Coragem para Mudar!: Revisão do PDM: Mais 19 “Soluns” para quantos milionários ?

13-10-2009
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O BE analisou a revisão do PDM no que diz respeito às zonas de expansão dos núcleos ou zonas urbanas periféricas à cidade. O resultado desse trabalho, que se apresenta agora de forma sumária, não podia ser mais alarmante:1-Não encontramos nenhuma localidade ou núcleo urbano em que se apostasse numa diminuição dos perímetros urbanos. Em todos regista-se um aumento significativo desses mesmos perímetros. Não se diminui os terrenos expectantes, aumenta-se a dispersão territorial, que é proporcional ao aumento da área a ser infra-estruturada.2- O aumento das áreas urbanas de expansão, relativamente ao PDM de 1994, soma um total de mais de 520 hectares (medidos apenas nos sítios onde o aumento era mais evidente).3 - Esta análise incidiu sobre território sobrante ao Plano de Urbanização (PU). Relativamente ao território abrangido pelo PU, que, como alertámos há já algum tempo, coloca em estudo 5 000 hectares, ou seja quase o dobro da actual área que o PDM define como cidade (3000 ha), não há ainda informação. Tudo indica que a tendência seja semelhante, o que corresponderá a uma situação de descalabro para a cidade.Mas o que são mais de 500 hectares de solo urbanizável?Utilizemos como termo de comparação o Bairro da Solum. O terreno base no qual foi construído tinha cerca de 280000 m2, ou seja 28 hectares. Sendo assim podemos considerar que nesta área de 520 hectares, poderiam ser construídos cerca de 19 bairros como a Solum.E a que é se deve este acto, por parte de quem diz querer recuperar o Centro Histórico?Pedro Bingre, docente da E. S. Agrária de Coimbra, afirmou em entrevista ao Campeão das Províncias em Maio de 2006: Por cada hectare que um mero acto administrativo converte em urbanizável, o proprietário ganha automaticamente cerca de dois milhões de euros.Façamos pois as contas. QUANTOS MILIONÁRIOS SE PROPÕE FAZER ENCARNAÇÃO? Quantos milionários se propõe fazer à custa da cidade, do interesse público e do nosso futuro colectivo? Se considerarmos que um milionário é alguém que possua, sem nada fazer, dois milhões de euros, serão portanto mais de 500 os novos milionários graças a esta proposta de revisão do PDM….Pergunta-se ainda: será que entre eles estarão financiadores da campanha de reeleição de Encarnação, de forma a garantir que esta violência é aprovada e implementada ?No que aos Planos Directores Municipais (PDM) diz respeito, actualmente em vigor e denominados de 1ª geração, os diagnósticos há muito estão feitos. Dados os limites de expansão urbanos neles transcritos, previa-se uma população de 30 milhões de habitantes a nível nacional. Ora, em 2009, seremos menos de 10 milhões, receando-se uma diminuição da população residente nas próximas décadas.Pensava-se portanto que, com os PDM de 2ª geração, o erro fosse emendado e realisticamente se perspectivasse uma ocupação do solo que correspondesse às necessidades previsíveis das populações. Ora, é exactamente o oposto o que nos é proposto pelo executivo do DR. Carlos Encarnação. Ao País imaginário dos 30 milhões de habitantes, o actual Vice-presidente da CMC e responsável pelo urbanismo, Eng. João Rebelo, propõe segundo declarações transcritas no jornal público de 28.01.2007, um aumento de cerca de 5%, na área respeitante ao Plano de Urbanização (PU). Quanto ao PDM, toda a informação foi camuflada.Ora, bastariam estes 5%, se acompanhados pelos restantes municípios portugueses, para originar um país de 31 milhões e quinhentos mil portugueses. O executivo do Dr. Carlos Encarnação, parecendo mais preocupado em trabalhar para uma população imaginária do que para o município real a que se supõe presidir, evidencia entretanto e uma vez mais estar refém de interesses particulares oriundos do sector imobiliário, como aliás tem estado sempre ao longo destes 8 anos. Entretanto, o centro histórico definha, a cidade turística marca passo, a qualidade da vida urbana na cidade degrada-se, e Coimbra perde importância no quadro Nacional, ibérico e Europeu.Não admira que o Presidente da Câmara não tenha apresentado publicamente o PDM, limitando-se a fornecer, perante as exigências do BE, uma informação incompleta e desactualizada. As peças desenhadas mais recentes nunca foram publicamente divulgadas. A Assembleia Municipal aprovou, por proposta do BE, uma Comissão de Acompanhamento da revisão do PDM e do PU, que, apesar das nossas insistências, nunca reuniu. Carlos Encarnação não quer, manifestamente, que a cidade saiba o que está a preparar nas costas dos cidadãos. No que ao PDM diz respeito, os factos demonstram que o PSD em Coimbra está a anos-luz de uma política de verdade.Coimbra, 24 de Setembro de 2009O Bloco de Esquerda / Coimbra


