. Date 1999-31-12 2000-06-24 Prod. Date 2000-08-31 2000-08-31

Neste momento encontra-se terminado o pré-processamento que consistiu na rectificação geométrica e georeferenciação, e na correcção radiométrica (para redução do efeito/ruído da atmosfera). Para o desenvolvimento deste trabalho foi utilizado o software de processamento de imagens ER Mapper 6.1.

Neste momento encontra-se a decorrer a calibração das imagens com vista ao cálculo da probabilidade da contaminação dos poluentes.

ÍNDICE 2.2.2.3 – CÁLCULO DA PROBABILIDADE DA CONCENTRAÇÃO DE POLUENTES

MODELO DA QUALIDADE DO AR DA REGIÃO DO BARREIRO/ SEIXAL

a) Para este estudo estão a ser analisadas as séries temporais referentes ao SO2 para os anos de 1996 e 1997 (as estações de monitorização para aquela área são as referidas no ponto 1.1).

b) Modelo espacio - temporal da dispersão do SO2

b.1) A componente espacial : padrão espacial da pluma de SO2

Foi calculado para cada mês individualmente e para o conjunto dos meses de 1996 e 1997 o correlograma (h) coeficiente de correlação função da distância h entre as estações de monitorização.

Vamos considerar z(x, t) ou que z é o teor de SO2 na estação x e no tempo t. O correlograma (h) é dado pelo estimador:

em que e são os desvios padrão de z nas estações x e x+h para o período de N dias.

é na realidade uma medida de continuidade espacial do teor z, que quantifica o padrão espacial da pluma para aquele período de tempo.

A primeira análise consistiu em seleccionar períodos de tempo homogéneo (mês) em que as condições de meteorológicas (em particular o regime de ventos) permitissem a quantificação do padrão espacial. Nas figuras 15 e 16 estão representados os correlogramas para os 12 meses de 1996 e 1997 bem como os correlogramas globais para os dois anos.

1996 1997

Figura 15– Correlogramas da concentração de SO2 por períodos mensais para o ano de 1996 e 1997

1996 1997

Figura 16 – Correlogramas da concentração de SO2 com valores superiores à mediana por períodos mensais para o ano de 1996 e 1997

A primeira grande conclusão desta primeira parte do estudo é que é possível ser quantificada a componente espacial do modelo para os meses de verão com condições meteorológicas mais estáveis permitindo a quantificação da continuidade espacial da pluma.

b.2) Fases seguintes do modelo espacio - temporal

A fase seguinte da implementação deste modelo será basicamente constituído pela construção de dois vectores:

• A componente temporal – variogramas ou correlogramas temporais e derivas temporais.

ÍNDICE 2.3.2.1 – TRATAMENTO ESTATÍSTICO DA INFORMAÇÃO

A realizar conforme o programado.

ÍNDICE 2.3.2.2 – ESTIMAÇÃO GEOESTATÍSTICA DAS CONCENTRAÇÕES

A realizar conforme o programado.

ÍNDICE 2.3.2.3 – SIMULAÇÃO ESTOCÁSTICA

A realizar conforme o programado.

ÍNDICE 2.4.2.1 – MAPA DE MÍNIMOS CUSTOS DE IMPACTE AMBIENTAL

A realizar conforme o programado.

ÍNDICE 2.4.2.2 - MAPA DE MÍNIMOS CUSTOS DE MÁ CLASSIFICAÇÃO

A realizar conforme o programado.

ÍNDICE PLANEAMENTO DO CICLO DO CARBONO

3.1.2.1 - DETERMINAÇÃO DAS EMISSÕES GASOSAS PARA A ATMOSFERA

Esta tarefa inclui o estudo dos principais poluentes existentes na área de estudo – Península de Setúbal e área envolvente.

Os poluentes principais e mais importantes para o sistema de modelação são o Nox, VOC, SO2 e CO.

Além destes, e no caso deste projecto em particular, que pretende avaliar a importância da contribuição das emissões atmosféricas antropogénicas nos processos que regulam o ecossistema, é essencial considerar o CO2 antropogénico como componente principal das emissões gasosas.

ÍNDICE 3.1.2.2 - INVENTARIAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS EMISSÕES NO DOMÍNIO DE ESTUDO (PENÍNSULA DE SETÚBAL E RESPECTIVA ÁREA ENVOLVENTE)

Esta inventariação foi feita com base no inventário CORINAIR.

Este programa surgiu da iniciativa comunitária de promover o desenvolvimento de um sistema de inventariação das emissões atmosféricas – projecto CORINAIR. Desta forma, o objectivo do programa CORINAIR é fornecer um inventário completo, consistente, transparente e desagregado das emissões poluentes atmosféricas dos Estados Membros da UE, sendo actualizado de 3 em 3 anos *.

