bitlogger: As Pragas

17-02-2006
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As recentes declarações de Humberto Rosa, o secretário de Estado do Ambiente, que afirma que os incêndios deste ano não foram graves "o ponto de vista da conservação da natureza", isto quando só este ano arderam 11 mil hectares (!!) de floresta na área protegida da Serra da Estrela, são indecentes e rídiculas e mostram que existe muita gente enganada na profissão que escolheu.Se juntarmos a este 'fenómeno' (o dos fogos, não o dos disparates debitados a velocidades espectaculares) o da seca, (que não gerou, infelizmente, nenhuma declaração política relevante) e sobretudo a acção (ou não acção, dependendo das opiniões) política de sucessivos governos que até 'pensavam nas coisas' e mais uma míriade de outros 'pequenos detalhes', percebemos que as pragas do Egipto, infligidas pelo deus judaico-cristão ao Faráo, são uma brincadeira de crianças quando comparadas com as calamidades a que Portugal está a viver actualmente.E a julgar pelo que observei nestas últimas férias no 'rectangulo à beira-mar plantado' (nunca este termo foi tão irónico), os portugueses até parecem merecer o "castigo divino", sobretudo pela indiferença que mostram por este tipo de declarações e pelas ilusões que (ainda) têm em relação ao que é realmente hoje Portugal.Desculpem o lirísmo, mas num país que está cada vez mais parecido com o actual Egipto (ou ainda menos desenvolvido) ainda há que pense que vive num grandioso delta cheio de gigantescos monumentos, quando a única obra que realmente está a ser construida é um túmulo, que mesmo sendo gigantesco, não tem o engenho de nenhuma pirâmide, é que é fruto das sucessivas pragas a que os portugueses, alegremente, se sujeitaram.

As recentes declarações de Humberto Rosa, o secretário de Estado do Ambiente, que afirma que os incêndios deste ano não foram graves "o ponto de vista da conservação da natureza", isto quando só este ano arderam 11 mil hectares (!!) de floresta na área protegida da Serra da Estrela, são indecentes e rídiculas e mostram que existe muita gente enganada na profissão que escolheu.Se juntarmos a este 'fenómeno' (o dos fogos, não o dos disparates debitados a velocidades espectaculares) o da seca, (que não gerou, infelizmente, nenhuma declaração política relevante) e sobretudo a acção (ou não acção, dependendo das opiniões) política de sucessivos governos que até 'pensavam nas coisas' e mais uma míriade de outros 'pequenos detalhes', percebemos que as pragas do Egipto, infligidas pelo deus judaico-cristão ao Faráo, são uma brincadeira de crianças quando comparadas com as calamidades a que Portugal está a viver actualmente.E a julgar pelo que observei nestas últimas férias no 'rectangulo à beira-mar plantado' (nunca este termo foi tão irónico), os portugueses até parecem merecer o "castigo divino", sobretudo pela indiferença que mostram por este tipo de declarações e pelas ilusões que (ainda) têm em relação ao que é realmente hoje Portugal.Desculpem o lirísmo, mas num país que está cada vez mais parecido com o actual Egipto (ou ainda menos desenvolvido) ainda há que pense que vive num grandioso delta cheio de gigantescos monumentos, quando a única obra que realmente está a ser construida é um túmulo, que mesmo sendo gigantesco, não tem o engenho de nenhuma pirâmide, é que é fruto das sucessivas pragas a que os portugueses, alegremente, se sujeitaram.

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