Polícias ameaçam deixar de ir ao futebol > Sociedade > TVI24

28-09-2009
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ACTUALIZADA ÀS 13h04

O policiamento no futebol para a próxima época está em risco. O director nacional da PSP enviou uma carta ao presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional ameaçando os clubes, caso estes não paguem em adiantado, conforme está previsto na lei.

«A PSP pegou na lei, olhou para a Liga 08/09, com todos os problemas de atraso que se sucederam e o director nacional enviou uma carta ao presidente da Liga», confirmou o porta-voz da Direcção Nacional.

Paulo Flor sublinhou que a intenção da polícia é «acautelar» esta situação, uma vez que «quem acaba prejudicado não é a PSP, mas sim o elemento policial».

«Antes que a Liga comece estamos a avisar: estamos disponíveis para fazer parte da solução, mas queremos que do outro lado, nos clubes, percebam que existem verbas para se fazer jogos de futebol», concluiu.

Assim, a PSP assegura que não vai estar disponível para garantir a segurança dos adeptos e das equipas se não receber em pré-pagamento, com dois dias de antecêndia da partida.

Sindicato satisfeito, mas exige mais dinheiro

«É uma atitude de louvar. No entanto, não é mais do que obrigar ao cumprimento da lei. Nunca tivemos uma posição tão clara, objectiva e firme para resolver um problema recorrente», reagiu ao tvi24.pt Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP).

Recorde-se que o decreto-lei de 1992, quando Dias Loureiro era Ministro da Administração Interna, estabelece: «O organizador do espectáculo desportivo deve satisfazer o pagamento dos encargos do policiamento, no momento da requisição e fixação dos efectivos, junto do respectivo comando das forças de segurança.»

Ou seja, os clubes devem pagar adiantado à PSP, o que não acontece.

De acordo com o responsável da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues, um agente recebe 19,12€ por quatro horas de serviço num jogo de futebol num dia útil e 28,68€ quando a partida é ao sábado ou ao domingo.

«Os clubes pagam metade do que uma empresa privada paga. O lobby do futebol é muito forte e os clubes pressionam os Governos», constatou Paulo Rodrigues.

Para o sindicalista, o Ministério da Administração Interna «devia exigir» que os clubes constituídos em Sociedades Anónimas Desportivas pagassem tanto como qualquer empresa privada, ou seja, o dobro.

O tvi24.pt pediu um esclarecimento ao ministério, mas até agora não foi possível obter qualquer reacção.

ACTUALIZADA ÀS 13h04

O policiamento no futebol para a próxima época está em risco. O director nacional da PSP enviou uma carta ao presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional ameaçando os clubes, caso estes não paguem em adiantado, conforme está previsto na lei.

«A PSP pegou na lei, olhou para a Liga 08/09, com todos os problemas de atraso que se sucederam e o director nacional enviou uma carta ao presidente da Liga», confirmou o porta-voz da Direcção Nacional.

Paulo Flor sublinhou que a intenção da polícia é «acautelar» esta situação, uma vez que «quem acaba prejudicado não é a PSP, mas sim o elemento policial».

«Antes que a Liga comece estamos a avisar: estamos disponíveis para fazer parte da solução, mas queremos que do outro lado, nos clubes, percebam que existem verbas para se fazer jogos de futebol», concluiu.

Assim, a PSP assegura que não vai estar disponível para garantir a segurança dos adeptos e das equipas se não receber em pré-pagamento, com dois dias de antecêndia da partida.

Sindicato satisfeito, mas exige mais dinheiro

«É uma atitude de louvar. No entanto, não é mais do que obrigar ao cumprimento da lei. Nunca tivemos uma posição tão clara, objectiva e firme para resolver um problema recorrente», reagiu ao tvi24.pt Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP).

Recorde-se que o decreto-lei de 1992, quando Dias Loureiro era Ministro da Administração Interna, estabelece: «O organizador do espectáculo desportivo deve satisfazer o pagamento dos encargos do policiamento, no momento da requisição e fixação dos efectivos, junto do respectivo comando das forças de segurança.»

Ou seja, os clubes devem pagar adiantado à PSP, o que não acontece.

De acordo com o responsável da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues, um agente recebe 19,12€ por quatro horas de serviço num jogo de futebol num dia útil e 28,68€ quando a partida é ao sábado ou ao domingo.

«Os clubes pagam metade do que uma empresa privada paga. O lobby do futebol é muito forte e os clubes pressionam os Governos», constatou Paulo Rodrigues.

Para o sindicalista, o Ministério da Administração Interna «devia exigir» que os clubes constituídos em Sociedades Anónimas Desportivas pagassem tanto como qualquer empresa privada, ou seja, o dobro.

O tvi24.pt pediu um esclarecimento ao ministério, mas até agora não foi possível obter qualquer reacção.

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