A harmonização entre os vários inventários realizados pelos diversos países é alcançada através da aplicação de definições comuns relativas a categorias de poluentes ( 8 poluentes), fontes poluidoras ( 260 items de actividades poluidoras, agrupados em 11 categorias) e combustíveis.

Para além da informação contida no Inventário CORINAIR está prevista a inclusão de informação actualizada relativa aos principais centro emissores existentes no domínio de estudo, nomeadamente, as Centrais Térmicas do Carregado, do Barreiro e de Setúbal, a Siderurgia, as cimenteiras de Alhandra e Outão e o Centro Fabril da Portucel de Setúbal.

*No entanto esta actualização não tem sido cumprida por todos os Estados Membros, nomeadamente por Portugal

ÍNDICE 3.1.2.3 - DESAGREGAÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DOS DADOS DE EMISSÃO INVENTARIADOS PARA NÍVEIS COMPATÍVEIS COM A MODELAÇÃO DA QUALIDADE DO AR

DESAGREGAÇÃO ESPACIAL

Os dados de emissões disponíveis são dados CORINAIR que datam de 1990 referentes à unidade territorial designada por NUT III (Unidades territoriais resultantes de agrupamento de concelhos). Para os utilizar no processo de modelação foi necessário proceder à sua desagregação para unidades territoriais de menor área (metodologia top-down).

A desagregação para o nível de concelhos (NUT IV) foi feita em função da venda de combustível por concelho (ano 1990) e deste para o nível das freguesias (NUT V), em função da população existente e respectivo sector de actividade (Census 90).

Face às necessidades do modelo, foi feito um “griding”, dividindo os valores de emissão de cada freguesia pela área respectiva (poluente/km2), tal como é apresentado na Figura 21.

Em relação às áreas florestais está a ser desenvolvida uma metodologia bottom-up, para a qual será indispensável a obtenção do coberto vegetal relativo ao domínio espacial de estudo.

Esta tarefa encontra-se em fase de desenvolvimento e elaboração por parceiros deste projecto. Para esta tarefa foram já desenvolvidos e calculados factores de emissão para as 4 principais espécies portuguesas (pinheiro, eucalipto, azinheira e sobreiro).

ÍNDICE DESAGREGAÇÃO TEMPORAL

A desagregação temporal é necessária uma vez que os dados de emissões obtidos a partir do programa CORINAIR estão numa base anual, e os modelos de transporte e dispersão implicam uma base horária.

Para tal, esta desagregação foi feita por actividade e respectivo ciclo de emissão. Trata-se de uma tarefa para a qual existe pouca informação disponível e onde são feitas o maior número de aproximações.

Figura 17 - “Griding” do domínio de estudo a partir do nível de desagregação NUT V

ÍNDICE CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA BASE DE DADOS

Dada a necessidade de trabalhar com dados actuais que permitam representar a realidade portuguesa, procedeu-se à elaboração de uma Base de Dados com a desagregação feita também a partir do inventário CORINAIR para 1995.

O inventário CORINAIR de 1995 apresenta uma dificuldade adicional uma vez que só contém valores nacionais (NUT I) ao contrário do que ocorria no inventário CORINAIR de 1990, onde o nível de desagregação era de NUT III). Assim, o trabalho de desagregação foi executado directamente do nível nacional (NUT I) para o nível NUT IV através de vários factores de ponderação, entre os quais o consumo de combustível por concelho no referido ano.

Esta base encontra-se ainda em fase de avaliação do erro associado ao processo de desagregação pelo que em termos operacionais se mantém ainda a anterior base construída a partir do CORINAIR 90.

ÍNDICE CONDIÇÕES INICIAIS E DE FRONTEIRA (QUALIDADE DO AR / CONCENTRAÇÃO DE FUNDO)

Foram avaliadas com dados históricos observados na região os valores de fundo para os poluentes em análise. Este trabalho faz parte de um procedimento preliminar necessário à aplicação do modelo de transporte e dispersão. Trata-se de um ponto que se encontra ainda em fase de execução dadas as dificuldades em reunir toda a informação necessária.

ÍNDICE 3.1.2.4 - TRANSPORTE, DISPERSÃO E TRANSFORMAÇÃO DE POLUENTES

A realizar conforme o programado.

ÍNDICE 3.1.2.5 - APLICAÇÃO DE MODELO MESOMETEREOLÓGICO

Foi iniciada a aplicação do modelo mesometeorológico para o domínio de trabalho com uma malha de 2 x 2 km2. Trata-se de uma aplicação preliminar para uma situação de forçamento sinóptico típico de verão. Para esta corrida foram usados dados do 3º dia da campanha LisbEx 96 (AMAZOC, 1999 *).

