antreus: "Alma, maldita alma", de Manuel Rivas

04-07-2009
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Manuel Rivas é um jornalista e escritor galego, de cinquenta anos, com vários prémios de jornalismo e de literatura. Foi um dos fundadores da Greenpeace de Espanha e vários dos seus livros foram adaptados ao cinema.A D. Quixote editou-lhe este livro no ano de 2001 e têm outros títulos publicados do mesmo autor."Alma, maldita alma" é um dos treze contos deste livro, contados a partir de estórias do dia-a-dia para lhes explorar e elevar, a um nível superior de reflexão e sentimentos, algumas das suas componentes.Com uma escrita linear e límpida, não têm palavras as mais. Estão lá as que bastam. para atingirmos essas sensações.Do conto que dá nome ao livro, um padre, Fermín, crítico da sua Igreja, saboreia a paixão com uma paroquiana. E o conto termina: "A minha alma, pensou, são estas pedras amontoadas atrás a catedral. Os dados de Deus. Um póquer falido.Esbracejou no ar, espantando as nuvens de pó. E depois entrou na Santa Basílica para oficiar o funeral.Quando levantou o cálice com o vinho da consagração, descobriu Ana entre os fiéis. Atalaia davídica é o teu colo, bem guarnecido de ameias. Os teus seios são como crias gémeas de gazela pastando nos lírios.Ao beber o sangue de Cristo, notou o tique trémulo, incontrolável, no lábio inferior. Aí está, pensou. Ela, a alma. A maldita alma."Publicações D. QuixoteColecção Ficção UniversalPreço 11 euros2001


Manuel Rivas é um jornalista e escritor galego, de cinquenta anos, com vários prémios de jornalismo e de literatura. Foi um dos fundadores da Greenpeace de Espanha e vários dos seus livros foram adaptados ao cinema.A D. Quixote editou-lhe este livro no ano de 2001 e têm outros títulos publicados do mesmo autor."Alma, maldita alma" é um dos treze contos deste livro, contados a partir de estórias do dia-a-dia para lhes explorar e elevar, a um nível superior de reflexão e sentimentos, algumas das suas componentes.Com uma escrita linear e límpida, não têm palavras as mais. Estão lá as que bastam. para atingirmos essas sensações.Do conto que dá nome ao livro, um padre, Fermín, crítico da sua Igreja, saboreia a paixão com uma paroquiana. E o conto termina: "A minha alma, pensou, são estas pedras amontoadas atrás a catedral. Os dados de Deus. Um póquer falido.Esbracejou no ar, espantando as nuvens de pó. E depois entrou na Santa Basílica para oficiar o funeral.Quando levantou o cálice com o vinho da consagração, descobriu Ana entre os fiéis. Atalaia davídica é o teu colo, bem guarnecido de ameias. Os teus seios são como crias gémeas de gazela pastando nos lírios.Ao beber o sangue de Cristo, notou o tique trémulo, incontrolável, no lábio inferior. Aí está, pensou. Ela, a alma. A maldita alma."Publicações D. QuixoteColecção Ficção UniversalPreço 11 euros2001

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