Portugal Diário

03-05-2005
marcar artigo

Número de pessoas afectadas por problemas de abastecimento de água também baixou A situação de seca em Portugal melhorou na última quinzena de Abril, com a percentagem de território com níveis mais extremos a descer de 80 para 63 por cento, anunciou hoje o Instituto da Água. Na primeira quinzena de Abril, os piores níveis de seca (severa e extrema) atingiram 80 por cento do território, o que revela uma melhoria de 17 por cento no total da zona afectada. O número de pessoas afectadas por problemas de abastecimento de água também baixou, de 32 mil na primeira quinzena de Abril para 8.400 pessoas no final do mês. Apesar de a situação ter melhorado em termos quinzenais, o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, explicou que a seca se agravou em termos mensais, quando comparado todo o mês de Abril (63 por cento de seca severa e extrema) com o mês anterior (52 por cento). O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, classificou a situação actual de seca no país como "não preocupante". E explicou que a redução do número de habitantes com problemas de água entre a primeira e a última quinzena de Abril (de 32 mil para 8.400) se explica pela precipitação no final do mês na região Norte. "O número baixou para 8.400 pessoas porque o concelho de Bragança pode ser retirado da lista devido à precipitação", explicou Humberto Rosa no final da segunda reunião da Comissão para a Seca 2005. O governante adiantou que na última quinzena de Abril registou-se um "decréscimo" nos caudais de linhas de água e um declínio na quantidade e qualidade das águas subterrâneas, enquanto as águas subterrâneas tiveram uma estabilização. "Não temos conhecimento de portugueses sem abastecimento de água", afirmou o secretário de Estado do Ambiente. Os efeitos "mais negativos da seca" têm sido registados no sector da agricultura, sublinhou. Quanto a medidas em curso para minimizar os efeitos da seca, Humberto Rosa destacou a avaliação da carga piscícola nas albufeiras e o aumento da vigilância da Direcção-geral de Saúde e do Instituto Regulador das Águas e Resíduos (IRAR) sobre a qualidade da água. "Já estão identificadas as albufeiras que carecem de uma remoção da carga piscícola", anunciou Humberto Rosa, adiantando que esse processo vai ter lugar nas albufeiras de Roxo e Vigia. Para diminuir as elevadas quantidade de peixe em pequenas concentrações de água e evitar problemas por falta de oxigénio, o governo vai recorrer a pescadores profissionais. Para os impactes da seca na biodiversidade anunciou um plano de contingência do Instituto de Conservação da Natureza (ICN), nomeadamente para a bacia do Guadiana. Humberto Rosa lembrou que existem vários tipos de seca, que não só a meteorológica (baseada na precipitação) como também a seca hidrológica (quantidades de água disponíveis). O secretário de Estado adiantou que "haverá sempre partes do território com seca grave, como o Alentejo e o Algarve", mas ressalvou que seca meteorológica não significa seca hidrológica. "Por isso não se pode colocar toda uma região num nível mais grave de seca quando nem todas as localidades [dessa região] estão com seca hidrológica", frisou. Humberto Rosa escusou-se a adiantar quais os municípios que poderão beneficiar de medidas mais gravosas de mitigação da seca, explicando que o Instituto da Água vai cruzar informação para saber "que manchas" poderão subir de nível de prevenção contra a seca. As previsões de seca para a primeira quinzena de Maio dependem da pluviosidade, mas Humberto Rosa esclareceu que, "mesmo com muita [chuva], não escapamos que certas zonas estejam com seca meteorológica". O secretário de Estado adiantou que vai propor ao Conselho de Ministros um regime precário de licenças por furos, que vão ser avaliadas as consequências da seca no sector empresarial e que serão iniciados os trabalhos da campanha nacional de sensibilização do uso eficiente da água.

Número de pessoas afectadas por problemas de abastecimento de água também baixou A situação de seca em Portugal melhorou na última quinzena de Abril, com a percentagem de território com níveis mais extremos a descer de 80 para 63 por cento, anunciou hoje o Instituto da Água. Na primeira quinzena de Abril, os piores níveis de seca (severa e extrema) atingiram 80 por cento do território, o que revela uma melhoria de 17 por cento no total da zona afectada. O número de pessoas afectadas por problemas de abastecimento de água também baixou, de 32 mil na primeira quinzena de Abril para 8.400 pessoas no final do mês. Apesar de a situação ter melhorado em termos quinzenais, o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, explicou que a seca se agravou em termos mensais, quando comparado todo o mês de Abril (63 por cento de seca severa e extrema) com o mês anterior (52 por cento). O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, classificou a situação actual de seca no país como "não preocupante". E explicou que a redução do número de habitantes com problemas de água entre a primeira e a última quinzena de Abril (de 32 mil para 8.400) se explica pela precipitação no final do mês na região Norte. "O número baixou para 8.400 pessoas porque o concelho de Bragança pode ser retirado da lista devido à precipitação", explicou Humberto Rosa no final da segunda reunião da Comissão para a Seca 2005. O governante adiantou que na última quinzena de Abril registou-se um "decréscimo" nos caudais de linhas de água e um declínio na quantidade e qualidade das águas subterrâneas, enquanto as águas subterrâneas tiveram uma estabilização. "Não temos conhecimento de portugueses sem abastecimento de água", afirmou o secretário de Estado do Ambiente. Os efeitos "mais negativos da seca" têm sido registados no sector da agricultura, sublinhou. Quanto a medidas em curso para minimizar os efeitos da seca, Humberto Rosa destacou a avaliação da carga piscícola nas albufeiras e o aumento da vigilância da Direcção-geral de Saúde e do Instituto Regulador das Águas e Resíduos (IRAR) sobre a qualidade da água. "Já estão identificadas as albufeiras que carecem de uma remoção da carga piscícola", anunciou Humberto Rosa, adiantando que esse processo vai ter lugar nas albufeiras de Roxo e Vigia. Para diminuir as elevadas quantidade de peixe em pequenas concentrações de água e evitar problemas por falta de oxigénio, o governo vai recorrer a pescadores profissionais. Para os impactes da seca na biodiversidade anunciou um plano de contingência do Instituto de Conservação da Natureza (ICN), nomeadamente para a bacia do Guadiana. Humberto Rosa lembrou que existem vários tipos de seca, que não só a meteorológica (baseada na precipitação) como também a seca hidrológica (quantidades de água disponíveis). O secretário de Estado adiantou que "haverá sempre partes do território com seca grave, como o Alentejo e o Algarve", mas ressalvou que seca meteorológica não significa seca hidrológica. "Por isso não se pode colocar toda uma região num nível mais grave de seca quando nem todas as localidades [dessa região] estão com seca hidrológica", frisou. Humberto Rosa escusou-se a adiantar quais os municípios que poderão beneficiar de medidas mais gravosas de mitigação da seca, explicando que o Instituto da Água vai cruzar informação para saber "que manchas" poderão subir de nível de prevenção contra a seca. As previsões de seca para a primeira quinzena de Maio dependem da pluviosidade, mas Humberto Rosa esclareceu que, "mesmo com muita [chuva], não escapamos que certas zonas estejam com seca meteorológica". O secretário de Estado adiantou que vai propor ao Conselho de Ministros um regime precário de licenças por furos, que vão ser avaliadas as consequências da seca no sector empresarial e que serão iniciados os trabalhos da campanha nacional de sensibilização do uso eficiente da água.

marcar artigo