EXPRESSO online

27-04-2002
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PP: o verniz corrector de Durão A entrada do CDS/PP no Governo converteu-se, ao contrário do que se presumiria, numa verdadeira bênção para Durão Barroso. Além de o poupar aos perigos e tentações de uma maioria absoluta (sem esquecer os problemas e apetites partidários que suscita no PSD -- e Cavaco que o diga...), a aliança com Paulo Portas permitiu que o líder social-democrata corrigisse ou esquecesse, como quem não quer a coisa, algumas das mais originais e retumbantes propostas do programa eleitoral que o PSD apresentou aos portugueses. As reticências do partido laranja à Lei de Programação Militar e ao endividador sistema de «leasing» para aquisição de novo equipamento para as Forças Armadas foram já convenientemente arquivadas com a subida do ministro de Estado Paulo Portas à chefia da Defesa. As reticências do partido laranja à Lei de Programação Militar e ao endividador sistema de «leasing» para aquisição de novo equipamento para as Forças Armadas foram já convenientemente arquivadas com a subida do ministro de Estado Paulo Portas à chefia da Defesa. A subversão do aparelho judiciário prometida no programa e na campanha eleitorais da São Caetano à Lapa, que estava a pôr os nervos em franja ao Ministério Público, foi entretanto colocada na gaveta dos projectos esquecidos. Bastou a entrega da pasta da Justiça ao PP e à perplexizante ministra Celeste Cardona. A subversão do aparelho judiciário prometida no programa e na campanha eleitorais da São Caetano à Lapa, que estava a pôr os nervos em franja ao Ministério Público, foi entretanto colocada na gaveta dos projectos esquecidos. Bastou a entrega da pasta da Justiça ao PP e à perplexizante ministra Celeste Cardona. Os ataques ao rendimento mínimo garantido, à reforma e à Lei de Bases da Segurança Social dos governos socialistas, que o PSD ergueu como bandeiras da sua propaganda eleitoral, deram lugar a uma cautelosa retirada estratégica com a nomeação de Bagão Félix, pelo CDS/PP, para o Ministério da Segurança Social e do Trabalho. Os ataques ao rendimento mínimo garantido, à reforma e à Lei de Bases da Segurança Social dos governos socialistas, que o PSD ergueu como bandeiras da sua propaganda eleitoral, deram lugar a uma cautelosa retirada estratégica com a nomeação de Bagão Félix, pelo CDS/PP, para o Ministério da Segurança Social e do Trabalho. E, ao que parece, até a promessa de Durão de reformar o sistema eleitoral e reduzir o excedentário número de deputados terá sido congelada «sine die» no acordo de Governo com o PP, por sugestão ou imposição deste. E, ao que parece, até a promessa de Durão de reformar o sistema eleitoral e reduzir o excedentário número de deputados terá sido congelada «sine die» no acordo de Governo com o PP, por sugestão ou imposição deste. Só falta vermos, um destes dias, Paulo Portas a explicar ao país os malefícios e a irresponsabilidade de avançar com qualquer «choque fiscal». E a apagar com verniz corrector tão delirante proposta social-democrata. Mais uma para esquecer... Só falta vermos, um destes dias, Paulo Portas a explicar ao país os malefícios e a irresponsabilidade de avançar com qualquer «choque fiscal». E a apagar com verniz corrector tão delirante proposta social-democrata. Mais uma para esquecer... Fica a pergunta inevitável: o que resta do programa eleitoral do PSD, menos de um mês depois das eleições, se as suas principais ideias-força foram já passadas à reserva? Fica a pergunta inevitável: o que resta do programa eleitoral do PSD, menos de um mês depois das eleições, se as suas principais ideias-força foram já passadas à reserva? 13:07 11 Abril 2002

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Comentários

41 a 50 de 50 tupacamaru 15:57 11 Abril 2002 Dúvida

A minha dúvida prende-se com uma questão mto simples. O expresso reclama-se como um jornal indepedente ou não? Reclama-se como isento ou não? Esta dúvida já vem mto de trás, e este artigo nem é dos piores para perguntar isto, mas é só para esclrecer. É que sinceramente este jornal mais parece um jornal ao serviço de uma determinada corrente de opinão. Se se reclama independente viva a credibilidade no jornalismo! striker 15:43 11 Abril 2002 Mr JAL ? Qual a cor que defende ? Acho que a resposta é óbvia .... vocês não sabem o que querem Muffin 15:11 11 Abril 2002 O verniz dos canhotos

Não foi este senhor que escreveu há uns tempos, dizendo cobras e lagartos de Paulo Portas? E que tal um verniz corrector para apagar as meias verdades que abundam neste texto? ou então uma pena correctora para escrever o que falta. O que move JAL? a independência nos comentários não é concerteza... darcos 14:41 11 Abril 2002 Salta, ... salta em altura. Quem não salta...

