No Centro do Arco: Nas margens do Tormes

19-07-2009
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Agora que o Francisco Curate anda por terras do Tormes, sorrio lembrando-me da minha estadia em Salamanca em 2005, no âmbito do lançamento da bela antologia "Cánticos de la frontera", coordenada pelos poetas e amigos Alfredo Pérez Alencart e António Salvado e das memoráveis leituras efectuadas por todos os poetas na Casa de las Conchas, coloco hoje no blogue um poema publicado por mim na revista "Papeles del Novelty", revista que é editada pelo mais antigo e famoso café de Salamanca, situado na Plaza Mayor, homenageando os Miguéis e naturalmente a extraordinária e mágica Salamanca e a frescura divina do Tormes. A música também é de um amigo Salmantino, o trovador Gabriel Calvo.Na rota dos faunos ......................A Unamuno e Torga 1. Em Agosto, a cidade tem o nome acorrentadoà pedra acesa que vislumbra a luz dos poetas,vieram dos trilhos onde os animais respiramas juras sagradas da liberdade que aprisiona..2. Pela tarde, o sol rasga a ferocidade da muralhaobstinada, Tormes cerca, lentamente, enquantose vai cerrando o coração das aves e as bocasda Plaza Mayor. O que as cores embrionáriasalienavam só a palavra alteia nas veias, agora.Todos os lugares regressam sísmicos, mesmoa noite que conjectura os olhos das serpentescom sede. A cidade cega persiste junto à cal..3. De puro oiro é a cidade, e de pedras que feremadornadas as estirpes da Casa de las Muertes, sóo sangue aflora das cânulas dos ancestrais livrosque abrigam o sopro dos sete poemas reveladospelas fábulas, pela quimera opulenta dos Migueis..4. E a noite brota a blasfémia das pedras arrosadas,o assombro das águas, o augúrio das vozes nuas,o universo absoluto percorrendo a peleja do verbo..5. Têm agora a idade das pedras, a paixão da sílabana arquitectura dos sulcos, aberta sobre o mundo....................................................João RasteiroIn, Papeles del Novelty - Revista de creación y mantenimiento, nº 17, Salamanca, 2008.Gabriel Calvo


Agora que o Francisco Curate anda por terras do Tormes, sorrio lembrando-me da minha estadia em Salamanca em 2005, no âmbito do lançamento da bela antologia "Cánticos de la frontera", coordenada pelos poetas e amigos Alfredo Pérez Alencart e António Salvado e das memoráveis leituras efectuadas por todos os poetas na Casa de las Conchas, coloco hoje no blogue um poema publicado por mim na revista "Papeles del Novelty", revista que é editada pelo mais antigo e famoso café de Salamanca, situado na Plaza Mayor, homenageando os Miguéis e naturalmente a extraordinária e mágica Salamanca e a frescura divina do Tormes. A música também é de um amigo Salmantino, o trovador Gabriel Calvo.Na rota dos faunos ......................A Unamuno e Torga 1. Em Agosto, a cidade tem o nome acorrentadoà pedra acesa que vislumbra a luz dos poetas,vieram dos trilhos onde os animais respiramas juras sagradas da liberdade que aprisiona..2. Pela tarde, o sol rasga a ferocidade da muralhaobstinada, Tormes cerca, lentamente, enquantose vai cerrando o coração das aves e as bocasda Plaza Mayor. O que as cores embrionáriasalienavam só a palavra alteia nas veias, agora.Todos os lugares regressam sísmicos, mesmoa noite que conjectura os olhos das serpentescom sede. A cidade cega persiste junto à cal..3. De puro oiro é a cidade, e de pedras que feremadornadas as estirpes da Casa de las Muertes, sóo sangue aflora das cânulas dos ancestrais livrosque abrigam o sopro dos sete poemas reveladospelas fábulas, pela quimera opulenta dos Migueis..4. E a noite brota a blasfémia das pedras arrosadas,o assombro das águas, o augúrio das vozes nuas,o universo absoluto percorrendo a peleja do verbo..5. Têm agora a idade das pedras, a paixão da sílabana arquitectura dos sulcos, aberta sobre o mundo....................................................João RasteiroIn, Papeles del Novelty - Revista de creación y mantenimiento, nº 17, Salamanca, 2008.Gabriel Calvo

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