Publico.pt

17-06-2005
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Tendo em conta os problemas ambientais do país, o partido ecologista “Os Verdes” diz que esperava deste Conselho de Ministros em Sagres uma resposta “muito diferente”, uma que incluísse, por exemplo, referências aos resíduos industriais perigosos e às alterações climáticas. “Dos aspectos realçados, não vimos nada sobre resíduos industriais perigosos”, referiu Heloísa Apolónia, do partido ecologista, ao PUBLICO.PT. “Estranhamos a omissão, uma vez que o PS foi peremptório sobre isso”, ao propor a co-incineração, “uma solução muito contestada”. No capítulo das ausências, a deputada ecologista salientou também as alterações climáticas. “Estamos a cinco anos da data prevista para o cumprimento das reduções das emissões (de gases com efeito de estufa)” e o país já “ultrapassou as metas de forma muito preocupante”. Heloísa Apolónia criticou o facto de não terem sido avançadas medidas internas estratégicas, nomeadamente nas áreas da energia e dos transportes. “Portugal está mais preocupado com a compra e venda de direitos de emissão. A questão é que vamos ser um país comprador e isso implica que tenhamos de gastar milhões de euros por ano”. Quanto à nova Lei da Água, aprovada esta manhã, o partido ecologista gostaria que o “Governo se preocupasse mais com a racionalização e uso eficiente da água e não tanto com o seu encarecimento”. Segundo Heloísa Apolónia, deveriam ser criados mecanismos de racionalização em sectores como a agricultura e o turismo. “Ainda não conhecemos bem o documento, mas se a taxa (sobre os recursos hídricos) incidir no abastecimento ao consumidor doméstico, isso será problemático”. A deputada garantiu que o partido se vai pronunciar quando a Lei for à Assembleia da República. Sobre as restantes medidas, Heloísa Apolónia considera que os planos de ordenamento “são fundamentais”, mas não chegam. “O país debate-se com graves problemas de financiamento, onde a conservação da natureza não tem sido vista como uma prioridade”. “Achamos que o Governo devia ter anunciado meios para valorização das áreas protegidas”. Heloísa Apolónia comentou ainda informações avançadas hoje pela TSF, que dão conta de que o Governo se prepara para terminar com o programa Finisterra, para o litoral, e criar um novo grupo de trabalho. “Se isso for verdade, é grave. Os problemas do litoral estão mais do que detectados. Reiniciar agora todo o processo é preocupante” e implica o “adiamento da solução”.

Tendo em conta os problemas ambientais do país, o partido ecologista “Os Verdes” diz que esperava deste Conselho de Ministros em Sagres uma resposta “muito diferente”, uma que incluísse, por exemplo, referências aos resíduos industriais perigosos e às alterações climáticas. “Dos aspectos realçados, não vimos nada sobre resíduos industriais perigosos”, referiu Heloísa Apolónia, do partido ecologista, ao PUBLICO.PT. “Estranhamos a omissão, uma vez que o PS foi peremptório sobre isso”, ao propor a co-incineração, “uma solução muito contestada”. No capítulo das ausências, a deputada ecologista salientou também as alterações climáticas. “Estamos a cinco anos da data prevista para o cumprimento das reduções das emissões (de gases com efeito de estufa)” e o país já “ultrapassou as metas de forma muito preocupante”. Heloísa Apolónia criticou o facto de não terem sido avançadas medidas internas estratégicas, nomeadamente nas áreas da energia e dos transportes. “Portugal está mais preocupado com a compra e venda de direitos de emissão. A questão é que vamos ser um país comprador e isso implica que tenhamos de gastar milhões de euros por ano”. Quanto à nova Lei da Água, aprovada esta manhã, o partido ecologista gostaria que o “Governo se preocupasse mais com a racionalização e uso eficiente da água e não tanto com o seu encarecimento”. Segundo Heloísa Apolónia, deveriam ser criados mecanismos de racionalização em sectores como a agricultura e o turismo. “Ainda não conhecemos bem o documento, mas se a taxa (sobre os recursos hídricos) incidir no abastecimento ao consumidor doméstico, isso será problemático”. A deputada garantiu que o partido se vai pronunciar quando a Lei for à Assembleia da República. Sobre as restantes medidas, Heloísa Apolónia considera que os planos de ordenamento “são fundamentais”, mas não chegam. “O país debate-se com graves problemas de financiamento, onde a conservação da natureza não tem sido vista como uma prioridade”. “Achamos que o Governo devia ter anunciado meios para valorização das áreas protegidas”. Heloísa Apolónia comentou ainda informações avançadas hoje pela TSF, que dão conta de que o Governo se prepara para terminar com o programa Finisterra, para o litoral, e criar um novo grupo de trabalho. “Se isso for verdade, é grave. Os problemas do litoral estão mais do que detectados. Reiniciar agora todo o processo é preocupante” e implica o “adiamento da solução”.

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