antonio boronha: calcio vecchio

26-06-2009
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" Houve tempos em que o campeonato italiano era considerado il piu bello del mondo. Estamos a falar, mais ano menos ano, do vinténio entre 1980 e 2000. Depois, à medida que a beleza ia definhando, passou a ser tido como il piu difficile, em razão do tacticismo exacerbado que nele imperava e impera. Agora — perante a crueza dos resultados (reflectidos no declínio verificado no ranking da UEFA) e das perspectivas (equipas envelhecidas e desgastadas, estádios decrépitos, feios, violentos e vazios, direitos televisivos em queda livre) — com um pouco de exagero à mistura já é visto como il piu scadente, ou seja, o mais decadente. Os ingleses, entre ironia e achincalhe, vão mesmo mais longe: «A Série A é uma casa de repouso para os futebolistas à beira da reforma», sentencia o The Times. «É estranho como o equilíbrio de poder (e de orçamentos) se tenha alterado tão depressa entre a Premier League, cada vez mais forte, com três semifinalistas nas duas últimas edições da Champions, e a Série A, remetida para o limbo da Europa.» O Daily Mail, por sua vez, é ainda mais corrosivo: «A lista de compras do calcio mostra bem o escasso fascínio que ele exerce: Shevchenko e Ronaldinho são 'sobras' do Chelsea e do Barcelona e os outros foram reciclados na Premier, como Muntari, Mellberg e Poulsen."(manuel martins de sá, sem link, em 'a bola')ontem ao ler a 'gazzetta dello sport', edição em papel, detive-me nas fichas dos jogos da jornada do fim-de-semana 'calcístico' e fiquei surpreendido com as fracas assistências verificadas na generalidade das partidas.observado de fora dá para perceber que o futebol italiano já não é o que era mas não me tinha dado conta que a 'visão' é a mesma para os que estão lá dentro.


" Houve tempos em que o campeonato italiano era considerado il piu bello del mondo. Estamos a falar, mais ano menos ano, do vinténio entre 1980 e 2000. Depois, à medida que a beleza ia definhando, passou a ser tido como il piu difficile, em razão do tacticismo exacerbado que nele imperava e impera. Agora — perante a crueza dos resultados (reflectidos no declínio verificado no ranking da UEFA) e das perspectivas (equipas envelhecidas e desgastadas, estádios decrépitos, feios, violentos e vazios, direitos televisivos em queda livre) — com um pouco de exagero à mistura já é visto como il piu scadente, ou seja, o mais decadente. Os ingleses, entre ironia e achincalhe, vão mesmo mais longe: «A Série A é uma casa de repouso para os futebolistas à beira da reforma», sentencia o The Times. «É estranho como o equilíbrio de poder (e de orçamentos) se tenha alterado tão depressa entre a Premier League, cada vez mais forte, com três semifinalistas nas duas últimas edições da Champions, e a Série A, remetida para o limbo da Europa.» O Daily Mail, por sua vez, é ainda mais corrosivo: «A lista de compras do calcio mostra bem o escasso fascínio que ele exerce: Shevchenko e Ronaldinho são 'sobras' do Chelsea e do Barcelona e os outros foram reciclados na Premier, como Muntari, Mellberg e Poulsen."(manuel martins de sá, sem link, em 'a bola')ontem ao ler a 'gazzetta dello sport', edição em papel, detive-me nas fichas dos jogos da jornada do fim-de-semana 'calcístico' e fiquei surpreendido com as fracas assistências verificadas na generalidade das partidas.observado de fora dá para perceber que o futebol italiano já não é o que era mas não me tinha dado conta que a 'visão' é a mesma para os que estão lá dentro.

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