Estátua de homenagem ao navegador alentejano Cristóvão Colombo

15-02-2008
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Nacional

Estátua de homenagem ao navegador alentejano Cristóvão Colombo

O enigma sobre a naturalidade do descobridor das Américas está para durar e promete mais polémica, este mês, com o primeiro monu mento em Portugal de homenagem a Cristóvão Colon, alentejano, natural de Cuba, d istrito de Beja.

A 28 de Outubro, 514 anos depois de ter descoberto a ilha à qual deu o nome de Cuba, na América Central, o navegador vai ser homenageado na Cuba do Ale ntejo, a sua terra natal, segundo as teses defendidas por diferentes historiador es e investigadores portugueses.

Uma estátua em bronze, com tonelada e meia, assente num pedestal em gra nito, com sete toneladas, vai "oficializar", na vila alentejana de Cuba, o nasci mento de uma das figuras mais célebres da história mundial.

O monumento, da autoria do escultor português Alberto Trindade, vai fic ar no principal largo da terra, que também tomará o nome do descobridor das Amér icas, mas ostentando o nome de Cristóvão Colon, pseudónimo do alentejano Salvado r Fernandes Zarco, filho ilegítimo do Duque de Beja com Isabel Gonçalves Zarco.

É a este alentejano Cristóvão Colon, e não ao genovês Cristóvão Colombo , que as teses portuguesas reivindicam o feito histórico de descobrir das Améric as, ao serviço dos reis de Castela.

Familiar de João Gonçalves Zarco, antigo navegador português, Cristóvão Colon vai ser perpetuado em Cuba, numa homenagem a que se associam o município, a Fundação Alentejo Terra Mãe e o Núcleo de Amigos da Cuba, uma associação de c ubenses não residentes na terra.

Todos persuadidos da naturalidade alentejana do explorador, os promotor es da homenagem esperam que o "momento histórico" permita ressuscitar a contrové rsia e a disputa sobre a origem do navegador: Genovês, numa versão oficial enrai zada, mas que Espanha também procura demonstrar ser catalão.

"As entidades oficiais portuguesas deviam ter mais algum interesse e ap rofundar isto", apelou Carlos Calado, presidente do Núcleo de Amigos da Cuba, re afirmando que as últimas provas divulgadas apontam para a nacionalidade portugue sa do descobridor.

O responsável adiantou à agência Lusa que, além das principais autorida des regionais, vão ser convidados a assistir à homenagem a ministra da Cultura, investigadores, o embaixador de Cuba em Portugal e "representantes da família Za rco, de que Cristóvão descende".

Com dois metros e meio de altura, a estátua em bronze a descerrar em Cu ba, apresentando a "verdade histórica", será o primeiro monumento a reivindicar a nacionalidade portuguesa do navegador.

O rasto do descobridor das Américas em território português, segundo Ca rlos Calado, apenas está associado ao oficializado Cristóvão Colombo, passando p ela casa onde viveu em Porto Santo e por uma estátua no Funchal, na Madeira, alé m de fazer parte da toponímia de Cascais.

Lamentando a inexistência de qualquer monumento ou homenagem a Cristóvã o Colon em Portugal, o presidente do Núcleo de Amigos da Cuba lembrou que em Itá lia e Espanha o nome de Cristóvão Colombo está espalhado por estátuas, ruas, pra ças e vilas de muitas cidades e vilas.

Assumindo-se como defensor da tese que indica que o almirante era alent ejano, de Cuba, José Flamínio Roza, presidente da Fundação Alentejo Terra Mãe, t ambém se associou à homenagem, assumindo os custos da estátua, em bronze.

"Acredito com segurança que ele era português", declarou Flamínio Rosa à agência Lusa, entusiasta das teses apresentadas por diferentes historiadores e investigadores, entre eles Mascarenhas Barreto e o luso-americano Manuel Lucian o da Silva.

O presidente da Câmara de Cuba, Francisco Orelha, dispara no mesmo sent ido: "Se os historiadores fizerem essas teses, quem sou eu para dizer o contrári o".

Embora admitindo dificuldades em fazer vingar a naturalidade cubense do navegador, Francisco Orelha garante que a autarquia "não larga o assunto", obse rvando que a sua terra e a Cuba americana eram as únicas que se conheciam com es sa denominação.

