Da Literatura: REVOLUÇÃO

29-09-2009
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Não é a primeira vez que o digo: os ministérios da Cultura são apêndices extravagantes em regime democrático. Aqui como na França ou em Espanha. Impensáveis em países como o Reino Unido ou os Estados Unidos. Isto nada tendo que ver com Isabel Pires de Lima, por quem nutro estima pessoal e apreço intelectual. Do meu ponto de vista, para gerir orçamentos, recursos humanos e candidaturas, chegava e sobrava uma direcção-geral de Acção Cultural, dotada de Divisões autónomas, para o Livro e as Bibliotecas, o Teatro, o Cinema, os Museus, as Artes Plásticas (fotografia incluída), a Música, o Bailado, as Artes Performativas, as Relações Internacionais. Dito isto, Isabel Pires de Lima, de quem se dizia estar a prazo, e ter pouca força política, acaba de concretizar uma autêntica revolução. Vejamos. 1. O Instituto Camões, até aqui sob tutela do ministério dos Negócios Estrangeiros, passa para o ministério da Cultura todas as competências em matéria de acção cultural externa. 2. O Instituto Português do Livro e das Bibliotecas desaparece, dando origem à direcção-geral do Livro e da Leitura. 3. O Instituto das Artes também desaparece, dando origem à direcção-geral de Apoio às Artes. 4. O Instituto Português de Museus funde-se com o Instituto Português de Conservação e Restauro, dando origem ao Instituto dos Museus e da Conservação. 5. É criado o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, o qual resulta da fusão de três organismos: o Instituto Português do Património Arquitectónico, o Instituto Português de Arqueologia, e a direcção-geral de Edifícios e Monumentos Nacionais, que sai do ministério do Ambiente e Ordenamento do Território. 6. Os Arquivos Nacionais (Torre do Tombo) passam a integrar o Centro Português de Fotografia. 7. Os Teatros Nacionais passam a empresas públicas. 8. O Teatro Nacional de São Carlos (ópera) subsume a Companhia Nacional de Bailado. 9. A Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva, museu e escola superior de artes decorativas, transita do ministério das Finanças para o da Cultura. 10. É criada a direcção-regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo. 11. A Biblioteca Nacional passa a designar-se Biblioteca Nacional de Portugal (uma redundância). Se isto é assim apesar do establishment, o que seria com vento a favor...

Não é a primeira vez que o digo: os ministérios da Cultura são apêndices extravagantes em regime democrático. Aqui como na França ou em Espanha. Impensáveis em países como o Reino Unido ou os Estados Unidos. Isto nada tendo que ver com Isabel Pires de Lima, por quem nutro estima pessoal e apreço intelectual. Do meu ponto de vista, para gerir orçamentos, recursos humanos e candidaturas, chegava e sobrava uma direcção-geral de Acção Cultural, dotada de Divisões autónomas, para o Livro e as Bibliotecas, o Teatro, o Cinema, os Museus, as Artes Plásticas (fotografia incluída), a Música, o Bailado, as Artes Performativas, as Relações Internacionais. Dito isto, Isabel Pires de Lima, de quem se dizia estar a prazo, e ter pouca força política, acaba de concretizar uma autêntica revolução. Vejamos. 1. O Instituto Camões, até aqui sob tutela do ministério dos Negócios Estrangeiros, passa para o ministério da Cultura todas as competências em matéria de acção cultural externa. 2. O Instituto Português do Livro e das Bibliotecas desaparece, dando origem à direcção-geral do Livro e da Leitura. 3. O Instituto das Artes também desaparece, dando origem à direcção-geral de Apoio às Artes. 4. O Instituto Português de Museus funde-se com o Instituto Português de Conservação e Restauro, dando origem ao Instituto dos Museus e da Conservação. 5. É criado o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, o qual resulta da fusão de três organismos: o Instituto Português do Património Arquitectónico, o Instituto Português de Arqueologia, e a direcção-geral de Edifícios e Monumentos Nacionais, que sai do ministério do Ambiente e Ordenamento do Território. 6. Os Arquivos Nacionais (Torre do Tombo) passam a integrar o Centro Português de Fotografia. 7. Os Teatros Nacionais passam a empresas públicas. 8. O Teatro Nacional de São Carlos (ópera) subsume a Companhia Nacional de Bailado. 9. A Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva, museu e escola superior de artes decorativas, transita do ministério das Finanças para o da Cultura. 10. É criada a direcção-regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo. 11. A Biblioteca Nacional passa a designar-se Biblioteca Nacional de Portugal (uma redundância). Se isto é assim apesar do establishment, o que seria com vento a favor...

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