Livro de Estilo: De novo o Acordo Ortográfico

10-10-2009
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O Acordo Ortográfico de 1990 já deveria estar em vigor, uma vez que já foi ratificado por três países de língua oficial portuguesa e aguarda que o Parlamento português o faça.O ministro da Cultura voltou hoje a defender o documento, tendo afirmado não existirem motivos políticos que impeçam a sua aprovação. E, de facto, não há, e parece inevitável que a forma correcta daqui a uns tempos seja mesmo úmido.Entretanto, estão no mercado dois dicionários da Texto Editores redigidos conforme o Acordo de 1990. Na ficha técnica, a data não engana: Novembro de 2007, ou seja, a altura em que Isabel Pires de Lima voltou a referi-lo, depois de anos de esquecimento. Pena que dicionários tão caros, que saem em Março de 2008, estejam desactualizados em coisas tão simples como a inclusão de Malta e Chipre nos países que têm o Euro como moeda. O oportunismo editorial é uma coisa muito feia. O dicionário mais caro desses dois não se digna a incluir a transcrição fonética das palavras e as entradas e etimologias são muito iguais às do dicionário mais pequeno. Os erros também são os mesmos... Até agora, não percebi para que serve um dicionário tão caro para a qualidade que tem (só se paga a encadernação, é isso?). Já vai estando no tempo de os dicionários serem feitos por pessoas com formação especializada e não apenas amadores.Enfim: regressando ao tema. Não me canso de repetir que não concordo com este nem com nenhum acordo ortográfico que altere a grafia actual sem uma sólida base científica, ou por motivos superiores, algo que este acordo manifestamente não tem.


O Acordo Ortográfico de 1990 já deveria estar em vigor, uma vez que já foi ratificado por três países de língua oficial portuguesa e aguarda que o Parlamento português o faça.O ministro da Cultura voltou hoje a defender o documento, tendo afirmado não existirem motivos políticos que impeçam a sua aprovação. E, de facto, não há, e parece inevitável que a forma correcta daqui a uns tempos seja mesmo úmido.Entretanto, estão no mercado dois dicionários da Texto Editores redigidos conforme o Acordo de 1990. Na ficha técnica, a data não engana: Novembro de 2007, ou seja, a altura em que Isabel Pires de Lima voltou a referi-lo, depois de anos de esquecimento. Pena que dicionários tão caros, que saem em Março de 2008, estejam desactualizados em coisas tão simples como a inclusão de Malta e Chipre nos países que têm o Euro como moeda. O oportunismo editorial é uma coisa muito feia. O dicionário mais caro desses dois não se digna a incluir a transcrição fonética das palavras e as entradas e etimologias são muito iguais às do dicionário mais pequeno. Os erros também são os mesmos... Até agora, não percebi para que serve um dicionário tão caro para a qualidade que tem (só se paga a encadernação, é isso?). Já vai estando no tempo de os dicionários serem feitos por pessoas com formação especializada e não apenas amadores.Enfim: regressando ao tema. Não me canso de repetir que não concordo com este nem com nenhum acordo ortográfico que altere a grafia actual sem uma sólida base científica, ou por motivos superiores, algo que este acordo manifestamente não tem.

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