"É estranho que um genovês deixasse nas Caraíbas cerca de 40 topónimos com referências ao Alentejo, como Cuba, Guadiana, Mourão, São Vicente (na altura freguesia de Cuba), Trindade, Faro, S. Cristóvão, S. Bartolomeu, Guadalupe e Co nceição", alegou.

Argumentos que fazem parte da tese portuguesa, sobretudo da das últimas décadas, mas o enigma continua por desvendar até que, segundo Carlos Calado, su rjam documentos decisivos.

"A certeza absoluta só com testes de ADN ou com um documento irrefutáve l, mas estes foram todos destruídos", alega o presidente do Núcleo de Amigos da Cuba, lamentando não aparecer esse "Bilhete de Identidade" do descobridor.

Os manuais escolares são unânimes em evocar a figura de Cristóvão Colom bo, que nasceu em Génova em 1451 e morreu em Valladolid (1506), repousando as os sadas na catedral de Sevilha (Espanha).

Em 1479 casou com a portuguesa Filipa Perestrelo, filha do colonizador de Porto Santo, Bartolomeu Perestrelo, ilha onde viveu e onde terá ganho formaçã o marítima.

Depois, concebeu a ideia de chegar às Índias pelo Ocidente.

Em 1484, apresentou o seu projecto ao rei D. João II de Portugal, que o recusou, e anos depois a sua ideia foi acolhida pelos reis de Espanha, tendo al cançado as Antilhas (Ilhas na América Central) a 12 de Outubro de 1492, sob as o rdens dos reis católicos de Espanha.

Esta versão enraizada é contestada por investigadores portugueses, como Augusto Mascarenhas Barreto, segundo os quais D. João II terá enviado a Espanha o navegador Salvador Fernandes Zarco, que se apresentou com o pseudónimo de Cri stóvão Colom com a missão de convencer os reis católicos a financiar a procura d a rota das Índias pelo ocidente, devendo manter oculta a sua origem.

Mascarenhas Barreto também estudou a misteriosa assinatura de Cristóvão Colombo, concluindo pela sua nacionalidade portuguesa e que nasceu em 1448 e nã o 1451 como está oficializado.

A decifração sigla-cabalística atribui a Cristóvão o nome de Salvador F ernandes Zarco.

O investigador concluiu que a cabala estudada significa: "Fernando, duq ue de Beja e Isabel Sciarra Camara são os meus pais de Cuba".

Nacional

Estátua de homenagem ao navegador alentejano Cristóvão Colombo

O enigma sobre a naturalidade do descobridor das Américas está para durar e promete mais polémica, este mês, com o primeiro monu mento em Portugal de homenagem a Cristóvão Colon, alentejano, natural de Cuba, d istrito de Beja.

A 28 de Outubro, 514 anos depois de ter descoberto a ilha à qual deu o nome de Cuba, na América Central, o navegador vai ser homenageado na Cuba do Ale ntejo, a sua terra natal, segundo as teses defendidas por diferentes historiador es e investigadores portugueses.

Uma estátua em bronze, com tonelada e meia, assente num pedestal em gra nito, com sete toneladas, vai "oficializar", na vila alentejana de Cuba, o nasci mento de uma das figuras mais célebres da história mundial.

O monumento, da autoria do escultor português Alberto Trindade, vai fic ar no principal largo da terra, que também tomará o nome do descobridor das Amér icas, mas ostentando o nome de Cristóvão Colon, pseudónimo do alentejano Salvado r Fernandes Zarco, filho ilegítimo do Duque de Beja com Isabel Gonçalves Zarco.

É a este alentejano Cristóvão Colon, e não ao genovês Cristóvão Colombo , que as teses portuguesas reivindicam o feito histórico de descobrir das Améric as, ao serviço dos reis de Castela.

Familiar de João Gonçalves Zarco, antigo navegador português, Cristóvão Colon vai ser perpetuado em Cuba, numa homenagem a que se associam o município, a Fundação Alentejo Terra Mãe e o Núcleo de Amigos da Cuba, uma associação de c ubenses não residentes na terra.

Todos persuadidos da naturalidade alentejana do explorador, os promotor es da homenagem esperam que o "momento histórico" permita ressuscitar a contrové rsia e a disputa sobre a origem do navegador: Genovês, numa versão oficial enrai zada, mas que Espanha também procura demonstrar ser catalão.

"As entidades oficiais portuguesas deviam ter mais algum interesse e ap rofundar isto", apelou Carlos Calado, presidente do Núcleo de Amigos da Cuba, re afirmando que as últimas provas divulgadas apontam para a nacionalidade portugue sa do descobridor.

