A Bola Rebola

29-06-2009
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JOGAR COM 10

A tarde de Sábado reservou-nos o futebol inglês, que não pára. Independentemente das festividades, dos problemas, da sobrecarga, os jogos de futbol inglês transmitem-nos sempre emoção.

O Entre 10 é um dos blogs que mais frequento devido às análises racionais que se fazem sobre o jogo e sobre a maneira como se joga.

Dizem eles que o futebol inglês é emotivo, mas que a nível táctico, os jogadores pensam menos devido a essa preguiça mental. E têm razão! Hoje tínhamos o Birmigham – Manchester City e o Bolton – Arsenal.

Tanto Birmigham como Arsenal jogaram com 10 jogadores, a partir dos 60 e 30 minutos, respectivamente. O Birmigham vencia por 2-0 e o Arsenal perdia 1-0, sofrendo pouco tempo depois, o segundo golo. Ambas as equipas ganharam o jogo, mas a postura que adoptaram foi totalmente diferente, uma vez que o Arsenal foi “para cima” do Bolton e o Birmigham ficou à espera de um erro do Manchester City.

José Mourinho disse que alguns dos seus treinos são preparados com 10 jogadores, estando assim mais preparado para as eventuais expulsões que possam acontecer e fez bem. Muitas vezes víamos o FC Porto e o Chelsea armadilhar o adversário com uma teia que rebentava com qualquer estratégia adversa. Em Inglaterra, também isso se passou ontem, mas apenas para quem concebe melhor essa necessidade imperiosa de vencer.

AINDA HÁ FUTEBOL…

Rui Costa fez ontem 36 anos! Durante mais de 15 anos deliciou os relvados de Portugal, Itália e os restantes palcos onde ia, quer em competições europeias, que internacionais.

Apesar de mostrar que talvez jogasse mais uma época, vai abraçar uma carreira em que, defendendo o seu clube de sempre, tem uma expectativa legítima de o levar mais longe.

Para quem se habituou a ver o Rui com as camisolas vermelha e violeta, vai ser complicado agora vê-lo de fato e gravata com os discursos semi-preparados, mas com o carácter e simplicidade de sempre.

Nestes últimos dois meses que faltam, aproveitem para ver um dos últimos “10” que apenas foi reconhecido como tal muito tarde. Acreditem, que vai valer a pena.

UM TT MODERNO

Ao ver o V.Guimarães – Marítimo, onde a equipa de Cajuda tudo fez para ganhar, houve um jogador que me chamou a atenção não só neste jogo, como noutros: Desmarets.

Com o seu pé esquerdo, anda pela esquerda, pelo centro e pela direita, não tendo uma posição definida no campo. É um vagabundo da chamada “segunda linha”, onde tanto pode vir buscar uma bola à entrada do meio-campo adversário, como distribuí-la à entrada da grande área contrária, possibilitando aos companheiros oportunidades de golo.

Trazido o ano passado por Norton de Matos para defesa-esquerdo, Cajuda pegou no francês e tornou-o um “todo-o-terreno” moderno, ajudando o Vitória para uma época de sonho.

UM EXEMPLO A SEGUIR

A final da Carlsberg Cup foi um sucesso. Para todas as vozes que irromperam sobre o fracasso da competição, Hermínio Loureiro e os seus acólitos seguidores da LPFP mostraram às mentes mais fechadas deste país que o futebol tem pernas para andar, ao contrário da falta de investimento nas outras modalidades.

A propaganda, as novidades, o efeito-surpresa não deixam porém as notícias sobre o Apito Dourado e clubes devedores em saco roto. Para as competições crescerem em Portugal, é necessário também criar as condições para o sucesso. Que o exemplo da Carlsberg Cup siga para as outras ligas “líquidas” (Vitalis e para o próximo ano, Sagres..)

O FINAL DE UM CICLO

Rijkaard vai acabar o 5º ano no Barcelona. Nos últimos 4, conquistou 2 Ligas e 1 Champions, fundamentais para asssegurar o crescimento do Barça e para voltar a acender a mística de um gigante adormecido que foi alvo de uma tentativa de branqueamento.

No entanto, como todos os holandeses, nunca tomou decisões pacíficas e parece estar no final de um ciclo, quer para o treinador, quer para o clube.

Esse final de ciclo não cria no entanto a estabilidade necessária para o próximo ano. Apesar de contar com jovens estrelas de renome (Messi, Giovanni e Bojan), existe uma série de jogadores bastante avançados para a idade e que constituem sempre (apesar da experiência) um revés na planificação de anos vindouros, como Sylvinho, Edmilson, Thuram,…

A grande missão de Laporta agora, é sabes moldar o clube para os desafios que se aproximam, tendo em conta o investimento na renovação de Camp Nou. Com um orçamento controlado, há que aliar experiência com juventude e com sistema e modelo de jogo novos. Porque Rijkaard pode ser feliz noutro lugar…

JOGAR COM 10

A tarde de Sábado reservou-nos o futebol inglês, que não pára. Independentemente das festividades, dos problemas, da sobrecarga, os jogos de futbol inglês transmitem-nos sempre emoção.

