A recompensa do criminoso

06-10-2009
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Otelo Saraiva de Carvalho foi o líder operacional das FP-25 de Abril. Este facto foi julgado e provado em tribunal. Entre os crimes de que foi acusado, estavam o assassinato de 17 pessoas, de uma forma fria, brutal e cobarde. Apesar disso, Otelo foi promovido a Coronel por despacho conjunto do Ministro da Defesa e das Finanças. Entre as vitimas, estava o meu Pai, Gaspar Castelo-Branco, Director Geral dos Serviços Prisionais, assassinado a sangue frio, de forma cobarde, com dois tiros na nuca.Apesar da sua coragem e sentido de dever, Gaspar Castelo-Branco, foi ostensivamente esquecido pelo poder vigente. No ano da sua morte, foi proposto para uma condecoração, recusada por Mário Soares (NDR. Que mais tarde como Presidente da República, tirou Otelo da cadeia, através de um vergonhoso indulto e posterior amnistia às FP25.) Hoje, Otelo é promovido a Coronel, com uma indemnização superior aquela que receberam as famílias das vítimas que assassinou. Não vale a pena expressar ainda mais a minha vergonha, revolta e incompreensão. Este Ministro que o promoveu, não tem memória nem vergonha, não merece o meu respeito nem dos Portugueses.PS: Gaspar Castelo-Branco não foi assassinado por se opor ou discordar das FP-25 Abril, mas porque no exercício da sua função, ao serviço do Estado, cumpriu o seu dever, acatou ordens com coragem e sentido de dever. Era o homem certo no lugar errado e por isso foi morto. Foi o mais alto funcionário do estado a ser vitima dos terroristas das FP-25 de Abril.Manuel Castelo-Branco no 31 da ArmadaEsta história tem uma ligação a Matosinhos que passo a explicar:Precisamente ao lado de minha casa na Rua Brito e Cunha, vivia um miúdo de uns 10/12 anos como eu na altura. O seu nome era Filipe e era filho do juiz do julgamento ás FP25. Talvez como eu, o meu amigo e vizinho dessa altura António Parada (actual Presidente da Junta de Freguesia de Matosinhos), se recorde também deste caso. Esse miúdo não tinha uma vida normal como todos nós, vivia protegido por polícias (lembro-me de uma noite de Natal que a minha mãe lhes foi oferecer uma fatia de bolo rei). Todos vivíamos com medo que um dia acontecesse algo que felizmente nunca aconteceu. Este Sr. que agora é promovido com um reforma de 50 000€ (10 000 contos) por mês, também a gente anónima como nós, afectou na noção de direitos e de valores. Tudo o que de bom tenha feito antes, matou nesses momentos em que decidiu sacrificar gente inocente por uma causa em que nunca conseguiu ter base de apoio, foi sempre uma força residual inferior a alguns partidos que hoje existem e só nos lembramos deles quando vemos os boletins de voto.Solidariedade ao Manuel e restante família. Quanto ao Filipe que nunca mais vi, se leres este tópico entra em contacto comigo, gostava muito de te rever amigo.Quem se irrita com as críticas está a reconhecer que as merece. (Tácito)


Otelo Saraiva de Carvalho foi o líder operacional das FP-25 de Abril. Este facto foi julgado e provado em tribunal. Entre os crimes de que foi acusado, estavam o assassinato de 17 pessoas, de uma forma fria, brutal e cobarde. Apesar disso, Otelo foi promovido a Coronel por despacho conjunto do Ministro da Defesa e das Finanças. Entre as vitimas, estava o meu Pai, Gaspar Castelo-Branco, Director Geral dos Serviços Prisionais, assassinado a sangue frio, de forma cobarde, com dois tiros na nuca.Apesar da sua coragem e sentido de dever, Gaspar Castelo-Branco, foi ostensivamente esquecido pelo poder vigente. No ano da sua morte, foi proposto para uma condecoração, recusada por Mário Soares (NDR. Que mais tarde como Presidente da República, tirou Otelo da cadeia, através de um vergonhoso indulto e posterior amnistia às FP25.) Hoje, Otelo é promovido a Coronel, com uma indemnização superior aquela que receberam as famílias das vítimas que assassinou. Não vale a pena expressar ainda mais a minha vergonha, revolta e incompreensão. Este Ministro que o promoveu, não tem memória nem vergonha, não merece o meu respeito nem dos Portugueses.PS: Gaspar Castelo-Branco não foi assassinado por se opor ou discordar das FP-25 Abril, mas porque no exercício da sua função, ao serviço do Estado, cumpriu o seu dever, acatou ordens com coragem e sentido de dever. Era o homem certo no lugar errado e por isso foi morto. Foi o mais alto funcionário do estado a ser vitima dos terroristas das FP-25 de Abril.Manuel Castelo-Branco no 31 da ArmadaEsta história tem uma ligação a Matosinhos que passo a explicar:Precisamente ao lado de minha casa na Rua Brito e Cunha, vivia um miúdo de uns 10/12 anos como eu na altura. O seu nome era Filipe e era filho do juiz do julgamento ás FP25. Talvez como eu, o meu amigo e vizinho dessa altura António Parada (actual Presidente da Junta de Freguesia de Matosinhos), se recorde também deste caso. Esse miúdo não tinha uma vida normal como todos nós, vivia protegido por polícias (lembro-me de uma noite de Natal que a minha mãe lhes foi oferecer uma fatia de bolo rei). Todos vivíamos com medo que um dia acontecesse algo que felizmente nunca aconteceu. Este Sr. que agora é promovido com um reforma de 50 000€ (10 000 contos) por mês, também a gente anónima como nós, afectou na noção de direitos e de valores. Tudo o que de bom tenha feito antes, matou nesses momentos em que decidiu sacrificar gente inocente por uma causa em que nunca conseguiu ter base de apoio, foi sempre uma força residual inferior a alguns partidos que hoje existem e só nos lembramos deles quando vemos os boletins de voto.Solidariedade ao Manuel e restante família. Quanto ao Filipe que nunca mais vi, se leres este tópico entra em contacto comigo, gostava muito de te rever amigo.Quem se irrita com as críticas está a reconhecer que as merece. (Tácito)

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