antonio boronha: estórias de shanghai

01-10-2009
marcar artigo


(foto ab, via iPhone)não resisto a transcrever - até porque faço parte dela - a estória que o carlos godinho conta no seu blogue, a da nossa entrada na china, em dezembro de 2001 (junto fotografia do meu passaporte com o 'famoso' visto)."Em finais de 2001, depois do sorteio do mundial, fomos, eu e o António Boronha, e a convite das entidades chinesas de Xangai, diga-se PCC, visitar esta cidade no sentido de fazermos aí o estágio para o mundial. Saímos da Coreia e à chegada a Xangai, tinhamos, à saída do avião, um carro oficial para nos levar ao hotel e às reuniões previstas. Acontece porém, que dentro de todo aquele formalismo próprio dos orientais, se esqueceram de tratar com as autoridades do aeroporto a necessária autorização e a passagem de um visto temporário. Depois de algum tempo esperando por uma solução e sem resultado final à vista, lembrámo-nos de mostrar aos polícias uma revista da FPF que tinha uma foto da Selecção Nacional e onde estávamos os dois. Dissemos então aos nossos interlocutores, este sou eu e este é aquele, apontando na foto as nossas imagens e este aqui é o Figo! Figo, Figo, gritaram os polícias com surpresa e vendo em nós, a partir daquele momento, figuras muito importantes que ladeavam o seu ídolo. Em 10 minutos já tinhamos os nossos passaportes carimbados e estávamos na cidade dentro de um veículo do Partido. Quando chegou finalmente a autorização oficial já descansávamos no hotel! Nem a burocracia do PCC resistiu á força mediática global do futebol e à imagem daquele jogador fantástico que se tornou uma figura mundial ultrapassando as fronteiras europeias.Esta história parece uma invenção, mas é verdadeira e para quem a viveu, extraordinária. Foi uma pena não termos feito o estágio em Xangai, dado que era o local que reunia melhores condições. Mas isso é outra "estória"."por ilustrativo de muita coisa que (de mal) se passou à volta da nossa participação no 'mundial da coreia' junto o oportuno e esclarecedor comentário feito pelo jornalista josé carlos freitas no mesmo 'post':"Como sabes, caro Godinho, o "mister" da altura fez todos os possíveis para ir com vocês a essa visita a descartar-se da inspecção aos hotéis e Academia Militar de Seul. Ao fim desse mesmo dia em que vocês visitavam Shanghai, eu, o "mister" e o nosso amigo PO, tomavamos um café no hotel (que acabaria por ser o da Selecção), quando o Boronha telefonou e descreveu ao "mister" as condições encontradas. Ele dizia que sim, que estava muito admirado, muito contente com o que ficava a saber e que podia ser mesmo uma excelente alternativa a Macau para o estágio final. Quando o telefonema acabou, o "mister" virou-se para mim e disse:"Sabes quando vamos fazer estágio para Shanghai? Por cima do meu cadáver."no further comments!


(foto ab, via iPhone)não resisto a transcrever - até porque faço parte dela - a estória que o carlos godinho conta no seu blogue, a da nossa entrada na china, em dezembro de 2001 (junto fotografia do meu passaporte com o 'famoso' visto)."Em finais de 2001, depois do sorteio do mundial, fomos, eu e o António Boronha, e a convite das entidades chinesas de Xangai, diga-se PCC, visitar esta cidade no sentido de fazermos aí o estágio para o mundial. Saímos da Coreia e à chegada a Xangai, tinhamos, à saída do avião, um carro oficial para nos levar ao hotel e às reuniões previstas. Acontece porém, que dentro de todo aquele formalismo próprio dos orientais, se esqueceram de tratar com as autoridades do aeroporto a necessária autorização e a passagem de um visto temporário. Depois de algum tempo esperando por uma solução e sem resultado final à vista, lembrámo-nos de mostrar aos polícias uma revista da FPF que tinha uma foto da Selecção Nacional e onde estávamos os dois. Dissemos então aos nossos interlocutores, este sou eu e este é aquele, apontando na foto as nossas imagens e este aqui é o Figo! Figo, Figo, gritaram os polícias com surpresa e vendo em nós, a partir daquele momento, figuras muito importantes que ladeavam o seu ídolo. Em 10 minutos já tinhamos os nossos passaportes carimbados e estávamos na cidade dentro de um veículo do Partido. Quando chegou finalmente a autorização oficial já descansávamos no hotel! Nem a burocracia do PCC resistiu á força mediática global do futebol e à imagem daquele jogador fantástico que se tornou uma figura mundial ultrapassando as fronteiras europeias.Esta história parece uma invenção, mas é verdadeira e para quem a viveu, extraordinária. Foi uma pena não termos feito o estágio em Xangai, dado que era o local que reunia melhores condições. Mas isso é outra "estória"."por ilustrativo de muita coisa que (de mal) se passou à volta da nossa participação no 'mundial da coreia' junto o oportuno e esclarecedor comentário feito pelo jornalista josé carlos freitas no mesmo 'post':"Como sabes, caro Godinho, o "mister" da altura fez todos os possíveis para ir com vocês a essa visita a descartar-se da inspecção aos hotéis e Academia Militar de Seul. Ao fim desse mesmo dia em que vocês visitavam Shanghai, eu, o "mister" e o nosso amigo PO, tomavamos um café no hotel (que acabaria por ser o da Selecção), quando o Boronha telefonou e descreveu ao "mister" as condições encontradas. Ele dizia que sim, que estava muito admirado, muito contente com o que ficava a saber e que podia ser mesmo uma excelente alternativa a Macau para o estágio final. Quando o telefonema acabou, o "mister" virou-se para mim e disse:"Sabes quando vamos fazer estágio para Shanghai? Por cima do meu cadáver."no further comments!

marcar artigo