Pode não parecer, sobretudo aos mais distraídos, mas a fasquia está alta. Lá isso está!

Vamos ver, na 2ªfeira, se o governo tem "pernas grandes" e capacidade de (as)salto ... ou apenas se tem maiores olhos que barriga!!? Aaaahhhh!!!!! Gandaro 14:04 11 Abril 2002 Não me falem de trabalho.

Não sou menos que os outros.

Não me falem de trabalho que até me arrepio todo, se o que eu quero é broa , sardinha e baga, um pouco de sol para tirar a lata da garagem ao Domingo, passado ao ralantim na marginal da Praia da Tocha e chegar a casa a tempo da patroa ver as telenovelas.

Se as suas principais ideias-força foram já passadas à reserva? Que se lixe. Só espero é que essa tal crise da Alemanha passe depressa, ou não chega cá, que não me aumente o juro da prestação do carro, etc. Se a TVI não noticia é por tudo vai bem.

Como no já conhecido anúncio da companhia de telelés: Estava a brincar.

Pois é meu amigo Lima, quanto mais se conhece menos apetece? Cá o Gandaro sempre disse que não ia à bola com o Barroso, mas agora o meu amigo...!?

Aquador 14:04 11 Abril 2002 A Ditadura dos Directórios Partidários

Lei de Programação Militar

Aparelho Judiciário

Rendimento Mímimo Garantido

Lei de Bases da Segurança Social

Reforma do Sistema Eleitoral

Choque Fiscal

É tudo cozinhado entre os Directórios Partidários e o Parlamento e o povoléu vai-se entretendo com os escândalos de corruptos e corruptores.

Corruptores? Quem são?

É preciso não esquecer que as estruturas partidárias mandam no governo e no parlamento.

Tipitipi 14:03 11 Abril 2002 POIS É !!! Não é nada que não fosse previsível e ...

que alguém neste espaço não tivesse previsto . Está melhor do que nunca , com um "bom" discurso de Portas como Ministro .

E ATÉ VAI DAR PARA UM PLANO DE AUSTERIDA-- , isto é , CONTENÇÃO SELECTIVA NAS DESPESAS , EMBORA O ESSENCIAL ESTEJA SEMPRE SALVAGUARDADO ; NÃO SE POUPA EM CUIDADOS DE SAÚDE OU EM PENSÕES : ISTO VOS AFIRMO COM TODA A FRONTALIDADE .... ( isto foi uma virose passageira de portalite aguda ).

DURÃO já não precisa de se expor a não ser como o n/ próximo Presidente : Portas faz os discursos e os Ministros lá vão atamancando uns orçamentos por causa de Bruxelas .

----------------------

TUDO NOS CONFORMES ! Zarolho 13:43 11 Abril 2002 Concordo

Pois é, concordo plenamente com o JAL, há muita coisa que foi já para a gaveta.

Mas, por outro lado, os portugueses mostraram colectivamente que se calhar não queriam medidas tão radicais ou audaciosas como as que o PSD apresentou. Por isso colectivamente não deram maioria ao PSD e prefiram uma maioria PSD/PP. O resultado não podia ser outro, nenhum dos outros partidos apoia essas medidas e o PSD não as pode implementar sozinho (por falta de maioria simples).

Em resumo, não há drama nenhum, o povo português falou e agora só há que arregaçar as mangas e trabalhar com o que se têm, não com o que se queria. povão 13:43 11 Abril 2002 PESSIMISMO

Não sejamos desde já pessimistas.

Aguardemos até à divulgação do programa do governo.

Veremos então as novas brilhantes ideias vindas do nosso amigo cherne e do agora credivel tortas.

P.S. Afinal os apoiantes do psd votaram em que politicas e programa? Zenproactive 13:23 11 Abril 2002 E esta hem?

