EMPREGAR MAIS: GOVERNO FALHA META DE CRIAÇÃO DE EMPREGO

10-10-2009
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O número de empregos líquidos criados desde o início da legislatura abrandou para 101,4 mil, colocando o objectivo do Governo dos 150 mil postos de trabalho mais longe de ser alcançada, segundo cálculos da Lusa.Entre o primeiro trimestre de 2005 e o terceiro trimestre deste ano, foram criados em termos líquidos 101,4 mil postos de trabalho, o que compara com 133,7 mil conseguidos no segundo trimestre do ano. De acordo com dados ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a população empregada no terceiro trimestre deste ano ascendia a 5.195,8 milhares, o que compara com 5.094,4 milhares dos primeiros três meses de 2005. Esta diferença resulta num aumento de 101,4 mil postos de trabalho criados em termos líquidos. No segundo trimestre do ano, a diferença face ao início da legislatura calcula-se entre a população empregada daquele período e do primeiro trimestre de 2005, ou seja, entre 5.228,1 mil e 5.094,4 mil indivíduos, o que dá 133,7 mil. A população empregada em cada período do tempo já reflecte os fluxos entre os novos empregos criados e os que foram destruídos. O Governo fixou como objectivo para a legislatura a criação líquida de 150 mil postos de trabalho. Comentando a criação líquida de emprego, o primeiro-ministro destacou ontem que se "verifica que Portugal criou mais cem mil empregos". "Apesar das dificuldades pelas quais o país está a passar e de a generalidade dos países registar subidas significativas do desemprego, no país o desemprego homólogo continuar a ser mais reduzido e a ter uma descida", disse José Sócrates.O INE divulgou ontem que a taxa de desemprego ficou no terceiro trimestre em 7,7 por cento, menos 0,2 pontos percentuais que o trimestre homólogo e 0,4 pontos acima dos três meses anteriores.Reagindo a estes números, o primeiro-ministro considerou que há uma descida homóloga do desemprego em Portugal, contrariando a tendência internacional. Falando aos jornalistas a meio de uma visita à exposição "Portugal Tecnológico 2008", o primeiro-ministro disse que os mais recentes dados sobre a evolução da taxa de desemprego "são melhores do que o Governo esperava". Por regiões, as taxas de desemprego mais elevadas foram registadas nas regiões Norte e Alentejo, ambas a chegar aos 9,1% e os valores mais baixos foram encontrados nos Açores (5,2%) e Centro (5,7%). Face ao trimestre homólogo, a taxa de desemprego diminuiu no Norte, Lisboa e Madeira e aumentou no Centro, Alentejo, Algarve e Açores.Desemprego cai na MadeiraO secretário dos Recursos Humanos madeirense considerou que a taxa de desemprego nos últimos três meses na Madeira revelada pelo INE dá razão ao Governo Regional quando afirma que a situação se encontra estabilizada no arquipélago. Num comentário distribuído no Funchal, Brazão de Castro refere que os dados do INE confirmam que a taxa de desemprego desceu dos 6,1 para os 5,8% neste arquipélago, o que representa "um decréscimo significativo", sendo o valor mais baixo dos últimos sete trimestres. "É preciso recuar até os últimos três meses de 2006 para encontrar um valor idêntico", salienta a nota. Conclui apontando que "estes dados revelam que a situação do desemprego na Madeira se mantém favorável em relação à média nacional e que, tudo indica, não só se encontra estabilizada como revela mesmo alguma tendência para melhoria".Perspectivas: Como vê a actual taxa de desemprego?Hugo Velosa, deputado do PSD "O facto de haver um aumento do desemprego em relação aos trimestres anteriores - não em relação ao período homólogo - e de o número de desempregados aumentar vem demonstrar a preocupação de que há tendência a partir de agora para haver um aumento do desemprego".Eugénio Rosa, deputado do PCP"Não estamos surpreendidos porque é uma consequência da crise (financeira) e já tínhamos alertado o Governo para estes efeitos. Os números apenas vêm confirmar que o agravamento da crise (financeira) está a ter reflexos e de forma muito rápida".Pedro Mota Soares, deputado do CDS/PP "Os dados do desemprego que mostram uma subida do segundo trimestre para o terceiro trimestre são a confirmação de que o desemprego continua a ser o maior problema social e revelam a total resignação e incapacidade do Governo PS para reagir ao problema".Mariana Aiveca, deputada do Bloco de Esquerda "Estes números ainda não incluem as muitas empresas que encerraram, especialmente a Norte, nem reflectem as perspectivas de desemprego de empresas que já anunciaram 'lay off'. Ou o Governo intervém rapidamente ou vai ser confrontado com um crescimento exponencial do desemprego".Fonte: DN


