WEHAVEKAOSINTHEGARDEN: Sem pés nem cabeça

29-09-2009
marcar artigo


"É de um provincianismo atroz pensar que só se qualifica a cultura mostrando o que é nosso. Isso é serôdio e provinciano". As palavras foram pronunciadas pela Ministra da Cultura Isabel Pires de Lima. Dois dias antes, o Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, foi obrigado a fechar duas salas por falta de funcionários. A ministra anunciou a propósito que 90 funcionários vão ser destacados por um período de seis meses para os museus com falta de vigilantes, pondo fim à situação que obrigou ao encerramento de alguns.Pode ser serôdio e provinciano, mas mais provinciano ainda é esta mania de novo-riquismo quando nem temos dinheiro para garantir a abertura dos nossos próprios museus. Faz-me lembrar aqueles emigrantes que viviam em barracas e faziam os trabalhos mais mal pagos, mas voltavam nas férias, “montados” em grandes automóveis. A Ministra devia preocupar-se mais em divulgar aquilo que é nosso, aquilo que representa a verdadeira cultura deste país e deixar os outros divulgarem as suas.Outra coisa que custa a entender é que seja o próprio Estado a contratar funcionários por períodos de seis meses, quando se sabe que passado este tempo será necessário contrata-los, a eles ou a outros, de novo. Se há vagas que necessitam de ser preenchidas, fazia todo o sentido que fosse o Estado a dar o exemplo e a contratar gente sem ser a título precário. Talvez fosse uma melhor aplicação do dinheiro da cultura que o simples mostrar da opulência czarista.Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping


"É de um provincianismo atroz pensar que só se qualifica a cultura mostrando o que é nosso. Isso é serôdio e provinciano". As palavras foram pronunciadas pela Ministra da Cultura Isabel Pires de Lima. Dois dias antes, o Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, foi obrigado a fechar duas salas por falta de funcionários. A ministra anunciou a propósito que 90 funcionários vão ser destacados por um período de seis meses para os museus com falta de vigilantes, pondo fim à situação que obrigou ao encerramento de alguns.Pode ser serôdio e provinciano, mas mais provinciano ainda é esta mania de novo-riquismo quando nem temos dinheiro para garantir a abertura dos nossos próprios museus. Faz-me lembrar aqueles emigrantes que viviam em barracas e faziam os trabalhos mais mal pagos, mas voltavam nas férias, “montados” em grandes automóveis. A Ministra devia preocupar-se mais em divulgar aquilo que é nosso, aquilo que representa a verdadeira cultura deste país e deixar os outros divulgarem as suas.Outra coisa que custa a entender é que seja o próprio Estado a contratar funcionários por períodos de seis meses, quando se sabe que passado este tempo será necessário contrata-los, a eles ou a outros, de novo. Se há vagas que necessitam de ser preenchidas, fazia todo o sentido que fosse o Estado a dar o exemplo e a contratar gente sem ser a título precário. Talvez fosse uma melhor aplicação do dinheiro da cultura que o simples mostrar da opulência czarista.Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

marcar artigo