O durão que se aguente, isto só prova que o PSD nunca deveria ter ido para o governo as suas proposta de governo eram irrealistas. < anteriores

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PP: o verniz corrector de Durão A entrada do CDS/PP no Governo converteu-se, ao contrário do que se presumiria, numa verdadeira bênção para Durão Barroso. Além de o poupar aos perigos e tentações de uma maioria absoluta (sem esquecer os problemas e apetites partidários que suscita no PSD -- e Cavaco que o diga...), a aliança com Paulo Portas permitiu que o líder social-democrata corrigisse ou esquecesse, como quem não quer a coisa, algumas das mais originais e retumbantes propostas do programa eleitoral que o PSD apresentou aos portugueses. As reticências do partido laranja à Lei de Programação Militar e ao endividador sistema de «leasing» para aquisição de novo equipamento para as Forças Armadas foram já convenientemente arquivadas com a subida do ministro de Estado Paulo Portas à chefia da Defesa. As reticências do partido laranja à Lei de Programação Militar e ao endividador sistema de «leasing» para aquisição de novo equipamento para as Forças Armadas foram já convenientemente arquivadas com a subida do ministro de Estado Paulo Portas à chefia da Defesa. A subversão do aparelho judiciário prometida no programa e na campanha eleitorais da São Caetano à Lapa, que estava a pôr os nervos em franja ao Ministério Público, foi entretanto colocada na gaveta dos projectos esquecidos. Bastou a entrega da pasta da Justiça ao PP e à perplexizante ministra Celeste Cardona. A subversão do aparelho judiciário prometida no programa e na campanha eleitorais da São Caetano à Lapa, que estava a pôr os nervos em franja ao Ministério Público, foi entretanto colocada na gaveta dos projectos esquecidos. Bastou a entrega da pasta da Justiça ao PP e à perplexizante ministra Celeste Cardona. Os ataques ao rendimento mínimo garantido, à reforma e à Lei de Bases da Segurança Social dos governos socialistas, que o PSD ergueu como bandeiras da sua propaganda eleitoral, deram lugar a uma cautelosa retirada estratégica com a nomeação de Bagão Félix, pelo CDS/PP, para o Ministério da Segurança Social e do Trabalho. Os ataques ao rendimento mínimo garantido, à reforma e à Lei de Bases da Segurança Social dos governos socialistas, que o PSD ergueu como bandeiras da sua propaganda eleitoral, deram lugar a uma cautelosa retirada estratégica com a nomeação de Bagão Félix, pelo CDS/PP, para o Ministério da Segurança Social e do Trabalho. E, ao que parece, até a promessa de Durão de reformar o sistema eleitoral e reduzir o excedentário número de deputados terá sido congelada «sine die» no acordo de Governo com o PP, por sugestão ou imposição deste. E, ao que parece, até a promessa de Durão de reformar o sistema eleitoral e reduzir o excedentário número de deputados terá sido congelada «sine die» no acordo de Governo com o PP, por sugestão ou imposição deste. Só falta vermos, um destes dias, Paulo Portas a explicar ao país os malefícios e a irresponsabilidade de avançar com qualquer «choque fiscal». E a apagar com verniz corrector tão delirante proposta social-democrata. Mais uma para esquecer... Só falta vermos, um destes dias, Paulo Portas a explicar ao país os malefícios e a irresponsabilidade de avançar com qualquer «choque fiscal». E a apagar com verniz corrector tão delirante proposta social-democrata. Mais uma para esquecer... Fica a pergunta inevitável: o que resta do programa eleitoral do PSD, menos de um mês depois das eleições, se as suas principais ideias-força foram já passadas à reserva? Fica a pergunta inevitável: o que resta do programa eleitoral do PSD, menos de um mês depois das eleições, se as suas principais ideias-força foram já passadas à reserva? 13:07 11 Abril 2002

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41 a 50 de 50 tupacamaru 15:57 11 Abril 2002 Dúvida

A minha dúvida prende-se com uma questão mto simples. O expresso reclama-se como um jornal indepedente ou não? Reclama-se como isento ou não? Esta dúvida já vem mto de trás, e este artigo nem é dos piores para perguntar isto, mas é só para esclrecer. É que sinceramente este jornal mais parece um jornal ao serviço de uma determinada corrente de opinão. Se se reclama independente viva a credibilidade no jornalismo! striker 15:43 11 Abril 2002 Mr JAL ? Qual a cor que defende ? Acho que a resposta é óbvia .... vocês não sabem o que querem Muffin 15:11 11 Abril 2002 O verniz dos canhotos

Não foi este senhor que escreveu há uns tempos, dizendo cobras e lagartos de Paulo Portas? E que tal um verniz corrector para apagar as meias verdades que abundam neste texto? ou então uma pena correctora para escrever o que falta. O que move JAL? a independência nos comentários não é concerteza... darcos 14:41 11 Abril 2002 Salta, ... salta em altura. Quem não salta...