A título demonstrativo, na Figura 18 é apresentado o escoamento simulado para a 15 horas UT.

* AMAZOC – Ambiente atmosférico em zonas costeiras: Avaliação da capacidade de carga dos ecossistemas. Relatório final. Projecto AMAZOC, BORREGO, C. et al., Contrato Praxis nr. 3/3.2/AMB/38/94, 1999, pp.213.

Figura 18 - Campo de ventos às 15 horas UT.

Chama-se à atenção para a capacidade que o modelo demostra em simular a entrada de brisa costeira típica da região em estudo.

ÍNDICE 3.1.2.6 – AVALIAÇÃO DA CIRCULAÇÃO DE POLUENTES

A realizar conforme o programado.

ÍNDICE 3.1.2.7 – MODELAÇÃO DE TRANPORTE E DISPERSÃO DE POLUENTES

A realizar conforme o programado.

ÍNDICE 3.2.2.1 – TRATAMENTO DIGITAL DAS IMAGENS

A realizar conforme o programado.

ÍNDICE 3.2.2.2 – COESTIMAÇÃO GEOESTATÍSTICA DO INVENTÁRIO FLORESTAL

3.2.2.2.1 - Caracterização de recursos florestais com imagens de satélite SPOT utilizando modelos de co- regionalização locais

A utilização de dados de detecção remota para avaliação de recursos florestais sobre grandes áreas terá um papel fundamental nesta área devido aos avanços tecnológicos recentes e à tendência decrescente dos custos deste tipo de informação. No entanto, na maioria das aplicações florestais as imagens de satélite ainda têm de ser consideradas como informação “soft” devido à incerteza na captura da alguns dos atributos de campo. Consequentemente as imagens de satélite têm de ser calibradas com dados de campo (“hard data”) de modo a produzir resultados fiáveis na avaliação destes recursos.

Recentes métodos geoestatísticos, para lidar com dados soft abundantes e dados hard mais precisos e escassos, têm sucedido em introduzir uma nova abordagem na prática de classificação e calibração de imagens de detecção remota: a influência dos dados hard prevalece sobre a imagem soft e esta apenas prevalece nas áreas distantes da influência dos dados hard.

Com este objectivo desenvolveu-se uma nova metodologia geoestatística de co-located cokriging com um modelo local de co- regionalização que tem em consideração a influência dos dados hard e soft na avaliação dos recursos florestais de pinheiro bravo (Pinus pinaster). A metodologia pode ser resumida nos seguintes passos:

i. Uma imagem de satélite SPOT, com 4 bandas electromagnéticas, da península de Setúbal foi calibrada com medidas de campo da proporção das diferentes espécies florestais. Cada elemento da imagem (pixel com 20 m x 20 m) foi classificado em proporções das diferentes espécies.

ii. Para todos os elementos da imagem de satélite foi calculado um coeficiente de calibração local – medidas de correlação entre os dados soft e hard.

iii. Finalmente, aplicou-se a cokrigagem co- localizada com estas medidas locais da correlação hard/soft para estimar a proporção de espécies florestais para toda a região.

São bem conhecidos os problemas de implementação da cokrigagem resultantes da instabilidade numérica do sistema de cokrigagem, quando se utilizam dois tipos de informação no que respeita à densidade e incerteza – dados hard escassos (atributo primário) mas mais precisos do que os dados soft (atributo secundário) disponíveis num largo número de localizações (densamente amostrados). Esta instabilidade pode resultar do facto da correlação entre os dados secundários próximos ser muito maior do que correlação entre dados primários distantes. A cokrigagem co-localizada aparece como uma solução para este problema, retendo apenas os dados secundários disponíveis na localização x 0 , aonde se pretende estimar o atributo primário.

ÍNDICE 3.2.2.2.2 - COKRIGAGEM CO- LOCALIZADA

Considerando Z 1 (x) os dados hard (variável primária) disponível em n 1 localizações e Z 2 (x) a secundária disponível em todos os nós da grid aonde se pretende estimar Z 1 (x), a estimação de Z 1 (x 0 ) utilizando cokriogagem simples co- localizada é:

Resultando no seguinte sistema de equações:

que requer o conhecimento dos modelos das covariâncias C 11 (h), C 12 (h) e C 22 (0).

