O Berço Vidreiro iniciou a sua actividade há mais de três meses. Este projecto com cariz turístico e que visa a promoção do vidro tem tido uma procura “satisfatória”. Os promotores querem tornar o espaço numa marca reconhecida e que promova o concelho.
A Fundação La Salette, a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis e António Xará, um investidor privado, retomaram a fileira do vidro em Oliveira de Azeméis. Esta actividade assume particular importância no nosso concelho, uma vez que foi na Quinta do Côvo, no século XV, que nasceu o vidro em Portugal .
Há cerca de seis meses foi dado a conhecer o Berço Vidreiro, um projecto com o intuito de promover o vidro e dinamizar o Parque de La Salette.
Para que a “sala de visitas de Oliveira de Azeméis” pudesse receber esta estrutura, foi recuperada a Casa das Heras, pois ocupa um lugar “estratégico para a preservação da memória colectiva oliveirense”.
Aqui, os visitantes têm a oportunidade de ver como se trabalha o vidro , uma vez que há dois artistas a executar esta arte ao vivo, conforme defendeu Hermínio Loureiro na ocasião.
Agora, passados mais de 100 dias depois da abertura ao público, o balanço é positivo . Paulo Xará diz que gostaria que tivesse mais procura, “mas tem sido satisfatória”. Para além dos diversos frequentadores do Parque de La Salette, o Berço Vidreiro recebe a visita de várias escolas e entidades de apoio a idosos locais.
Ainda segundo este gestor, o objectivo mais imediato é “estabilizar, consolidar e alicerçar este projecto” , apontado agora em peças alusivas a esta época natalícia que se avizinha.
Regresso do vidro com nostalgia
Uma década depois de ter sido decretada falência do Centro Vidreiro, surge esta iniciativa.
É com saudosismo que muitas pessoas ligadas ao vidro se deslocam à Casa das Heras. De acordo com Paulo Xará, o feedback que recebe é bom. “ As pessoas louvam a iniciativa e é uma mais valia para o parque. Muitos vêm cá por causa do Berço Vidreiro ”, afirmou.
Agora o objectivo mais imediato é introduzir as peças aqui fabricadas nas lojas de comércio . “É um artigo que está a nascer no mercado e já temos alguns clientes na região”, disse.
Sucesso depende dos oliveirenses
Amaro Simões deixou um desafio aos oliveirenses. “O Berço Vidreiro será aquilo que eles quiserem. A Fundação La Salette já fez o que lhe competia, aceitando o desafio de recuperar a fileira do vidro em Oliveira de Azeméis”, defendeu, apelando às entidades locais para introduzirem as peças de vidro nas suas ofertas aquando das comemorações oficiais ou como lembranças.
O que, para Paulo Xará, apenas “dignifica as próprias instituições”, pois oferecem algo “único e feito em Oliveira de Azeméis”.
Para além dos preços serem, relativamente, atractivos, com peças que custam desde 7 a 45 euros.
No Berço Vidreiro fazem-se, essencialmente, peças de decoração que dependem muito da criatividade e imaginação do vidreiro.
Projectos para o futuro
Para já a direcção do Berço Vidreiro não quer avançar os seus projectos para o futuro próximo. Todavia, António Xará adiantou que estão a pensar estabelecer uma parceria com as escolas do concelho para começar uma recolha de garrafas de vidro brancas para depois serem recicladas nas suas instalações. A intenção é envolver os alunos nesta recolha e depois eles verem como se fazem as peças.
Está a ser pensado, ainda, a atribuição de um prémio à instituição que mais material recuperar.
Os artistas de serviço
António Maraia trabalha há 50 anos nesta arte, tendo começado com 10 anos. Agora faz vidro por prazer, ganhou “o bichinho”. Na opinião deste artesão, o projecto é importante para salvaguardar esta tradição. “Gostava de ver mais rapaziada nova a aprender para não deixar morrer esta arte”, defendeu, afirmando que é uma actividade que “custa um bocado” devido às elevadas temperaturas, mas “tudo vai do hábito”.
Alfredo Morgal afirmou, também, que está a fazer aquilo que gosta. Com 49 anos, trabalha o vidro há 36 anos, desde os seus 13 anos. Para este artista, o Berço Vidreiro é algo “muito importante, pena não ter sido criado mais cedo”, lamentando, igualmente, que não haja pessoas a aprender a trabalhar o vidro. “É uma arte difícil. Podem aparecer 100 aprendizes e nenhum servir para trabalhar o vidro. É preciso ter vocação e amar muito o que se faz”, afirmou.
