Críticos avançam à margem do PCP

16-03-2008
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Críticos avançam à margem do PCP

Alterar tamanho CONTINUA activo o grupo de militantes comunistas críticos que, em Novembro, promoveu um abaixo-assinado de protesto pelas condições de preparação do XVII Congresso. Num encontro que teve lugar esta semana, em que participaram Fernando Vicente, Joaquim Miranda, Henrique Sousa, Vítor Sarmento, José Tavares e Rogério Brito, entre outros, foi afirmada a vontade de participar activamente na campanha eleitoral das legislativas antecipadas, de forma a ajudar à derrota da Direita. Mas não ao lado do PCP. CONTINUA activo o grupo de militantes comunistas críticos que, em Novembro, promoveu um abaixo-assinado de protesto pelas condições de preparação do XVII Congresso. Num encontro que teve lugar esta semana, em que participaram Fernando Vicente, Joaquim Miranda, Henrique Sousa, Vítor Sarmento, José Tavares e Rogério Brito, entre outros, foi afirmada a vontade de participar activamente na campanha eleitoral das legislativas antecipadas, de forma a ajudar à derrota da Direita. Mas não ao lado do PCP. O grupo agendou para 14 de Janeiro um jantar, no qual será discutida a forma de participação nessa batalha eleitoral. Em cima da mesa, ao que o EXPRESSO apurou, poderá estar a formação de uma associação cívica, aberta a militantes comunistas e outros marxistas. Associação essa que poderá surgir na mesma altura em que o movimento da Renovação Comunista deverá passar a associação política. As duas iniciativas não têm qualquer ligação. Em Novembro, o grupo de militantes críticos entregou à direcção do PCP um documento (acompanhado de 171 assinaturas) que criticava o «fechamento sectário e crispado do PCP», e o afastamento e exclusão de muitos comunistas. O texto, além das assinaturas dos militantes já referidos, teve como signatários os autarcas alentejanos Lopes Guerreiro, Alfredo Barroso e Carreira Marques, além de vários sindicalistas. O apelo dos críticos foi ignorado pela reunião do Comité Central que aprovou as «teses» (orientação estratégica do partido). E também o foi, uma semana depois, em Almada, no conclave que aclamou o novo secretário-geral Jerónimo de Sousa, enquanto as vozes críticas de Fernando Vicente e Lopes Guerreiro - dois dos signatários - receberam a hostilidade dos delegados. Esta recepção terá levado os que assinaram o abaixo-assinado a perder as últimas ilusões sobre a possibilidade de mudança no PCP. Desde o Congresso, já se verificaram desfiliações de alguns signatários e outros ponderam fazê-lo no futuro. Enquanto o grupo do abaixo-assinado pondera a formação de uma associação, em 14 de Janeiro, o movimento da Renovação Comunista tem agendado, para dia 9 do mesmo mês, um Encontro Nacional onde optará pela formalização de uma associação política. Teoricamente, será possível que os renovadores admitam, em alternativa, a criação de um partido político, mas esse caminho é improvável. Para já, porque a Comissão Dinamizadora - o núcleo dirigente dos renovadores - apresentou uma proposta para que o movimento se transforme em associação. O dirigente renovador Edgar Correia defendeu ser «tecnicamente impossível» formalizar um partido a tempo de concorrer às eleições.

Renovadores nas listas do BE

Mas não foi só o calendário eleitoral a condicionar a opção dos renovadores. A criação de um partido, a curto prazo, era defendida apenas por uma reduzidíssima minoria. Entretanto, alguns elementos da própria Dinamizadora aceitaram já integrar as listas do Bloco de Esquerda. É o caso de João Semedo (terceiro na lista do BE pelo Porto) e de Adelino Granja (que integrará a lista de Leiria). À margem destes dois grandes grupos de comunistas descontentes, os deputados que não aprovaram as «Teses» do Congresso - António Filipe (voto contra) e Honório Novo (abstenção) - continuarão a fazer parte das listas comunistas: Filipe será terceiro em Lisboa (atrás de Jerónimo de Sousa e de Bernardino Soares) e Honório voltará a concorrer pelo Porto.

Manuel Agostinho Magalhães Odete diz não a Estrasburgo O EURODEPUTADO comunista Sérgio Ribeiro abandona o Parlamento Europeu, por razões pessoais, mas não será Odete Santos a substituí-lo. Sérgio Ribeiro, que apresentou na quinta-feira uma carta de renúncia, foi segundo na lista da CDU às europeias de Junho, enquanto Odete Santos foi apresentada na campanha eleitoral como a arma da aliança liderada pelo PCP para obter o reforço da representação em Estrasburgo, objectivo que não foi conseguido. O EURODEPUTADO comunista Sérgio Ribeiro abandona o Parlamento Europeu, por razões pessoais, mas não será Odete Santos a substituí-lo. Sérgio Ribeiro, que apresentou na quinta-feira uma carta de renúncia, foi segundo na lista da CDU às europeias de Junho, enquanto Odete Santos foi apresentada na campanha eleitoral como a arma da aliança liderada pelo PCP para obter o reforço da representação em Estrasburgo, objectivo que não foi conseguido. Ao que o EXPRESSO apurou, o PCP quer apresentar Odete Santos como cabeça-de-lista por Setúbal nas legislativas de Fevereiro, razão pela qual a deputada não seguirá para o Parlamento Europeu. Em seu lugar, irá Pedro Guerreiro, que até agora era responsável pelo Gabinete do PCP em Estrasburgo. O novo colega de Ilda Figueiredo no hemiciclo europeu aparecia em quinto lugar na lista eleitoral da CDU, depois de Heloísa Apolónia, de Os Verdes.

