Estudo realça «importância do pai» para as crianças

05-10-2009
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Estudos recentes, feitos por investigadores do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), concluem que «a presença do pai na vida da criança tem um papel fundamental para o seu desenvolvimento sócio-emocional a vários níveis», refere a Lusa. Na sua tese de mestrado intitulada «Pai, conta-me uma história - A importância do Pai no Desenvolvimento da Auto-estima na Criança», apresentada em Março, a psicóloga Inês Rito concluiu que «as crianças que têm um pai presente, com o qual coabitam na mesma casa, têm um nível de auto-estima superior àquelas que têm um pai ausente, com o qual não vivem». Para este estudo, a investigadora inquiriu 81 crianças, com idades entre os oito e os doze anos, das quais 51 têm um pai presente e 30 têm um pai ausente. Para medir o desenvolvimento da sua auto-estima, utilizou o método de Susan Harter, um instrumento científico utilizado para este fim nas crianças, através de perguntas que têm uma escala de auto-avaliação. O método diz respeito a vários domínios, nomeadamente a competência escolar, que mede o quão competente a criança se sente, a aceitação escolar, que mede o quão popular ou socialmente aceite a criança se auto-avalia, entre outros aspectos. «Depois de analisar todas as respostas nos dois grupos de crianças, concluí que as crianças com pai presente têm os seus níveis de auto-estima bastante superiores àquelas não vivem com o pai», disse Inês Rito. A psicóloga defende que «o pai é um pilar muito importante no desenvolvimento de qualquer criança», mas assume que «nem sempre os pais presentes são uma mais-valia», referindo-se àqueles que, embora presentes, não convivem directamente com os filhos. Um outro estudo feito na Unidade de Psicologia Cognitiva do Desenvolvimento e da Educação do ISPA e também divulgado neste mês de Março concluiu, de forma semelhante, que «quanto maior é a participação e o envolvimento do pai no crescimento e educação da criança melhor é a qualidade da relação que se estabelece entre ambos». Segundo a psicóloga Manuela Veríssimo, uma das responsáveis pela investigação e docente do ISPA, «a figura do pai tem uma grande importância na vinculação com o progenitor e a sua imagem na família, enquanto um ser um pouco esquecido, começa a ser encarada de outra forma». A amostra deste estudo consistiu em entrevistas a 44 díades mãe/criança e pai/criança, tendo as crianças, em média, 31,91 meses, sendo 23 do sexo feminino e 21 do sexo masculino, com mães e pais a trabalhar a tempo inteiro. Foram feitas análises à participação do pai nas actividades e à qualidade da vinculação pai/filho, que permitiram chegar a estas conclusões. «Apesar de, hoje em dia, ser quase sempre a mãe a realizar as tarefas domésticas, a ir às reuniões da escola ou a ficar em casa quando os filhos estão doentes, o pai participa de forma igualitária nas actividades lúdicas da criança», pode ler-se nas conclusões da investigação. Ainda na área das actividades lúdicas, estes investigadores concluíram que «quanto mais elevadas as habilitações literárias do pai maior a sua participação nas actividades de brincadeira/lazer».Copiado integralmente do Portugal Diário


Estudos recentes, feitos por investigadores do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), concluem que «a presença do pai na vida da criança tem um papel fundamental para o seu desenvolvimento sócio-emocional a vários níveis», refere a Lusa. Na sua tese de mestrado intitulada «Pai, conta-me uma história - A importância do Pai no Desenvolvimento da Auto-estima na Criança», apresentada em Março, a psicóloga Inês Rito concluiu que «as crianças que têm um pai presente, com o qual coabitam na mesma casa, têm um nível de auto-estima superior àquelas que têm um pai ausente, com o qual não vivem». Para este estudo, a investigadora inquiriu 81 crianças, com idades entre os oito e os doze anos, das quais 51 têm um pai presente e 30 têm um pai ausente. Para medir o desenvolvimento da sua auto-estima, utilizou o método de Susan Harter, um instrumento científico utilizado para este fim nas crianças, através de perguntas que têm uma escala de auto-avaliação. O método diz respeito a vários domínios, nomeadamente a competência escolar, que mede o quão competente a criança se sente, a aceitação escolar, que mede o quão popular ou socialmente aceite a criança se auto-avalia, entre outros aspectos. «Depois de analisar todas as respostas nos dois grupos de crianças, concluí que as crianças com pai presente têm os seus níveis de auto-estima bastante superiores àquelas não vivem com o pai», disse Inês Rito. A psicóloga defende que «o pai é um pilar muito importante no desenvolvimento de qualquer criança», mas assume que «nem sempre os pais presentes são uma mais-valia», referindo-se àqueles que, embora presentes, não convivem directamente com os filhos. Um outro estudo feito na Unidade de Psicologia Cognitiva do Desenvolvimento e da Educação do ISPA e também divulgado neste mês de Março concluiu, de forma semelhante, que «quanto maior é a participação e o envolvimento do pai no crescimento e educação da criança melhor é a qualidade da relação que se estabelece entre ambos». Segundo a psicóloga Manuela Veríssimo, uma das responsáveis pela investigação e docente do ISPA, «a figura do pai tem uma grande importância na vinculação com o progenitor e a sua imagem na família, enquanto um ser um pouco esquecido, começa a ser encarada de outra forma». A amostra deste estudo consistiu em entrevistas a 44 díades mãe/criança e pai/criança, tendo as crianças, em média, 31,91 meses, sendo 23 do sexo feminino e 21 do sexo masculino, com mães e pais a trabalhar a tempo inteiro. Foram feitas análises à participação do pai nas actividades e à qualidade da vinculação pai/filho, que permitiram chegar a estas conclusões. «Apesar de, hoje em dia, ser quase sempre a mãe a realizar as tarefas domésticas, a ir às reuniões da escola ou a ficar em casa quando os filhos estão doentes, o pai participa de forma igualitária nas actividades lúdicas da criança», pode ler-se nas conclusões da investigação. Ainda na área das actividades lúdicas, estes investigadores concluíram que «quanto mais elevadas as habilitações literárias do pai maior a sua participação nas actividades de brincadeira/lazer».Copiado integralmente do Portugal Diário

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