criticaportista: Análise aos rivais de Lisboa

10-10-2009
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Depois de um interregno, que se justificou pelas férias a que fomos votados pelo mundo do futebol, este modesto blogue volta à ressurreição graças ao início da época oficial cá no burgo.E começamos o primeiro post da época pela análise às novas matrizes dos rivais de Lisboa.Assim, e começando por ordem crescente, constato que a grande equipa dos anos 60 voltou a reforçar-se abundantemente, quiçá, através do famigerado milagre da multiplicação dos pães, que aqui assumem a forma de euros.Com efeito, afigura-se quase imperceptível como é que uma equipa que não obteve quaisquer proveitos decorrentes da venda de jogadores, que não beneficia, há mais de 2 anos, das receitas milionárias provenientes da Champions, que no ano transacto já tinha gasto na aquisição de novos jogadores mais de 25 milhões de euros, volta, este ano, a dispôr de meios para contratar de forma milionária um treinador e uma catrafada de jogadores com nomes sonantes, num frenesim que só parou quando o recibo já indicava quase 27 milhões de euros. É muita fruta, dirão alguns.É muita cerveja, digo eu. O Benfica, numa ânsia desmedida de colocar termo aos problemas desportivos, volta a persistir no erro de atirar dinheiro para cima dos mesmos. E já se sabe que quando isso acontece, há algo que desaparece... e não são os problemas.Na minha modesta opinião, que acredito que seja partilhada por muitos, os reforços do Benfica são, na sua maioria, impassíveis de qualquer crítica. Têm nome feito, curriculum quanto baste e valia técnica com certificado de garantia.O problema, do meu ponto de vista, é outro. É o facto de naquela casa não haver ninguém que saiba blindar o clube contra a euforia que constantemente abraça a equipa e que simultaneamente a engole.É o facto de os seus responsáveis partilharem a embriaguez jornaleira que diária e orgasmicamente endeusa uns burgueses sem dote.É sobretudo e acima de tudo o facto de naquela casa não haver rei nem roque.Daí que não tenha constituído qualquer supresa para mim que, após mais uma brilhante pré-época e infindáveis parangonas nos jornais de Lisboa, tenha sucedido mais do mesmo, isto é, mais um resultado frustrante e mais uns coitus interruptus.Este ano, os já gastos opinion makers da praça lá voltaram, outra vez, a elogiar o novo técnico e a sua mestria táctica, como se o pudor e a vergonha não os aconselhasse a ser mais comedidos desta vez, dado que o passado os deslustra.Ainda me recordo do arauto da verdade desportiva ter apregoado alto e bom som, no início da época passada, que Quique Flores tinha revolucionado o futebol do Benfica. Este ano as frases e o enredo é o mesmo; os protagonistas é que já são outros.Mas, no fundo, é tudo mais do mesmo. E não tarda, lá voltarão eles, após mais um mau resultado e uma frustrante exibição, a bater nos árbitros e a ressuscitar a orgia do apito dourado.Adiante.Centremo-nos agora para o outro lado da segunda Circular. O Sporting fez escassíssimas contratações até porque o stock dos milagres esgotou-se no vizinho rival.Comprou um jogador e "alugou" outro, sendo que este último, ainda que esteja a prazo, promete bastante mais que o primeiro.Procurei ver os jogos do Sporting mas, na verdade, não o vi jogar. A equipa parece amorfa, sem alma e sem qualquer fio condutor. E, mais grave do que isso, o plantel parece perigosamente saturado do treinador e da sua disciplina férrea.O caminho afigura-se estreito: ou a equipa começa a engrenar, ou Paulo Bento salta fora da engrenagem.Vaticino mesmo períodos muito conturbados para os lados de Alvalade.Mas isso é lá com eles.Quanto ao meu F.C. Porto, irei pronunciar-me à parte.O que até se justifica. Afinal, um tetra campeão merece um estatuto especial!!


Depois de um interregno, que se justificou pelas férias a que fomos votados pelo mundo do futebol, este modesto blogue volta à ressurreição graças ao início da época oficial cá no burgo.E começamos o primeiro post da época pela análise às novas matrizes dos rivais de Lisboa.Assim, e começando por ordem crescente, constato que a grande equipa dos anos 60 voltou a reforçar-se abundantemente, quiçá, através do famigerado milagre da multiplicação dos pães, que aqui assumem a forma de euros.Com efeito, afigura-se quase imperceptível como é que uma equipa que não obteve quaisquer proveitos decorrentes da venda de jogadores, que não beneficia, há mais de 2 anos, das receitas milionárias provenientes da Champions, que no ano transacto já tinha gasto na aquisição de novos jogadores mais de 25 milhões de euros, volta, este ano, a dispôr de meios para contratar de forma milionária um treinador e uma catrafada de jogadores com nomes sonantes, num frenesim que só parou quando o recibo já indicava quase 27 milhões de euros. É muita fruta, dirão alguns.É muita cerveja, digo eu. O Benfica, numa ânsia desmedida de colocar termo aos problemas desportivos, volta a persistir no erro de atirar dinheiro para cima dos mesmos. E já se sabe que quando isso acontece, há algo que desaparece... e não são os problemas.Na minha modesta opinião, que acredito que seja partilhada por muitos, os reforços do Benfica são, na sua maioria, impassíveis de qualquer crítica. Têm nome feito, curriculum quanto baste e valia técnica com certificado de garantia.O problema, do meu ponto de vista, é outro. É o facto de naquela casa não haver ninguém que saiba blindar o clube contra a euforia que constantemente abraça a equipa e que simultaneamente a engole.É o facto de os seus responsáveis partilharem a embriaguez jornaleira que diária e orgasmicamente endeusa uns burgueses sem dote.É sobretudo e acima de tudo o facto de naquela casa não haver rei nem roque.Daí que não tenha constituído qualquer supresa para mim que, após mais uma brilhante pré-época e infindáveis parangonas nos jornais de Lisboa, tenha sucedido mais do mesmo, isto é, mais um resultado frustrante e mais uns coitus interruptus.Este ano, os já gastos opinion makers da praça lá voltaram, outra vez, a elogiar o novo técnico e a sua mestria táctica, como se o pudor e a vergonha não os aconselhasse a ser mais comedidos desta vez, dado que o passado os deslustra.Ainda me recordo do arauto da verdade desportiva ter apregoado alto e bom som, no início da época passada, que Quique Flores tinha revolucionado o futebol do Benfica. Este ano as frases e o enredo é o mesmo; os protagonistas é que já são outros.Mas, no fundo, é tudo mais do mesmo. E não tarda, lá voltarão eles, após mais um mau resultado e uma frustrante exibição, a bater nos árbitros e a ressuscitar a orgia do apito dourado.Adiante.Centremo-nos agora para o outro lado da segunda Circular. O Sporting fez escassíssimas contratações até porque o stock dos milagres esgotou-se no vizinho rival.Comprou um jogador e "alugou" outro, sendo que este último, ainda que esteja a prazo, promete bastante mais que o primeiro.Procurei ver os jogos do Sporting mas, na verdade, não o vi jogar. A equipa parece amorfa, sem alma e sem qualquer fio condutor. E, mais grave do que isso, o plantel parece perigosamente saturado do treinador e da sua disciplina férrea.O caminho afigura-se estreito: ou a equipa começa a engrenar, ou Paulo Bento salta fora da engrenagem.Vaticino mesmo períodos muito conturbados para os lados de Alvalade.Mas isso é lá com eles.Quanto ao meu F.C. Porto, irei pronunciar-me à parte.O que até se justifica. Afinal, um tetra campeão merece um estatuto especial!!

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