Clube de Reflexão Política: Carlos Leone: A propósito da marcação de eleições

29-09-2009
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Que bom, não fui só eu a notar a pérola presidencial de ontem. Como já foi notado por Medeiros Ferreira, se a ideia da legislação em vigor fosse termos eleições no mesmo dia, seriam marcadas ambas pela mesma entidade (O Governo ou o PR, tanto fazia).Só me escapa o motivo válido para tanto frenesim. Se o PR cair na asneira de contrariar todos os partidos à excepção do seu e, em nome da sondagens (?!), marcar as legislativas junto com as autárquicas, exibirá de forma indisfarçável - sim, mais ainda do que já sucede há meses - a sua associação à Presidente do PSD. O que facilitará a escolha dos indecisos que talvez assim percebam o inevitável retrocesso do país, governado desde Belém se o PS não ganhar. Neste cenário, se e quando vencer, o PS deve ter o cuidado de não fazer do resultados das legislativas um voto de desconfiança ao PR, e em vez disso apenas anunciar a ocasião (Congresso de 2010?) em que divulgará qual o candidato presidencial que apoiará nas próximas eleições. Se, como é mais provável apesar da encenação, o PR acabar por marcar outra data, toda a demora terá servido para mais definitivamente desautorizar a amálgama que o PSD imagina servir-lhe melhor. E provavelmente nem sequer imagina bem. Mas esperemos que não haja ocasião para verificar, a bem das eleições e da verdade em política.Carlos Leone, A Linha


Que bom, não fui só eu a notar a pérola presidencial de ontem. Como já foi notado por Medeiros Ferreira, se a ideia da legislação em vigor fosse termos eleições no mesmo dia, seriam marcadas ambas pela mesma entidade (O Governo ou o PR, tanto fazia).Só me escapa o motivo válido para tanto frenesim. Se o PR cair na asneira de contrariar todos os partidos à excepção do seu e, em nome da sondagens (?!), marcar as legislativas junto com as autárquicas, exibirá de forma indisfarçável - sim, mais ainda do que já sucede há meses - a sua associação à Presidente do PSD. O que facilitará a escolha dos indecisos que talvez assim percebam o inevitável retrocesso do país, governado desde Belém se o PS não ganhar. Neste cenário, se e quando vencer, o PS deve ter o cuidado de não fazer do resultados das legislativas um voto de desconfiança ao PR, e em vez disso apenas anunciar a ocasião (Congresso de 2010?) em que divulgará qual o candidato presidencial que apoiará nas próximas eleições. Se, como é mais provável apesar da encenação, o PR acabar por marcar outra data, toda a demora terá servido para mais definitivamente desautorizar a amálgama que o PSD imagina servir-lhe melhor. E provavelmente nem sequer imagina bem. Mas esperemos que não haja ocasião para verificar, a bem das eleições e da verdade em política.Carlos Leone, A Linha

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