O responsável adiantou à agência Lusa que, além das principais autorida des regionais, vão ser convidados a assistir à homenagem a ministra da Cultura, investigadores, o embaixador de Cuba em Portugal e "representantes da família Za rco, de que Cristóvão descende".

Com dois metros e meio de altura, a estátua em bronze a descerrar em Cu ba, apresentando a "verdade histórica", será o primeiro monumento a reivindicar a nacionalidade portuguesa do navegador.

O rasto do descobridor das Américas em território português, segundo Ca rlos Calado, apenas está associado ao oficializado Cristóvão Colombo, passando p ela casa onde viveu em Porto Santo e por uma estátua no Funchal, na Madeira, alé m de fazer parte da toponímia de Cascais.

Lamentando a inexistência de qualquer monumento ou homenagem a Cristóvã o Colon em Portugal, o presidente do Núcleo de Amigos da Cuba lembrou que em Itá lia e Espanha o nome de Cristóvão Colombo está espalhado por estátuas, ruas, pra ças e vilas de muitas cidades e vilas.

Assumindo-se como defensor da tese que indica que o almirante era alent ejano, de Cuba, José Flamínio Roza, presidente da Fundação Alentejo Terra Mãe, t ambém se associou à homenagem, assumindo os custos da estátua, em bronze.

"Acredito com segurança que ele era português", declarou Flamínio Rosa à agência Lusa, entusiasta das teses apresentadas por diferentes historiadores e investigadores, entre eles Mascarenhas Barreto e o luso-americano Manuel Lucian o da Silva.

O presidente da Câmara de Cuba, Francisco Orelha, dispara no mesmo sent ido: "Se os historiadores fizerem essas teses, quem sou eu para dizer o contrári o".

Embora admitindo dificuldades em fazer vingar a naturalidade cubense do navegador, Francisco Orelha garante que a autarquia "não larga o assunto", obse rvando que a sua terra e a Cuba americana eram as únicas que se conheciam com es sa denominação.

"É estranho que um genovês deixasse nas Caraíbas cerca de 40 topónimos com referências ao Alentejo, como Cuba, Guadiana, Mourão, São Vicente (na altura freguesia de Cuba), Trindade, Faro, S. Cristóvão, S. Bartolomeu, Guadalupe e Co nceição", alegou.

Argumentos que fazem parte da tese portuguesa, sobretudo da das últimas décadas, mas o enigma continua por desvendar até que, segundo Carlos Calado, su rjam documentos decisivos.

"A certeza absoluta só com testes de ADN ou com um documento irrefutáve l, mas estes foram todos destruídos", alega o presidente do Núcleo de Amigos da Cuba, lamentando não aparecer esse "Bilhete de Identidade" do descobridor.

Os manuais escolares são unânimes em evocar a figura de Cristóvão Colom bo, que nasceu em Génova em 1451 e morreu em Valladolid (1506), repousando as os sadas na catedral de Sevilha (Espanha).

Em 1479 casou com a portuguesa Filipa Perestrelo, filha do colonizador de Porto Santo, Bartolomeu Perestrelo, ilha onde viveu e onde terá ganho formaçã o marítima.

Depois, concebeu a ideia de chegar às Índias pelo Ocidente.

Em 1484, apresentou o seu projecto ao rei D. João II de Portugal, que o recusou, e anos depois a sua ideia foi acolhida pelos reis de Espanha, tendo al cançado as Antilhas (Ilhas na América Central) a 12 de Outubro de 1492, sob as o rdens dos reis católicos de Espanha.

Esta versão enraizada é contestada por investigadores portugueses, como Augusto Mascarenhas Barreto, segundo os quais D. João II terá enviado a Espanha o navegador Salvador Fernandes Zarco, que se apresentou com o pseudónimo de Cri stóvão Colom com a missão de convencer os reis católicos a financiar a procura d a rota das Índias pelo ocidente, devendo manter oculta a sua origem.

Mascarenhas Barreto também estudou a misteriosa assinatura de Cristóvão Colombo, concluindo pela sua nacionalidade portuguesa e que nasceu em 1448 e nã o 1451 como está oficializado.

A decifração sigla-cabalística atribui a Cristóvão o nome de Salvador F ernandes Zarco.

O investigador concluiu que a cabala estudada significa: "Fernando, duq ue de Beja e Isabel Sciarra Camara são os meus pais de Cuba".

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