Intertextualidades "Estou vivo e escrevo sol": 1º Prémio Do Concurso Literário "Dar Voz à Poesia"

10-10-2009
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O painel de Júris composto pelos Professores Doutores Isabel Pires de Lima, Maria João Reynaud, Pedro Eiras, Rui Magalhães, Paulo Pereira e António Manuel Ferreira, deliberou a atribuição do 1º Prémio a este meu poema - a pausa- que partilho com todos os visitantes desta janela de um escrevente abrindo a todos a casa dos afectos e das intertextualidades.(a pausa)com julieta de bella bartók abro a última porta para a noitediante dela assombra-se o pássaro da intimidade ante a pausa do sera noite é um nome sitiado no luar à beira da mutilaçãoa última porta é o intervalo de uma palavra na luz de incerto lábioouço os decibéis oblíquos de um melro concentrado no desviodiante dele os olhos do espelho descem pelas escarpas da casaaproximo-me da silhueta nublada do plátano e do sabor nupcial do pianojulieta é o sopro das sonatas lentas sobre a copa musical do longo ditongoo pássaro transcorre do pudor e pousa uma asa nua nas entrelinhas de neve do textoa última porta pulsa como um felino de sangue fragmentando o tecladorespiro os andamentos do horizonte revelando-se fenda a fenda como um frutoa música arterial da noite mune o núbil cântico de julieta nas crinas dos cometasa última porta permanece aberta como uma pedra primitiva e ardenteno desvio do cântico o melro escreve a paisagem com o dedo purpúreo do poemaos alvéolos estelares já encontraram o poço a esmo nos alicerces da pausajulieta é o tremular das codas de tâmaras que a noite clarificacom julieta de bella bartók abro a última porta para a noitee sob o efeito da pausa ponho a ébria água do poço a sonhar com orquestras de peixesluís filipe pereirahttp://issuu.com/jmuge/docs/voz_poesia_12/6?zoomed=true&zoomPercent=100&zoomXPos=1&zoomYPos=0.21217391304347827


O painel de Júris composto pelos Professores Doutores Isabel Pires de Lima, Maria João Reynaud, Pedro Eiras, Rui Magalhães, Paulo Pereira e António Manuel Ferreira, deliberou a atribuição do 1º Prémio a este meu poema - a pausa- que partilho com todos os visitantes desta janela de um escrevente abrindo a todos a casa dos afectos e das intertextualidades.(a pausa)com julieta de bella bartók abro a última porta para a noitediante dela assombra-se o pássaro da intimidade ante a pausa do sera noite é um nome sitiado no luar à beira da mutilaçãoa última porta é o intervalo de uma palavra na luz de incerto lábioouço os decibéis oblíquos de um melro concentrado no desviodiante dele os olhos do espelho descem pelas escarpas da casaaproximo-me da silhueta nublada do plátano e do sabor nupcial do pianojulieta é o sopro das sonatas lentas sobre a copa musical do longo ditongoo pássaro transcorre do pudor e pousa uma asa nua nas entrelinhas de neve do textoa última porta pulsa como um felino de sangue fragmentando o tecladorespiro os andamentos do horizonte revelando-se fenda a fenda como um frutoa música arterial da noite mune o núbil cântico de julieta nas crinas dos cometasa última porta permanece aberta como uma pedra primitiva e ardenteno desvio do cântico o melro escreve a paisagem com o dedo purpúreo do poemaos alvéolos estelares já encontraram o poço a esmo nos alicerces da pausajulieta é o tremular das codas de tâmaras que a noite clarificacom julieta de bella bartók abro a última porta para a noitee sob o efeito da pausa ponho a ébria água do poço a sonhar com orquestras de peixesluís filipe pereirahttp://issuu.com/jmuge/docs/voz_poesia_12/6?zoomed=true&zoomPercent=100&zoomXPos=1&zoomYPos=0.21217391304347827

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