JORGE NUNO PINTO DA COSTA: Árbitros 'furiosos' fazem ameaça

07-10-2009
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Mais sobre a Arbitragem aquiJogadores e treinadores de acordo, diz APAF "Os árbitros estão furiosos", diz António Sérgio, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF). E acrescenta: "Exigimos a apresentação da declaração de interesses para todos os agentes profissionais do futebol, jogadores, treinadores, dirigentes e empresários. Queremos igualdade, não queremos discriminação", reclama. E avisa: "Caso contrário, posso dizer que vamos lutar para defender os nossos interesses e contrariar esta descriminação."A posição de força dos árbitros vai começar a ser testada amanhã, quando arrancarem as reuniões de discussão do novo regime jurídico das federação, uma iniciativa patrocinada pelo Governo que envolve os agentes de todos os desportos federados em Portugal. "Vamos apresentar uma proposta que visa a obrigatoriedade de apresentação do registo de interesses para todos. Não é justo que sejam só os árbitros a ter de o fazer", explica António Sérgio.E continua: "Que fique claro: os árbitros estão disponíveis para continuar a entregar a declaração de interesses, mas apenas se passar a ser obrigatório fazê-lo por todos os agentes do futebol profissional." E resume a posição, que resulta agora neste aviso, numa frase: "Consideramos que este acto viola os direitos à igualdade. Desta forma, queremos criar valores e fomentar a ética."De resto, acrescentou António Sérgio, a APAF já tem feito trabalho de campo para lutar pelo direito "à igualdade": "Esta semana estivemos reunidos com a associação de treinadores e o sindicato de jogadores e posso dizer-lhe que estivemos de acordo nesta matéria." Esta é uma reivindicação antiga da classe e deu que fazer a Hermínio Loureiro na recta final de 2006, pouco depois de ter tomado posse como presidente da Liga. Na altura, Hermínio teve de negociar com os árbitros a entrega do registo de interesses, que estava a ser de alguma forma boicotado. E em Dezembro desse ano foi mesmo ao Parlamento sensibilizar Jaime Gama, presidente da Assembleia da República, para a "descriminatória" (assim a catalogam os juízes, por só obrigar estes agentes a declarar os rendimentos) Lei 112/99, de 3 de Agosto. Ou seja, Hermínio Loureiro considera que não é propriamente justo.Projecto para novo CAAmanhã, na reunião que juntará os agentes desportivos em volta do novo regime desportivo, a APAF vai ainda propor a sua visão de como se deverá compor o futuro Conselho de Arbitragem (CA), que mais que provavelmente voltará a ser unificado na estrutura da Federação Portuguesa de Futebol."Queremos que o conselho seja composto por uma maioria de árbitros e que, excepto o presidente, sejam escolhidos pelos árbitros", esclarece António Sérgio. "Que seja um sistema como o do Conselho Superior de Magistratura, em que os juízes elegem sete dos 17 membros", conclui. DN Online ANTÓNIO PEDRO PEREIRA

Mais sobre a Arbitragem aquiJogadores e treinadores de acordo, diz APAF "Os árbitros estão furiosos", diz António Sérgio, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF). E acrescenta: "Exigimos a apresentação da declaração de interesses para todos os agentes profissionais do futebol, jogadores, treinadores, dirigentes e empresários. Queremos igualdade, não queremos discriminação", reclama. E avisa: "Caso contrário, posso dizer que vamos lutar para defender os nossos interesses e contrariar esta descriminação."A posição de força dos árbitros vai começar a ser testada amanhã, quando arrancarem as reuniões de discussão do novo regime jurídico das federação, uma iniciativa patrocinada pelo Governo que envolve os agentes de todos os desportos federados em Portugal. "Vamos apresentar uma proposta que visa a obrigatoriedade de apresentação do registo de interesses para todos. Não é justo que sejam só os árbitros a ter de o fazer", explica António Sérgio.E continua: "Que fique claro: os árbitros estão disponíveis para continuar a entregar a declaração de interesses, mas apenas se passar a ser obrigatório fazê-lo por todos os agentes do futebol profissional." E resume a posição, que resulta agora neste aviso, numa frase: "Consideramos que este acto viola os direitos à igualdade. Desta forma, queremos criar valores e fomentar a ética."De resto, acrescentou António Sérgio, a APAF já tem feito trabalho de campo para lutar pelo direito "à igualdade": "Esta semana estivemos reunidos com a associação de treinadores e o sindicato de jogadores e posso dizer-lhe que estivemos de acordo nesta matéria." Esta é uma reivindicação antiga da classe e deu que fazer a Hermínio Loureiro na recta final de 2006, pouco depois de ter tomado posse como presidente da Liga. Na altura, Hermínio teve de negociar com os árbitros a entrega do registo de interesses, que estava a ser de alguma forma boicotado. E em Dezembro desse ano foi mesmo ao Parlamento sensibilizar Jaime Gama, presidente da Assembleia da República, para a "descriminatória" (assim a catalogam os juízes, por só obrigar estes agentes a declarar os rendimentos) Lei 112/99, de 3 de Agosto. Ou seja, Hermínio Loureiro considera que não é propriamente justo.Projecto para novo CAAmanhã, na reunião que juntará os agentes desportivos em volta do novo regime desportivo, a APAF vai ainda propor a sua visão de como se deverá compor o futuro Conselho de Arbitragem (CA), que mais que provavelmente voltará a ser unificado na estrutura da Federação Portuguesa de Futebol."Queremos que o conselho seja composto por uma maioria de árbitros e que, excepto o presidente, sejam escolhidos pelos árbitros", esclarece António Sérgio. "Que seja um sistema como o do Conselho Superior de Magistratura, em que os juízes elegem sete dos 17 membros", conclui. DN Online ANTÓNIO PEDRO PEREIRA

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