No Centro do Arco

19-07-2009
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O tímpano e a pupilaNum dos pratos o mar, no outro um rio, agoraque o tempo se desossa,que as pedrasque piso se me enterram na memória e os caminhosse me aguçam na alma como lâminas, o pãomolhado nas feridas,o pãoele próprio já também uma ferida, agoraque o tempo, que já tantocompararam a um rio, maisnão é do que uma leve exsudação nos muros,nas mãos, agoraque o céu se encrespa e que pedaçosde mundo arremessadoscom toda a força aos olhos revolteiamna treva antes de se extinguirem,mais magro do que a nevecaminho, a alma aberta como uma ferida,ao longo da memória, onde se fundemo tímpano e a pupila. Luís Miguel Nava


O tímpano e a pupilaNum dos pratos o mar, no outro um rio, agoraque o tempo se desossa,que as pedrasque piso se me enterram na memória e os caminhosse me aguçam na alma como lâminas, o pãomolhado nas feridas,o pãoele próprio já também uma ferida, agoraque o tempo, que já tantocompararam a um rio, maisnão é do que uma leve exsudação nos muros,nas mãos, agoraque o céu se encrespa e que pedaçosde mundo arremessadoscom toda a força aos olhos revolteiamna treva antes de se extinguirem,mais magro do que a nevecaminho, a alma aberta como uma ferida,ao longo da memória, onde se fundemo tímpano e a pupila. Luís Miguel Nava

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