Assumindo uma hipótese Markov-type, a covariância C 12 (h) ou o correlograma cruzado r 12 (h) assume a seguinte forma

ÍNDICE 3.2.2.2.3 - PROBLEMAS DOS MODELOS DE CO-REGIONALIZAÇÃO GLOBAL

Tanto o sistema de cokrigagem como o de cokrigagem co- localizada assume estacionaridade espacial do correlograma cruzado global 12(h) e a sua representatividade para toda a área. Na maioria das situações práticas de escassa informação primária e densa informação secundária, um único modelo global não é válido para toda a área. Por exemplo, no caso de poucos poços de petróleo suponhamos que é calculado localmente um coeficiente de correlação baixo ou nulo entre as duas variáveis Z1 e Z2. Neste caso, não seria adequado assumir um modelo global 12(h) válido para essa área local.

Em alguns casos, uma metodologia que explicitamente incorpora um modelo de co-regionalização global entre Z1 e Z2 pode ser limitado devido às fortes hipóteses de estacionaridade espacial que assume. Por outro lado, a estimação separada de Z1 e Z2 podem reflectir as correlações locais, que são fracas em termos de modelo de co- regionalização global.

ÍNDICE 3.2.2.2.4 - MODELO DE CO- REGIONALIZAÇÃO LOCAL

A ideia fundamental desta metodologia é condicionar o correlograma global r 12 (h) – entre Z 1 e Z 2 – aos valores locais de r 12 (0)*

Estimação dos valores locais de r 12 (0)*

Considere-se uma nova variável resultante do produto standardizado entre Z 1 e Z 2 em qualquer localização x:

coeficiente de correlação entre Z 1 e Z 2 em qualquer localização x

O variograma reflecte o padrão espacial da variável R(x) ou a continuidade espacial da correlação entre Z 1 e Z 2 .

Note-se que:

Em qualquer localização x 0 a estimação de R(x 0 ) pode ser definida como a combinação linear dos valores vizinhos R(x a ), a=1,¼, N,

with

que corresponde ao sistema da krigagem ordinária.

Nota: Não se garante teoricamente que os valores da variável reduzida assuma valores entre 0 e 1. No caso dos valores estimados excederem os limites 0 e 1 os valores devem ser corrigidos para obrigar a este intervalo de valores. Uma das alternativas possíveis é a truncagem dos valores entre estes dois limites. No caso de um elevado número de valores excederem estes limites, então sugere-se a transformada uniforme dos valores. Neste caso estes valores passam a ter o significado de um grau de similitude entre as duas variáveis e não propriamente o significado de um coeficiente de correlação no sentido estricto.

Cokrigagem co -localizada com valores locais de .

O modelo local de r 12 (h) é determinado pelo valor local estimado.

Se a hipótese Markov-type for assumida os correlogramas cruzados são obtidos a partir dos valores locais de R(x 0 )*, caso contrário os correlogramas cruzados deverão ser corrigidos por forma a reflectir os valores de R(x 0 )*.

ÍNDICE 3.2.2.2.5 - DADOS HARD E SOFT

Esta metodologia foi aplicada na estimação da ocorrência de pinheiro bravo na península de Setúbal. Os dados hard consistiram em 33 plots, com cerca de 1000 m2 de área, onde foram medidas as proporções das diferentes espécies.

Foi utilizada uma imagem de SPOT 4 para obter uma imagem soft dos recursos de pinheiro na região. Foi utilizado um algoritmo de máxima verosimelhança (Lillesand and Kiefer, 1994) para obter a probabilidade de ocorrência de cada espécie em cada pixel (ou classe). Neste caso, a classificação assistida foi realizada utilizando pontos de controlo para a ocupação do pinheiro (“ground truth”).

O resultado do procedimento da classificação pode ser visualizado na Figura 19, onde a proporção de pinheiro varia entre 0 e 100%.

Figura 19 – Dados soft – probabilidade de ocorrência da pinheiro bravo

A correlação entre a informação soft e hard é de 0.88. Na Figura 20 representa-se espacialmente os desvios R(x a ) re-escalados entre 0 (máximo desvio) e 1 (desvio nulo). Podem ser visualizadas as tendências locais de altos e baixos valores de I 12 (x a ) (figura 18).

Figura 20 – Representação espacial dos desvios R(x a )

Figura 21 – Coeficientes de calibração dos modelos locais de co-regionalização

Nas figuras 22, 23 e 24 apresenta-se o variograma da variável principal, o variograma cruzado entre a variável principal e a secundária, e o variograma dos coeficientes de calibração I 12 (x a ), respectivamente.

Figura 22 – Variograma da proporção de pinheiro (hard data): Modelo = esférico, C 0 =0, C 1 =0.005, a 1 =25000 m

Figura 23 – Variograma cruzado entre os dados soft e hard: Modelo = esférico,

C 0 =0, C 1 =0.005, a 1 =25000 m

Figura 2 4 – Variograma de I 12 (x a ): Modelo = esférico, C 0 =0, C 1 =0.005, a 1 =33000 m

Os valores de I 12 (x) foram interpolados por krigagem normal para todos os pixels da imagem de satélite.