Pode não parecer, sobretudo aos mais distraídos, mas a fasquia está alta. Lá isso está!

Vamos ver, na 2ªfeira, se o governo tem "pernas grandes" e capacidade de (as)salto ... ou apenas se tem maiores olhos que barriga!!? Aaaahhhh!!!!! Gandaro 14:04 11 Abril 2002 Não me falem de trabalho.

Não sou menos que os outros.

Não me falem de trabalho que até me arrepio todo, se o que eu quero é broa , sardinha e baga, um pouco de sol para tirar a lata da garagem ao Domingo, passado ao ralantim na marginal da Praia da Tocha e chegar a casa a tempo da patroa ver as telenovelas.

Se as suas principais ideias-força foram já passadas à reserva? Que se lixe. Só espero é que essa tal crise da Alemanha passe depressa, ou não chega cá, que não me aumente o juro da prestação do carro, etc. Se a TVI não noticia é por tudo vai bem.

Como no já conhecido anúncio da companhia de telelés: Estava a brincar.

Pois é meu amigo Lima, quanto mais se conhece menos apetece? Cá o Gandaro sempre disse que não ia à bola com o Barroso, mas agora o meu amigo...!?

Aquador 14:04 11 Abril 2002 A Ditadura dos Directórios Partidários

Lei de Programação Militar

Aparelho Judiciário

Rendimento Mímimo Garantido

Lei de Bases da Segurança Social

Reforma do Sistema Eleitoral

Choque Fiscal

É tudo cozinhado entre os Directórios Partidários e o Parlamento e o povoléu vai-se entretendo com os escândalos de corruptos e corruptores.

Corruptores? Quem são?

É preciso não esquecer que as estruturas partidárias mandam no governo e no parlamento.

Tipitipi 14:03 11 Abril 2002 POIS É !!! Não é nada que não fosse previsível e ...

que alguém neste espaço não tivesse previsto . Está melhor do que nunca , com um "bom" discurso de Portas como Ministro .

E ATÉ VAI DAR PARA UM PLANO DE AUSTERIDA-- , isto é , CONTENÇÃO SELECTIVA NAS DESPESAS , EMBORA O ESSENCIAL ESTEJA SEMPRE SALVAGUARDADO ; NÃO SE POUPA EM CUIDADOS DE SAÚDE OU EM PENSÕES : ISTO VOS AFIRMO COM TODA A FRONTALIDADE .... ( isto foi uma virose passageira de portalite aguda ).

DURÃO já não precisa de se expor a não ser como o n/ próximo Presidente : Portas faz os discursos e os Ministros lá vão atamancando uns orçamentos por causa de Bruxelas .

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TUDO NOS CONFORMES ! Zarolho 13:43 11 Abril 2002 Concordo

Pois é, concordo plenamente com o JAL, há muita coisa que foi já para a gaveta.

Mas, por outro lado, os portugueses mostraram colectivamente que se calhar não queriam medidas tão radicais ou audaciosas como as que o PSD apresentou. Por isso colectivamente não deram maioria ao PSD e prefiram uma maioria PSD/PP. O resultado não podia ser outro, nenhum dos outros partidos apoia essas medidas e o PSD não as pode implementar sozinho (por falta de maioria simples).

Em resumo, não há drama nenhum, o povo português falou e agora só há que arregaçar as mangas e trabalhar com o que se têm, não com o que se queria. povão 13:43 11 Abril 2002 PESSIMISMO

Não sejamos desde já pessimistas.

Aguardemos até à divulgação do programa do governo.

Veremos então as novas brilhantes ideias vindas do nosso amigo cherne e do agora credivel tortas.

P.S. Afinal os apoiantes do psd votaram em que politicas e programa? Zenproactive 13:23 11 Abril 2002 E esta hem?

O durão que se aguente, isto só prova que o PSD nunca deveria ter ido para o governo as suas proposta de governo eram irrealistas. < anteriores

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