O Entre 10 é um dos blogs que mais frequento devido às análises racionais que se fazem sobre o jogo e sobre a maneira como se joga.

Dizem eles que o futebol inglês é emotivo, mas que a nível táctico, os jogadores pensam menos devido a essa preguiça mental. E têm razão! Hoje tínhamos o Birmigham – Manchester City e o Bolton – Arsenal.

Tanto Birmigham como Arsenal jogaram com 10 jogadores, a partir dos 60 e 30 minutos, respectivamente. O Birmigham vencia por 2-0 e o Arsenal perdia 1-0, sofrendo pouco tempo depois, o segundo golo. Ambas as equipas ganharam o jogo, mas a postura que adoptaram foi totalmente diferente, uma vez que o Arsenal foi “para cima” do Bolton e o Birmigham ficou à espera de um erro do Manchester City.

José Mourinho disse que alguns dos seus treinos são preparados com 10 jogadores, estando assim mais preparado para as eventuais expulsões que possam acontecer e fez bem. Muitas vezes víamos o FC Porto e o Chelsea armadilhar o adversário com uma teia que rebentava com qualquer estratégia adversa. Em Inglaterra, também isso se passou ontem, mas apenas para quem concebe melhor essa necessidade imperiosa de vencer.

AINDA HÁ FUTEBOL…

Rui Costa fez ontem 36 anos! Durante mais de 15 anos deliciou os relvados de Portugal, Itália e os restantes palcos onde ia, quer em competições europeias, que internacionais.

Apesar de mostrar que talvez jogasse mais uma época, vai abraçar uma carreira em que, defendendo o seu clube de sempre, tem uma expectativa legítima de o levar mais longe.

Para quem se habituou a ver o Rui com as camisolas vermelha e violeta, vai ser complicado agora vê-lo de fato e gravata com os discursos semi-preparados, mas com o carácter e simplicidade de sempre.

Nestes últimos dois meses que faltam, aproveitem para ver um dos últimos “10” que apenas foi reconhecido como tal muito tarde. Acreditem, que vai valer a pena.

UM TT MODERNO

Ao ver o V.Guimarães – Marítimo, onde a equipa de Cajuda tudo fez para ganhar, houve um jogador que me chamou a atenção não só neste jogo, como noutros: Desmarets.

Com o seu pé esquerdo, anda pela esquerda, pelo centro e pela direita, não tendo uma posição definida no campo. É um vagabundo da chamada “segunda linha”, onde tanto pode vir buscar uma bola à entrada do meio-campo adversário, como distribuí-la à entrada da grande área contrária, possibilitando aos companheiros oportunidades de golo.

Trazido o ano passado por Norton de Matos para defesa-esquerdo, Cajuda pegou no francês e tornou-o um “todo-o-terreno” moderno, ajudando o Vitória para uma época de sonho.

UM EXEMPLO A SEGUIR

A final da Carlsberg Cup foi um sucesso. Para todas as vozes que irromperam sobre o fracasso da competição, Hermínio Loureiro e os seus acólitos seguidores da LPFP mostraram às mentes mais fechadas deste país que o futebol tem pernas para andar, ao contrário da falta de investimento nas outras modalidades.

A propaganda, as novidades, o efeito-surpresa não deixam porém as notícias sobre o Apito Dourado e clubes devedores em saco roto. Para as competições crescerem em Portugal, é necessário também criar as condições para o sucesso. Que o exemplo da Carlsberg Cup siga para as outras ligas “líquidas” (Vitalis e para o próximo ano, Sagres..)

O FINAL DE UM CICLO

Rijkaard vai acabar o 5º ano no Barcelona. Nos últimos 4, conquistou 2 Ligas e 1 Champions, fundamentais para asssegurar o crescimento do Barça e para voltar a acender a mística de um gigante adormecido que foi alvo de uma tentativa de branqueamento.

No entanto, como todos os holandeses, nunca tomou decisões pacíficas e parece estar no final de um ciclo, quer para o treinador, quer para o clube.

Esse final de ciclo não cria no entanto a estabilidade necessária para o próximo ano. Apesar de contar com jovens estrelas de renome (Messi, Giovanni e Bojan), existe uma série de jogadores bastante avançados para a idade e que constituem sempre (apesar da experiência) um revés na planificação de anos vindouros, como Sylvinho, Edmilson, Thuram,…

A grande missão de Laporta agora, é sabes moldar o clube para os desafios que se aproximam, tendo em conta o investimento na renovação de Camp Nou. Com um orçamento controlado, há que aliar experiência com juventude e com sistema e modelo de jogo novos. Porque Rijkaard pode ser feliz noutro lugar…

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