Na figura 25 apresenta-se o mapa final resultante da co-krigagem co-localizada com modelos locais de co-regionalização.

Figura 25 - Co-krigagem co- localizada com modelos locais de co- regionalização

Esta metodologia para calibração de imagens de satélite com dados de campo pode ser aplicada em outras situações em que os dados soft são abundantes e têm uma correlação com os dados hard que não pode ser considerada homogénea para o conjunto total de informação.

A realizar conforme o programado.

ÍNDICE AVALIAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO PROJECTO

As acções previstas sob esta categoria tiveram lugar a partir de Janeiro de 1999 e serão finalizadas em Março de 2002, de acordo com o estabelecido contratualmente com a Comunidade .

ÍNDICE 4.2.1 – SEMINÁRIO DE APRESENTAÇÃO TÉCNICA DO PROJECTO

Nos dias 2 e 3 de Dezembro de 1999, realizou-se no Hotel do Mar em Sesimbra, o seminário: ”Floresta, Ambiente e ordenamento do Território”, em que se fez a apresentação técnica do presente Projecto (vd. programa e cartaz de divulgação em anexo).

A abertura do seminário contou com a presença do Eng.º Vitor Barros, Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e o Dr. Alberto Antunes, Governador Civil de Setúbal.

No seminário foram abordados os seguintes temas:

Tema1: “ Espaços Florestais e Instrumentos de da UCP, a Prof.ª Maria do Rosário Partidário da UNL, Eng.º Carlos Morais, Director Geral das Florestas e o Dr. José Manuel Marques, Vice–Presidente do ICN.

Tema 2 :” Papel Ambiental dos Espaços Florestais da Região de Setúbal”, que teve como oradores o Eng.º Francisco Ferreira, presidente da QUERCUS;

Sub - tema 2.2 :”O projecto LIFE- Ambiente- A poluição Atmosférica e a Gestão e Conservação dos Ecossistemas Florestais na península de Setúbal”, os oradores foram os parceiros técnico- científicos do projecto, o Prof. Amílcar Soares do IST, a Profª. Cristina Branquinho da FCUL, o Prof. Nelson Barros da UA.

O Secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Dr. Pedro Silva Pereira, esteve presente na sessão de encerramento.

É de referir que o seminário decorreu em clima de grande debate, tendo sido abordados e discutidos pela assistência temas como, as funções económicas dos espaços silvestres da Península de Setúbal; Direitos e deveres dos proprietários dos espaços silvestres das áreas peri- urbanas e industriais; Funções Ambientais dos espaços silvestres.

Estiveram presentes 120 seminaristas, representando um largo espectro de organismos tais como Associações Florestais, Sociedades Agrícolas, Câmaras Municipais, Escolas e Universidades, Instituições Governamentais e Não Governamentais, empresas. De referir ainda a importante presença de diversos associados da AFLOPS.

INSTITUIÇÕES REPRESENTADAS:

- Associações Florestais (ACHAR, AFLOBEI)

- Câmaras Municipais (Alcácer do Sal, Oliveira de Azeméis, Moita, Sines)

- Escolas (Escola Básica de Azeitão, Escola Superior de Educação de Setúbal)

- Empresas (DIGITALAMPAS, ÚNICA, Adubório - SECIL)

- Instituições Governamentais (DGF, DGA, DRALVT, DRAAL, DRARO, ICN, PNA, PNA Ria Formosa, IGEOE, CNIG, INAG, AMDS, Depósito de Munições Nato de Lisboa)

- Instituições Não Governamentais (QUERCUS, Questão de Equilíbrio/Parque de Aventuras da Machada)

- Sociedades Agrícolas (AGROPAULINAS, Casa da Mesquita, E. Peq., dos Juntos, Várzea da Lagoa, VIA)

- Universidades (Católica do Porto, FCUL, Independente, ISA, IST, Lusófona, Porto, UNL, UTAD).

Neste momento a AFLOPS encontra-se a realizar uma compilação de todas as transcrições das apresentações do seminário, para posteriormente compilar, reproduzir e enviar a todos os seminaristas.

ÍNDICE 4.2.2 – WORKSHOP INTERNACIONAL

Está prevista a realização do Workshop:” Gestão do Ciclo do Carbono” para Dezembro de 2001.

ÍNDICE 4.2.3 – OUTROS SEMINÁRIOS

4.2.3.1 – ACOMPANHAMENTO DO PROJECTO

A realizar conforme o programado.

4.2.3.2 – LINHAS DE ACÇÃO PARA O FUTURO

A realizar conforme o programado.