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Fonte: Correio de Azeméis
Autor: Correio de Azeméis
O Berço Vidreiro iniciou a sua actividade há mais de três meses. Este projecto com cariz turístico e que visa a promoção do vidro tem tido uma procura “satisfatória”. Os promotores querem tornar o espaço numa marca reconhecida e que promova o concelho.
A Fundação La Salette, a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis e António Xará, um investidor privado, retomaram a fileira do vidro em Oliveira de Azeméis. Esta actividade assume particular importância no nosso concelho, uma vez que foi na Quinta do Côvo, no século XV, que nasceu o vidro em Portugal .
Há cerca de seis meses foi dado a conhecer o Berço Vidreiro, um projecto com o intuito de promover o vidro e dinamizar o Parque de La Salette.
Para que a “sala de visitas de Oliveira de Azeméis” pudesse receber esta estrutura, foi recuperada a Casa das Heras, pois ocupa um lugar “estratégico para a preservação da memória colectiva oliveirense”.
Aqui, os visitantes têm a oportunidade de ver como se trabalha o vidro , uma vez que há dois artistas a executar esta arte ao vivo, conforme defendeu Hermínio Loureiro na ocasião.
Agora, passados mais de 100 dias depois da abertura ao público, o balanço é positivo . Paulo Xará diz que gostaria que tivesse mais procura, “mas tem sido satisfatória”. Para além dos diversos frequentadores do Parque de La Salette, o Berço Vidreiro recebe a visita de várias escolas e entidades de apoio a idosos locais.
Ainda segundo este gestor, o objectivo mais imediato é “estabilizar, consolidar e alicerçar este projecto” , apontado agora em peças alusivas a esta época natalícia que se avizinha.
Regresso do vidro com nostalgia
Uma década depois de ter sido decretada falência do Centro Vidreiro, surge esta iniciativa.
É com saudosismo que muitas pessoas ligadas ao vidro se deslocam à Casa das Heras. De acordo com Paulo Xará, o feedback que recebe é bom. “ As pessoas louvam a iniciativa e é uma mais valia para o parque. Muitos vêm cá por causa do Berço Vidreiro ”, afirmou.
Agora o objectivo mais imediato é introduzir as peças aqui fabricadas nas lojas de comércio . “É um artigo que está a nascer no mercado e já temos alguns clientes na região”, disse.
Sucesso depende dos oliveirenses
Amaro Simões deixou um desafio aos oliveirenses. “O Berço Vidreiro será aquilo que eles quiserem. A Fundação La Salette já fez o que lhe competia, aceitando o desafio de recuperar a fileira do vidro em Oliveira de Azeméis”, defendeu, apelando às entidades locais para introduzirem as peças de vidro nas suas ofertas aquando das comemorações oficiais ou como lembranças.
O que, para Paulo Xará, apenas “dignifica as próprias instituições”, pois oferecem algo “único e feito em Oliveira de Azeméis”.
Para além dos preços serem, relativamente, atractivos, com peças que custam desde 7 a 45 euros.
No Berço Vidreiro fazem-se, essencialmente, peças de decoração que dependem muito da criatividade e imaginação do vidreiro.
Projectos para o futuro
Para já a direcção do Berço Vidreiro não quer avançar os seus projectos para o futuro próximo. Todavia, António Xará adiantou que estão a pensar estabelecer uma parceria com as escolas do concelho para começar uma recolha de garrafas de vidro brancas para depois serem recicladas nas suas instalações. A intenção é envolver os alunos nesta recolha e depois eles verem como se fazem as peças.
Está a ser pensado, ainda, a atribuição de um prémio à instituição que mais material recuperar.
Os artistas de serviço
António Maraia trabalha há 50 anos nesta arte, tendo começado com 10 anos. Agora faz vidro por prazer, ganhou “o bichinho”. Na opinião deste artesão, o projecto é importante para salvaguardar esta tradição. “Gostava de ver mais rapaziada nova a aprender para não deixar morrer esta arte”, defendeu, afirmando que é uma actividade que “custa um bocado” devido às elevadas temperaturas, mas “tudo vai do hábito”.
Alfredo Morgal afirmou, também, que está a fazer aquilo que gosta. Com 49 anos, trabalha o vidro há 36 anos, desde os seus 13 anos. Para este artista, o Berço Vidreiro é algo “muito importante, pena não ter sido criado mais cedo”, lamentando, igualmente, que não haja pessoas a aprender a trabalhar o vidro. “É uma arte difícil. Podem aparecer 100 aprendizes e nenhum servir para trabalhar o vidro. É preciso ter vocação e amar muito o que se faz”, afirmou.
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Fonte: Correio de Azeméis
Autor: Correio de Azeméis