O BE analisou a revisão do PDM no que diz respeito às zonas de expansão dos núcleos ou zonas urbanas periféricas à cidade. O resultado desse trabalho, que se apresenta agora de forma sumária, não podia ser mais alarmante:1-Não encontramos nenhuma localidade ou núcleo urbano em que se apostasse numa diminuição dos perímetros urbanos. Em todos regista-se um aumento significativo desses mesmos perímetros. Não se diminui os terrenos expectantes, aumenta-se a dispersão territorial, que é proporcional ao aumento da área a ser infra-estruturada.2- O aumento das áreas urbanas de expansão, relativamente ao PDM de 1994, soma um total de mais de 520 hectares (medidos apenas nos sítios onde o aumento era mais evidente).3 - Esta análise incidiu sobre território sobrante ao Plano de Urbanização (PU). Relativamente ao território abrangido pelo PU, que, como alertámos há já algum tempo, coloca em estudo 5 000 hectares, ou seja quase o dobro da actual área que o PDM define como cidade (3000 ha), não há ainda informação. Tudo indica que a tendência seja semelhante, o que corresponderá a uma situação de descalabro para a cidade.Mas o que são mais de 500 hectares de solo urbanizável?Utilizemos como termo de comparação o Bairro da Solum. O terreno base no qual foi construído tinha cerca de 280000 m2, ou seja 28 hectares. Sendo assim podemos considerar que nesta área de 520 hectares, poderiam ser construídos cerca de 19 bairros como a Solum.E a que é se deve este acto, por parte de quem diz querer recuperar o Centro Histórico?Pedro Bingre, docente da E. S. Agrária de Coimbra, afirmou em entrevista ao Campeão das Províncias em Maio de 2006: Por cada hectare que um mero acto administrativo converte em urbanizável, o proprietário ganha automaticamente cerca de dois milhões de euros.Façamos pois as contas. QUANTOS MILIONÁRIOS SE PROPÕE FAZER ENCARNAÇÃO? Quantos milionários se propõe fazer à custa da cidade, do interesse público e do nosso futuro colectivo? Se considerarmos que um milionário é alguém que possua, sem nada fazer, dois milhões de euros, serão portanto mais de 500 os novos milionários graças a esta proposta de revisão do PDM….Pergunta-se ainda: será que entre eles estarão financiadores da campanha de reeleição de Encarnação, de forma a garantir que esta violência é aprovada e implementada ?No que aos Planos Directores Municipais (PDM) diz respeito, actualmente em vigor e denominados de 1ª geração, os diagnósticos há muito estão feitos. Dados os limites de expansão urbanos neles transcritos, previa-se uma população de 30 milhões de habitantes a nível nacional. Ora, em 2009, seremos menos de 10 milhões, receando-se uma diminuição da população residente nas próximas décadas.Pensava-se portanto que, com os PDM de 2ª geração, o erro fosse emendado e realisticamente se perspectivasse uma ocupação do solo que correspondesse às necessidades previsíveis das populações. Ora, é exactamente o oposto o que nos é proposto pelo executivo do DR. Carlos Encarnação. Ao País imaginário dos 30 milhões de habitantes, o actual Vice-presidente da CMC e responsável pelo urbanismo, Eng. João Rebelo, propõe segundo declarações transcritas no jornal público de 28.01.2007, um aumento de cerca de 5%, na área respeitante ao Plano de Urbanização (PU). Quanto ao PDM, toda a informação foi camuflada.Ora, bastariam estes 5%, se acompanhados pelos restantes municípios portugueses, para originar um país de 31 milhões e quinhentos mil portugueses. O executivo do Dr. Carlos Encarnação, parecendo mais preocupado em trabalhar para uma população imaginária do que para o município real a que se supõe presidir, evidencia entretanto e uma vez mais estar refém de interesses particulares oriundos do sector imobiliário, como aliás tem estado sempre ao longo destes 8 anos. Entretanto, o centro histórico definha, a cidade turística marca passo, a qualidade da vida urbana na cidade degrada-se, e Coimbra perde importância no quadro Nacional, ibérico e Europeu.Não admira que o Presidente da Câmara não tenha apresentado publicamente o PDM, limitando-se a fornecer, perante as exigências do BE, uma informação incompleta e desactualizada. As peças desenhadas mais recentes nunca foram publicamente divulgadas. A Assembleia Municipal aprovou, por proposta do BE, uma Comissão de Acompanhamento da revisão do PDM e do PU, que, apesar das nossas insistências, nunca reuniu. Carlos Encarnação não quer, manifestamente, que a cidade saiba o que está a preparar nas costas dos cidadãos. No que ao PDM diz respeito, os factos demonstram que o PSD em Coimbra está a anos-luz de uma política de verdade.Coimbra, 24 de Setembro de 2009O Bloco de Esquerda / Coimbra

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