ÍNDICE 4.2.4 – DIVULGAÇÃO GERAL

4.2.4.1 – APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJECTO

A AFLOPS realizou em 8 de Junho de 1999, pelas 17 horas, na Igreja de Santiago, em Palmela, uma sessão pública de apresentação dos seus Projectos LIFE, com a presença de mais de 100 convidados.

A sessão destinada a entidades governamentais, centrais e regionais, órgãos autárquicos, ONG’s, associados e outras entidades relevantes no contexto, contou com a presença do Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e do Vice-presidente do Instituto da Conservação da Natureza, em representação, respectivamente, do Ministro da Agricultura e da Ministra do Ambiente. Estiveram igualmente presentes, entre outras individualidades, o Governador Civil de Setúbal, o Presidente e Vice- Presidente do IPAMB, o Presidente da Associação de Municípios do Distrito de Setúbal e diversos Presidentes de Câmaras Municipais e Vereadores ou Responsáveis do Ambiente nos Municípios (Vd. Figuras 26).

Durante esta sessão foi projectado um filme em que foram apresentados os principais problemas de conservação e ordenamento da região da Península de Setúbal e evidenciados os objectivos e os resultados esperados para os projectos LIFE em que a AFLOPS participa. Igualmente foi efectuada uma apresentação multimédia em que são referidos os principais aspectos relacionados com a realização destes projectos.

No final da sessão foram assinados os protocolos de colaboração bilateral no âmbito do Projecto LIFE Natureza entre a AFLOPS e o Ministério da Agricultura (através da Direcção Geral das Florestas e das Direcções Regionais de Agricultura do Alentejo e do Ribatejo e Oeste), o Instituto da Conservação da Natureza e a Associação de Municípios do Distrito de Setúbal.

Figura 26 – Apresentação pública dos Projectos LIFE

ÍNDICE 4.2.4.2 - SEMANA LIFE: AMBIENTE PLENO DE VIDA (BRUXELAS)

A AFLOPS esteve presente em Bruxelas neste evento promovido pela DG XI, de 21-10-99 a 23-10-99, tendo organizado um stand no âmbito, onde se incluiu, embora não previsto, a apresentação de 1 póster sobre o Projecto LIFE Ambiente e distribuição de cerca de 1,5 milhares de pins e desdobráveis sobre o Projecto.

Nos inúmeros contactos estabelecidos neste âmbito, bem como nos eventos complementares em que a representação da AFLOPS participou, foi possível não só divulgar o Projecto e os seus objectivos, como ainda tomar conhecimento de outros projectos e iniciativas cujas soluções em muito poderão auxiliar as iniciativas aqui e agora em desenvolvimento, bem como as futuras que se projectam.

ÍNDICE 4.2.4.3 - PAVILHÃO AFLOPS NA EXPO AMBIENTE

A AFLOPS esteve presente com um pavilhão na Expo Ambiente realizada na Feira Internacional de Lisboa, de 10-11-99 a 14-11-99, promovendo uma ampla divulgação do Projecto ao nível nacional, quer junto das inúmeras instituições representadas ou visitantes, quer ainda junto do público em geral que teve oportunidade de visitar o pavilhão e tomar contacto directo com os seus objectivos (Vd. Figura 27). Figura 27- Stand da AFLOPS na ExpoAmbiente (FIL) ÍNDICE 4.2.4.4 – PAVILHÃO AMDS NA BIENNALE DE L’ENVIRONMENT: CITES PLANETE (BOBIGNY, FRANÇA) A convite da Associação de Municípios do Distrito de Setúbal, a AFLOPS fez-se representar na “Biennale de l’Environment: Cités Planète”, no Parc de la Bergère (Bobigny, França), promovida pelo Departamento de Seine – St. Denis, em 29 e 30 de Setembro de 2000. Figura 28- Stand da AMDS na Bienal de Ambiente de Bobigny – 2000 (França) ÍNDICE 4.2.4.5 – DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA DE RESULTADOS

Dos resultados parcelares dos trabalhos desenvolvidos no âmbito do presente Projecto foram aceites como comunicações a fóruns científicos os seguintes trabalhos, apresentados na íntegra em anexo:

- Comunicação ao 6º Congresso Internacional de Geoestatística, em Abril de 2000, na África do Sul, com deslocação autorizada pela Comissão, sob o tema “Characterization of forest resources with satellite Spot image by using local models of co-regionalization”;

- Póster ao “Advances in terrestrial ecossystem carbon inventory, measurements and monitoring”, promovido pelo USDA Forest Service, em Releigh (North Carolina), de 3 a 5 de Outubro de 2000, sob o título “Characterization of the main factors for planing and management a local carbon cycle”.

