05.05.2009, Helena Geraldes in PúblicoMunicípio pioneiro neste tipo de recolha de lixo deverá substituir o actual sistema pela instalação de ecopontos no concelhoUm grupo de moradores vai denunciar hoje ao secretário de Estado do Ambiente a intenção da Câmara Municipal de Oeiras de suspender o sistema de recolha de resíduos porta a porta no concelho, mantendo-o apenas nas zonas de moradias. A associação ambientalista Quercus já pediu esclarecimentos à autarquia, que foi pioneira a nível nacional por ter adoptado este sistema há 14 anos.João Salgueiro, morador que coordena a contestação, está descontente com os buracos que entretanto começaram a aparecer nas ruas para instalar os ecopontos. Ou melhor, "na sua essência e consequências, os contentores são um mal menor sempre que não é possível a recolha selectiva porta a porta", contou ao PÚBLICO.A confirmação dos seus receios surgiu numa reunião de câmara de 22 de Abril quando confrontou a autarquia. Foi-lhe respondido que o sistema apenas se manterá nas zonas de moradias por causa das "emissões de dióxido de carbono, da falta de pessoal, problemas nas portas dos edifícios".Apesar de a câmara não ter oficializado a decisão, João Salgueiro já preparou um dossier que entregou "a todas as forças políticas" locais e que vai entregar hoje a Humberto Rosa. "Quero aproveitar a presença do secretário de Estado num colóquio sobre Ambiente e sustentabilidade em Oeiras para lhe perguntar se tem conhecimento" desta situação. Além disso, tem um abaixo-assinado com mais de 60 assinaturas de moradores de dez a 15 edifícios do bairro Urbanização do Alto de Algés. Entretanto, a recolha porta a porta continua, ainda que mais "intermitentemente". Actualmente, o cartão, papel e plástico são recolhidos duas vezes por semana; o lixo orgânico, todos os dias. "Ultimamente, temos reparado que essa frequência diminuiu", salientou.A Quercus considera que, assim, "Oeiras passa de excelente a péssimo exemplo": "A recolha porta a porta é o caminho a seguir e não estamos a ver qual o motivo técnico para este abandono", comentou Rui Berkemeier. "É uma frustração muito grande que a câmara que 'lançou' a recolha porta a porta no país queira agora abandoná-la." O PÚBLICO tentou obter respostas da Câmara de Oeiras, mas sem sucesso.
Categorias
Entidades
05.05.2009, Helena Geraldes in PúblicoMunicípio pioneiro neste tipo de recolha de lixo deverá substituir o actual sistema pela instalação de ecopontos no concelhoUm grupo de moradores vai denunciar hoje ao secretário de Estado do Ambiente a intenção da Câmara Municipal de Oeiras de suspender o sistema de recolha de resíduos porta a porta no concelho, mantendo-o apenas nas zonas de moradias. A associação ambientalista Quercus já pediu esclarecimentos à autarquia, que foi pioneira a nível nacional por ter adoptado este sistema há 14 anos.João Salgueiro, morador que coordena a contestação, está descontente com os buracos que entretanto começaram a aparecer nas ruas para instalar os ecopontos. Ou melhor, "na sua essência e consequências, os contentores são um mal menor sempre que não é possível a recolha selectiva porta a porta", contou ao PÚBLICO.A confirmação dos seus receios surgiu numa reunião de câmara de 22 de Abril quando confrontou a autarquia. Foi-lhe respondido que o sistema apenas se manterá nas zonas de moradias por causa das "emissões de dióxido de carbono, da falta de pessoal, problemas nas portas dos edifícios".Apesar de a câmara não ter oficializado a decisão, João Salgueiro já preparou um dossier que entregou "a todas as forças políticas" locais e que vai entregar hoje a Humberto Rosa. "Quero aproveitar a presença do secretário de Estado num colóquio sobre Ambiente e sustentabilidade em Oeiras para lhe perguntar se tem conhecimento" desta situação. Além disso, tem um abaixo-assinado com mais de 60 assinaturas de moradores de dez a 15 edifícios do bairro Urbanização do Alto de Algés. Entretanto, a recolha porta a porta continua, ainda que mais "intermitentemente". Actualmente, o cartão, papel e plástico são recolhidos duas vezes por semana; o lixo orgânico, todos os dias. "Ultimamente, temos reparado que essa frequência diminuiu", salientou.A Quercus considera que, assim, "Oeiras passa de excelente a péssimo exemplo": "A recolha porta a porta é o caminho a seguir e não estamos a ver qual o motivo técnico para este abandono", comentou Rui Berkemeier. "É uma frustração muito grande que a câmara que 'lançou' a recolha porta a porta no país queira agora abandoná-la." O PÚBLICO tentou obter respostas da Câmara de Oeiras, mas sem sucesso.