Castelo Branco: PSD considera que nota interna da Sub-Região de Saúde ameaça privacidade de funcionários

17-07-2007
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Castelo Branco, 30 Jun (LUSA) - O presidente da distrital do PSD de Castelo Branco classificou hoje as normas de recepção de correspondência na Sub-Região de Saúde da cidade como uma "ameaça à privacidade" de funcionários.

Em causa está uma nota interna, a que a agência Lusa teve acesso, datada de 20 de Junho último, dirigida pela coordenadora da Sub-Região de Saúde de Castelo Branco a "todo o pessoal da sede".

Segundo a nota, "a correspondência recebida endereçada directamente a determinados funcionários ou ao cuidado dos mesmos será aberta na Coordenação, desde que oriunda de qualquer serviço público ou outro".

O documento foi divulgado publicamente na reunião de sexta-feira da Assembleia Municipal de Castelo Branco por Isabel Jorge, eleita do PSD, que entregou uma cópia ao presidente da Câmara e o considerou uma "ilegalidade" e "uma vergonha".

Em declarações à agência Lusa, Carlos São Martinho, presidente da distrital do PSD, diz que "a nota interna e a forma como está escrita mostra que já não há limites, nem sequer na forma de anunciar as coisas".

"A situação ameaça a privacidade dos funcionários e insere-se numa campanha do Governo que confunde autoridade com totalitarismo", referiu em declarações à Agência Lusa.

"Não se compreende esta forma de tratar os assuntos na administração pública", acrescentou.

Contactada pela agência Lusa, Ana Maria Correia, coordenadora da Sub-Região de Saúde, rejeita as acusações e explica que a nota interna serve apenas para corrigir falhas internas na distribuição de correspondência.

"Havia correspondência oficial para a sub-região que não dava entrada nos serviços porque era dirigida a determinado funcionário que a chegava a ter, às vezes, mais de um mês no seu poder", exemplifica.

Questionada sobre o facto de a norma poder afectar correspondência particular, considera "um mau procedimento" que os funcionários a recebam na instituição. "Para isso, cada um de nós tem a sua casa", refere.

Ana Maria Correia garante que nunca é aberta correspondência sem autorização do destinatário.

Segundo explica, é levada fechada ao funcionário a que se dirige, sendo-lhe solicitado que a abra para dar entrada no serviço. "Várias pessoas até têm dado a indicação para que os serviços abram logo a correspondência que vem em nome deles, para simplificar os procedimentos", sublinha.

No entanto, para Carlos São Martinho, "se há funcionários que não tratam a correspondência como deve ser, deve ser aberto um processo disciplinar. Não é com uma nota interna que ameaça liberdades individuais que se trata o assunto".

Quando ao endereçamento de correspondência particular, sublinha que "há muita gente que se socorre das instituições para fazer chegar correspondência a determinadas pessoas", acrescenta.

"Vamos estar atentos a esta situação. Se verificarmos que esta nota interna se destina exclusivamente a alguns funcionários ou que há correspondência aberta à revelia dos destinatários, vamos denunciá-la", conclui o líder distrital do PSD.

LFO.

Lusa/Fim

Castelo Branco, 30 Jun (LUSA) - O presidente da distrital do PSD de Castelo Branco classificou hoje as normas de recepção de correspondência na Sub-Região de Saúde da cidade como uma "ameaça à privacidade" de funcionários.

Em causa está uma nota interna, a que a agência Lusa teve acesso, datada de 20 de Junho último, dirigida pela coordenadora da Sub-Região de Saúde de Castelo Branco a "todo o pessoal da sede".

Segundo a nota, "a correspondência recebida endereçada directamente a determinados funcionários ou ao cuidado dos mesmos será aberta na Coordenação, desde que oriunda de qualquer serviço público ou outro".

O documento foi divulgado publicamente na reunião de sexta-feira da Assembleia Municipal de Castelo Branco por Isabel Jorge, eleita do PSD, que entregou uma cópia ao presidente da Câmara e o considerou uma "ilegalidade" e "uma vergonha".

Em declarações à agência Lusa, Carlos São Martinho, presidente da distrital do PSD, diz que "a nota interna e a forma como está escrita mostra que já não há limites, nem sequer na forma de anunciar as coisas".

"A situação ameaça a privacidade dos funcionários e insere-se numa campanha do Governo que confunde autoridade com totalitarismo", referiu em declarações à Agência Lusa.

"Não se compreende esta forma de tratar os assuntos na administração pública", acrescentou.

Contactada pela agência Lusa, Ana Maria Correia, coordenadora da Sub-Região de Saúde, rejeita as acusações e explica que a nota interna serve apenas para corrigir falhas internas na distribuição de correspondência.

"Havia correspondência oficial para a sub-região que não dava entrada nos serviços porque era dirigida a determinado funcionário que a chegava a ter, às vezes, mais de um mês no seu poder", exemplifica.

Questionada sobre o facto de a norma poder afectar correspondência particular, considera "um mau procedimento" que os funcionários a recebam na instituição. "Para isso, cada um de nós tem a sua casa", refere.

Ana Maria Correia garante que nunca é aberta correspondência sem autorização do destinatário.

Segundo explica, é levada fechada ao funcionário a que se dirige, sendo-lhe solicitado que a abra para dar entrada no serviço. "Várias pessoas até têm dado a indicação para que os serviços abram logo a correspondência que vem em nome deles, para simplificar os procedimentos", sublinha.

No entanto, para Carlos São Martinho, "se há funcionários que não tratam a correspondência como deve ser, deve ser aberto um processo disciplinar. Não é com uma nota interna que ameaça liberdades individuais que se trata o assunto".

Quando ao endereçamento de correspondência particular, sublinha que "há muita gente que se socorre das instituições para fazer chegar correspondência a determinadas pessoas", acrescenta.

"Vamos estar atentos a esta situação. Se verificarmos que esta nota interna se destina exclusivamente a alguns funcionários ou que há correspondência aberta à revelia dos destinatários, vamos denunciá-la", conclui o líder distrital do PSD.

LFO.

Lusa/Fim

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