ÍNDICE 4.2.4.6 - SESSÕES DE DIVULGAÇÃO GERAL DO PROJECTO

Foram ainda realizadas as seguintes reuniões ou sessões específicas de divulgação com entidades directa ou indirectamente envolvidas com os espaços afectos ao Projecto:

- Apresentação em Assembleia Geral de Sócios AFLOPS (Azeitão), em 17-12-98;

- Na Associação Municípios Distrito Setúbal, á respectiva Administração (Qta S Paulo - Setúbal), em 05-01-99;

- Para a Administração da FINANGEST (Lisboa), a 05-02-99;

- Na Associação de Municípios Distrito Setúbal, aos Vereadores e Directores de Serviço de Ambiente das Câmaras Municipais do Distrito) (Qta S Paulo - Setúbal), a 25-02-99;

- Aos Parceiros do Projecto LIFE em preparação na Margem Esquerda do Guadiana (Moura), em 01-03-99;

- Na SONAE Turismo - Imoareia (Lisboa), em 10-03-99;

- Na Escola Superior de Educação de Setúbal, a 28-05-99;

-No IPAMB - Instituto de Promoção Ambienta, em 21-07-99 e 13-Na Câmara Municipal de Alcácer do Sal, em 01-10-98;

- No Parque Natural da Arrábida / Reserva Natural do Estuário do Sado, em 01-10-98;

- RN Estuário do Tejo em 06-09-99;

- Direcção Regional do Ambiente do Alentejo, a 15-11-99;

- Em Organizações não Governamentais de Ambiente:

GISA - Grupo de Intervenção e Sensibilização Ambiental (Qta Conde) a 16-06-99;

NECA - Núcleo de Espeleologia da Costa Azul (Setúbal) a 29-06-99;

LASA - Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão a 10-09-99;

- Na AERSET – Associção Empresarial de Setúbal, a 14-10-99;

ÍNDICE 4.2.4.7 - PARTICIPAÇÃO EM REUNIÕES TÉCNICO - CIENTIFICAS RELACIONADAS COM O PROJECTO

Os membros da Direcção e/ou da Unidade Técnica de Gestão do Projecto participaram nas seguintes reuniões técnico-científicas, acções de formação relacionadas e eventos com repercussões no âmbito do Projecto:

Plano Nac. Desenvolv. Económico e Social – Desenv. Florestal e Ambiente (MEPAT - Porto) 07-04-99

GPS - Global Positioning System (AFLOPS - Palmela) 26-04-99 a 29-04-99

Acção de Formação sobre Educação Ambiental (GEOTA - Caxias) 08-05-99 a 09-05-99

EUROFOREST99 (Montagny-sur-Grosne, Dijon - França) 18-06-99 a 20-06-99

Seminário Interno Geoestatística (IST - CMRP Grupo de Ambiente, Moura) 25-06-99 a 26-06-99

Pricing Water - Economics, Environment & Society (EC DG XI - Sintra) 06-09-99 a 07-09-99

Conferência Qualidade do Ambiente (MAOT, Grand Aud Cong Lx) 25-11-98

Seminário Floresta - Ambiente e Ordenamento do Território (AFLOPS, Sesimbra) 02-12-99 a 03-12-99

ÍNDICE 4.2.4.8 - CONFERÊNCIAS DE IMPRENSA E NOTÍCIAS SOBRE O PROJECTO NOS MEDIA

Embora não se tenham ainda realizado conferências de imprensa formais sobre o Projecto, o facto é que nos eventos públicos já realizados, designadamente no Seminário de Apresentação Pública dos Projectos LIFE e outros promovidos pela AFLOPS, estiveram presentes meios de comunicação, designadamente televisão, rádios e jornais, que deram eco de tais iniciativas e divulgaram o Projecto e os seus objectivos em concreto.

Referem-se, neste contexto, um conjunto de notícias em que, por iniciativa da AFLOPS, o Projecto tem vindo a ser divulgado (Recortes destas notícias no Anexo 3):

- 4 SET. 98 - “Associação de Produtores Florestais de Setúbal “Vida – Natureza” valoriza habitats do distrito” in Repórter do Seixal: (12-13);

- SET. / OUT. 98 – “AFLOPS promove e gere o maior projecto de conservação da na natureza em Portugal” in A Folha: (6);

- MAR. / JUN. 99 – “AFLOPS faz apresentação pública dos projectos LIFE” in A Folha: (22);

- 8 JUN. 99 – “Península de Setúbal – Um milhão de contos para o ambiente” in O Público: (51);

- 11 JUN. 99 – “AFLOPS apresenta projectos LIFE” in Semanário Económico;

