Educação: Falar de amianto nas escolas é "alarmismo desajustado"

07-10-2007
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Torres Vedras, Lisboa, 21 Set (Lusa) - A Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, tranquilizou hoje pais e funcionários das escolas cujos edifícios têm placas com amianto, assegurando que não existem "situações de risco".

"Podem ficar tranquilos", sossegou a ministra Maria de Lurdes Rodrigues, em Torres Vedras, não compreendendo "como é que o assunto vem para a actualidade", uma vez que a existência de placas de amianto nos estabelecimentos escolares "é um assunto acompanhado pelo Ministério há muito tempo".

A governante garantiu que a tutela recorre a "laboratórios da especialidade" e assegurou que "não temos situações de risco".

"O que temos vindo a fazer é, sempre que há uma intervenção de fundo nas escolas, o amianto é removido e substituído por outros materiais", garantiu.

As conclusões de um estudo divulgado terça-feira pela Deco reacenderam a polémica sobre este assunto, mas Maria de Lurdes Rodrigues caracterizou este "alarmismo" como "desajustado".

Segundo a Ministra da Educação, o seu ministério continua, desde terça-feira, a aguardar que a Associação de Defesa do Consumidor lhe faça chegar o estudo, de modo a "avaliar [a sua] qualidade", reiterando que o relatório "não é credível".

"Se foi a identificação de escolas com placas de amianto, nós [Ministério] podíamos ter fornecido a lista das escolas. Se é a identificação de escolas em risco por causa das placas de amianto, temos maiores dúvidas, porque fazemos essa monitorização", questionou a ministra.

Maria de Lurdes Rodrigues falava aos jornalistas após a inauguração da escola integrada de primeiro ciclo e pré-escolar da Carvoeira, no concelho de Torres Vedras, depois de hoje o primeiro-ministro ter recusado responder à deputada Heloísa Apolónia, d' Os Verdes, que interpelou o Governo sobre o amianto nas escolas, durante o debate mensal com José Sócrates na Assembleia da República.

Na terça-feira, o Ministério da Educação acusou a Deco de usar as escolas públicas para se promover e considerou tecnicamente errados os estudos revelados no mesmo dia pela associação sobre a temperatura e a qualidade do ar nas salas de aula.

Os dois estudos da Associação de Defesa do Consumidor, publicados nas revistas Pro Teste e Teste Saúde, revelam que a maioria das escolas analisadas (cerca de 20) são frias, húmidas, têm ar de má qualidade e são edifícios degradados e sem ventilação adequada.

Do total das escolas avaliadas, apenas quatro apresentavam ar com qualidade aceitável ou boa, enquanto as restantes apresentavam níveis de contaminações acima dos valores legais de referência.

A Deco detectou também problemas de construção e conservação dos edifícios, nomeadamente a existência de placas em fibrocimento com amianto, material que devia ser substituído, após uma recomendação feita pela Assembleia da República em 2003.

FYC/HSF/AL

Lusa/Fim

Torres Vedras, Lisboa, 21 Set (Lusa) - A Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, tranquilizou hoje pais e funcionários das escolas cujos edifícios têm placas com amianto, assegurando que não existem "situações de risco".

"Podem ficar tranquilos", sossegou a ministra Maria de Lurdes Rodrigues, em Torres Vedras, não compreendendo "como é que o assunto vem para a actualidade", uma vez que a existência de placas de amianto nos estabelecimentos escolares "é um assunto acompanhado pelo Ministério há muito tempo".

A governante garantiu que a tutela recorre a "laboratórios da especialidade" e assegurou que "não temos situações de risco".

"O que temos vindo a fazer é, sempre que há uma intervenção de fundo nas escolas, o amianto é removido e substituído por outros materiais", garantiu.

As conclusões de um estudo divulgado terça-feira pela Deco reacenderam a polémica sobre este assunto, mas Maria de Lurdes Rodrigues caracterizou este "alarmismo" como "desajustado".

Segundo a Ministra da Educação, o seu ministério continua, desde terça-feira, a aguardar que a Associação de Defesa do Consumidor lhe faça chegar o estudo, de modo a "avaliar [a sua] qualidade", reiterando que o relatório "não é credível".

"Se foi a identificação de escolas com placas de amianto, nós [Ministério] podíamos ter fornecido a lista das escolas. Se é a identificação de escolas em risco por causa das placas de amianto, temos maiores dúvidas, porque fazemos essa monitorização", questionou a ministra.

Maria de Lurdes Rodrigues falava aos jornalistas após a inauguração da escola integrada de primeiro ciclo e pré-escolar da Carvoeira, no concelho de Torres Vedras, depois de hoje o primeiro-ministro ter recusado responder à deputada Heloísa Apolónia, d' Os Verdes, que interpelou o Governo sobre o amianto nas escolas, durante o debate mensal com José Sócrates na Assembleia da República.

Na terça-feira, o Ministério da Educação acusou a Deco de usar as escolas públicas para se promover e considerou tecnicamente errados os estudos revelados no mesmo dia pela associação sobre a temperatura e a qualidade do ar nas salas de aula.

Os dois estudos da Associação de Defesa do Consumidor, publicados nas revistas Pro Teste e Teste Saúde, revelam que a maioria das escolas analisadas (cerca de 20) são frias, húmidas, têm ar de má qualidade e são edifícios degradados e sem ventilação adequada.

Do total das escolas avaliadas, apenas quatro apresentavam ar com qualidade aceitável ou boa, enquanto as restantes apresentavam níveis de contaminações acima dos valores legais de referência.

A Deco detectou também problemas de construção e conservação dos edifícios, nomeadamente a existência de placas em fibrocimento com amianto, material que devia ser substituído, após uma recomendação feita pela Assembleia da República em 2003.

FYC/HSF/AL

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