Pulo do Lobo: O Outro Palácio de Belém

28-01-2006
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Desculpem insistir, mas o processo revolucionário em curso no CCB aviva-me a memória.

Quando o então primeiro-ministro Cavaco Silva decidiu construir uma coisa chamada Centro Cultural de Belém, os eternos velhos do Restelo (metáfora perfeita...) avisaram-nos a todos:

- que a cultura não vivia do betão;

- que o país não tinha vida cultural que justificasse o investimento;

- que o público não ia aderir;

- que a coisa era muito cara;

- que a coisa era muito feia;

- que a coisa ia destruir o equilíbrio urbanístico de uma das zonas mais nobres de Lisboa.

Volvidos vinte anos, o que dizem os actuais condutores dos povos, muito deles socialistas ou compagnons de route do PS?

Segundo o Público de hoje (pp. 5, 34-35 e 37), dizem o seguinte:

- que o CCB é "uma estrutura com enormes virtualidades que importa potenciar e nos últimos anos não foi devidamente potenciada" (Isabel Pires de Lima, ministra da Cultura em funções);

- que "o CCB fez aquilo que à primeira vista não se esperava que fizesse - conquistou a cidade" (Raquel Henriques da Silva, ex-directora do Instituto Português de Museus nos governos de Guterres);

- que "o apoio a jovens criadores e sobretudo a artistas nacionais de qualidade reconhecida, ajudando à sua internacionalização (veja-se a Festa da Música), tem sido feito de forma expressiva e crescente ao longo dos anos" (José Fraústo da Silva, presidente cessante da Administração do CCB nomeado por Carrilho);

- que "a infra-estrutura é excepcional, o público adoptou aquele espaço, nele tem sido possível conciliar propostas elitistas e de vanguarda com outras destinadas a públicos mais vastos" (José Manuel Fernandes, director do citado Público) .

É só para lembrar. Nos tempos que correm, muita gente faz por esquecer a década do cavaquismo. Mas ela existe. E o CCB também.

Desculpem insistir, mas o processo revolucionário em curso no CCB aviva-me a memória.

Quando o então primeiro-ministro Cavaco Silva decidiu construir uma coisa chamada Centro Cultural de Belém, os eternos velhos do Restelo (metáfora perfeita...) avisaram-nos a todos:

- que a cultura não vivia do betão;

- que o país não tinha vida cultural que justificasse o investimento;

- que o público não ia aderir;

- que a coisa era muito cara;

- que a coisa era muito feia;

- que a coisa ia destruir o equilíbrio urbanístico de uma das zonas mais nobres de Lisboa.

Volvidos vinte anos, o que dizem os actuais condutores dos povos, muito deles socialistas ou compagnons de route do PS?

Segundo o Público de hoje (pp. 5, 34-35 e 37), dizem o seguinte:

- que o CCB é "uma estrutura com enormes virtualidades que importa potenciar e nos últimos anos não foi devidamente potenciada" (Isabel Pires de Lima, ministra da Cultura em funções);

- que "o CCB fez aquilo que à primeira vista não se esperava que fizesse - conquistou a cidade" (Raquel Henriques da Silva, ex-directora do Instituto Português de Museus nos governos de Guterres);

- que "o apoio a jovens criadores e sobretudo a artistas nacionais de qualidade reconhecida, ajudando à sua internacionalização (veja-se a Festa da Música), tem sido feito de forma expressiva e crescente ao longo dos anos" (José Fraústo da Silva, presidente cessante da Administração do CCB nomeado por Carrilho);

- que "a infra-estrutura é excepcional, o público adoptou aquele espaço, nele tem sido possível conciliar propostas elitistas e de vanguarda com outras destinadas a públicos mais vastos" (José Manuel Fernandes, director do citado Público) .

É só para lembrar. Nos tempos que correm, muita gente faz por esquecer a década do cavaquismo. Mas ela existe. E o CCB também.

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