- 11 JUN. 99 – “Produtores florestais defendem sustentabilidade da floresta” in Semanário Económico;

- 11 JUN. 99 – “AFLOPS apresenta projectos para a conservação natural da Península” in Gazeta de Palmela: (17);

- 22 JUN. 99 – “Projectos LIFE Natureza / Ambiente – Preservar a Península de Setúbal” in Forum Ambiente: (7);

- 24 SET. 99 – “...Sistemas de informação Geográfica” in O Primeiro de Janeiro;

- 22 OUT. 99 – “Produtores Florestais de Setúbal – Um milhão de contos em defesa do ambiente” in Semanário Económico;

- 4 DEZ. 99 – “Gestão das Florestas exige Plano Nacional” in Correio da Manhã;

- 31 MAR: 00 – “Prestamos um importante serviço à sociedade” in “O Independente”.

ÍNDICE 4.2.4.9 - PROGRAMAS COM PROFESSORES E ESCOLAS

Com vista a integrar e racionalizar o conjunto de propostas previstas neste âmbito pelo Projecto promoveu-se o desenvolvimento de um Programa de Formação com as Escolas do 1º e 2º Ciclo do Distrito de Setúbal, com a designação para 2000 de “Os Detectives do Ambiente”.

“Os Detectives do Ambiente” é um projecto de educação ambiental dirigido a alunos do 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico da Península de Setúbal, que resulta da parceria estabelecida por protocolo, a partir de 7 de Setembro de 1999, entre a AFLOPS e a Escola Superior de Educação de Setúbal.

Este protocolo prevê o desenvolvimento pela Escola Superior de Educação, nomeadamente, de um programa anual de actividades, dos contacto e da formação dos professores e da preparação de material de apoio para a escolas (guias campo alusivos aos temas tratados, caixas de experiências, etc.).

O programa de actividades, adoptado a 14 de Outubro de 1999, foi iniciado com a elaboração dos materiais de divulgação, bem como de todo o material pedagógico necessário.

Neste plano de actividades foi também estabelecido o tema para o anos lectivo de 1999/2000:

“ O Ar e as Árvores das Florestas”;

O folheto de divulgação do programa para as escolas, elaborado na AFLOPS, foi distribuído pela ESES a partir de 2 de Novembro de 1999, tendo sido enviado a 53 escolas do Distrito.

No dia 5 de Abril de 2000 a AFLOPS promoveu na Escola Superior de Educação de Setúbal, um Workshop de Apresentação do Programa ”Os Detectives do Ambiente” junto das escolas participantes (vd. Figura 29).

Os guias dos professores e dos alunos e as caixas de experiências (exemplares em Anexo, fora do relatório) foram entregues nas escolas a partir do dia 26 de Abril de 2000, para que as temáticas fossem iniciadas com as respectivas experiências no início do terceiro período .

No Anexo 2 encontra-se o programa estabelecido entre a AFLOPS e a ESES, bem como o caderno elaborado para efeitos de divulgação das acções previstas neste âmbito para 2000.

ÍNDICE 4.2.4.10 – BROCHURAS E OUTROS MATERIAIS DE DIVULGAÇÃO

A partir da apresentação pública do Projecto, 8 de Junho, passou a ser distribuída uma brochura de apresentação síntese do mesmo, em português, do qual se realizaram 10.000 exemplares (exemplar em anexo), com vista à divulgação do símbolo do Projecto.

Foi também elaborado um pin, de que se produziram 10.000 exemplares, com o símbolo do projecto, que tem vindo a ser distribuído nos eventos de divulgação (exemplar anexo) .

Finalmente, de referir que também a título de promoção dos Projectos LIFE em desenvolvimento na AFLOPS se “reciclaram” meia centena de guarda-chuvas adquiridos num outro contexto, com a gravação dos símbolos LIFE e AFLOPS e a sua distribuição pelo pessoal afecto ao Projecto, bem como 1 lápis, com os mesmos símbolos, que tem vindo a ser distribuído prioritariamente junto da população escolar.

ÍNDICE 4.2.4.11 - REALIZAÇÃO DE VÍDEOS E CD-ROM

Foi produzido 1 vídeo com enquadramento geral dos objectivos da AFLOPS com os projectos LIFE que promove e um CD com apresentação multimedia do presente Projecto.

Estes produtos são considerados como ensaios prévios, não se prevendo a sua comercialização.

A AFLOPS tem em desenvolvimento uma página institucional- www.aflops.pt- apenas disponível na versão de ensaio, onde será instalada uma sub-página sobre o Projecto, cujos conteúdos iniciais foram já entregues à equipa externa encarregue do seu desenho.

Para já encontra-se disponível a síntese do Projecto.

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