PALAVROSSAVRVS REX: RESNOSTRA, NOME CANINO

30-09-2009
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1. No País em que nenhuma surpresa nos surpreende e em que rigorosamente tudo pode acontecer, fica a saber-se que o ex-presidente do BPN Oliveira e Costa encerrou a empresa Resnostra, que tinha sede na garagem da casa onde reside, em Lisboa, vinte e dois dias depois de ter entrado em prisão preventiva, segundo indicam documentos a que a Lusa teve acesso. Oliveira e Costa constituiu a 30 de Junho de 2008 a Resnostra Investimentos Lda, com sede na garagem do edifício da Av. Pedro Álvares Cabral, onde o ex-presidente do Banco Português de Negócios (BPN) foi detido a 20 de Novembro, segundo dados da Coface, empresa de seguros de crédito e de informação sobre empresas. Resnostra, à letra, quer dizer 'Coisa Nossa', Cosa Nostra. Até com apodos de nojo, de crime, de exclusivismo homicida, confluem os horrorosos desígnios devoristas dentro do BPN e entre os seus actores mais ou menos ocultos, graças aos quais, venha quem vier, preciosos recursos à nossa economia já terão sido capturados e perdidos no Buraco ainda sem um Fundo que se possa precisar exactamente. Oliveira e Costa não deveria estar só na sua prisão preventiva a partir da qual afinal opera com a liberdade e o despudor com que aparentemente sempre operou.lkj2. À vista desarmada, a "recusa reiterada" do Banco de Portugal (BdP) em divulgar documentação sobre o BPN à comissão parlamentar de inquérito à nacionalização do banco só faz alastrar o manto de suspeição sobre a inoperância negligente e deliberada da supervisão. De tal recusa resultará que os deputados decidam se requerem judicialmente o levantamento do dever de sigilo bancário. O assunto foi abordado na terça-feira pelo deputado comunista Honório Novo antes do início dos trabalhos e a presidente da comissão, Maria de Belém Roseira, remeteu para o próximo encontro a sua discussão. Mas, segundo revelaram ao Público fontes parlamentares, a discussão não é nova e motivou há algumas semanas o envio de um ofício ao BdP em que a comissão disse querer ver levantado o dever de sigilo. Caso para questionar: para que servem as comissões de inquérito parlamentar se ou se vêem por sistema desautorizadas ou simplesmente não parecem exercer suficiente força persuasiva para melhor devassa dos factos?! E no entanto é bem melhor que nada.


1. No País em que nenhuma surpresa nos surpreende e em que rigorosamente tudo pode acontecer, fica a saber-se que o ex-presidente do BPN Oliveira e Costa encerrou a empresa Resnostra, que tinha sede na garagem da casa onde reside, em Lisboa, vinte e dois dias depois de ter entrado em prisão preventiva, segundo indicam documentos a que a Lusa teve acesso. Oliveira e Costa constituiu a 30 de Junho de 2008 a Resnostra Investimentos Lda, com sede na garagem do edifício da Av. Pedro Álvares Cabral, onde o ex-presidente do Banco Português de Negócios (BPN) foi detido a 20 de Novembro, segundo dados da Coface, empresa de seguros de crédito e de informação sobre empresas. Resnostra, à letra, quer dizer 'Coisa Nossa', Cosa Nostra. Até com apodos de nojo, de crime, de exclusivismo homicida, confluem os horrorosos desígnios devoristas dentro do BPN e entre os seus actores mais ou menos ocultos, graças aos quais, venha quem vier, preciosos recursos à nossa economia já terão sido capturados e perdidos no Buraco ainda sem um Fundo que se possa precisar exactamente. Oliveira e Costa não deveria estar só na sua prisão preventiva a partir da qual afinal opera com a liberdade e o despudor com que aparentemente sempre operou.lkj2. À vista desarmada, a "recusa reiterada" do Banco de Portugal (BdP) em divulgar documentação sobre o BPN à comissão parlamentar de inquérito à nacionalização do banco só faz alastrar o manto de suspeição sobre a inoperância negligente e deliberada da supervisão. De tal recusa resultará que os deputados decidam se requerem judicialmente o levantamento do dever de sigilo bancário. O assunto foi abordado na terça-feira pelo deputado comunista Honório Novo antes do início dos trabalhos e a presidente da comissão, Maria de Belém Roseira, remeteu para o próximo encontro a sua discussão. Mas, segundo revelaram ao Público fontes parlamentares, a discussão não é nova e motivou há algumas semanas o envio de um ofício ao BdP em que a comissão disse querer ver levantado o dever de sigilo. Caso para questionar: para que servem as comissões de inquérito parlamentar se ou se vêem por sistema desautorizadas ou simplesmente não parecem exercer suficiente força persuasiva para melhor devassa dos factos?! E no entanto é bem melhor que nada.

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