Críticos avançam à margem do PCP

Alterar tamanho CONTINUA activo o grupo de militantes comunistas críticos que, em Novembro, promoveu um abaixo-assinado de protesto pelas condições de preparação do XVII Congresso. Num encontro que teve lugar esta semana, em que participaram Fernando Vicente, Joaquim Miranda, Henrique Sousa, Vítor Sarmento, José Tavares e Rogério Brito, entre outros, foi afirmada a vontade de participar activamente na campanha eleitoral das legislativas antecipadas, de forma a ajudar à derrota da Direita. Mas não ao lado do PCP. CONTINUA activo o grupo de militantes comunistas críticos que, em Novembro, promoveu um abaixo-assinado de protesto pelas condições de preparação do XVII Congresso. Num encontro que teve lugar esta semana, em que participaram Fernando Vicente, Joaquim Miranda, Henrique Sousa, Vítor Sarmento, José Tavares e Rogério Brito, entre outros, foi afirmada a vontade de participar activamente na campanha eleitoral das legislativas antecipadas, de forma a ajudar à derrota da Direita. Mas não ao lado do PCP. O grupo agendou para 14 de Janeiro um jantar, no qual será discutida a forma de participação nessa batalha eleitoral. Em cima da mesa, ao que o EXPRESSO apurou, poderá estar a formação de uma associação cívica, aberta a militantes comunistas e outros marxistas. Associação essa que poderá surgir na mesma altura em que o movimento da Renovação Comunista deverá passar a associação política. As duas iniciativas não têm qualquer ligação. Em Novembro, o grupo de militantes críticos entregou à direcção do PCP um documento (acompanhado de 171 assinaturas) que criticava o «fechamento sectário e crispado do PCP», e o afastamento e exclusão de muitos comunistas. O texto, além das assinaturas dos militantes já referidos, teve como signatários os autarcas alentejanos Lopes Guerreiro, Alfredo Barroso e Carreira Marques, além de vários sindicalistas. O apelo dos críticos foi ignorado pela reunião do Comité Central que aprovou as «teses» (orientação estratégica do partido). E também o foi, uma semana depois, em Almada, no conclave que aclamou o novo secretário-geral Jerónimo de Sousa, enquanto as vozes críticas de Fernando Vicente e Lopes Guerreiro - dois dos signatários - receberam a hostilidade dos delegados. Esta recepção terá levado os que assinaram o abaixo-assinado a perder as últimas ilusões sobre a possibilidade de mudança no PCP. Desde o Congresso, já se verificaram desfiliações de alguns signatários e outros ponderam fazê-lo no futuro. Enquanto o grupo do abaixo-assinado pondera a formação de uma associação, em 14 de Janeiro, o movimento da Renovação Comunista tem agendado, para dia 9 do mesmo mês, um Encontro Nacional onde optará pela formalização de uma associação política. Teoricamente, será possível que os renovadores admitam, em alternativa, a criação de um partido político, mas esse caminho é improvável. Para já, porque a Comissão Dinamizadora - o núcleo dirigente dos renovadores - apresentou uma proposta para que o movimento se transforme em associação. O dirigente renovador Edgar Correia defendeu ser «tecnicamente impossível» formalizar um partido a tempo de concorrer às eleições.

Renovadores nas listas do BE

Mas não foi só o calendário eleitoral a condicionar a opção dos renovadores. A criação de um partido, a curto prazo, era defendida apenas por uma reduzidíssima minoria. Entretanto, alguns elementos da própria Dinamizadora aceitaram já integrar as listas do Bloco de Esquerda. É o caso de João Semedo (terceiro na lista do BE pelo Porto) e de Adelino Granja (que integrará a lista de Leiria). À margem destes dois grandes grupos de comunistas descontentes, os deputados que não aprovaram as «Teses» do Congresso - António Filipe (voto contra) e Honório Novo (abstenção) - continuarão a fazer parte das listas comunistas: Filipe será terceiro em Lisboa (atrás de Jerónimo de Sousa e de Bernardino Soares) e Honório voltará a concorrer pelo Porto.

Manuel Agostinho Magalhães Odete diz não a Estrasburgo O EURODEPUTADO comunista Sérgio Ribeiro abandona o Parlamento Europeu, por razões pessoais, mas não será Odete Santos a substituí-lo. Sérgio Ribeiro, que apresentou na quinta-feira uma carta de renúncia, foi segundo na lista da CDU às europeias de Junho, enquanto Odete Santos foi apresentada na campanha eleitoral como a arma da aliança liderada pelo PCP para obter o reforço da representação em Estrasburgo, objectivo que não foi conseguido. O EURODEPUTADO comunista Sérgio Ribeiro abandona o Parlamento Europeu, por razões pessoais, mas não será Odete Santos a substituí-lo. Sérgio Ribeiro, que apresentou na quinta-feira uma carta de renúncia, foi segundo na lista da CDU às europeias de Junho, enquanto Odete Santos foi apresentada na campanha eleitoral como a arma da aliança liderada pelo PCP para obter o reforço da representação em Estrasburgo, objectivo que não foi conseguido. Ao que o EXPRESSO apurou, o PCP quer apresentar Odete Santos como cabeça-de-lista por Setúbal nas legislativas de Fevereiro, razão pela qual a deputada não seguirá para o Parlamento Europeu. Em seu lugar, irá Pedro Guerreiro, que até agora era responsável pelo Gabinete do PCP em Estrasburgo. O novo colega de Ilda Figueiredo no hemiciclo europeu aparecia em quinto lugar na lista eleitoral da CDU, depois de Heloísa Apolónia, de Os Verdes.

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