O número de empregos líquidos criados desde o início da legislatura abrandou para 101,4 mil, colocando o objectivo do Governo dos 150 mil postos de trabalho mais longe de ser alcançada, segundo cálculos da Lusa.Entre o primeiro trimestre de 2005 e o terceiro trimestre deste ano, foram criados em termos líquidos 101,4 mil postos de trabalho, o que compara com 133,7 mil conseguidos no segundo trimestre do ano. De acordo com dados ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a população empregada no terceiro trimestre deste ano ascendia a 5.195,8 milhares, o que compara com 5.094,4 milhares dos primeiros três meses de 2005. Esta diferença resulta num aumento de 101,4 mil postos de trabalho criados em termos líquidos. No segundo trimestre do ano, a diferença face ao início da legislatura calcula-se entre a população empregada daquele período e do primeiro trimestre de 2005, ou seja, entre 5.228,1 mil e 5.094,4 mil indivíduos, o que dá 133,7 mil. A população empregada em cada período do tempo já reflecte os fluxos entre os novos empregos criados e os que foram destruídos. O Governo fixou como objectivo para a legislatura a criação líquida de 150 mil postos de trabalho. Comentando a criação líquida de emprego, o primeiro-ministro destacou ontem que se "verifica que Portugal criou mais cem mil empregos". "Apesar das dificuldades pelas quais o país está a passar e de a generalidade dos países registar subidas significativas do desemprego, no país o desemprego homólogo continuar a ser mais reduzido e a ter uma descida", disse José Sócrates.O INE divulgou ontem que a taxa de desemprego ficou no terceiro trimestre em 7,7 por cento, menos 0,2 pontos percentuais que o trimestre homólogo e 0,4 pontos acima dos três meses anteriores.Reagindo a estes números, o primeiro-ministro considerou que há uma descida homóloga do desemprego em Portugal, contrariando a tendência internacional. Falando aos jornalistas a meio de uma visita à exposição "Portugal Tecnológico 2008", o primeiro-ministro disse que os mais recentes dados sobre a evolução da taxa de desemprego "são melhores do que o Governo esperava". Por regiões, as taxas de desemprego mais elevadas foram registadas nas regiões Norte e Alentejo, ambas a chegar aos 9,1% e os valores mais baixos foram encontrados nos Açores (5,2%) e Centro (5,7%). Face ao trimestre homólogo, a taxa de desemprego diminuiu no Norte, Lisboa e Madeira e aumentou no Centro, Alentejo, Algarve e Açores.Desemprego cai na MadeiraO secretário dos Recursos Humanos madeirense considerou que a taxa de desemprego nos últimos três meses na Madeira revelada pelo INE dá razão ao Governo Regional quando afirma que a situação se encontra estabilizada no arquipélago. Num comentário distribuído no Funchal, Brazão de Castro refere que os dados do INE confirmam que a taxa de desemprego desceu dos 6,1 para os 5,8% neste arquipélago, o que representa "um decréscimo significativo", sendo o valor mais baixo dos últimos sete trimestres. "É preciso recuar até os últimos três meses de 2006 para encontrar um valor idêntico", salienta a nota. Conclui apontando que "estes dados revelam que a situação do desemprego na Madeira se mantém favorável em relação à média nacional e que, tudo indica, não só se encontra estabilizada como revela mesmo alguma tendência para melhoria".Perspectivas: Como vê a actual taxa de desemprego?Hugo Velosa, deputado do PSD "O facto de haver um aumento do desemprego em relação aos trimestres anteriores - não em relação ao período homólogo - e de o número de desempregados aumentar vem demonstrar a preocupação de que há tendência a partir de agora para haver um aumento do desemprego".Eugénio Rosa, deputado do PCP"Não estamos surpreendidos porque é uma consequência da crise (financeira) e já tínhamos alertado o Governo para estes efeitos. Os números apenas vêm confirmar que o agravamento da crise (financeira) está a ter reflexos e de forma muito rápida".Pedro Mota Soares, deputado do CDS/PP "Os dados do desemprego que mostram uma subida do segundo trimestre para o terceiro trimestre são a confirmação de que o desemprego continua a ser o maior problema social e revelam a total resignação e incapacidade do Governo PS para reagir ao problema".Mariana Aiveca, deputada do Bloco de Esquerda "Estes números ainda não incluem as muitas empresas que encerraram, especialmente a Norte, nem reflectem as perspectivas de desemprego de empresas que já anunciaram 'lay off'. Ou o Governo intervém rapidamente ou vai ser confrontado com um crescimento exponencial do desemprego".Fonte: DN

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