Pó dos Livros: Reclamação

29-09-2009
marcar artigo


Enquanto livreiro “deveria” apenas chamar atenção para o lado positivo do mundo dos livros. Acontece que sou também um leitor e mesmo que não o fosse, a minha profissão obrigar-me-ia a ser solidário com os meus clientes.Quem é que nunca se sentiu defraudado, enganado, ludibriado, depois de comprar um livro? Chegar a casa e nem da página cinquenta passar. Porque era mau, era plágio, estava mal escrito, mal feito, mal traduzido, pessimamente revisto, as folhas soltavam-se e não se conseguia ler (sem ser com uma lupa). Não servia de todo para o efeito que prometia na capa e contracapa, em letras gigantes e frases bombásticas. Penso que isto já se passou com algumas pessoas.Se nós, livrarias, à semelhança do que existe com outros ramos devemos prestar um bom serviço, não faltar com o respeito aos clientes, sob pena de podermos ser punidos, inclusive fecharem-nos a porta. Porque é que os autores e editores não são também obrigados a ter livro de reclamações?Não estou a falar de estilo, de liberdade artística ou literária, nem sequer de gosto. Estou a falar de fraude. Quando assim é, deveríamos ter o direito de reclamar, devolver e trocar por outro. Felizmente isto não acontece na maioria dos livros.Jaime Bulhosa


Enquanto livreiro “deveria” apenas chamar atenção para o lado positivo do mundo dos livros. Acontece que sou também um leitor e mesmo que não o fosse, a minha profissão obrigar-me-ia a ser solidário com os meus clientes.Quem é que nunca se sentiu defraudado, enganado, ludibriado, depois de comprar um livro? Chegar a casa e nem da página cinquenta passar. Porque era mau, era plágio, estava mal escrito, mal feito, mal traduzido, pessimamente revisto, as folhas soltavam-se e não se conseguia ler (sem ser com uma lupa). Não servia de todo para o efeito que prometia na capa e contracapa, em letras gigantes e frases bombásticas. Penso que isto já se passou com algumas pessoas.Se nós, livrarias, à semelhança do que existe com outros ramos devemos prestar um bom serviço, não faltar com o respeito aos clientes, sob pena de podermos ser punidos, inclusive fecharem-nos a porta. Porque é que os autores e editores não são também obrigados a ter livro de reclamações?Não estou a falar de estilo, de liberdade artística ou literária, nem sequer de gosto. Estou a falar de fraude. Quando assim é, deveríamos ter o direito de reclamar, devolver e trocar por outro. Felizmente isto não acontece na maioria dos livros.Jaime Bulhosa

marcar artigo